Coloco uma calça jeans, uma blusa branca, uma jaqueta, salto-alto branco e desço.
-Vamos?
-Aham, mas vamos buscar o Mingus na casa dele.
-Casa do Mingus, tipo, a casa do Norman Reedus?
-Sim, provavelmente esteja lá, mas a gente tem que ir rápido.
-Tá vamos logo, então.
-Poxa, se animou, assim rápido?
-Não sei se você lembra, oo esperto, mas eu assisto The Walking Dead, ver o Norman Reedus é tipo SONHO. Pra ti é normal, tu trabalha com ele, é mais de boa. Agora, vamos.- Pego seu pulso e puxo para fora de casa.
Chandler aperta a campainha da casa do Mingus, e o pai dele atendeu. E sim, o pai dele é O Norman Reedus, então, quando ele abre a porta, congelo.
-Oi, Norman. O Mingus tá em casa? Nós vamos no shopping.
-Sim, ele está no quarto dele. Entrem, ele vai demorar uns 10 minutos.
Enquanto isso, eu estava completamente sem reação. O meu ídolo estava bem ali, na minha frente.
-E você, deve ser a Alice, a menina que está morando na casa do garotão aqui, certo?- Caralho, ele sabe quem eu sou. Fico boquiaberta.- É um prazer te conhecer, Chandler e Mingus falaram muito de você.- Ele fala risonho e direciona sua mão de frente para o meu corpo, aperto a mesma.
-O-o.. O prazer é todo meu...- Gaguejo um pouco. Controle-se Alice. Ele sorri.
Ele nos convida para entrar, e fica sentado na sala, conversando conosco.
Eu ainda não consigo acreditar que eu estou falando com um dos meus atores favoritos de The Walking Dead, a ficha tá demorando pra cair. Até que ele e o Chandler tocam no assunto.
-Então, Alice. O Chandler me contou que assiste The Walking Dead.- Po, que bom.
-Ah, contou?- Fuzilo o meu amigo.- É.. Eu meio que assisto sim..- Ele assente.
-Acho que ele ainda não..- Norman não termina a frase, pois Chandler o repreende.
-Contar o que?- Pergunto.
-Nada...
-Tá bom então...
Nisso Mingus desceu.
-Vamos então??
-Claro.- Chandler responde e me ajuda a levantar.
Mingus, eu e Chandler estamos caminhando. Eu estou na frente dos dois, nem sei direito por que. Estamos conversando, até que Mingus fala algo, para o Chandler, que me pega de surpresa:
-Tu tá ligado que o Sam tá muito afim da Alice né??- Ele sussurra, mas não me impede de escutar. Paro de andar no momento em que ele fala isso.
-O que??-Mingus, que estava literalmente atrás de mim, dá uma trombada nas minhas costas. Ignoro.
-AAII, pra que??- Mingus fala. Viro para ele.- As pessoas não param assim, sem aviso prévio.
-Como assim, o Sam tá afim de mim?- Pergunto, desesperada.
Chandler me olha com cara de: “Relaxa, é coisa da cabeça dele.” Mas não ajuda.
-Não. Não. Não. Isso não tá certo.
Não acredito que eu vou destruir outro quase relacionamento. Qual é o meu problema??
-Não, Lice. O Mingus tá viajando, e muito.- Chandler tenta me acalmar.- Vamos, eles já devem estar nos esperando.
Não dá muito certo, não consigo me mover, então ele, DE NOVO, me pega no colo e começa a caminhar, Mingus fica do nosso lado.
-Você gosta de me carregar ou o que?
-Bom, você não coopera com a gente, e você é levinha também.
-Você tá muito abusadinho pra quem acabou de sair de um relacionamento, viu? Fica aí pegando a Senhorita Farley o tempo inteirinho, vive agarrado nela, eu hein..
-A Hana não manda mais em mim, estou livre, então..
-Pena que não depende só de você.- Mingus fala. O que me faz gargalhar.
-Não sei se vocês sabem, mas eu não sou surda.
Chandler e Mingus dão risada por conta do meu comentário.
-Não se preocupa, pequena. O Chandler é medroso demais para tentar qualquer coisa com você.
-Nós somos só amigos.- Chandler fala. E eu concordo.
~No Shopping~
Chegamos na porta do Shopping, e Chandler finalmente me coloca no chão. (Sim, ele me carregou durante o caminho inteiro.)
Vemos Sophie e Sam, sentados em uma mesa da praça de alimentação. Caminhamos até lá, mas antes de eu chegar muito perto da mesa, Chan pede para o Mingus ir na frente, e me leva para uma parte da praça de alimentação que está vazia.
-Olha, aquilo que o Mingus falou sobre o Sam, era viagem, tá? Eu tenho quase certeza que ele tá afim da Lucy.
-É, eu sei.. É só porque, na hora, eu gelei.
-Eu sei, mas você tem que agir naturalmente, tá bem?- Faço que “sim” com a cabeça.
Caminhamos na direção da mesa em que nossos amigos se localizam. Quando chegamos lá, cumprimentamos todos, e os mesmos nos olham com um sorriso malicioso no rosto. Reviro os olhos.
18:30 p.m.
Eu e Chandler estamos saindo do shopping, quando vimos Hana beijando outro garoto. Quase se engolindo, mais especificamente.
Sinto o braço do Chandler tencionar, ele cerra o punho, dá passos largos e pesados na direção dele. Seu corpo inteiro está tenso, toco seu braço e pego sua mão, minha ação o acalma.
-Deixa, Chandler. Ela não vale nada.- O puxo para o outro lado.
Ele nem responde, o que no caso é bom. Chandler sabe controlar sua raiva de boca fechada, nesses momentos, seu silencio supera suas palavras.
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Chegamos em casa, ele não falou muito depois do que viu. Passo pela porta, ele vem atrás de mim, mas nenhum de nós fala nada.
Gina e William estão na Argentina, e não faço a mínima ideia de onde o Grayson está, então, eu acho que estamos sozinhos. Subo para o meu quarto, Chan sobe comigo, mas entra no quarto dele, ao invés de entrar no meu, como de costume.
-Se eu desconfiar que saiu de casa durante a noite, corto o seu pinto fora.
-Não vou...- Ele fala, rindo, em um tom sem graça.- Como você disse, ela não presta.- Ele sorri, mas sei que a ver com outro garoto, o atingiu violentamente.
-Você está mentindo,-caminho na direção dele, com passos ameaçadores, que aprendi a dar com o tempo.- mas eu não. Você merece alguém melhor. Você sabe que estou falando a verdade.
Chandler é maior que eu, mas sei ser tão ameaçadora pra ele quanto ele é para mim.
Finalmente, volto a minha postura normal, e caminho de volta para o meu quarto. Abro a porta, e dou meio passo para dentro.
-Por favor, não saia de casa.- Entro completamente no quarto, o deixando com seus próprios pensamentos, mesmo porque eu tenho os meus.
Entro no banheiro, tiro a roupa e encho a banheira. Depois dela estar completamente cheia, entro na mesma. Relaxo ali, fico pensando.
20:00 a.m.
Saio do banheiro, coloco um pijama e sento no chão, pensando na época em que eu era apenas uma menininha.
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