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História Stole My Heart - Eyes and Feelings


Escrita por: katelynxriggs

Notas do Autor


OIIII GENTEEEE
EU SEIII hoje é quarta, mas eu vou explicar depois
LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!
Evan: Avan Jogia

Capítulo 25 - Eyes and Feelings


Fanfic / Fanfiction Stole My Heart - Eyes and Feelings

[ LEIAM AS NOTAS FINAIS URGENTE!!!]

P.O.V. Alice

Terça-feira, 18/03/15, 11:15 a.m.

Estou na aula de artes, pintando o quadro para a competição. Tenho até hoje, as 16h. E como o treino do basquete começa 16:50, teria que terminar correndo. Ainda bem que já estou quase terminando.

-Está muito bonito, Alice. É esse quadro que vai apresentar na seleção?

-Sim, você acha que é bom o suficiente? – Não me preocupo em esconder a preocupação.

-Sim! Está ótimo, acho que eles vão te escolher. Sem sombra de dúvida. Fico feliz de tê-la representando a sua série. E tenho certeza que mais tarde representará o colégio. – Ele sorri, orgulhoso. – Já preparou o discurso explicativo?

-Comecei. Mas ainda falta um pouco. Mas, vai ficar bom. Vou deixa-lo orgulhoso.

Ele sorri.

-Sei que vai.

Assinto e volto a pintar o quadro.

11:50 a.m.

-Pessoal, quem terminou a atividade, pode sair.

Termino de lavar os meus pincéis e levo o quadro até a mesa.

Pouso o quadro em frente ao Sr. Montinez e digo:

-Ainda está um pouco molhado...

-Tudo bem, Alice.  Vou deixa-lo até o fim do dia em um cavalete, separado.

-Obrigada, professor. 

-Então, pessoal... Onde vamos comer? – Sam fala.

-Não sei, temos que esperar o Charlie, a Lucy e a Luiza saírem da aula. – Respondo, sentando-me nas escadas que ficam em frente ao colégio. – Só podemos esperar enquanto isso.... E falando em esperar, cadê a Sophie e o Mingus?

Emma e Thomas sentam-se de frente para mim. Emms recosta a cabeça no ombro de Thomas.

-Dormiu bem? – Ele pergunta, enrolando os fios loiros dela.

-Sim. Tive um anjo da guarda comigo. – Ela enlaça seus dedos nos dele, e pisca. Thomas sorri.

-Vocês dois, dormindo juntos... Huumm. – Chandler fala, rindo, enquanto abre uma garrafa de água e dá um gole.

-Não fazemos nada além de dormir. – Thomas fala, rindo também.

-Ele tem medo. – Emma fala, dando uma gargalhada ao ver o Chandler quase se engasgar com a água.

-Foi a Em que começou com essa de dormir com ela. – Thomas fala, sorrindo.

-Claro. A gente tá namorando há quase 7 meses. Ele ficaria sozinho em casa, e gente, eu só queria ajudar. – Emma fala, se fazendo de inocente. Caímos na gargalhada.

-Mas... – Thomas começa, ainda se recuperando. – Tem sido divertido. O único problema é o pai dela. Tenho medo demais.

-Ah, qual é, Tommy. O meu pai te adora, assim como a Jessie.

Sam é o único que não está rindo. Olho para a porta, e lá está o motivo: Lucy, beijando um garoto. Olho para Sam, e o mesmo disfarça e começa a girar um lápis entre os dedos.

Forço uma tosse, para ela prestar atenção em mim. Quando seus olhos pousam em mim, aponto para Sam com a cabeça, e lanço um olhar severo.

-Que foi? – Ela fala, sem soltar som algum. Aperto os meus olhos. – Ele fez a mesma coisa comigo. E ele nem sabia o nome da garota. Eu e o Evan já estamos quase namorando! – Ela fala, ainda em um tom inaudível.

Dou de ombros. Ela estampa um sorriso no rosto, e fala:

-Então gente, esse é o Evan. Meu... Namorado. – Ela fala, ele sorri. Chandler levanta.

-Oi! – Ele oferece a mão, e o garoto aperta a mesma.

-Oi... – Eu, Emma e Thomas falamos ao mesmo tempo.

-Oi. – O garoto fala, com um sorriso impressionantemente bonito. – É um prazer finalmente conhecer vocês. Lucy me falou muito sobre todos...

Lucy o encara, ele a abraça pela cintura e ela sorri. 

Ao olhar aquela cena, minha pena do Sam some. Ao perceber que esse garoto faz a Lucy feliz, fico feliz pelos dois, e percebo que a Lucy e o Sam não dariam certo, a Lucy é madura demais pra ele.

-Gente, a minha mãe ta ligando, vejo vocês depois. – Sam fala, levantando.

-Tchau, Sammeh.... – Falamos.

Lucy e Evan sentam-se ao meu lado e ficam lá.

Segundos depois, Sophie e Mingus saem de mãos dadas.

-Oi gente... – Sophie fala.

-Temos uma coisa pra falar pra vocês... – Mingus começa, ainda com os dedos enlaçados nos de Sophie. Todos encaramos o casal.

-É que... Estamos namorando! – Sophie fala, animada.

-AH, não diga! – Comento, e todos caímos na gargalhada. Os dois sentam, e começam com aquela coisa de casal.

-Legal, então, eu e a Alice vamos ficar aqui de vela. Massa. – Chandler comenta.

-É! Cadê o Charlie?

Chandler começa a bater palmas, debochado.

-Quando ele chegar vai ser só eu. Ótimo. – Ele fala, deitando e apoiando a cabeça na mochila. Antes de fechá-la, pega um caderno, que parece mais uma pasta, e começa a ler o que está escrito.

-Primeiro: A Lu tem aula com o Charlie, então tecnicamente, os dois vão provavelmente sair da aula juntos, ou seja, você não vai ficar sozinho. Segundo: Que é isso?

-Ah, algumas coisas de The Walking Dead que eu preciso resolver... Nada de mais.

-Humm, tipo o que?

-Roteiro, contrato, mais roteiro, ahn..... – Ele começa a revirar o monte de papéis. – Oh! Autorização de viagem para San Diego para a  SDCC 2015! Que legal! Não sabia que já tinham entregado!

-Legal.... – Falo, e no momento em que olho para ele, lembro-me de mim e da Mari, assistindo aos painéis de Comic Cons pelo computador, ao vivo, e suspirando a cada fala do elenco. Sorrio com aquilo, e sinto as lágrimas ameaçando descerem.

-Tudo bem? – Ele levanta na hora. 

-Tudo bem, não se preocupa. – Digo, tentando assegurar-lhe de que era verdade. 

Ele me encara desconfiado, e fala:

-Posso falar com você por um minuto, Alice?

-Claro...

Levanto-me e ele me puxa para um canto.

-O que aconteceu? Ta tudo bem, mesmo?

-Ta tudo bem... É só... Saudade...

-O que saudade significa? É que ela não existe aqui, então...

-É... Sentir falta, de algo ou alguém, um sentimento nostálgico, sabe?

-Ahhh.... Sinto muito, pela saudade...  – Ele fala, meio enrolado. 

-Tá tudo bem.  Eu estou sempre bem, lembra?

Ele me encara, pega o meu pulso esquerdo e desliza a manga do meu casaco para cima, e começa a analisa-o. Depois, repete o processo no pulso direito.

-Você acha mesmo que eu fiz isso?! – Falo. – Por favor! Não faço isso há muito tempo!

-Desculpa... É que eu fico muito preocupado com você.

-Não se preocupa. – Sorrio. – Não vou mais fazer isso.

-Me promete?

Sorrio. Não...

Aquilo me deu vontade de ir pra casa, procurar a lâmina mais próxima, trancar-me no quarto e chorar. Cortar os pulsos se necessário. Vou ter que aguentar firme até o final do treino.

Finalmente, Charlie e Luiza saem da aula e podemos ir até o Timmy’s para almoçar.

Timmy’s é um restaurante que nós vamos sempre que tem treino, é bom porque a comida de lá é leve, e fica só 10 minutos do colégio.

-Então, o que vocês fizeram na aula hoje? – Luiza pergunta para mim e para Emma, já que temos a primeira aula juntas.

-Nada... Literalmente. – Emma fala, rindo.

-Na verdade, tivemos uma conversa bem fascinante sobre a Dinamarca.

-Dinamarca? – Chandler fala, nos encarando, por cima de um pedaço de pizza.

Forço um sorriso.

-O Sr. Montinez me chamou para uma competição de Artes...

-E você vai aceitar? – Charlie pergunta.

-Já aceitei. – Digo. – Aliás, terminei o quadro que apresentarei na primeira prova hoje.

-Aquela árvore? – Evan pergunta. Levanto o olhar até ele, surpresa. Como ele sabe disso? – Faço aula de artes com você. – Ele abre um sorriso, enquanto se explica.

-Ah! Desculpe, eu nunca te vi lá... – Falo, e logo depois que as palavras saem, repreendo-me mentalmente, isso deve ter o magoado, burra, Alice. Muito burra.

Mas ao invés de demonstrar qualquer vestígio de raiva ou mágoa, o seu sorriso continua estampado, de maneira incrivelmente verdadeira.

-Eu sento bem longe de você, em outra área da sala, pra falar a verdade. Eu sou melhor com cerâmica do que com pincéis, sabe... Mas, os seus quadros são incríveis, impossível não nota-los.

Seu sorriso mostra alegria de verdade.

-Obrigada!

Sinto os dedos de Charlie acariciando a minha mão, brincando com os meus anéis. O encaro, e repreendo-o com o olhar. Não comece.

15:40 p.m.

Talvez eu estivesse errada. Evan é incrível, e faz muito bem para Lucy. Consigo notar. Ela parece mais feliz, mais sorridente, com ele.

Como faço aula de literatura russa com ela, e ela é a minha colega, e senta ao meu lado, está bem complicado prestar atenção na Srta. Morey, porque Lucy não para de sorrir e de escrever “Evan” no caderno.

Sempre me perguntei como seria ver Lucy apaixonada. Ok, ela gostava do Sam, mas não importa. Ele meio que fingia não reparar, então ela se demonstrava fechada o tempo inteiro. Eu realmente estou impressionada. Parece que Evan foi tirando as camadas da minha amiga, até ela se mostrar uma garota meiga. O que é uma mudança bem drástica.  

Esse bimestre estamos lendo “The Lady With The Dog” de Anton Chekhov. É um drama, publicado em 1889. Ele conta a história de um caso entre um banqueiro russo e uma jovem que ele atende enquanto estava de férias em Yalta . A história é composta por quatro partes: Parte I descreve a primeira reunião em Yalta, parte II a consumação do caso e o tempo restante em Yalta, parte III é o retorno de Gurov de Moscou e sua visita à cidade de Anna, e a parte IV são as visitas de Anna à Moscou. 

Sinceramente, começamos a ler o livro na quinta feira, e já estou na metade. Se bem que o contexto da história me confunde um pouco.

A classe inteira está nas primeiras páginas, o que faz com que eu me sinta mau. Porém, quanto mais cedo eu terminar, mais cedo começarei a ler Kissed By an Angel.*

16:35 p.m.

Abro o armário e tiro a bolsa onde o meu uniforme está e sigo para a quadra, correndo, basicamente.

Entro no vestiário, há umas 10 líderes de torcida, e umas 5 meninas que jogam vôlei. Entro em uma das cabines e tiro o casaco de lã azul, e logo depois o vestido branco que estou usando. Passo a camiseta pela cabeça, e percebo que ainda não me acostumei com o tamanho da camiseta, que é, um pouquinho, grande. Tudo bem, antes grande que apertada.

Visto o short que, por sorte, está no tamanho certo. Amarro os cadarços do tênis e caminho rumo a pia, onde tem um espelho. Prendo o meu cabelo, e percebo alguns olhares. Quanto tempo vai demorar pra todos entenderem que eu estou no time de basquete?!

E a vontade de chorar volta. Respiro fundo e termino de amarrar o cabelo. Saio de lá o mais rápido que consigo, mas ao atravessar a porta escuto alguém:

-Ei! Han... Farley? – Viro-me e vejo que é a mesma menina que me desejou boa sorte no dia do teste. – Esqueceu isso. – Ela me entrega o meu casaco.

-Ah, obrigada... – Sorrio.

-De nada, - Ela sorri também. – Ah, qual é o seu nome? Sabe, sempre quis perguntar, já que só sei o seu sobrenome...

-Alice. Alice Farley. – Respondo.

-Alice! Combina com você! Sou Haley! – Ela estende a mão e eu aperto a mesma. – Bom, bem que estávamos precisando saber o seu nome, já que nós somos lideres de torcida do time de basquete e você está oficialmente no time! É meio que nosso dever te receber, sabe? E também porque sempre nos vemos, e nós acabamos dando a entender que somos grossas.

-Imagina. Mas obrigada! Não tem ideia do quão confortável estou agora. Obrigada, mesmo!

É verdade. Me sinto deslocada no time. É bom saber que as líderes de torcida estão do meu lado.

Peter passa pela porta do vestiário e volta.

-Ei, Lice! Vamos? O treinador deve estar esperando.

-TÁ! – Respondo, e então viro-me para Haley. – Obrigada pela conversa, Haley. Te vejo por aí?

-Totalmente! Até mais, Alice... – Ela sorri, retribuo.

Caminho até Peter e pulo nas costas dele.

-Você tem certo talento pra se enturmar, hein?

-Um pouquinho. – Dou uma risada.

Peter realmente me carregou até a quadra. Foi engraçado. Ele é um ótimo amigo. Melhor parceiro no treino.

Aon chegarmos na quadra, avisto Thomas, Zach e Tyler, sentados, Thomas e Tyler sorriem para nós, Zach desvia o olhar.  Obvio. Ele me odeia. Pulo das costas do Peter e caminhamos até eles. 

-Meninos... – Cumprimento.

-Lilice Farofa. –Tyler fala, me chamando pelo apelido que ele e Peter me deram semana retrasada.

Flashback (on)

Quinta-Feira, 12:00, no Timmy’s.

-Quer dizer que você acha a carne daqui sem graça? – Tyler questiona, incrédulo.

-Bom, não é isso. É que lá no Brasil, a carne é mais salgada. Então, fiquei impressionada ao sentir o gosto da carne daqui. E lá, a carne normalmente é servida com farofa, então, quando vem muito ensanguentada, disfarça um pouco. Aqui é bem diferente.

-Tá, mas.. O que diabos é farofa? – Essa pergunta me faz rir, e não é pouco.

Normalmente, vem metade do time de basquete, e a Emma, já que ela é namorada do Thomas, mas, hoje, só estamos: Tyler, Peter, Thomas e eu.

Pego o meu celular em minha bolsa e pesquiso “farofa” no google.

-Aqui. – Passo o telefone para os três, que estão sentados de frente para mim.

-QUE NOJO! – Peter fala.

-Parece areia! – Thomas complementa.

-Vocês colocam areia na comida?! – Tyler pergunta.

-Não é nojento! – Falo, pegando o meu celular de volta e bloqueando o mesmo. – Não é areia! E Ty, por favor! Ninguém coloca areia na comida! – Falo, rindo da pergunta sem nexo. – É bem gostoso, para a informação de vocês três!

-Tá bem! Tá bem! – Peter fala.

-Agora, falando sério. Farofa parece Farley. – Thomas fala, levanto o olhar.

-Que? – Dou risada

-Alice Farofa! – Peter ri.

-Melhor ainda: Lilice Farofa! –Tyler fala.

-LILICE FAROFA?! – Pergunto. Caímos na gargalhada.

Flashback (off)

-AQUI, PESSOAL!

Ouço a voz do treinador, e viro-me na hora.

-As mesmas duplas da semana passada. Vão passando um para o outro, quando chegarem na cesta, enterrem.

Olho para Peter.

-Vamos lá! – Fazemos um soquinho e caminhamos até a fila.

17:55 p.m.

Estou caminhando para casa. O dia está fechado. E isso só me deixa mais triste.

Primeiro: Eu preciso, de verdade, e mais do que nunca, da Mari aqui. Segundo: Mal comecei um relacionamento com o Charlie e já parece que ele não confia em mim. Terceiro: Apesar de tudo, parece que metade do colégio não consegue aceitar que eu entrei no time de basquete. E para piorar, ninguém pode saber disso.

Sinto alguns pingos de chuva, que, em segundos, viram um dilúvio. Ótimo.

O uniforme, principalmente a camiseta, deixam o meu corpo pesado. Meus ombros doem. Caminhar está se tornando quase impossível. 

Ao chegar na porta de casa, procuro a chave. Entro.

-Alice?

-Hum? – Respondo, mesmo não tendo entrado completamente em casa. Torço a barra do short e depois a blusa. Sacudo o meu cabelo. E, finalmente, entro em casa.

-Tá tudo bem? – Ele pergunta, atravessando a sala.

-Tá... Sabe, peguei uma chuvinha.

-Tem certeza de que tá tudo bem?

-Absoluta. – Sorrio, mas por dentro, essa pergunta me faz estremecer. – Ahn.. Eu vou subir, tá?

-Tá bem.

Subo correndo, e tranco a porta do quarto. Tiro a roupa. Jogo-a em um canto, e procuro o meu roupão.

Ao encontrar, pego o amontoado de roupas encharcadas e levo até a lavanderia, lá, coloco o uniforme no cesto de roupa suja. Volto para o quarto antes que Chandler me note. Tranco a porta de novo e respiro fundo.

Cansei.

Sabe quando você desiste de alguma coisa que não pode? Agora, essa é a minha situação atual. Obviamente, não vou desistir de viver, ou coisa assim. Mas, eu cansei.

Charlie não confia em mim. Não suporta ver qualquer garoto tirar um sorriso de mim. E eu vivo sorrindo. Isso me incomoda. Sabe, o relacionamento está no início. Preciso da Mari aqui, ela saberia o que fazer. Não pelo Skype, não por ligação, aqui. Na minha frente, para eu sentir o seu abraço, o seu carinho. Senti-la comigo. Sentir que a minha melhor amiga está comigo.

Estou sinceramente cogitando a ideia de largar o time de basquete, estou cansada dos olhares que pesam em mim sempre que vou para o treino.

Não. Não vou desistir agora.

Mas é tudo tão difícil.

Caminho até o banheiro e tranco a porta.

Tiro o roupão e entro na banheira. Ligo o registro e fico lá, sentada. A água bate nas minhas costas, e me levanto devagar, sem desligar o chuveiro. Caminho, sobre a toalha, até a pia. Abro a primeira gaveta e lá, encontro uma lâmina. Pego-a e caminho de volta para a banheira. Sento de novo e encaro a lâmina.

Flashback (on)

Estou deitada na cama quando ouço três batidas no vidro. Levanto-me para atender, e lá está ela: Mari, minha melhor amiga, com um computador em mãos e tentando não pular, de tão animada. Abro a porta de vidro que dá para a varanda, onde ela está, e a mesma entra no quarto. Coloca o computador na cama e grita de uma maneira aguda.

-AAAHHHH É HOJEEEE! É HOJE! É HOJE! É HOJE! É HOJE! É HOJE! É HOJE!

Eu e ela começamos a pular.

-Menina, por favor! – Minha mãe repreende, lá de baixo.

Damos uma risada, e eu caminho até a porta.

-Desculpa, mãe!

Caímos na gargalhada assim que encosto a porta.

Mari liga o computador e se joga na cama. Caminho até o pequeno frigobar, que fica do outro lado do quarto, e pego morangos e Sprite. Sento-me na cama ao lado dela.

-Quanto tempo falta?

-Sei lá, uns 15, 20 minutos, acho.

-AAAAHHHH, como eu odeio esperar.

32 minutos mais tarde...

O elenco de produção já saiu do palco, e agora o pessoal do elenco de atores vai entrar.

-PLEASE WELCOME.... – Mari agarra o meu ombro. – ANDREW LINCOLN!

-AI MEU DEUS! AI MEU DEUS! AI MEU DEUS!

-STEVEN YEUN!

-AHHHHHH MARIANAAAA!!!

Andrew Lincoln entra no palco, seguido pelo Steven, e eu e Mari começamos a ter um ataque.

-LAUREN COHAN!

Quando a Lauren Cohan entrou no palco, eu juro, nós duas gritamos de uma maneira tão aguda, que a minha mãe gritou com a gente.

-MICHAEL CUDLITZ! DANAI GURIRA! MELISSA MCBRIDE! CHAD COLEMAN! EMILY KINNEY!

Eu e a minha melhor amiga quase pulamos de tão animadas.

-Tá legal, calma, calma, calma.... – Mari fala, mas dava para perceber que ela este tremendo muito. Mas eu também estou.

-AND, NORMAN REEDUS!

Nós duas gritamos novamente, dessa vez muito alto, no momento em que ele pisa no palco.

-MENINAS, POR FAVOR! Estou tentando trabalhar!

-DESCULPAAA!

27 minutos depois...

Estão fazendo várias perguntas para todos do elenco, e Chandler não está. Sei lá por que. Norman acabou de responder uma pergunta, e agora, Andrew está falando sobre o Chandler e sobre o Carl.

-Quando eu conheci o Chandler, ele mal era do tamanho da sua figura de ação.... Ele parecia um Ewok pequeno e fofinho! Na segunda temporada, eu era capaz de carrega-lo... E na quinta temporada eu estou esperando que ele vá me carregar! Olhe para ele... Olhe para o meu garoto! – Então a câmera da zoom no painel atrás deles, mostrando uma foto do Chandler na primeira temporada de TWD, e por algum motivo, que duvido ser a foto, todos da plateia começam a gritar.

Encaro a Mari.

-Por que diabos ta todo o mundo gritando?

-Não sei.

E então a câmera se volta para os atores, e Chandler aparece, com um pote gigante de pudim.

-AAHHH!!!!!! – Gritamos ao mesmo tempo.

-MENINAS! – Minha mãe repreende, do seu escritório.

-Ele tá com um pote de pudim, Aliceee! – Mari fala, tremendo. 

Ele começa a lamber os lábios, o que faz com que eu e Mari suspiremos de uma maneira apaixonada. E depois, como se não fosse óbvio, caímos na gargalhada.

Norman começa a enfiar o celular na cara dele, e a tirar fotos, o que é engraçado. Ele dá risada, e caramba, a risada dele é linda demais.

Flashback (off)

Lembro-me que levamos muitos esporros da minha mãe naquele dia, mas era inevitável: conhecer o elenco inteiro sempre foi o nosso sonho desde 2011, e o máximo que tínhamos conseguido durante esses anos, era: vê-los, por uma tela de computador, e ouvir o que estavam falando, na hora que estavam falando. Era emocionante.

Mal sabíamos que alguns meses depois dessa, acho que penúltima, Comic Con que vimos juntas, eu iria morar com o próprio Chandler Riggs, o garoto que roubava sorrisos e suspiros de ambas todas as vezes que sorria; lambia ou mordia os lábios e dava risada, e que ela que teria uma conversa com ele pelo Skype. Eu não sabia que iria para a casa de Norman Reedus, sentaria em seu sofá, conversaria com ele, faria amizade com o seu filho, entraria em seu carro, e pegaria carona com ele. Isso é estranho.

Olho para a lâmina. Consegui resolver um problema sozinha. Sorrio.

Parece que os meus sentimentos e os meus olhos não estão de acordo, pois estou feliz por ter resolvido um dos meus problemas sem descontá-lo em mim, mas, sinto as lágrimas rolarem.

Mas aí percebo, estar aqui não é um problema. Eu gosto daqui. Esse lugar me faz bem, querendo ou não, estou com pessoas que amo. Amo Chandler, amo Charlie, Emma, Thomas, Luiza, Mingus, Lucy. Amo eles. Me fazem bem. Claro, meus pais e Mari não estão aqui. Mas ainda assim, não estou sozinha.

Não vou desistir do basquete. Ninguém é melhor que ninguém. Consegui entrar porque sei jogar.

-Foda-se. – Sussurro para mim mesma.

Levanto da banheira e começo a tomar banho.

[...]

Caminho até o closet, e visto uma blusa branca, uma calça jeans preta, e calço um par de botas.

Caminho para fora do closet e começo a secar o meu cabelo.

[...]

Ao terminar de secar o meu cabelo, desço e encontro Chandler sentado na mesa da sala de jantar, com vários papéis, falando com a mãe dele.

-Então, se você quer mesmo fazer isso, preciso de outra autorização, uma pra você e outra para.... – Ela levanta o olhar e me vê, e para de falar, na hora. – Herm, a Katelyn. Serei responsável por vocês dois, certo?

Ele encara ela, e como ele está de costas, então não enxergo a sua expressão, porém ele demora um pouco para responder.

-Sim. Eu peço pra ela pedir pra mãe dela assinar.

-Oi, gente...

-Oi, Lice! –Chandler vira-se para mim. – Ta tudo bem?

-Ta... Quer ir na cafeteria?

-Claro! Eu só tenho que terminar isso aqui.

-Ta bem, te espero lá em cima. 

Subo para o meu quarto e sento na escrivaninha. Pego o meu computador, abro-o, e coloco os óculos, que só uso pra ler e fazer dever de casa, e começo a pensar no texto explicativo para a competição.

[...]

Não sei quanto tempo passou, só sei que quando Chandler abre a porta de repente, avisando que está pronto para irmos, levo um susto, e fecho o computador na hora.

Tomara que tenha salvado.

-O que é aquilo?

-Aquilo o que? – Fico com as mãos atrás das costas.

-Que estava escrevendo...

-Ah, só descobrirá na competição...

-E quando vai ser?

-Sexta. Você vai, né? Preciso do meu melhor amigo lá.

-Melhor amigo? –Ele sorri.

-Só diz se vai ou não! – Começo a estapear ele, dando risada.

-Claro que vou!

-Ótimo.

Descemos e caminhamos até a cafeteria.

-Então, que horas vai ser?

-17:30, eu acho. Pelo amor de Deus, me diz que você vai....

-Eu já disse que vou. Calma, vai dar tudo certo

Entramos na cafeteria.

-Tá bem, eu vou fazer os pedidos, tá bem? – Assinto. – Café né? E um muffin?

-Sim. – Sorrio.

Meu celular apita, desbloqueio o mesmo, e abro a mensagem que chegou:

“Amore, sexta é o meu aniversário, então eu vou fazer um jantar, ou quase isso, para as garotas. Não vai ter nenhum garoto além do meu pai e do meu irmão, vai ser divertido! Vem, por favor!

     – Lucy.”

A mensagem me faz sorrir. Uma noite em que não vou pensar nos meus problemas.

“Oii, amore! Claro que vou, sim! Só preciso saber que horas, e onde é a sua casa. Sexta as 17:30 tenho um evento da competição, então se for por volta de 17:30 vou precisar chegar um pouco mais tarde. Tem problema? Beijos!

     – Alice.”

Ela responde na hora:

"Oii, lá em casa começa as 19h... Vou te ver na competição! Meu endereço é (Xxx) Beijos!

Lucy"

Chandler chega, sorridente, com uma bandeja em mãos.

-Então, qual é a sensação de estar em uma competição onde tem grande capacidade de ganhar?

-Você acha que posso ganhar?

-Tá brincando, né? Você tem muito talento e expressa seus sentimentos na tela, como não ganharia?

Sorrio.

-Então, como está o seu relacionamento com o Charlie? – Dá um gole no café. – Sempre que algum garoto te faz rir, ou coisa do gênero, parece que ele estremece. Falta de confiança, autoestima, ou o que?

-Acho que ele não confia em mim. – Dou de ombros enquanto dou um gole no café. – Até com você, acredita?!

-Mas nós somos amigos. E ponto. Ele sabe que a gente se conhece desde bebe?

-Acho que sabe, mas não quer acreditar. Ou coisa do gênero.

-Tá, mas... Se você quis namorar com ele, então, obviamente, você gosta dele. O que tem de errado em ter amigos?

-Não faço ideia.... Tenho medo de que não de certo. Tenho medo de me machucar.

-Primeiro: Se você se machucar, eu vou estar aqui. E vou te encher o saco até lhe roubar um sorriso. E segundo: Se ele te machucar, quebro a cara dele.

Dou uma risada e assinto.

NÃO SE ESQUEÇAM DE LER AS NOTAS FINAIS!

 


Notas Finais


Roupa da Alice: http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_230/set?id=213369704
Então, gente é o seguinte: eu postei hoje porque amanhã eu vou viajar, e não tem internet no lugar que eu vou!
E assim, esse é o último capítulo que eu posto esse ano! Porque eu só vou voltar dia 31!
DESCULPAAA SÉRIO!
Mas assim, como eu vou ficar esse tempo todo sem internet, eu vou conseguir escrever bastante, e vou compensar vocês com capítulos maiores, prometo!
Assim, no dia 25 vai ser o único dia que eu vou ter interjet, então eu vou TENTAR postar no dia 25, presentinho de natal pra vocês! E o capítulo 26 vai ficar bem legal e bem grande (E COM MUITA COISA NOVA HEHE), então aguardem com muito amor porque vai valer a pena, ok?!
Outra coisa: Eu estou COMEÇANDO duas outras fanfics, mas não tem prévia de quando vou postar!
Outra coisa: 5.294 EXIBIÇÕES E 93 FAVORITOS!!!!
Gente, vocês são demais! Eu amo muito vocês, só tenho o que agradecer! Sério mtmtmtmt obrigada mesmo!
Então meus amorzinhos, é isso! Muito obrigada mesmo, vocês fazem as minhas quintas melhores, amo todos os comentários, e fico feliz que vocês gostem!
Mais uma vez, obrigada!
Caso eu não consiga postar no natal, FELIZ NATAL PARA TODOS OS MEUS BOLINHOS AMO VOCES! ❤❤❤❤❤


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