1. Spirit Fanfics >
  2. Stole My Heart >
  3. Take a Deep Breathe

História Stole My Heart - Take a Deep Breathe


Escrita por: katelynxriggs

Notas do Autor


OIII VOLTEIIII
E, cara, escrevi esse capítulo que nem o flash porque eu PRECISAVA postar, tava ficando agoniada já hehe
MAS, ENFIM, TO DE VOLTAAAA

Capítulo 31 - Take a Deep Breathe


Take a deep breathe, Alice. It’s a bad day, not a bad life. 

 

Segunda-Feira, 24/03, 11:30 a.m.

Adivinha? Gina não me deixou ir para a aula hoje. Disse que era seria melhor ficar sozinha em casa, pra clarear as ideias. Ela falou que não seria saudável ver o Charlie hoje. Parcialmente, eu concordo com ela. Mas, não está dando certo ficar aqui, no silencio. Parece um hospício, e sinto como se estivesse prestes a enlouquecer. Sabe quando sabemos que não dá de perdoar alguém, e mesmo assim perdoamos? Então, estou nessa situação faz tanto tempo, que fiz amizade com a pequena vozinha que vem quase que o tempo todo para perto de mim, e bate no pé do meu ouvido, soando um pouco mais baixo que um sussurro, que diz: “Acabe logo com isso, Alice. Você não merece sofrer dessa maneira”. Claro, eu ignoro essa vozinha o tempo todo. Essas são as consequências. Situação atual? Totalmente Fodida. 

Fecho o livro que estou lendo pelo motivo mais obvio: Não consigo prestar atenção em uma palavra sequer. Pego o meu celular e dou uma olhada em uma revista online que eu e a Mari costumávamos ler uns anos atrás. Tem várias categorias, e uma dessas é: Séries. Um item dessa categoria é The Walking Dead. Abro uma das reportagens:

“Foi visto, neste sábado (22), Mingus Reedus, filho do ator Norman Reedus (Daryl Dixon em The Walking Dead), com uma garota, cujo nome não foi descoberto ainda, no Parque das Flores, por volta das 16h. Seria um casal? Foi visto, uma troca de carinhos entre os dois, porém, não há nada confirmado. Confira as fotos a seguir:” Há umas 5 fotos da Sophie e do Mingus. Esse povo não tem o que fazer, né.

Vou para a próxima:

“E, Alice Farley virou noticia aqui na revista, novamente!”

Mas que diabos? Começo a ler.

“A loira foi vista nesta sexta feira (21) entrando no carro de Andrew Lincoln (Rick Grimes). Chandler Riggs (Carl Grimes) estava junto de Lincoln e Farley no carro. Os dois adolescentes, que vivem grudados um no outro, foram deixados em casa por Andrew, o que aumenta muito mais a nossa teoria: Seria Chanlice o mais novo casal do momento?! Temos algumas dúvidas, pois o ator foi visto, também, com Brianna Maphis. Seria um triângulo amoroso? Qual desses será, de fato, real? Chanlice ou Briandler? Mais informações serão postadas quando conseguirmos.“

Caso você não esteja atualizado sobre essa dupla, clique aqui para as outras notícias.” 

Que porra?! Clico no “aqui” e me surpreendo por ter, mais ou menos, 15 desses anúncios. Tiro print do que acabei de ler e mando para a Mari:

“QUE PORRA?! CHANLICE??? Eu tenho N A M O R A D O!! Mari, me ajuda! Imagina se isso cai nas mãos erradas, e se aquele cara descobre que eu to aqui? Todo o sigilo não vai adiantar de nada! O que eu faço??”

Volto para o site. Ouço a porta destrancar. Dou um pulo. Ah, é só o Chandler. Olho para ele, desesperada. Nervos a flor da pele.

-Que foi? – Ele encosta a porta, joga a mochila no canto e caminha até o sofá. Passo o celular pra ele, que pega, encara a tela por uns segundos, e volta a olhar para mim, com um semblante confuso. – Lice, eu.. Não entendo português. – Arranco o celular da mão dele. 

-Ah, droga! Desculpa. Eu esqueci. – Começo a ler para ele. 

-Eles sabem que você tem namorado? 

-Não sei, e se souberem, de que adianta? Eles só querem deixar a matéria cativante. Me ajuda! Como eu tiro isso daqui? 

-Já pensou em mandar mensagem? Tipo, pedir pra tirarem?

-ISSO! VOCÊ É UM GÊNIO!! – Falo em português. Ele dá uma risada.

-É tão fofinho quando você fala em português... – Paro de digitar e olho para ele. – Sabe, essa língua é difícil de entender... E você fala tão normalmente. 

-É um hábito.. Sabe, falei essa língua desde que nasci... – Volto a digitar

-Vou fazer o almoço, quer comida?

-Não to com fome, valeu. – Subo as escadas.

Entro no quarto, e então recebo uma mensagem da Mari. 

“Oii, fica tranquila. Denuncia o site, justifica como invasão de privacidade, e o google apaga na hora. Relaxa, Lice. Um homem procurado pela policia não teria tempo de ler uma revista de fofoca adolescente. Depois me conta no que deu, beijosss!

PS: Seu namorado é um belo de um babaca, desencana logo que tu merece coisa melhor!”

Denunciar é uma boa ideia. Denuncio o site e bloqueio o celular. Deito na cama, fico olhando para o teto. As palavras da Mari flutuando no meu subconsciente. Seu namorado é um belo de um babaca... Tu merece coisa melhor.

Mereço. Acho que já tá mais que na hora de acabar com essa palhaçada. Não, não vou terminar. Apesar de tudo, Charlie é um garoto incrível. Mas, dessa vez; eu não vou me deixar levar. 

Pego no sono.

16:00 p.m. 

Levanto da cama, e vou para o ateliê. De lá, subo para o telhado. Uma sensação gostosa de frio passa por mim. Sento-me, abraçando as pernas. O pijama, fino, não alivia o frio, mas não dou a mínima pra isso.

Começo a pensar no Brasil. Em todos os verões que passei com a Mari, em Laguna. Em todas as vezes que ficamos vermelhas por conta do sol. Em todas as vezes que fomos pescar..

Apoio o queixo no braço que está apoiado no meu joelho. Observo a luz fraca do sol, deixo a brisa leve bagunçar os meus fios de cabelo. Sinto alguém sentar-se ao seu lado. Ele não fala nada, muito menos eu. Ficamos lá, sentados, olhando para o além. Além do que os olhos veem, além do que podemos sentir. E lá no fim, no finalzinho do horizonte, está o sol. O sol fraco das 16h. O sol que não é desagradável. E por um momento, esqueço o quanto odeio o calor. Enfim, quebro o silencio:

-Sabe, chegar perto de uma pessoa, assim de fininho, pode ser perigoso... Principalmente quando ela está no telhado.

-Desculpa. – A voz de Chandler sai rouca, como se fizessem anos que ele não falava. Me pergunto mentalmente o que aconteceu pra ficar tão grave. O silencio toma conta do espaço. O que diabos está acontecendo? – Avisei para a Elisabeth que não pode ir pra aula porque estava doente.

-Obrigada... – Continuamos sem trocar um misero olhar. O que é estranho, porque não aconteceu nada. – Tudo bem?

-Sim... É só que.. Eu não gosto de te ver desse jeito. E odeio não poder fazer nada. Não posso fazer o Charlie ser menos retardado. Não posso fazer você parar de gostar dele, também. Me sinto inútil aqui. Me sinto um péssimo amigo. Me sinto uma péssima pessoa por não poder te ajudar, Alice. Só isso..

Me arrasto para perto dele. Apoio a cabeça em seu ombro. Não falo nada, apenas, fico lá. Deixando-o sentir que, não precisa se esforçar para fazer com que eu fique feliz. Só o fato dele estar ali, me faz feliz.

-Riggs? – Fecho os olhos.

-Sim?

-Não precisa nem se esforçar pra me ajudar. Só pelo fato de estar aqui, acredite em mim, alegra o meu dia. – Não consigo ver a sua expressão, mas sei que ele está sorrindo.

-Sabe, Lice.. Acho que eu já disse isso, mas, você é uma das garotas mais incríveis que eu já conheci...

Respiro fundo. Ficamos em silencio por um tempo.

-Farley?

-Sim?

-Conte-me algo bonito. – E então nos encaramos pela primeira vez desde o começo da conversa. – Algo que sente falta, no Brasil. Nada de pessoas, nada do que eu já sei.. Algo que você não ligava, ou até não gostava, mas, que hoje, faz falta...

Algo bonito... Penso em algo lindamente lindo.

-Quando eu era pequena... A minha mãe me ensinou a pintar borboletas. O muro atrás da minha casa é chamado de santuário das borboletas pelas crianças que moram no meu condomínio, porque quando eu comecei, eu pintava lá... – Ele sorri. – Sinto falta disso...

-Se não quiser falar, tudo...

-Não, tudo bem... Eu... Acho que ajuda... Hum... Os meus pais tem uma casa em Laguna, é uma cidade a mais ou menos 1 hora e meia de Florianópolis, e lá.. Tem uma porta, a porta do banheiro, que sempre, sempre, que a gente abre, ela range. Quando íamos no banheiro no meio da noite, toda casa acordava, porque fazia um puta barulho... – Dou uma risada irônica. – Eu odiava aquilo como o diabo.... Agora, daria tudo para ouvir aquele som de novo... – Chandler repousa a mão sobre o meu ombro.

Terça-Feira, 25/03, 07:00

Levanto e vou até o banheiro. Tiro o pijama e entro no chuveiro. Deixo a água escorrer.

07:25 a.m.

Saio do banheiro e vou até o closet. Visto uma camiseta de mangas compridas preta e branca, uma calça jeans verde, e calço um par de tênis pretos. Deixo o meu cabelo cacheado por pura e mera preguiça. Desço as escadas. Sento na cadeira da bancada de frente para Chandler, que está lendo o roteiro, eu acho.

-Bom dia... – Ele fala, sem tirar os olhos do papel.

-Bom dia... – Saio da cadeira e vou até a cozinha. Pego um pouco de cereal e volto. Comemos silenciosamente e saímos de casa.

O silencio está começando a me deixar desconfortável.

-Tá legal, para! – Exclamo, ele para e vira para mim. – Você está estranho... Demais. O que está acontecendo? – Ele não responde. – Chandler, me responde!

-Nada... – Ele fala, olhando para os próprios pés.

-Olha pra mim. – Seus olhos azuis vão até os meus. Lá, dentro daquele furacão azul turquesa, algo se esconde.  E, merda, não consigo ver o que é. – Chandler, o que aconteceu?

-Nada, Lice... Nada aconteceu... Pode ficar tranquila. – Ele respira fundo. – Tá tudo bem, ok? – Não falo nada, mas ele volta a olhar para baixo e continua caminhando. Alcanço ele, mas não falo nada. Não sei o que aconteceu, mas vou descobrir.

Chegamos no colégio. Ao atravessarmos a porta, Chandler fala que precisa ir até a sala de historia por conta de um trabalho, eu acho. Beth aparece na minha frente e pergunta se estou melhor. Na hora, não entendo o que ela quer dizer com isso, mas depois lembro que Chandler disse que eu estava doente. Falo que estou um pouco melhor fora a “dor de cabeça”. Claro, é mentira. Me despeço e digo que nos veremos mais tarde, no almoço. Ela me dá um beijo na bochecha e sai, provavelmente vai procurar Ivy ou Will. Caminho até os meus amigos. Estão todos lá, menos Chandler. E Charlie. O que me é estranho. Não! Foda-se o Charlie.

As meninas me pegam pelo pulso e saem correndo para um canto do pátio principal.

-Tá bem, eu tenho muita coisa pra contar pra vocês... – A Lu fala.

-Eu também! – Sophie fala. 

-Tá bem! Ok! Quem conta primeiro? – Lucy fala, sentando ao meu lado e ao lado de Emma.

-Pode ser você, Sophie.. – Lu se senta ao lado de Sophie e de frente para Lucy.

-É bem simples... – Ela levanta a mão, mostrando um anel. – Eu tenho um namorado. Oficialmente. – Todas começam a gritar de maneira extremamente aguda. – Lu, você...

-Tá, a primeira coisa é diretamente para a Lucy... – Lucy levanta o olhar. – Não sabia que você é sobrinha do Henry..

-Meu Deus... Agora faz sentido! A sua mãe é a única Sofia que eu conheço... Ela aceitou? – Faço “shh”.

-Então, essa é a segunda coisa... A minha mãe está noiva! – Todas se animam.

-Tá, calma.. Tem mais! O Josh passou o fim de semana lá em casa. – Pronto, foi tipo um interruptor de gritos. E a Lu apertou o botão. – Calma, gente.. Eu hein..

-Rolou alguma coisa?? – Lucy pergunta.

-Não... Claro que não.. – Ela fica extremamente vermelha. Lucy cai na gargalhada.

-Mas.. Ele dormiu no seu quarto? – Lucy passa a mão no cabelo, calma.

-Não, né... Quarto de hóspedes tá ai pra isso...

Todas rimos.

-Tem mais.... – Olhamos pra ela. – Vou ser irmã mais velha!!

Pronto. Começou o burburinho. Todas nós falando ao mesmo tempo, e todas nós muito animadas.

O sinal toca. Prova de Física. Vamos cada uma para a sua respectiva sala.

12:00 a.m.

Saio da sala de aula e vou até o meu armário. Sinto a sua presença, sem mesmo vê-lo. Bato a porta do armário e olho para ele.

-O que você quer, Charlie? – Encosto no armário, com raiva.

-Me desculpa.. Eu sei que você me pediu muitas, muitas, vezes, para eu parar com o ciúme. Mas eu não consigo, não é por querer.. Eu quero melhorar, quero te dar algo melhor... Mas, para isso acontecer, preciso que me de uma segunda chance..

-Uma segunda chance?? Uma segunda chance? Charlie...  Eu não sei quantas segundas chances eu te dei. Não sei mesmo. Não sei nem o que seria “isso”. – Faço aspas com os dedos ao falar “isso”. – Eu não sei mais que tipo de bagunça o nosso relacionamento se tornou... Não sei que bagunça é essa. Sem confiança alguma vindo da sua parte? Que relacionamento existe sem confiança? Não é isso que eu quero, Charlie..

-Você está terminando comigo?

-Não, eu.. Eu gosto de você, demais... Estou tentando juntar os pedaços decentes desse relacionamento pra ver no que dá.

-Então você me perdoa? – Ele pergunta. Dou três passos para trás.

-Estou tentando, Charlie. – Dou as costas e vou para o refeitório.

Sento em uma mesa, longe dos meus amigos, sozinha. Começo a comer um pouco de macarrão com queijo, o único prato realmente bom que tem no cardápio hoje. O outro é lasanha de atum. Ew.

Alguém senta na minha mesa, de frente para mim. Levanto o olhar, sem a mínima vontade. Peter recua um pouco, mas senta. Um sorriso estampado no rosto.

-Oi! – Ele fala, deixando mochila pendurada na cadeira.

-Oi. – Volto a comer.

-Tudo bem?

-Sim. Você? – Olho para ele e vejo um garoto andando pelo local, meio perdido. Deve ser novo aqui. Ele está perto da mesa, e o seu olhar passa por mim. Tiro a minha bolsa de cima da cadeira. Ele caminha até nós.

-Senta aí.. – Falo, e ele sorri, sentando-se.

-Oi, qual é o seu nome? – Peter fala. Parece uma criança fazendo amizade em um parquinho. O pensamento me faz rir.

-Hunter... Hunter Reynolds..

-Sou Peter, prazer... – Ele oferece a mão, e o garoto aperta.

-Sou Alice.. Prazer..

Volto a comer. Hunter e Peter tagarelam sobre alguma coisa.

P.O.V. Elisabeth

Vou para o laboratório de química correndo. O professor de francês nos liberou 5 minutos mais tarde.

A sala está cheia. Só há um lugar vazio, ao lado de um garoto que eu nunca vi. Ele usa roupas pretas, e está com o rosto enterrado em um livro, enquanto escreve em um caderno. Caminho até lá.

-Com licença... – Ele para de escrever e olha para mim, enquanto gira a caneta, que estava usando, entre os dedos. – Posso sentar aqui? – Ele faz que sim. Sento e abro o meu livro de química. – Sou Elisabeth Abott. Prazer em te conhecer.. – Sorrio.

-Hunter Reynolds. – Sua voz sai um pouco mais alta que um sussurro. Ele aperta a minha mão. A mão dele é fria e macia.

[...]

Arrumo o meu material e viro para Hunter.

-Que aula tem agora?

-História...

-Eu também! Quer companhia até lá?

-Tudo bem...

Saímos da sala.

P.O.V. Alice

Entro no laboratório de ciências. Peter está sentado em uma bancada no fundo da sala. Caminho até lá.

-Posso? – Pergunto. Ele levanta o olhar e sorri.

-Claro.

Sento em silencio e o professor entra na sala. Odeio ciências. Era a minha matéria favorita antes, mas me lembra o Brasil. Demais.

-Você tá bem? – Peter pergunta.

-Sim, to.. – Minto. – É só que... Essa matéria, me dá sono... – Fecho os olhos.

Ele dá uma risada.

-Eu pareço cansada? – Pergunto. Ele não responde. O professor começa a explicar sei lá o que. – Ah, cara, é como uma máquina de sono...

-Vocês vão fazer 30 exercícios sobre o corpo humano.

-Boa noite... – Derrubo a cabeça na direção da mesa. Peter coloca a mão onde eu bateria, impedindo que eu de uma bela pancada com o queixo bem na mesa. Fico assim por um tempinho, até que ele começa a balançar a mão para que eu sente normalmente. – O que a gente tem que fazer?

-Isso. – Ele me passa uma lista de exercícios.

Bufo e começo a realiza-las.

P.O.V. Elisabeth

12:14 p.m.

Eu e Hunter saímos da sala, e caminhamos na direção da saída do colégio. Vejo Zach, um babaca do time de basquete, e os amigos dele. Droga. Ele insiste em implicar com os alunos novos, mas agora não tem mais volta. Vai ser estranho se eu falar pra darmos meia volta. Quando chegamos a meio metro de distancia deles, Zach pula na nossa frente, seguido por mais quatro garotos. 

-Olha só o que temos aqui... Um novato. – Ele encara Hunter dos pés até a cabeça. – Um novato gótico! – Hunter respira fundo. – Ah não, gótico não... Desculpa.. Emo. – Ele se vira para os amigos. – Aposto que ele corta os pulsos. – Vira-se para ele de novo. – Não corta?

Hunter trava a mandíbula. Coloco as mãos no bolso, tentando me controlar para não dar um tapa no rosto do Zach.

-Bom... Nesse caso, vá se cortar em outro lugar.

Aquilo foi o fim da picada para mim. Me coloco de frente para Zach. O olho dos pés até a cabeça.

-Que cara incrível que você é. O que aconteceu na sua infância que fez você ter um surto de autoestima tão forte, que você precisa fazer um aluno novo ficar chateado pra se sentir bem? A mamãe não compareceu as reuniões escolares? O papai não agradeceu pelos cartões de “Feliz Dia dos Pais”? – Ele me encara, com os olhos arregalados. O encaro com uma expressão sínica.  – Pare de andar por aí como se fosse alguém importante.

Pego Hunter pela mão e o puxo para fora do colégio. Quando atravessamos a porta, solto a mão dele.

-Obrigado. – Ele fala. – Por.. Me defender, ali dentro.

-Eu estava afim de dar um chega pra lá desses no Zach faz tempo, então, eu que devo te agradecer. – Digo, brincando. Ele ri.

P.O.V. Alice

17:00 p.m.

Eu e Peter saímos da quadra.

-Onde o Tyler está? Não vi ele hoje. Por que ele não veio no treino?

-O Ty... – Peter respira fundo. – O Tyler vai pra Itália... – O encaro, incrédula. – O pai dele é de lá, e a mãe dele finalmente concordou em voltar para lá...

Meu mundo caiu novamente. Fiquei com vontade de deitar ali mesmo e começar a chorar. Ele sempre me fazia rir. Sabe, eu não sei se sou só eu que reparei, que quando se está num dia ruim, parece que o universo conspira pra que ele fique cada vez pior. O Tyler era a minha melhor dupla no treino. Fico com vontade de me trancar em um armário. Assinto, e o resto do caminho até o ponto de ônibus, foi silencioso. Me despeço de Peter e sigo o meu caminho.

Ao chegar em casa, abro a porta. A minha vontade de chorar é aparente, porque Chandler, que está sentado na mesa da sala de jantar lendo alguma coisa, levanta e caminha rapidamente até mim. Jogo a minha bolsa em um canto  caio em seus braços. Choro. Choro tudo que estava guardado em mim. Choro com vontade, sinto a dor sair pelos meus olhos. Chandler acaricia os meus cabelos. Sinto o ritmo tranquilo dos seus batimentos cardíacos. Ele aproxima os seus lábios do meu ouvido, e sussurra, em um tom melodioso e angelical:

-Respire fundo, Alice. É um dia ruim,  –  Ele faz com que eu o olhe nos olhos. –  não uma vida ruim.


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...