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História Stockholm Syndrome || Zerrie - Contract


Escrita por: HelloIsZerrie

Notas do Autor


boa leitura <3

Capítulo 8 - Contract


Fanfic / Fanfiction Stockholm Syndrome || Zerrie - Contract

Finalmente iria poder saber o que estava realmente acontecendo, o motivo de me prender nesta casa. Sim, ele quer se vingar. Mas por que? Como ele sabe do meu pai? Zayn colocou as mãos no bolso e foi para a janela. Olhava lá para fora, atentamente. Suspirou e começou a falar.
            - Tudo começou quando meu pai se aliou com um jovem empresário, que prometia nos ajudar a melhorar nossos recursos na empresa – Disse ele e olhou para mim – E esse empresário, era o seu pai.
            Arregalei os olhos, engoli o seco. Continuou.
            - Ele havia prometido tudo – Disse – Garantiu que iriamos crescer, nossos produtos e nossas vendas iriam enriquecer tão rapidamente, quando menos esperamos – Zayn apertou o punho – E foi o que aconteceu.
            - O que aconteceu? – Perguntei curiosa.
            - Nossos pais viraram bons amigos, depois disso – Continuou ele – E meu pai botou toda a confiança, naquele canalha. Deixou que ele dirigisse a empresa, os negócios.
            - Esse “canalha” é meu pai – Cerrei os olhos.
            Zayn me olhou seriamente e voltou a apertar o punho. Por um minuto, pensei que ele viria até mim e me bater.
            - O seu “pai”, aproveitou da minha família, sabotou documentos, cheques e nos deixou sem nenhum centavo. Colocou tudo em nome dele – Me encarou – Aquele merda, tomou tudo que era nosso, invadiu a casa e matou o meu pai a tiros. Uma maneira de se livrar dele de uma vez por todas – Na medida em que ele ia contado, sua voz aumentava – Minha mãe não sabia o que fazer, estávamos na rua sem nenhum centavo. O tempo passou e ela acabou adoecendo. E a culpa da desgraça em minha vida, é o seu pai.
            Eu estava pasmada, não sabia o que dizer. Não sei se acreditava nele, ou não. Mas seus olhos marejaram, e naquele momento pude enxergar a verdade em suas palavras. Ele queria chorar, eu sei que queria. Mas era forte, era a pessoa mais forte que eu já conheci.
            - Não pode ser – Murmurei surpresa – Não, deve ser um engano. Você pegou a pessoa errada.
            - Não, eu sei muito bem o que estou fazendo – Ele foi até a gaveta da cômoda e pegou alguns papeis – Essas são as provas, de que seu pai é um ladrão.
            Zayn me mostrou documentos com a assinatura do meu pai. E que por sinal era realmente a assinatura dele em todos aqueles papéis. Minha respiração estava ofegante.
            - Então... A empresa é...
            - Sim – Disse sério – A empresa, a casa, tudo que você tem, foi comprado com o dinheiro da minha família. E agora, sabendo que a família Edwards tem uma herdeira, quero faze-los sofrer sem a filhinha deles. E se caso, algum dia, te acharem... Vou querer todos os seus bens, em troca da sua liberdade.
            Meus olhos marejaram.
            - Por isso que me prende aqui – Disse com a voz embargada – Quer ver a minha família sofrer com o meu desaparecimento?
            - Que esperta, Loira – Sorriu sarcástico – Estou começando a gostar de você.
            Abaixei a cabeça ouvindo o seu riso de maldade. Eu não acredito que aquela riqueza toda onde vivi por toda a minha vida, na verdade era da família do Zayn. Principalmente a empresa, que foi tomada deles.
            - Há quanto tempo está fazendo isso? – Engoli o seco.
            - Já faz uns quatro anos – Sorriu com o mesmo sarcasmo de sempre – Mas não se preocupe você vai ser minha refém por muito mais tempo.
            - Mas eu não tenho nada a ver com isso, por favor, não seja tão duro com si mesmo – Derramei lágrimas – Me deixa sair daqui.
            - Não te ensinaram que “não é não”? – Riu – Não seja tão teimosa.
            - Se você quiser, eu posso te dar tudo que você tem direito – Dizia, ele revirou os olhos – Te dou a quantia que quiser mas, por favor, me deixa sair daqui.
            Ele acabou se irritando, me deitou na cama rapidamente e apertou meu maxilar me fazendo olhar para ele. As lágrimas do medo, caíam sem parar.
            - Eu não quero nada de você, ouviu bem? – Exclamou – A única coisa que eu quero, é que você cale essa boca e que aprenda de uma vez por todas, que você não vai me fazer mudar de ideia. Você é minha, e ponto final.
            Sou dele?
            - Eu não quero ser sua.
            - Tem outra sugestão? – Me encarou.
            Nossos olhos se cruzaram, ficamos em silêncio por um momento se olhando. Os olhos de Zayn eram lindos e eu não havia reparado nisso. Olhos tão lindos, porém um homem de alma vingativa. Seus olhos olhavam para mim e logo desceu para os meus lábios. Pude ouvir sua respiração próxima de mim, eu apenas fechei os olhos com a respiração ofegante.
            - Você não vai fugir de mim – Sussurrou – Você é minha agora.
            Abri meus olhos e ele voltou a me olhar. Estava sendo difícil para mim. Zayn era esperto, um criminoso inteligente, eu devo admitir isso. Eu não tinha outra escolha a não ser aceitar essa situação.
            - Não os machuque – Falei baixo – Por mais cruel que meu pai seja, por favor, não o machuque.
            - E por que iria obedecer você? – Arqueou a sobrancelha.
            Suspirei.
            - Eu prometo que, não irei mais gritar, não irei tentar fugir de você – Falei soltando um suspiro de alivio, parecia que estava tirando peso de cima de minhas costas.
            - Você é mentirosa – Cerrou os olhos e saiu de cima de mim – Até parece.
            - Por favor – Voltei a me sentar na cama – Confia em mim – O olhei – Estou dando a minha palavra, que se me soltar dessas algemas, desse quarto... Eu prometo que não irei fugir de você.
            Zayn deu um pequeno riso de deboche.
            - Eu não confio em ninguém, muito menos em uma refém.
            - Eu juro, Zayn – Implorei – Dou minha palavra.
            Pensou, revirou os olhos e negou. Voltou a olhar para mim, olhou para os meus pés amarrados, as minhas mãos algemadas e poderia imaginar como eu estava sofrendo estando presa aqui, sem comer e nem direito a um banho. Suspirou e enfiou a mão no bolso tirando uma pequena chave, se aproximou se abaixando diante de mim. Começou a tirar as algemas.
            - Obrigada – Fechei os olhos, suspirando aliviada.
            - É melhor não agradecer – Disse friamente e começou a desamarrar meus pés – Pois se tentar fugir, vai sofrer as consequências. Vou estar vigiando você o tempo todo.
            - Dei minha palavra – Disse e o olhei – Mas, você também vai me prometer que não vai machucar meus pais.
            - O que é? – Franziu as sobrancelhas – Isso não está em meus planos.
            - É um acordo, Zayn – Falei – E você vai ter que cumprir, senão eu posso chamar a polícia contra você.
            - Escute bem – Ele pegou a arma e apontou para mim – Não me desafie, não sabe com quem está se metendo.
            Olhei para a arma e depois para ele.
            - Não pode me matar – Neguei – Se me matar, nunca via conseguir nada do que meu pai lhe deve.
            Me encarou. Acho que sou a primeira a pessoa a desafia-lo. Corajosa? Talvez, mas eu precisava me manter firme e forte. Zayn abaixou a arma e se levantou do chão.
            - Tudo bem, eu não vou fazer nada com o seu “papaizinho” – Ele fez uma voz de nojo, me encarou novamente – Por enquanto.
            Olhei para os meus pulsos, as algemas estavam marcadas ali e finalmente pude me levantar e esticar minhas pernas.
            - Já que não vou sair daqui, pelo menos me dê direito a um banho – Suspirei – Onde colocou a minha bolsa?
            - E pra que quer saber dela? – Revirou os olhos e tirou um cigarro da carteira, o colocando na boca e acendendo.
            - Eu tenho meu celular, meu pijama, escova de dentes naquela bolsa – Disse – Poderia me dar?
            - Não – Negou – Você não vai precisar daquelas coisas, aqui não vai faltar nada pra você – Soltou a fumaça branca do cigarro.
            Respirei fundo.
            - Já que estou livre das algemas, das cordas, eu gostaria muito de ter o meu próprio quarto – Disse.
            - Seu quarto? – Gargalhou – Vai sonhando, Loira. Você irá dormir aqui.
            Com ele?
            - Com você? – Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha. Ele me olhou soltando a fumaça do cigarro e depois deu um sorriso bem maroto, cerrei os olhos.
            - Nunca dormiu com um homem?
            Aquela pergunta foi totalmente indecente, indiscreta e sem escrúpulos. Arqueei a sobrancelha, ele se divertia com a minha timidez. Ele tinha cara de safado, e eu não quero que ele ouse tocar em mim.
            - Isso não é da sua conta – Murmurei.
            - Veja como fala comigo, ou vou te colocar de castigo – Cerrou os olhos, deu mais uma tragada – Acho bom se comportar, ou eu mato você e sua família.
            O encarei.
            - Não vou dormir na mesma cama que você – Recusei me levantando e me afastando dele – Vai saber quantas mulheres já dormiram aí...
            Zayn caiu na gargalhada.
            - Você é a primeira que trago para dormir em meu quarto – Se aproximou – As outras, eu não me atrevo a traze-las.
            - E por que não? – Perguntei.
            - Por que vadias, são apenas vadias – Revirou os olhos – Eu não vou dar ao luxo de leva-las para a minha cama.
            Zayn me olhou dos pés à cabeça, voltou a olhar diretamente em meus olhos. Por que eu acabei corando com aquilo? Além de criminoso, assassino também é um grande galinha um homem que gosta de tratar mulheres como capacho.
            - Mesmo assim, eu não quero dormir aqui – Neguei – Eu quero um outro quarto, uma outra cama.
            - Não torne as coisas tão difíceis – Se aproximou fazendo com que meu corpo se chocasse na parede – Sabe muito bem do que sou capaz de fazer.
            Nossos corpos estavam próximos demais, praticamente laçados um ao outro. Podia ouvir a sua respiração, ver que seus olhos olhavam para o azul dos meus olhos, para o meu corpo, para os meus lábios.
            - Tudo bem – Abaixei a cabeça, mas logo levantei – Mas eu aviso você de uma coisa. Não ouse esbarrar um só dedo em mim.
            Ele riu surpreso.
            - Que perigosa, Loira – Mordeu o lábio – Gostei disso.
            Revirei os olhos.
            - Poderia me dar licença? Preciso tomar um banho – Disse eu – Preciso de uma toalha.
            - Amber irá providenciar toalha de banho, e algumas roupas para vestir – Ele me olhou de cima a baixo – Estou enjoando de vê-la com essa roupa, vista algo menos solto.
            Ele me encarou e saiu dali, fechando a porta do quarto. Franzi as sobrancelhas? Menos solto?


Notas Finais


COMENTEM :3


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