História Stockholm Syndrome || Zerrie - Who's Zayn Malik?

Abri meus olhos lentamente, minha visão estava um pouco embasada e a boca apertada pela mordaça. Minha cabeça doía um pouco, estava encima de uma cama de casal, com os pés e as mãos amarradas. Olhei em volta, era um quarto escuro e não muito grande. Tinha cortinas vermelhas e estava totalmente escuro, exceto pelo abajur aceso ali ao lado. Arregalei os olhos, estava assustada por estar sozinha, fui sequestrada e não faço ideia aonde estou.
            A porta do quarto estava sendo destrancada e dois caras entraram, um deles era o tal Harry que me pegou e o outro, usava um boné, estava de regata preta exibindo seus braços musculosos. Com certeza era o cara quem dirigia aquele carro. Tentei me encolher na cama, assim que se aproximaram. Seus olhares eram perversos, maldosos e não sei o que eles poderiam ser capazes de fazer comigo.
            - A bela adormecida acordou – Harry sorriu para mim, soltou uma risada – Dormiu bem?
            O encarei amedrontada, ele me dava medo e pareciam ser muito perigosos. Engoli o seco, minha pele estava arrepiada e eu só queria poder gritar por socorro.
            - Que mal-educada, não responde – O cara ao lado do Harry, riu sarcástico – Aconteceu alguma coisa com a sua boca, que não consegue falar?
            - Mas não se preocupe, querida – Harry piscou – Zayn vai chegar daqui alguns minutos, e aí vamos ver se você vai se recusar a falar.
            Zayn? Quem era Zayn?
            - Isso se ele não a matar antes – O cara ao lado de Harry, disse – Aí sim ela não vai falar nunca mais.
            - Você deve estar doido para assistir ela morrer – Harry riu para ele – Se controle, Liam.
            Arregalei os olhos assustada. Por que eles querem me matar? O que fiz para eles? São psicopatas que matam por diversão? Por que justo eu?
            - Na verdade, eu queria provar um pouco, antes de acabarmos com ela – Liam olhou para o Harry – O que você acha?
            - Ótima ideia – Harry sorriu malicioso e olhou para mim.
            Meus olhos lacrimejaram, e com um olhar implorava para terem piedade de mim e pensarem no que estavam fazendo. Mas aquilo não adiantou. Liam me puxou me fazendo ficar deitada e colocou meus braços para cima, os prensando contra o colchão. Comecei a chorar e imitir sons com a boca, tentando gritar, mas aquela mordaça me impedia.
            - É melhor você colaborar com o Daddy – Ele me fez olhar para ele, apertando meu maxilar – Ou eu vou esquartejar você aqui mesmo, está ouvindo?
            Liam tirou a regata, Harry fez o mesmo tirando o cinto da sua calça. Comecei a chorar mais ainda, comprimi meus olhos virando meu rosto, eu não queria ver aquilo, eu não queria vivenciar aquela cena tão suja e impura, de dois homens querendo me violentar e me matar logo em seguida. Quando um deles se preparam para tirarem a minha roupa, ouvi a porta abrir e mais três homens entrarem no quarto. Um deles era loiro de olhos azuis, o outro tinha olhos azuis e cabelo castanho e o do meio, tinha olhos castanhos, cabelos negros e uma barba. Usava uma jaqueta preta e franziu as sobrancelhas ao verem Liam e Harry tirando a minha roupa.
            - Que merda estão fazendo? – Disse sério e rouco.
            - Não está óbvio, Malik? – O loiro revirou os olhos.
            - Cala boca Niall – Harry revirou os olhos.
            - Eu sempre desconfiei de vocês – O outro cara de olhos azuis, riu.
            - Não é nada disso – Liam bufou.
            - Estamos apenas se divertindo com a nossa nova refém – Harry deu os ombros.
            O tal Malik se aproximou dos dois, ele estava bravo, dava para ver em seu rosto. Ergueu as sobrancelhas e os encarou.
            - Ninguém vai tocar nela – Sua voz era rouca e fria – Entenderam? Ninguém.
            - E por que não? – Liam se revoltou.
            - Por que eu não quero – Disse – Agora saiam daqui.
            - Sabe o trabalho que eu tive para seguir essa garota, sem que ela corresse? O mínimo que você poderia fazer é nós deixar...
            - Harry – Malik exclamou impaciente – Eu disse para saírem daqui. Se quiserem sexo com alguém, arranje outra. Mas nela, ninguém vai tocar.
            Os dois reviraram os olhos, Liam pegou a regata que estava no chão e todos saíram do quarto. Ele trancou a porta novamente e olhou para mim. Observei que sua mão era totalmente tatuada e seu jeito era estranho. Tinha um andar cafajeste.
            - Perrie Edwards, não é? – Sorriu para mim, aquilo me fez ficar mais amedrontada do que eu já estava, então só assenti com a cabeça – Ótimo, é você mesma quem eu quero.
            Me quer? Como assim? O que ele sabe, como sabe que meu nome é Perrie? O que ele quer de mim? Ele reparou que eu não parava de me mexer, apenas revirou os olhos e foi até mim, tirando a mordaça.
            - Socorro – Gritei com todas as minhas forças.
            - Fica quieta, eu odeio gritos em ocasiões erradas – Disse ele tampando minha boca novamente – É melhor colaborar comigo, querida – Me encarou.
            - O que você quer de mim? – Derramava lágrimas – Por favor, tenha piedade de mim.
            - Ter piedade de você? – Riu debochando – Você vai ter que pedir piedade para o seu “papaizinho”, se ele quiser ver a filhinha dele viva novamente.
            - O que você quer? – O encarei chorando.
            - Vingança – Sussurrou sorridente.
            - Eu não conheço você, nunca fiz mal para ninguém...
            - Não, não, não – Riu me interrompendo – Não é de você que eu quero vingança, mas sim, do seu pai.
            Arregalei os olhos.
            - M-Me pai? Mas o que ele fez?
            - Pelo jeito seu papaizinho esconde muitas coisas de você, não? – Sorriu – Não se engane, pois tudo que você tem, o dinheiro, a maldita casa, os carros, a empresa – Ele apertou o punho ao mencionar sobre a empresa – Toda essa riqueza, pertenceu a minha família que um dia, seu pai roubou tudo e foi embora.
            Arregalei os olhos ouvindo todas aquelas palavras saindo de sua boca. Como assim, meu pai roubou tudo? Ele seria incapaz de fazer uma coisa dessas, apesar da ambição, a ganancia, ele sempre trabalhou duro.
            - Isso não é verdade, meu pai nunca roubou nada – Exclamei.
            - Ele não só roubou, mas também matou meu pai – Me encarou – Seu pai destruiu com a minha família, roubou tudo que tínhamos e agora, está na hora de pagar – Se aproximou de mim – E eu vou usar você, como forma de pagamento.
            - E-Eu?
            - Exato – Piscou – A partir de agora, você será a minha refém. E daqui você não vai fugir.
            - Você não pode fazer isso – Minha voz estava trêmula.
            Ele tirou uma arma debaixo de sua blusa e apontou para mim.
            - Eu posso tudo que eu bem quiser – Sorriu – E eu, quero você. Se o seu pai te quiser viva, vai ter que devolver tudo que roubou. Centavo por centavo.
            - Você não vai conseguir nada, me prendendo aqui – Exclamei.
            - É melhor você abaixar a voz ao falar comigo – Ele ameaçou a puxar o gatilho – Ou vai saber quem é Zayn Malik.