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História Stole My Heart - Noite no Colégio


Escrita por: katelynxriggs

Notas do Autor


Oii, amores!!
O capítulo de hoje ta bem legal, eu gostei bastante dele, espero que gostem!!

Capítulo 18 - Noite no Colégio


Fanfic / Fanfiction Stole My Heart - Noite no Colégio

Sexta-Feira, 06/02, 05:40 a.m.

Acordo com uma corrente gelada passando pelo meu rosto. Chandler já acordou.

Coloco o roupão e saio do quarto, ainda sonolenta. A porta do quarto dele está aberta, e o mesmo ainda está de pijama.

-Chan, fecha a janela do corredor quando você for tomar banho, por favor. Eu não alcanço.- Falo, esfregando os olhos e me encolhendo com o frio de fevereiro.

Ele ri, e fala:

-Tá bem, pequena.

Volto para o meu quarto e fecho a porta. Entro no banheiro.

Ligo o registro, e deixo a água quente bater no meu corpo. Não lavarei o cabelo hoje, pois o lavei ontem a tarde.

Saio do banheiro, com o roupão cobrindo o meu corpo, e entro no closet. Essa semana foi mais fria do que as que eu estava acostumada. O frio das primeiras semanas de janeiro foram os piores, mas agora, o frio congelante voltou, aparentemente com mais força.

Coloco uma calça jeans, uma blusa sem mangas (porque tem aquecedor na sala, então fica quente), um casaco quadriculado, um cachecol cinza, uma touca da mesma cor, e calço um par de botas.

Desço, ainda morrendo de frio, e sento na bancada.

-Vamos??-Chandler me pergunta, caminhando na direção da porta.

-Sim, mas antes, eu preciso de um café...- Falo, sonolenta.

-Aiai, ta bem, a gente passa na cafeteria antes de entrar no colégio. Eu esqueci de passar o café hoje.- Ele pega a minha mão, e me puxa delicadamente para fora de casa.

-Mas eu to com fome, Chandler...- Falo, miando um pouco.

-A gente compra um brownie também. Vamos a gente ta atrasado.

Olho no relógio, e vejo que são 07:05 a.m.

-Tá...- Bufo.

Ao sair de casa, a brisa fria de fevereiro passa por mim, e me faz tremer. Chan tira a jaqueta e me fala para colocar.

-Não! Fique com ela, você vai sentir frio.

-Ah, por favor. Melhor eu ficar com frio do que você.

-Você pode ficar doente!- Ele da de ombros e me entrega a jaqueta.- Ta, mas quando chegarmos na cafeteria você vai usar.

-Ta bem, agora veste isso e vamos.

Caminhamos até a cafeteria, compro um brownie e um copo de café, entrego a jaqueta ao Chandler e caminhamos para a escola.

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11:50 a.m.

A aula hoje foi chata, a maioria dos alunos nem prestou atenção, animados com a noite de hoje, e a festa da Sophie amanhã.

Eu e Chandler estamos andando para casa, conversando sobre a festa e sobre hoje a noite.

-Hoje vai ser muito legal.- Ele fala.

-É, acho que sim. Espero.

-Sempre é.

-Hum.

Ao chegar em casa, pego um prato para comer a minha salada, e subo.

Quando termino de comer, eu e Chandler lavamos a louça e ficamos assistindo televisão até dar 17:50 p.m.

Subo para o meu quarto, pego uma bolsa, e coloco pijama, escova de dentes, escova de cabelo, pasta de dente, um par de meias pantufas, e coloco tudo dentro.

-Chandler, - Fico na frente da porta do quarto dele, que está aberta- eu devo levar cobertor, e travesseiro?

-Aham...

Volto para o meu quarto e arrumo o resto das coisas.

18:45 p.m.

Eu e Chandler, estamos caminhando para a escola nesse exato momento, e deve estar bem estranho para quem vê de longe, porque estamos com travesseiro e cobertor na mão, com uma mochila no meio da rua, mas nem ligo para os olhares que pousam em nós. Tem até umas garotas que nos fazem parar enquanto falam “Ai, meu Deus! Você é o Chandler Riggs! Sou sua fã!”, e Chandler acaba falando com elas.

Ontem, Hana postou no twitter que os dois haviam terminado porque ele estava afim de outra garota, obviamente, ela queria pessoas (Que shippam Chana) ficassem com raiva de mim, e dele também.

Ele mesmo esclareceu no Twitter que não era verdade, claro que ainda tem algumas que acreditam. Duas garotas xingaram a mim e a ele, me chamaram de vagabunda. Não que tenha me machucado, mas me incomodou, pois aquilo não era verdade. Como não estava afim de discutir com elas, apenas baixei a cabeça.

Ao chegarmos na porta, Chandler pega as minhas mãos com delicadeza e fala:

-Espero que aquilo que elas falaram não tenha te atingido.

-Não atingiu, pois sei que fãs da Hana vão acreditar em cada palavra que ela disser; então, é capaz de piorar ou melhorar com o tempo. O que elas falaram não me incomoda, porque sei que são só duas garotas que nunca mais vou ver. Prefiro me importar com quem gosta de mim.

-Você me orgulha, sabia?- Ele sorri, e eu sorrio de volta.

Nossos amigos estão no pátio, sentados em uma das mesas.

-Oii!- Eu e ele falamos.

-Oii!- Todos falam em uníssono.

-Então, vocês sabem como vai ser a programação de hoje a noite?- Sam pergunta.

-Sei lá, só sei que lá pelas 19:00 eles vão colocar um filme de terror na 21B...- Lucy fala.

-Aff, vocês tem alguma ideia melhor do que ficar na 21B com aquele monte de gente?- Mingus pergunta.

-Hmm...-Sophie começa a pensar, com os olhos focados na ponta dos dedos, que se movimentam rapidamente, até que ela levanta a cabeça e lança um olhar um tanto quanto louco, que entrega que ela teve uma ideia.- Vamos para o último andar.- Ela sorri de um jeito insano.

-O andar do laboratório?-Mingus morde o lábio.- Pra que?

-Ah qual é? Nunca quis ir para lá, quando não tem ninguém?

-Não sei de onde você tem essas ideias..- Mingus resmunga, mas Sophie lança um olhar debochado- Tá, fechou..- Ele bufa.

-Também vou.- Falo, e todos concordam.

-Tá bem, o filme deve ter uns 90 minutos, e depois, eles vão fazer a gente jogar algum jogo horrível como sempre fazem, então, eu tenho um plano para a gente sair de lá antes deles acenderem as luzes.- Sophie fala, num tom insano.

-Como assim?- Emma pergunta, sem entender muito o que ela quer dizer, admito que também não estou entendendo bulhufas.

-Ah, vocês nunca vão se divertir tanto no colégio quanto hoje a noite. Eu garanto.- Sophie fala.

-Sophie, pega leve e explica direito, é a primeira vez deles com a gente. Sem ofensas.- Lucy fala.

-Tá bem,- ela tira um caderno e uma caneta da bolsa- olha só, o filme deve ter 90 minutos, e a 21B tem uma porta no canto esquerdo da sala, a porta da para a sala de inglês, e não vai ter ninguém lá, e o professor que vai ficar é o Sr. Carlton, e ele é meio mongol, então da para a gente sair um por um, sair da sala de inglês, subir as escadas e ir até o terceiro andar sem ninguém nos ver. -Ela faz uma pausa e pensa.- Mas a gente tem que voltar antes deles colocarem todo o mundo pra dormir. Tudo bem?

Todos assentimos.

20:00 p.m.

O filme está até legal, estou rindo dos sustos que o Mingus leva. Sophie lança um olhar de “tá na hora”, então cutuco Mingus, e depois Chandler, e eles cutucam os outros. Engatinhamos até o canto esquerdo. Sophie abre a porta sem fazer o mínimo barulho, saímos um por um, e quando todos saímos, Sophie encosta a porta. Saímos pela porta da sala de inglês, e subimos a escada correndo. Quando entramos no laboratório, sentamos no chão e respiramos um pouco.

-E agora, o que a gente faz?- Emma pergunta.

-Que tal a gente jogar verdade ou consequência?- Eric pergunta.

-Ahn...-Lucy fala.

-Herm.....-Charlie resmunga.

-É sério??- Luiza pergunta em português.

-Qual é?? Vamos jogar logo, o máximo que pode acontecer é rolar uns beijos e strip-tease, acho. Vamos!- Nem todos gostam da ideia, mas jogamos do mesmo jeito.- Só vamos deixar nas mesmas regras de sempre: Nada de consequências que envolvem sexo e esse tipo de coisa, porque vocês sabem que da errado.- Todos assentem.

15 minutos depois...

-Okay, é a minha vez.- Mingus fala, e gira a garrafa que se encontra no meio da nossa rodinha.

Sam deve perguntar para mim.

-Ta bem, Lice... Verdade ou consequência??- Sam pergunta, com um olhar malicioso.

-Hmm, eu ia falar consequência, mas esse seu olhar malicioso me assustou, então.. Verdade.

-Tá..- Ele pensa um pouco, e logo depois olha para mim.- Qual é o garoto mais bonito daqui?

-Humm...-Passo os olhos pelos garotos que se encontram lá. Droga, são todos muito bonitos, não é possível. Nunca fui o tipo de garota que assume muito rápido, então me sinto nervosa diante daquela situação, até que encontro uma saída.- O Edinho...- Aponto para o esqueleto.

-Garotos,- Chandler fala, levantando a mão- devo dizer que isso é um tanto quanto ofensivo.- Os meninos dão risada.

-Ah, fica quieto... O Sam perguntou, e eu respondi.

-Não, essa resposta não vale, Lice! Vai logo.- Sam fala, enquanto ri.

-É que, eu, de verdade, não sabia que tinham garotos aqui...

Todos, digo TODOS, os garotos que estão aqui conseguiram telepaticamente tacar travesseiros em mim ao mesmo tempo.

-Tá, agora é a minha vez de dizer que isso não foi legal!- Falo enquanto me recomponho, e depois devolvo os travesseiros pra eles.

-Para de enrolar!- Sam fala.

-Ai, que chato!- Falo em português.

-Fala a minha língua!

-Não, é a minha vez de girar.

Caiu no Mingus e na Lucy.

-Verdade ou consequência, Lucy?

-Consequência.- Lucy fala, confiante.

-Humm.. Já sei! Você tem que tirar a blusa do pijama na frente do....- Ele passa os olhos pelos garotos.- Sam!

-QUE?!- Ela e Sam perguntam ao mesmo tempo.

-Não!- Lucy troveja.

-Ahn... Eu não teria problema com isso.- Sam resmunga, mas Lucy escuta e o encara com as bochechas violentamente rosadas.

-TA! Mas você vai ter que beijar ele, pelo menos!

-Mas...-Lucy tenta pedir para mudar de consequência.

-Sem mas!

-Vai, Lucy..- Chandler apoia a mão no ombro dela, tentando a acalmar.- É só um beijinho, nada de mais...

-Beijinho não! Tem que ser aqueles de filme clichê que vocês três- Ele aponta para Maggie, Lucy e Luiza.- tanto falam... Vai Lucy.

Ela olha pro Sam, com as bochechas rosadas, e pergunta “Tudo bem?” com o olhar, ele faz que “Sim” com a cabeça. Eles se aproximam e iniciam um beijo, que realmente parece de um casal apaixonado. Bem, da parte da Lucy, quem sabe...

Está chovendo lá fora, chovendo muito, inclusive, raios estão fazendo um estrondo, mas os dois não param, continuam firmes ali. Até que uma serie de raios e relâmpagos começam a atormentar a sala onde estamos, e por um momento, penso que o barulho e a luz estão acompanhando a intensidade do beijo deles, quando eles encerram o beijo; um feixe de luz invade o local, e logo depois vem um estrondo, que faz com que a luz do abajur, a única fonte de luz que temos ali, apague.

-Merda...- Luiza fala.

Encaramos o quase casal, que troca olhares impressionados, e vemos que ambos estão com muita vergonha.

-Vamos continuar??- Lucy fala, num tom eletrizante.-Eu giro.

Cai no Eric e em mim.

-Humm, isso vai ser interessante... Verdade, ou consequência?

-Ahn.. Consequência, vai.

-Você vai ter que beijar o Charlie..

-Vocês vão começar com esse negocio de beijo?- Eric assente.- Tá, se não tiver problema, Charlie..

-Não tem.. É só um jogo, né?

Me  aproximo dele, e damos inicio a um beijo calmo e delicado.

Okay, eu não vou mentir. O Charlie beija muito, muito bem..

-Tá, agora é a minha vez...-Charlie gira a garrafa. Cai no Mingus e na Luiza.

-Verdade ou consequência, Lulu?

-Eu vou me arrepender muito disso, mas... Consequência.

-Você vai ter que sensualizar com o croissant de chocolate.. Se você quiser, pode pedir para uma das garotas fazerem isso com você.

-Que?? Tá né, tu é muito estranho mas tudo bem.. Alice, você faz comigo?

-Por que eu??

-Porque você é a única que tem chance de saber como as brasileiras fazem, por favor!

-Tá... Mingus, cadê o croissant?

Ele passa o croissant que está cheio de chocolate derretido dentro. Luiza, por que você me meteu nisso?

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Depois que eu e a Lu terminamos, encaramos os garotos e todos eles estão boquiabertos.

-Continuem logo. E parem de olhar para a gente assim, parecem um bando de lunáticos!- Falo, sentindo as minhas bochechas esquentarem.

-Ta, minha vez.- A Lu fala, e senta. A garrafa gira, da duas voltas, e cai em mim pro Chandler.

-Ta, Chan... Verdade ou consequência?

-Consequência..

-Você tem que beijar a Luiza...

-Porra, Alice, pra que?-Pergunta em português, e eu faço um coração com as mãos.- Vou morrer de vergonha hoje, por sua causa ainda por cima.

-Parem de enrolar!- Sam fala.

Eles aproximam o rosto um do outro e beijam, simples assim.

-Tá gente, tá ficando chato... Que tal fazermos outra coisa??-Sophie fala.

-O que você sugere??-Mingus pergunta.

-Bom, acho que seria legal a gente jogar um tipo de pique-esconde...- Ela responde.

-Como é?? Temos 7 anos agora??- Ele fala.

-Temos 40 anos agora??- Sophie retruca.

-Tá, como assim “um tipo de pique-esconde?”

-Quem estiver procurando, tem que tocar na pessoa para ela ajudar a procurar. E não podemos sair do terceiro andar. Pode ser??

Assentimos.

-Tá, quem levantar por último conta!- Ao falar isso ela dá um pulo.

-Tá bem, o Eric perdeu, o Eric conta.- Emma fala, rindo. Ele bufa.

-Até 50, devagar, alto. Pode ser??-Sam fala, Eric da de ombros, e vira de costas com as mãos nos olhos.

-Um.......dois....- Saímos correndo.

Saio correndo para fora do laboratório, vou até o extremo direito, direção contrária ao laboratório, e me escondo atrás de um quadro negro. Por favor, que não tenha nenhuma aranha aqui. Saio de trás do quarto, ligo a lanterna do celular, e começo a caminhar pelo espaço. Encontro duas outras portas. Abro a primeira, e da para um corredor, que se não me engano, da para o laboratório. A outra porta da para uma escada, e o telhado. Onde tem uma torre com uma janela. 

Sento sobre o parapeito largo, e deixo o vento soprar, fazendo o meu cabelo voar. Ouço um barulho, e desço, com medo de ser alguém da diretoria ou o Eric; ou qualquer outra pessoa, e saio correndo para o corredor principal, mas como está escuro, não enxergo muito claramente, então esbarro em alguém, e caio em cima do mesmo.

-Mas que diabos...

-Ai!

-Chandler...

-Alice.- Tento levantar.- Aii, pode por favor sair de cima de mim??- Ele fala, rindo. Tento, mas não funciona, meu pé prendeu na madeira (meu cadarço, pra falar a verdade).

-Não to conseguindo, meu cadarço prendeu.- Ele morde o lábio.

-Tá... Não se meche. –Ele pega na minha cintura, e prende os pés nos meus, e gira para o lado, mudando as posições. Legal, agora ele tá em cima de mim.

Ele me analisa por um segundo, fica ali parado, olhando para mim. Isso me assusta.

-Ta, eu vou levantar, e depois te ajudo a tirar o cadarço dali.- Assinto, sem poder me mexer.

Ele levanta, e depois me fala pra sentar, então se ajoelha, e tira o cadarço do buraco minúsculo que tem no chão. Olho em volta, e vejo Mingus sussurrando “to vendo alguém”.

-Agora,- levanto e seguro sua mão- corre!

Saio correndo e puxo ele comigo, entramos no sótão e Mingus vem atrás, o empurro para a porta que descobri uns 15 minutos atrás, e ficamos ali esperando, entre a parede e a porta, uma das minhas mãos está segurando a maçaneta, pronta para agir, e a outra ainda envolve a mão, gigantesca, de Chandler. Mingus aparece, e a minha mão aperta a de Chandler, e está pronta para girar a maçaneta.

-Olha, eu não quero nem saber o que vocês estavam prestes a fazer aqui...-Ele fala, ainda um pouco distante de nós.- Mas, eu devo pegar vocês pro jogo acabar.- Ele caminha e se aproxima mais um pouco, giro a maçaneta, e puxo Chandler pra dentro, e logo em seguida, fecho a porta. Saímos correndo até chegarmos no laboratório.

Ao atravessarmos a porta, sentamos no chão ofegantes.

Quando o resto do pessoal chega, falamos.

-Legal, ganhamos. E agora??

Eles chegam a abrir a boca pra falar, mas ouvimos um ruído, então juntamos tudo e vamos para o canto da sala. Depois, ouvimos passos. Paro de respirar.

-Quem está aqui em cima??- A voz é do diretor Reynolds. Giro a maçaneta.

-Vão, logo... Vai, vai, vai.- Falo, e eles obedecem.

Sou a última a atravessar a porta, e depois fecho.

-Sigam reto, vão rápido.- Passo na frente de todos.

Abro a porta e os mando entrarem no sótão, depois de sair, fecho a porta.

-Tá, e agora?- Eric pergunta. Ligo a lanterna e vejo a porta que encontrei antes.

-Por ali.- Estico o queixo na direção da porta.

-Só pode estar de brincadeira..- Eric fala. Sinceramente, não gosto muito dele. Ele me trata como se eu fosse um peso, uma nada.

-Você tem uma ideia melhor?- Ele não responde.- Pode ficar aqui, mas você vai se ferrar sozinho.

Encaro todos com fogo nos olhos, e passo por Eric, dando uma bela porrada com o meu ombro no ombro dele. Me inclino um pouco na direção da maçaneta da porta, giro a mesma, e saio.

-Vocês vem?- Eles não falam nada, apenas caminham atrás de mim.

Espero todos passarem, então fecho a porta.

Descemos as escadas correndo, e ao chegar ao corredor principal, entramos na sala de inglês e vamos para a 21B. Sentamos no fundo da sala e ficamos lá. Me apoio no balcão do fundo da sala. Respiro fundo. Chandler me encara.

-Que foi?

-Ahn.. Como sabia que daria pro corredor principal? Aquela porta?

-Eu descobri quando estava me escondendo.- Dou de ombros, como se não fosse nada.

-Hum..- Desvio o olhar, mas ele continua me olhando.

-Chandler, eu sei que você está me olhando.- Falo, sem o encarar. Ele da uma risada fraca, e torna a olhar para a frente.

23:30 p.m.

Estamos todos deitados na 21B em sacos de dormir, apesar de eu estar muito cansada, não consigo dormir.

Viro para o lado, e percebo que Chandler ainda está acordado também. Ele sorri sem mostrar os dentes, Sorrio de volta.

-O que ta fazendo acordada?- Ele sussurra.

-Não consigo dormir..- Respondo. Ele sussurra um “Eu também.”

Depois de uns 15 minutos encarando ele, finalmente fecho os olhos.

Sábado, 08:30 a.m.

Abro os olhos, com a luz do sol iluminando o meu rosto. Olho para o lado, Chandler está acordado, olhando para o teto, olho para o outro, e vejo que Lucy está acordada também.

Esfrego os meus olhos.

-Bom dia, Raio de Sol...-Ele sorri. Sorrio de volta.

-Estávamos te esperando para tomar café.- Lucy fala.

-Own... Estão acordados há quanto tempo?

-Desde as 7:30...- Lucy fala, virando para mim, e sorrindo.

-Desde as 8 horas..- Chandler fala.

-AI.. Vamos então, já fiz vocês esperarem demais..- Levanto.

Caminhamos até o refeitório, onde há muitos alunos, e sentamos com Charlie, Thomas, Lu e Emma.

-Bom dia, flores do campo...- Emma fala, sorrindo.

-Bom dia...- Sorrio de volta.

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11:30 a.m.

Eu e Chandler estamos esperando Gina na porta do colégio, para irmos para casa.

Quando Gina para o carro na frente do colégio, entramos.

~Em casa~

Subo as escadas e entro no quarto.

Vou até o banheiro e ligo o registro do chuveiro. Entro no mesmo.

A água bate contra o meu corpo. Lavo os meus cabelos, e depois, deslizo o sabonete pelo corpo. Sento, e apoio a cabeça nos joelhos. Pensei durante a noite inteira no beijo do Charlie. Não consigo tirá-lo da cabeça. Fico lá, sentada, por mais 5 minutos, depois disso, saio do box, me enrolo em uma toalha e saio do banheiro. Coloco uma calça jeans, uma blusa cinza, um casaco de lã e uma ugg. Tá mais frio do que eu esperava. Já vestida, caminho até a varanda, abro a porta de vidro, e fico lá. Sinto algo tocar a minha mão, algo gelado, por sinal. Sinto outro pingo, seguido de outro, e outro. Olho ao redor. Isso não é chuva. É outra coisa, algo que acontece muito mais raramente. É neve. Corro para dentro do quarto, e desço.

Chandler e Gina estão na cozinha, cortando verduras, e Gray está na sala, assistindo televisão, e Will está trabalhando. Entro na cozinha.

-Querem ajuda com a salada?

-Pode ser, sim, querida... A tábua está na mesa, tem pepino, alface e tomate na geladeira, pode pegar.- Obedeço.

Começo a cortar os tomates e quando termino, coloco em uma travessa, junto com o alface. Depois, passo para o pepino. Corto um inteiro, e pego outro.

-Chandler,- pego uma fatia de pepino, sabendo que ele gosta,- quer??

Ele abre a boca, e eu coloco a fatia de pepino na boca dele. Pego um e como, ele se apoia na bancada e come outro.

-Se vocês acabarem com o pepino antes do almoço, vou fazer vocês irem comprar mais.- Gina fala, sem parar de temperar a carne. Rimos, e assentimos.

Termino de cortar o pepino, e arrumo a salada.

-Posso ajudar com mais alguma coisa? Quem sabe eu poderia terminar de temperar a carne, e você faz o arroz, já que eu ainda não aprendi a fazer...

-Pode ser, querida... Chan, meu amor, pode colocar a mesa? Fala para o seu irmão te ajudar.

-Okay.. GRAAAYY!

-Que é?

-Vem aqui, me ajuda a colocar a mesa.

Passo para a pia, onde a tábua de madeira com a carne se localiza, e começo a temperar a carne do jeito que minha mãe me ensinou quando completei 12 anos. Primeiro o alho, depois o sal, um pouco de azeite de oliva, e um pouquinho de pimenta.

Passo a carne para Gina e a mesma a coloca no forno.

-Tem mais alguma coisa que eu possa fazer??

-Não, querida, pode descansar agora...

-Tudo bem...

Subo as escadas e entro no meu quarto, deito na cama e fico observando a neve cair do lado de fora de casa. É mais lindo do que eu imaginei.

Chandler bate na minha porta.

-Entra...- Me viro para ele.

-Quer dar uma saída? Tipo, ir para a rua, você me disse que queria ver neve. E é a primeira vez que neva esse ano.

-Tá... –Começo a levantar, mas paro.- Ahh, to com preguiça.

-Vem logo...- Ele pega a minha mão e me puxa, me obrigando a caminhar.

Descemos as escadas correndo, e vamos para fora.

Ao atravessar a porta e ver- finalmente, depois de tanto tempo- neve, fico abismada com a paisagem branca e bonita. Fico observando em volta. Isso deve dar uma bela inspiração para um desenho. Não descarto a ideia. Sou tirada dos meus pensamentos quando sou atingida por uma bola de neve, bem nas costas. Filho da mãe. Viro, e Chan está me encarando, dando risada. Me abaixo para fazer uma bola de neve também, enquanto ele está distraído dando risada.

-EI!- Ele olha, e eu taco a bola, mas ele desvia.– Droga!- O mesmo ri.

-Lice, Lice...- Ele caminha, com as mãos no bolso- Regra numero um em uma guerra de neve: Nunca chame a atenção na hora que vai jogar a bola.- Ele se aproxima de mim, envolve os braços ao redor dos meus ombros, e quebra uma bola de neve na minha cabeça. Não machuca, mas a sensação gelada me da arrepios.

-Ah, agora você pediu!- Afasto ele e começo a tacar varias bolinhas de neve.

Chan corre até mim, e me derruba com delicadeza (por incrível que pareça, ele me derrubou delicadamente) no chão.

-Filho da mãe!- Falo, rindo, enquanto me levanto, e tirando a neve da calça.

-Crianças, venham almoçar!- Gina fala da janela, e volta pra dentro.

-Corrida até a porta?- Chandler olha pra mim.

-Você ainda pergunta?!- Sorrio.

Ele sai correndo na minha frente, e chego perto dele por milímetros, mas ele abre a porta rápido, e da um passo pra dentro de casa. Gina fala sem sair da cozinha:

-Se vocês entrarem com os sapatos cheios de neve dentro de casa, vou fazer vocês limparem a garagem e tirarem a neve da entrada.

Ele me encara com os olhos arregalados, dá um passo pra trás, tira o sapato, e entra correndo. Entro logo atrás, com as botas na mão.

-Ganhei!- Ele diz, e rodopia sem querer no meio da sala, porque o piso é escorregadio e ele está só de meias.

-É, e quase deu de cara no chão, agora, seu tanso!- Ele ri, e caminha até mim, me fazendo rodopiar também, rio junto com ele.

-As duas crianças podem parar, antes que quebrem alguma coisa, por favor?- Gina fala da cozinha.

Chandler para na mesma hora, faz um sinal de “sentido” e logo depois me da passagem para sentar na mesa, e ele senta ao meu lado.


Notas Finais




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