Seattle, Friday
P.O.V Zayn
A minha vida era cercada por armas, drogas, mulheres bonitas e muito dinheiro. Eu tinha o mundo aos pés, as mulheres brigam por mim e eu apenas me divirto com isso. Era excitante, era uma aventura na qual não tinha fim, e eu amava isso. Sou procurado pelo mundo todo por todos os crimes que já cometi, mas tenho que admitir que sou muito inteligente para cometer um crime e fugir sem deixar uma pista sequer. Já matei por ciúme, já matei por vingança ou até mesmo, já matei por passatempo. E é claro que nunca estou sozinho, tenho a meu próprio exército de criminosos que não vou dizer que são meus amigos, pois eu não sou amigo de ninguém. Não confio em ninguém. Afinal, nunca precisei de ninguém. Sempre consegui me virar sozinho, embora eu estar acompanhado algumas vezes. O meu apartamento estava uma bagunça e eu não estava com ânimo para arrumar nada, eu precisava sair e me divertir, talvez pagar alguma prostituta para me satisfazer. Já faz alguns meses que a minha vida sexual estava parada, e eu não aguentava mais aquilo. Vesti a minha regata branca e a jaqueta de couro preta, coloquei meus óculos escuros e peguei a chave do carro. Peguei o elevador e ao chegar ao térreo, saí do prédio indo até o estacionamento. Desativei o alarme do carro e entrei nele, abaixando o vidro e acendendo meu cigarro. Liguei o som e estava tocando uma das músicas que eu gostava de ouvir. Abri a gaveta do carro e peguei a arma calibre 22, estava totalmente carregada e a qualquer momento poderia precisar dela. Liguei o carro e comecei a dirigir indo em direção da boate mais agitada da noite. Era uma boate com dançarinas seminuas, e eu amava ver garotas dançando quase sem roupa, sei lá é um fetiche que eu tenho. Chegando na tal boate, estacionei o carro pegando a arma a colocando contra o meu abdômen. Saí do carro ativando o alarme e entrei na boate, que por via das dúvidas estava lotada de homens. O lugar estava quente e abafado, então a primeira coisa que fiz, foi ir até o bar e pedir uma bebida. Era um balcão enorme com três garçonetes de lingerie preta, e eu amava essa cor.
- Ei – Estalei os dedos, chamando por uma delas.
- Sim, em que posso ajudar? – Uma morena sorriu para mim, seus seios quase pulavam para fora do sutiã, de tão grandes que eram. Mordi o lábio e sorri olhando para ela.
- Me traga o de sempre, querida – Pisquei para ela.
- Só um minuto, senhor – Ela sorriu tentando me seduzir e a observei sair dali. Voltei a olhar o movimento e as garotas que dançavam naquela barra de ferro. Eram lindas e ainda por cima, loiras. Amo loiras.
- E aí, Malik – Ouvi a risada de Louis, ele se sentou ao meu lado.
- E aí, como vai? – O cumprimentei.
- Bem – Disse ele – E você? Ainda fora da lei? – Riu ele.
- Sempre – Ri revirando os olhos – Andar na lei, nunca foi o meu tipo.
- É, eu sei muito bem disso – Louis disse – E aí, veio ver mais um show das dançarinas mais cobiçadas daqui?
- Não perco nenhum show delas – As observei atentamente.
- Aqui está a sua bebida, senhor – A garçonete apareceu, me virei para ela.
- Obrigado – Peguei o copo e virei de uma vez na boca. Louis me olhou surpreso.
- Ei, calma Zayn – Disse ele – Eu não quero ter problemas com você na última vez.
Ele se refere a última vez que fiquei bêbado, que mal conseguia parar em pé e fui embora dirigindo em alta velocidade. O policial nos parou no caminho e por sorte, não revistou o carro. Se achassem as armas e as drogas, estaríamos encrencados.
- Não se preocupe, esse vai ser a única dose da noite – Coloquei o copo no balcão – Além do mais, quero estar sóbrio para transar hoje à noite. Não quero ver nenhuma vadia tentar roubar todo o meu dinheiro como na última vez.
- Tentaram roubar você? – Louis ergueu a sobrancelha.
- Tentou, mas não conseguiu – Falei seriamente – Dei um tiro na boca dela, logo em seguida.
- Malik, você é mal – Louis negou.
- Mal, porém todas me querem – Sorri maliciosamente vendo as garotas que passavam perto de mim, com bandejas na mão.
Louis riu novamente. É incrível como ele ri de tudo que eu falo. Ele pode até parecer um idiota, rindo à toa, mas é um dos melhores para matar alguém e manda-lo esconder o corpo. Nisso, ele é muito bom.
- Nem todas vão querer você – Disse ele.
Suspirei entediado, enquanto observava o movimento daquele lugar.
- Foda-se essas vadias que vendem o próprio corpo, por uns míseros trocados – Revirei os olhos – Estou de olho em uma garota diferente agora.
- Uma garota? – Me olhou curioso.
- Não, um homem – Sorri irônico – Claro que é uma garota, não seja idiota – Voltei a observar o movimento – E não é uma garota qualquer.
Louis sacou o que eu disse e assentiu com a cabeça. Mas ainda continuava curioso para saber quem era a tal garota na qual eu estava de olho.
- E quem é ela? – Louis perguntou.
- Perrie Edwards – Respondi – Ela vai ser a minha próxima vítima.
Louis riu maliciosamente.
- Como ela é?
- Perfeita – Mordi o lábio, sorrindo – Loira, olhos azuis.
- E o que você sabe sobre ela? – Perguntou.
- É herdeira de uma fortuna milionária, filha de um empresário, no qual vai me pagar por tudo que fez passar – Peguei um cigarro e o acendi – E para me vingar, vou atingir seu ponto fraco. A filhinha dele.
E uma das garotas mais belas que já vi, em seu rosto, consigo identificar que ela não tem nenhum pingo de inocência em seu corpo. Ela era a garota perfeita para me satisfazer, a garota perfeita para seduzir e deixa-la louca por mim. Porém, é a única pela qual eu tenho olhos no momento. Ela parece ser uma garota difícil, mas isso vai mudar.
Louis caiu na gargalhada.
- E por que acha que conseguiria essa riquinha só para você? Ela deve andar com muitos seguranças, para todos os lados.
O encarei.
- Homens de preto armados, é o menor dos meus problemas – Eu disse e levantei a sobrancelha.
- E como pode afirmar isso com tanta tranquilidade? – Louis riu.
- Ela vai estar na palma das minhas mãos, você vai ver – Soltei a fumaça do cigarro – Essa garota vai ser minha.
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