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História Stole My Heart - Feeling Better


Escrita por: katelynxriggs

Notas do Autor


OIII DESCULPA A DEMORA, MAS AMO VOCÊS, E AQUI VAI MAIS UM CAPÍTULO!
Evan: Avan Jogia

Capítulo 24 - Feeling Better


P.O.V. Emma

Domingo, 09/03/15, 09:30 a.m.

-Droga! –Falo em alto e bom tom, irritada.

Passei todos os dias, da semana inteira, o dia inteiro estudando para a prova de história que vamos ter na quarta, mas, porra, eu não consigo pegar a matéria. Juro, tenho tentado de tudo, mas não adianta! Eu estou prestes a desistir. Essa matéria é insuportável! Eu vou desistir disso. Já chega.

Alcanço o meu celular no canto da mesinha e digito o número do Thomas.

-Oi, amor...- Ele atende, sonolento.

-Oi, Tommy... Você tava dormindo?

-Não...- Ele boceja.- Eu to acordado faz um tempão...- E boceja de novo.

-Desculpa... Eu esqueci que são 09:30...

-Imagina, amor... Então, o que aconteceu?

-Bem.. Lembra quando você disse que faria qualquer coisa pra me ajudar?

-Sim...?

-Então, já que você manda na história... Poderia me ajudar?

-Claro, Emms. Chego aí em uns 15 ou 20 minutos.

-Certo, beijos.. Até daqui a pouco.

Levanto rápido e caminho até o armário, visto uma calça rosa, e uma blusa preta. Calço os tênis e desço as escadas.

-Emms, eu vou visitar a Alice, ela pegou um resfriado, vou ver como ela tá.. Não quer vir comigo?

-Não, é que... O Thomas tá vindo pra cá estudar, mas... Manda um beijo pra ela por mim.

-Certo...- Ele pega as chaves.- Então eu já estou indo. Tchau Rich, -Ele fala para o meu pai, que está sentado ao lado de Jessie, lendo um livro.- Tchau mãe.- Deposita um beijo no topo da cabeça de Jessie.- Tchau, princesinha..- Ele fala, abraçando a Mindy.- Tchau, Emma.- Ele fala, me abraçando.

-Não se esquece de avisar que eu mandei melhoras!

-Tá...

No momento em que ele fecha a porta, me lembro da Srta. Hunterson.

-Pai, preciso falar com você... –Ele levanta o olhar do livro, fica me encarando por trás dos óculos por uns 3 segundos e, por fim, levanta.

-Fale, filha.

-Bem..- Falo, sentando-me na bancada e lhe passando uma xícara de café.- Tem uma professora nova lá na escola, e ela disse que te conhecia.

-Hum? Professora de que?

-Química. Ela até sabia o meu nome.- Ele para com a xícara no ar, segurando-a entre os dedos, e começa a encarar a parede.

-Qual é o nome dela?

-Scarlet... Scarlet Hunterson.

Ele pousa a xícara na mesa e fica parado em choque. Logo depois, levanta e vai para o quarto.

-Amor, eu preciso pegar umas coisas lá na empresa, volto daqui a pouco.

-Tudo bem, Rich...

Ele sai de casa, e Jessie olha para mim.

-Aconteceu alguma coisa?

-Não sei direito... Tá todo o mundo agindo estranho ultimamente...

Caminho até a sala e sento-me ao lado de Mindy, que está deitada sobre um cobertor no chão. Ela se  arrasta para mais perto de mim.

-Oi, amorzinho..- Digo, sorrindo. Pego-a no colo e acaricio a sua bochecha.

-Tenho ficado impressionada com o quão grande ela está... Ela lembra muito a Amanda. E lembra muito você, Jessie. 

-Fico feliz de ouvir isso, sempre gostei de ter filhos parecidos comigo. Se bem que eu acho que ela ainda vai ficar mais parecida com você, o que é ótimo. – Ela sorri.

-Isso é bom. Sabe, eu acho o Charlie muito parecido com você em certas coisas, no jeito de agir e tal.. Até um pouquinho nos traços, mesmo ele tendo olhos claros e muitas sardas...

-Tem quem diga que o Charlie é muito parecido comigo e com o pai dele, mas não sei ao certo. Acho que o Charlie é mais parecido comigo no jeito de agir do que na aparência.

-Mas Amanda é idêntica a você, e Mindy também vai ser....- Paro de falar, ao pensar em como deve ser a minha mãe, de novo.

-Sabe, Emma, eu te acho muito parecida comigo. Não na aparência, mas no modo de agir, no modo de ver o mundo. Até a faculdade que você quer seguir é a mesma que a minha! Isso é muito gratificante, eu sempre quis ter uma filha que seguisse os meus passos, mas Amanda é bem diferente, você é muito parecida comigo. De coração. Você me orgulha, Emma.- Ela pousa a sua mão em meu ombro. Sorrio.

Com toda a certeza, Jessie é a melhor figura materna que eu pude ter. Acho que jamais pediria outra pessoa.

-Obrigada, Jessie. Fico feliz de ter você como...mãe.

Noto um brilho em seus olhos, ela senta no chão, ao meu lado, e me abraça.

-É bom saber que você me considera uma mãe.

Continuo em seus braços por um bom tempo, até a campainha tocar.

P.O.V. Alice

08:30 a.m.

Acordo com um raio fraco de sol batendo contra o meu rosto. Levanto, sentindo uma dor de cabeça muito forte. Está frio... Frio até demais... Agarro um casaco.

Meu celular apita:

“Oii, como você está? Espero que tenha se divertido ontem. Quer vir aqui em casa?? Beijos,

                                                                                           -Charlie”

Me sinto mal em ter que rejeitar, porém, estou com dor de cabeça demais.

“Oii, desculpa, não vou conseguir.. Acho que estou resfriada. Mas eu realmente gostaria de ir! Se você quiser, acho que pode vir aqui... Me diverti muito ontem! Obrigada pela noite! Beijos!”

Bloqueio a tela e caminho até a penteadeira. Procuro um amarrador na primeira gaveta e amarro o cabelo com o primeiro que encontro. Calço um par de botas, visto o casaco e desço.

-Bom dia...- Digo descendo as escadas, despertando a atenção de Gina e Will.

-Bom dia, mocinha... – Will fala.- Se cuidou ontem? Fiquei preocupado..

-Foi tudo bem, Will.. Nada de mais.

-Quem vê nem pensa que chegou radiante em casa. –Fala Chandler, rindo enquanto desce as escadas.

Espirro. Mais de uma vez, contei 5 vezes seguidas.

-Você está bem, querida?

-Estou. Acho que peguei um resfriado, nada de mais.

-Tudo bem, querida... Quer que eu fique aqui, com você? Posso ligar para o meu chefe...- Gina fala, dando um gole em seu chá.

-Não, Gina, não precisa se preocupar... Eu..

-Pode deixar, mãe... Eu cuido dela.- Chandler fala, piscando rapidamente.

-É... E eu acho que o Charlie vem hoje a tarde... Mas não precisa se preocupar comigo, Gina... Obrigada.

Chandler bufa. O encaro.

-Bom dia...

-Bom dia, Gray...- Chandler fala, sem se virar.

-Bom dia, filho.- Gina e Will falam em uníssono.

-Mãe, pai.. Tenho que ir para a casa de uma amiga, para fazer um trabalho de ciências.

-Nós, por acaso, conhecemos ela?- Will pergunta.

-Não tenho certeza, o nome dela é Judy.

-Cabelos e olhos castanhos, pele clara, e vive de vestido. Óculos, e bochechas rosadas?

-Pera, a garota, é a Judy Hills?- Chandler pergunta.

-Sim. Por que?

-Nada, é que uns vários garotos da sua sala vivem de olho nela. 

-E daí?- Gray da de ombros. – Não quero nada com ela.

-Hum, chegar como quem não quer nada.. Te dá uns pontinhos. – Dou uma cotovelada nele.- Eu tava brincando, relaxa. – Ele fala, rindo.

-De qualquer maneira, ela é bem mais difícil do que aparenta.

-Poxa, então ela é impossível.

-Chega, né? – Concluo o assunto. Os dois dão risada.

-Bom, queridos, eu e o Will vamos trabalhar. Grayson, avise-me quando estiver na casa da menina. Chandler, me avise se for sair, e por favor, cuide muito bem da dona Alice. E Alice, se cuide, querida.- Ela estala um beijo na testa de cada um e Will pousa a mão no ombro de Gray e Chandler, e afaga os meus cabelos, antes de sair.

Logo depois que eles saem, Gray dispara para o quarto.

-Então, o Charlie não vai desgrudar de você agora, né..

Noto um tom de brincadeira e seriedade ao mesmo tempo em sua voz. Não sei o que responder. Dou de ombros.

-Relaxa, eu to brincando. – Ele fala mexendo na colher que está em cima da mesa.- Bem, eu estava pensando em fazer sopa... – Levanto o olhar. – Porque quando você fica doente, sua garganta dói. Sempre. – Não consigo entender o que ele quer dizer com isso, a única parte que eu entendi foi a da sopa.- Aprendi 4 coisas com você durante esses 3 meses de convivência. Primeira: Garotas podem esconder muito bem os seus sentimentos. Segundo: Algumas garotas são tão incríveis, que conseguem ver beleza em tudo, e é isso que as torna tão lindas. Terceiro: Você não pode tomar café demais de manhã. – Ele ri, e eu dou uma gargalhada lembrando do incidente da semana passada:

Eu estava com tanto sono naquela manhã que tomei quatro, sim, quatro, xícaras de café, e fiz o Chandler correr até a escola. Contra a vontade dele, porque eu o puxei durante o caminho inteiro, e fiquei falando: “Vamos, garoto! Deixa de preguiça!”

-E, por último mas não menos importante:- Ele começa, se recuperando das risadas. – Você tem uma imunidade incrivelmente baixa.

Tá, isso é verdade. Mesmo sendo verdade, ouvir isso dele me fez rir.

-Que foi?

-É que... De vez em quando você fala umas coisas, que eu juro, precisam ser gravadas. – De fato. – Não é de admirar que seja um ator bom no que faz...

-Você acha que atuo bem? –Ele fala, com um brilho notável nos olhos.

-Filho, esqueceu que eu era fanática por você antes de vir pra cá?

-Ah! Verdade. 

P.O.V. Emma               

09:50 a.m.

A campainha toca, e eu levanto-me para atender.

-Oi, amor!- Ele me abraça e estala um beijo na minha bochecha.- Oi, senhora Higgins.

-Oi, Thomas! Como você está?

-Bem, e a senhora?

-Tudo certo, querido.

-Ah, mãe... – Ela me encara, surpresa. Repreendo-me. – Digo, Jessie, nós vamos subir pra estudar, tá bem?

-Tudo bem, Emma. – Ela fala, com um sorriso nos lábios. 

Subimos as escadas e entramos no carro. Ele senta no puff ao lado da cama, e pega o livro de história que está em cima da bancada. Sento-me de frente para ele em outro puff.

-Certo. O tema principal é o Adolf Hitler. Mas, assim, você precisa parar de tentar decorar tudo. Eu já fiz essa prova, a Senhora Roberts não vai cobrar tudo o que está no livro. Tem que saber o mais importante. Então é o seguinte:- Ele pega um caderno e uma caneta em sua mochila. – Ele nasceu em 20 de Abril de 1889, em Braunau, Áustria, e era dificilmente chamado de outro nome que não fosse Hitler. Seus inimigos o chamavam de Schicklgruber, sobrenome do pai dele. Tentou entrar na academia de Belas-Artes de Viena duas vezes, o seu sonho era ser pintor. Em 1913 se mudou para Munique e em 1914 se alistou no 16º Regimento de Baviera, ao interromper a 1ª Guerra Mundial. Foi vítima de um ataque aliado por gás tóxico. Quando a guerra acabou, ligou-se, como agente do exército, ao pequeno Partido Trabalhista Alemão, de Munique. Em 1920, ele mudou o seu nome para Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, Nazi... – Ele para de falar e começa a anotar no caderno, assim como eu. – Tem mais coisas no livro, que não precisa decorar, mas é bom saber de qualquer jeito. – Me passa o livro de história, que esta categoricamente organizado, por sinal. – Tinha um relacionamento com Eva Braun. E, os dois morreram, cometeram suicídio em Berlim, dia 30 de Abril de 1945, ele com um tiro na cabeça e ela com uma cápsula de cianureto. – Thomas torce o nariz. – Depois, seus corpos foram queimados com gasolina. Na época, a saúde de Hitler estava muito debilitada e, após uma derrota em Ardenas, ele se refugiou em um bunker, onde aconteceram os suicídios. Vinte e três anos mais jovem, Eva conheceu Hitler em um estúdio de fotografia, em 1929. Entre 1932 e 1935, ela tentou se matar duas vezes, mas sem sucesso. A partir daí, Hitler lhe deu um pouco mais de atenção, já que ambos não se viam muitas vezes. A relação era mantida em segredo e Eva raramente era vista em público. Eles se casaram apenas no dia 29 de abril, na véspera do suicídio. – Ele levanta o olhar para mim, e abre um sorriso. – É isso. Acho que você vai se sair bem, é tão inteligente...

-Tudo bem, mas... Será que eu não posso ler tudo, mais uma vez? – Pergunto, um pouco envergonhada por não ter entendido de primeira.

-Claro, amor...- Ele me passa o caderno e eu começo a ler.

P.O.V. Alice

Estou na cozinha, tentando ajudar o Chandler a fazer o almoço, enquanto o Charlie não chega. Mas não está dando muito certo.

-Alice, por favor, senta um pouco. – Ele pega na minha mão e me faz ficar parada. Pousa os dedos na minha testa, e desliga o fogão. – Eu acho que você está com febre, não é bom ficar aqui, onde está mais quente ainda. 

-Chandler, por favor... Eu to bem. – Tusso um pouco, em meio a dor de garganta. – Sério.

-Não é verdade. – Ele fala enquanto me puxa para fora da cozinha. – Vamos, vou pegar um termômetro.

Sento-me na cadeira, com cara de tédio, enquanto Chan procura alguma coisa nos armários do lavabo.

-Aqui! – Meu amigo sai do banheiro com o termômetro nas mãos. – Abre a boca.

Tento contraria-lo, mas é em vão, e acabo me rendendo. Fico com aquele negócio na boca até apitar, e eu tiro o mesmo. Encaro, tentando evitar qualquer expressão surpresa, e tento esconde-lo, mas Chandler consegue pega-lo.

-38,5°! Espera aí, eu tenho remédio para febre. E para dor de cabeça também.

-Chan, por favor, não precisa....

-Claro que precisa! – Não posso fazer nada, pois ele já está voltando com um copo de água e um comprimido. – Você está com febre e dor de cabeça, isso vai ajudar. Por favor.

-Tá. – Engulo o comprimido e bebo um gole de água. – Feliz?

-Muito! – Chan fala, sorrindo, e volta para a cozinha.

-Chan?

-Sim?

-Eu vou para o ateliê, tá?

-Tudo bem!

Subo para o sótão,  com a solicitação para a competição. Devo representar, em forma de texto, fotografia, ou desenho, quem eu sou, por trás dos ossos, carne e tudo isso. Que tipo de pessoa eu sou. O que sou. A tarefa, em si, é simples, o problema é: saber o que sou, e como representar isso.

Alcanço o meu caderninho antigo, e uma caixa com fotos, a grande maioria tirada por mim, e os coloco sobre a mesinha de vidro que se localiza ao lado do cavalete. Abro o caderno e começo a folhear as páginas, percebendo a minha evolução, tanto nos desenhos quanto no sentido deles, e aí me vem uma ideia junto com uma lembrança: a arvore da vida, e o olho que fiz quando vim para cá. Procuro o segundo caderno e encaro aquele olho, esboçado com dor, e lembro-me do dia que cheguei aqui. Naquela época eu nem sabia o bem que me faria ficar aqui. É isso.

Árvore da vida, amizade, dor, sofrimento, superação, bondade, esperança.

Isso é vida, nós somos vida. O ser humano, e seus extraordinários sentimentos são vida. Essa sou eu. Separada, sou apenas um monte de cacos, pedaços, de uma história, porém, se juntar tudo, formo alguém. E somos todos assim. A tarefa não é exatamente sobre nós, é sobre a nossa história.

Começo a desenhar uma árvore, bem grande, que ocupa a tela inteira, e nos galhos, desenho lâmpadas.  Dentro de cada uma, desenho algo importante para mim, como por exemplo: a bandeira do Brasil, dos Estados Unidos, desenhei um pequeno Chandler, a logomarca de The Walking Dead, uma câmera, pinceis, e coisas que são, ou foram, importantes para a formação de quem eu sou hoje.

10:20 a.m.

Ao terminar a penúltima lâmpada, escuto passos vindo das escadas, e vozes. Chandler e Charlie.

-Oi!- Charlie fala. Viro-me e dou um sorriso.

-Oi!

P.O.V. Emma

-Data de nascimento?- Thomas pergunta, dando um gole no chá que Jessie nos trouxe.

-20 de Abril de 1889.

-Certo! E data de morte?

-30 de Abril de 1945. Suicídio, junto com Eva Braun. Ela tomou uma cápsula de cianureto, e com um tiro na cabeça. Eles casaram dia 29 de Abril, na véspera do suicídio.

-Certo, meu amor! E, qual era o sonho dele, antes de se mudar para Munique?

-Ele queria ser pintor, mesmo porque tentou entrar na Academia de Belas-Artes de Viena.

-Certo! – Ele sorri, orgulhoso. – Meu amor, você vai arrasar nessa prova. Agora... – Ele começa a formular outra pergunta.

-Não, Tommy, chega... Já me sinto bem mais confiante. E, eu to cansada. – Levanto. – Vem, vamos comer alguma coisa e assistir um filme. Ou vários.

-Está tentando me enrolar, mocinha?

-Não. É que, eu cansei....

-Tá bem... – O puxo para perto de mim, e o levanto.

Em um movimento rápido, ele me puxa para perto e agarra a minha cintura.

Ele me olha nos olhos, de uma maneira profunda, morde os lábios e esboça um sorriso malicioso. O espaço entre eu e ele é mínimo. O que está fazendo? Ele me beija, de maneira que me assusta um pouco. Mas é bom. 

Quando ele se afasta, o encaro, sem entender muito. Nunca havia o visto daquela maneira.

-O que...

-Só queria saber como você reagiria. – Ele solta uma risada meiga e desliza a mão esquerda até a minha mão esquerda. – Vem, vamos comer alguma coisa. E dessa vez, você escolhe o filme. 

Sorrio com aquilo.

P.O.V. Alice

13:55 p.m.

-Então, como você está?

-Bem... Sinceramente, toda essa preocupação é desnecessária. Eu estou super bem. Não estou mais com dor de cabeça, e acho que a febre abaixou...

-Chandler fez tudo isso, né?

-Ele é o meu melhor amigo, e se preocupa muito comigo... Ele não sossegaria se não fizesse.

-Tá bem... – Charlie desvia o olhar.

-Não precisa sentir ciúmes, sabia? Chandler foi o meu primeiro amigo aqui, ele mora comigo, e nós somos quase irmãos. Pode parar com isso. – Falo, séria.

Ele murmura um “uhum”.

-É sério, Charlie. Pare.

-Tudo bem.. É que, eu gosto muito de você, só de pensar em outro garoto com você, cuidando de você, te fazendo rir. Me assusta. Isso porque Chandler não é qualquer um. Metade das garotas do colégio querem algo com ele, ele é famoso, e atua na sua série favorita. 

-Relaxa, eu gosto de você, e eu acho que Chandler está interessado naquela menina lá... Brianna? Acho que é isso. Você precisa parar. Tá?

Ele faz que sim com a cabeça.

-O ALMOÇO TÁ PRONTO! – Chandler grita, lá da cozinha.

Descemos.

P.O.V. Emma

15:30 p.m.

Eu e Thomas estamos deitados na cama, assistindo Sixteen Candles.

Recosto a minha cabeça no peito dele e fico ali, ele acaricia meus cabelos.

-Eu reagiria melhor da segunda vez. – Solto.

-Hum?

-Se não fosse a primeira vez que você fizesse aquilo, acho que reagiria melhor.

-Então, você gostou? Quer dizer... Gostaria se tivesse uma segunda vez?

-Não vou mentir, você me assustou. Muito. Mas, foi bom... Conhecer, um pouquinho, do outro lado.

-Como assim?

-As vezes eu acho que você tem medo de me machucar, ou de mim... Como se eu fosse estilhaçar, mas eu não vou. Não precisa ter medo de dar um passo para frente.

Sinto o seu sorriso.

-Eu te amo. – Ele fala.

-Eu também te amo, muito.

20:00 a.m.

Ouço um rangido nas escadas.

-Emms, cheguei. Mãe? Rich?........ Aiai. – Charlie suspira.

-Acho que tá na minha hora de ir... – Thomas fala, levantando.

-Nãoo. Fica.

-Mas já tá tarde.

-Passa a noite comigo.

-Que?

-Nada demais. Só dormir. Por favor. Seus pais estão viajando, vai ficar sozinho em casa?

-Tá mas, se passar pela cabeça do seu pai ou pela cabeça do Charlie que a gente... – Ele para. – Eu estou morto.

-Relaxa. Eles não vão fazer nada. Eu não vou deixar.

-Tá bem. Mas acho que você precisa falar com o Charlie. Pra ele relaxar.

-Tá bem.. – Levanto, sem vontade alguma.

Caminho para fora do quarto.

-Como a Alice está?

-Bem... Melhor do que eu imaginava. Graças a Deus...

-Ótimo. Eu vou dormir, Thomas está lá comigo, portanto, não abre a porta sem bater.

-O que vocês dois vão fazer?

-Dormir, Charlie! – Sinto as minhas bochechas queimarem.

-Tá bem.. – Risos. – Boa noite. – Ele estala um beijo na minha testa e vai para o seu quarto.

Entro no meu quarto e caminho até o meu guarda roupa. Pego o meu pijama e procuro a calça de moletom que ele deixou aqui semana passada. Agarro-a e jogo para ele. O mesmo pega, tira a camisa, e a calça e veste o moletom. Visto o meu pijama e caminho na direção da cama.

Thomas passa um braço por baixo da minha cintura e o outro por cima, ficando na posição de “conchinha”.  Consigo sentir a sua respiração leve em minha nuca, aquela respiração que fica cada vez mais lenta me faz sorrir. Adormeço nos braços do garoto que amo. Não tem coisa melhor, em nenhum lugar no mundo que possa me fazer sentir melhor.


Notas Finais




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