História Stockholm Syndrome || Zerrie - I'm Falling In Love?

Nossas línguas se envolviam, explorando cada cantinho da boca um do outro. Era o beijo mais excitante que já ganhei, e apesar da brutalidade, o lado maldoso e sem piedade, Zayn me fez sentir bem, seu beijo me dizia que eu poderia confiar nele que em mim, ele não iria tocar com a intensão de me machucar. A faca ensanguentada caiu de sua mão fazendo com que sua mão acariciasse a minha cintura, uma caricia delicada. Mesmo me beijando, dizendo que não iria me matar, não mudava a minha visão sobre ele. Um criminoso mal, que sempre quando me olha nos olhos, acaba me tratando como lixo, depois.
            Zayn finalizou aquele beijo e abriu os olhos, olhando para mim. Conseguíamos ouvir a respiração um do outro e mesmo sendo apenas um beijo, aquilo estava quente.
            - Vem – Zayn limpou o canto dos lábios e pegou a faca do chão – Preciso da sua ajuda.
            Entrou dentro do escritório e abriu uma das gavetas da mesa, pegando um saco preto que estava dobrado. Cruzei meus braços abraçando meus cotovelos, e entrei ali dentro. Olhei o corpo e Lauren no chão, ela teve um fim horrível.
            - Não fique aí parada e me ajude a colocar ela dentro desse saco – Zayn pegou o tal saco preto e deu para mim. Abri o tal saco enquanto ele colocava o corpo ela ali dentro. Meu coração estava a mil, não me imaginaria fazendo isso.
            - O que vai fazer com ela? – Engoli o seco.
            - Me livrar – Deu os ombros, me olhou – Vista-se, você vem comigo.
            Ir com ele?
            - Ir com você? – Arregalei os olhos – Mas, para onde?
            - Você vai ver – Sorriu piscando o olho – Vá para o quarto e se vista.
            Sem entender nada, apenas fiz o que ele me pediu para fazer. Saí dali completamente traumatizada, tanto com o cadáver da Lauren no chão do escritório, quanto o beijo que Zayn me deu. Por que ele me beijou? Ele com certeza, não sentiria nada por mim, ainda mais tendo tanto ódio de mim e da minha família. Entrei no quarto tocando em meus lábios, ainda sentia o seu beijo, ainda tinha um pouco daquele beijo em minha boca. Ele diz que não vai me matar, mas me mantem presa aqui. Me maltrata, é ignorante e de uma hora para outra, me beija como se nada estivesse acontecendo. Não consigo decifrar Zayn. Ele é como cálculos matemáticos, é difícil de se entender.
            Amber havia separado muitas roupas que eu iria usar, peguei uma blusa cor vinho de mangas longas e vesti um jeans. Coloquei sapatos e e penteei meus cabelos os deixando livremente soltos. Me olhei no espelho, estava pensativa. Sei que nunca conseguirei sair daqui tão fácil, mas tenho que admitir que também não quero voltar para casa, para casa de um homem ladrão que eu sempre chamei de pai. Mas meu sonho era terminar minha faculdade, ser alguém... Porém, desfrutava o dinheiro que não meu, nem dele, apenas do Zayn e de sua família na qual foi destruída e arruinada. Saí do quarto descendo as escadas e Zayn mexia no celular, havia um saco preto ao seu lado. Era o corpo de Lauren ali dentro, e eu me arrepiei inteira só de pensar que ela estava ali dentro. Sem contar que Harry, Louis, e Liam estava ali perto. Zayn guardou o celular no bolso e me viu, fez um pequeno sinal para que eu descesse a escada e eu obedeci.
            - Ela vai junto com você? – Louis arqueou as sobrancelhas.
            - Vai – Zayn assentiu.
            Liam deu uma risada perversa e cruzou os braços.
            - Ela finalmente vai ver que tipo de pessoa você é – Disse ele.
            - Cale a boca – Zayn revirou os olhos e assim que me aproximei deles, ele pegou em meu braço – Vamos.
            - Ei me solte – Sacudi meu braço e ele me olhou – Eu sei andar sozinha, ok?
            - Não garanto que seja confiável o suficiente, para deixar você andar sozinha – Sorriu e logo ficou sério – Sabe muito bem o que vai acontecer com você, se tentar fugir de mim – Ele me encarou, e depois olhou para o Niall – Leve esse saco para o carro.
            Niall pegou o saco preto e todos o acompanharam até o carro. Zayn voltou a olhar para mim, eu estava brava, séria e ao mesmo tempo, assustada e com o frio a barriga.
            - Você é doente da cabeça – Neguei.
            - E você fala demais – Revirou os olhos pegando em meu braço novamente, mas logo me soltei.
            - Não encoste em mim – Exclamei.
            - E por que não? – Cerrou os olhos se aproximando novamente, enquanto eu dava passos para trás.
            - Por que você é perigoso, é impuro e um assassino – Falei confiante tentando não demonstrar medo.
            - Você não disse isso quando nos beijamos – Me prensou na parede mais uma vez, me fazendo prender a respiração – Suas palavras de ódio, não me afetam nem um pouquinho.
            - Me solta Zayn – Gritei sacudindo as minhas pernas.
            - Fica quieta, mas que droga – Zayn gritou tampando a minha boca, ele olhou para mim e mais uma vez colou nossos lábios. Agora toda vez eu começar a gritar ele vai me beijar, para me calar?
            - Agora, vê se cala a boca e seja uma boa menina – Sussurrou entre o beijo. Aquilo me fez ficar corada, arrepiada e algo se acendeu dentro de mim. Por que e como, ele causa isso em mim? Soltei uma respiração abafada e logo o empurrei para recuperar o folego. Zayn olhou para mim sorridente e limpando o canto dos lábios.
            - Será que além de querer te denunciar por sequestro, vou ter que te acusar de assédio? – O encarei.
            - Assédio? – Riu – Você nem fez questão de me evitar – Piscou para mim, o que me fez ficar totalmente sem jeito – Agora vamos logo, antes que fique tarde.
            Zayn pegou em meu braço novamente e foi me levando para fora da casa. Quando cheguei aqui, estava desmaiada devido ao clorofórmio e só agora pude ver como era aquela casa por fora. Era imensa e não suspeita ser uma casa de criminosos. O carro estava estacionado em frente a casa, e quando chegamos ele finalmente me soltou.
            - Vocês – Zayn olhou para os outros rapazes – Vocês irão ficar.
            - E por que? – Harry revirou os olhos.
            - Sem perguntas, Harry – Ele bufou – Apenas façam o que eu estou mandando.
            - Olha, eu estou cansado de ser mandado a fazer isso, fazer aquilo – Liam se irritou – Você não manda em nada, Zayn.
            - É melhor calar a boca, antes que eu estoure a sua cabeça – Zayn apontou uma arma para Liam, que logo o encarou sério e deu um passo para trás. Como Zayn conseguia fazer com que todos o obedecessem a ele? Que tipo de poder superior ele tinha, para fazer todos fazerem o que ele queria? Eu não sei, mas sei que ele era o mais perigoso dali.
            - Se acalma, cara – Louis se aproximou e abaixou a arma que Zayn segurava – Não se altere assim, alguém pode nos ver – Ele olhou para os dois lados da rua.
            - Bem pensado, Louis – Zayn encarou Liam enquanto guardava a arma – Perrie, entre no carro – Ele olhou para mim.
            Engoli o seco e um pouco tremula, abri a porta da frente e entrei dentro do carro ficando imóvel naquele banco.
            - Você se acha o chefe daqui – Liam cerrou os olhos – Mas não é bem assim.
            - E você acha que pode me desafiar, mas também, não é bem assim – Zayn o encarou e olhou para os outros – Vocês irão ficar aqui, ouviram? Eu não vou demorar.
            - E por que Perrie tem ir com você? Ela não é a sua refém? – Harry perguntou.
            - Não quero correr risco de você esbarrar suas mãos nela – Zayn o encarou sério.
            - Otário – Harry murmurou e saiu dali, junto com os outros. Zayn apenas bufou, colocou os óculos escuros e entrou no carro olhando para os lados. Fechou a porta a travando e depois, ligando o carro.
            - Por que está tão irritado? – Arrisquei a perguntar.
            - Não é nada – Suspirou ele começando a dirigir.
           
            xx

            Depois de alguns minutos dirigindo, Zayn me levou para um lugar afastado da cidade, onde havia muita seca. Parecia um deserto e o sol estava radiante. Zayn tirou o carro da estrada e dirigiu até a ponta de um barranco, logo em seguida descendo do carro. Abri a porta saindo também, o vento era fraco e o sol estava forte. O barranco era alto demais, ninguém chegaria vivo no chão daquele lugar. Coloquei a mão na testa para impedir que o sol agredisse meu rosto, até ver Zayn abrindo o porta-malas e tirando aquele saco preto.
            - O que vai fazer? – Cruzei mus braços.
            Ele não respondeu, apenas colocou o saco com o corpo da Lauren no chão e o chutou fazendo ele cair pelo barranco. Assistiu aquela cair e rolar pelo barranco, com um sorriso em seu rosto. Engoli o seco e o olhei.
            - Como você consegue se divertir com isso? – Murmurei.
            - Não sei, é excitante – Mordeu o lábio e riu – Você não gosta?
            - Que pergunta mais idiota – Revirei os olhos e me virei para ir até o carro, mas ele me puxou pelo pulso me fazendo olhar para ele.
            - Onde pensa que vai? – Cerrou os olhos.
            - Sair daqui – Exclamei.
            - Nem pense nisso – Exclamou me agarrando mais uma vez.
            - Me solta – Gritei batendo em seu peito, até que consegui bater meu joelho em suas partes íntimas. Zayn deu um gemido rouco e me soltou devido a dor que sentia naquele momento. Na primeira oportunidade que tive, corri para o carro e fechei a porta.
            - Perrie, não se atreva a fazer isso – Gritou ele correndo até a porta do carro, com uma de suas mãos apertando seu membro fortemente devido ao chute que eu dei. Ele alcançou a porta do carro a abrindo e me tirando dali de dentro. Ele me prensou contra o carro, nos deixando, tipo, extremamente colados novamente.
            - Me solta, está me machucando – Exclamei.
            - Você se acha esperta o suficiente para tentar fugir de mim, mas não é – Ele gritou apertando meu maxilar me fazendo olhar para ele – Não se esqueça que estamos afastados da cidade e que não adianta gritar, ninguém vai ouvir você.
            - Você matou aquela mulher, não vai demorar muito para fazer o mesmo comigo – Comecei a chorar.
            - Eu já disse – Exclamou – Não vou matar você.
            - Então me liberte, eu não aguento mais – Exclamei novamente.
            - Nunca – Gritou alto – Você vai ser minha Perrie, você vai ser apenas minha e não deixarei você fugir de mim.
            - Você está louco – Eu tremia.
            - Você está me deixando louco, não consigo resistir a você, Perrie – Disse ele ofegante – Eu quero você pra mim.
            Arregalei os olhos, Zayn me beijou pela terceira vez, mas não foi nada violento. Foi intenso, havia partículas de sentimentos naquele terceiro beijo e eu, mais uma vez, não consegui resistir ao seu beijo. Aquilo iria virar rotina? Eu iria me apaixonar por um criminoso? O vento em meus cabelos e os nossos olhos se cruzam mais uma vez.
            - Não, isso não pode ser possível – Neguei.
            - Sim, pode ser possível, sim – Me agarrou novamente – Eu posso até ser louco, Perrie. Mas você também é culpada, por me deixar tão obcecado por você – Ele colocou sua testa, na minha e fechou os olhos – Você não vai fugir de mim, você é a minha refém, a minha prisioneira – Sussurrou.
            Comprimi os olhos fortemente, lágrimas caíam de meus olhos e algo muito forte estava se acendendo dentro de mim, cada vez mais. Ele me queria só para ele. Zayn era o deus grego do mal, um pedaço do mal caminho que me beijava me deixando excitada por ele. Eu estou me apaixonando por um criminoso? Estou sendo atraída por Zayn Malik?
            Ouvimos sirenes se aproximando cada vez e Zayn arregalou os olhos, estranhou aquele barulho.
            - O que é isso? Que barulho é esse? – Olhei para trás e vi carros se aproximando.
            - Merda, é a polícia – Zayn se assustou.
            - A polícia? – Arregalei os olhos.
            - Entra no carro – Ele abriu a porta me colocando ali dentro.
            - M-Mas, Zayn – O olhei.
            - Você não vai com eles, você vem comigo – Exclamou ele e começou a dirigir em alta velocidade.