1. Spirit Fanfics >
  2. Stole My Heart >
  3. Ohana

História Stole My Heart - Ohana


Escrita por: katelynxriggs

Notas do Autor


OII GENTE
desculpem por estar postando só agora, sério!!
enfim, eu criei uma playlist para esse capitulo, e acho que seria legal se vocês ouvissem enquanto leem, o link ta nas notas finais!!

Capítulo 61 - Ohana


Fanfic / Fanfiction Stole My Heart - Ohana

LEIAM AS NOTAS DO AUTOR POR FAVOR É IMPORTANTE!

Grávida? ― Pergunto, impressionada. Ela começa a chorar.

― Eu to grávida, Lice. Eu to gravida e o Jackson me largou.

Jackson é o namorado dela. Eles estão juntos há um tempão, porém, ninguém da minha família nunca gostou muito dele. Ele é um pouco mala, e só pensa em si mesmo. E ele largou ela.

― Te largou? Ele sabe do bebê?

― Foi exatamente por isso! ― Ela chora mais ainda. ― Ele disse que não vai arruinar a própria vida por causa de uma criança! Ele disse que é culpa minha, mas foi falta de responsabilidade dos dois!

― E o que você vai fazer agora?

― Eu não sei... A minha mãe falou para eu abortar, mas eu não quero fazer isso! Sabe, é o meu bebê.

― Vai cria-lo sozinho?

― Acho que sim. A minha mãe está furiosa comigo, disse que se eu for ter essa criança, não vai ter a ajuda ela.

― E você já pensou em sair daí? Sei lá, vai para a Philadelphia, morar mais perto da vovó e do vovô... Eles sentem a sua falta. Além do mais, seria mais fácil para mim... A gente poderia se ver mais frequentemente.

― Não sei, não... Prefiro ficar aqui, com o meu emprego, com a minha casa. Aqui estou estabilizada, Lice... Não é tão fácil assim.

― Eu vim morar sozinha em uma cidade que nunca tinha nem sequer visitado. Aos dezoito anos! Não diga que não é tão fácil quanto parece, porque para você será muito mais fácil.

― Ok, mas eu não quero...

― Bem, eu não sei o que fazer, então...

― Tá, só queria te avisar, preciso ir... Beijos.

― Beijos.

Enquanto passo um pano úmido pela mesa recém usada no Books N' Coffee o meu celular toca, é Amy.

— Vai precisar de carona hoje? David pode te dar carona.

— Não, não precisa. Vim de carro hoje, lembra?

— Puxa, verdade... Ok, te vejo no Sidewalk?

— Sim. Daqui a pouco to saindo daqui, só faltam algumas mesas.

— Ok, beijos. — Desligo.

Eu amo a minha prima, mas ela precisa amadurecer. Eu, com 21 anos, sou mais madura que ela com 27. A diferença de idade pode parecer pouca, tendo em vista que nós duas ainda somos novas, mas eu sou mais responsável que ela. Somos o oposto uma da outra.

Passo a mao pela testa, pensando no que fazer. Gravida. Como é que ela foi tão irresponsável?

A campainha toca.

― Alice, sou eu. Posso entrar? ― É a voz da Amy.

― Tá aberta.

― Amiga, o que aconteceu? ― Ela pergunta. Viro-me para ela. ― Era ele lá? ― Faço que sim. ― Você tá bem?

― Dois anos pra esquece-lo completamente, e então ele aparece, e... ― Começo a chorar e ela me abraça. Do lado de fora da janela da cozinha, o inverno frio cai sobre New York.

― Por favor Alice, você não o esqueceu. Eu sei que dorme com o suéter dele.

Como você sabe disso?

― Eu já vi. Ah, pelo amor de Deus, Alice! Não é tão ruim assim. Pensar nele significa que você ainda gosta dele.

― Isso não é verdade.

― Bem, de qualquer maneira, você não pode fugir dele do jeito que fez hoje.

― Eu não...

― Você fugiu dele, sim. ― Ela me interrompe de maneira severa. ― Bem, de qualquer maneira, eu preciso ir. Nos vemos amanhã?

― Sim, claro.

Ela me dá um abraço, murmura um “se cuida” durante o abraço e sai de casa.

09/01/20, Quinta-Feira, 07:00 a.m.

Levanto da cama e afasto o cobertor. Está bem frio, e quando abro a cortina da janela, vejo que está nevando. Caminho até o banheiro e entro na banheira cheia de agua quente.

A neve cai do lado de fora do apartamento, o que faz com que o meu dia melhore. Apesar de a neve atrapalhar em alguns momentos o dia-a-dia de quem convive com ela, eu adoro. É algo tão belo, e me deixa tão calma, que não sei. 

Volto a minha atenção para o espelho do banheiro. Passo a palma da mão pela superfície embaçada e vejo o meu rosto ali. 

— Ok, Alice, nada de agir estranho hoje, tá bom? Você vai seguir a sua vida, o fato de você ter visto ele não muda nada. 
Meus olhos caem sobre o suéter que descansa em cima do balcão do banheiro. 

Ah, quem estou querendo enganar? Nunca superei Chandler. Eu fiquei com dois caras nos últimos anos, na tentativa de esquecê-lo, mas não deu certo. O máximo que alcancei foi maquiar os meus sentimentos por ele, o que já foi um saco. 

É sério, se sexo não me fez esquecê-lo antes, esquecê-lo agora vai ser pior ainda. 

Flashback (on) — Véspera de Natal de 2019 

Visto o meu suéter de natal, uma calça jeans e calço um par de botas. Por incrível que pareça, não está tão frio quanto o costumeiro natal em New York. O meu celular toca: 

— Alô? 

— Desce logo criatura, antes que a neve bloqueie a estrada! — É a voz da Amy. Vamos passar o natal na casa de um colega da faculdade, James. Ele é bonitinho, e querido, e a gente dá em cima um do outro direto. Não que tenha dado em alguma coisa. 
Tranco a porta e desço as escadas correndo (o elevador quebrou de novo). 

— Feliz natal! — Falo para o porteiro antes de sair correndo pela porta. 

David e Amy me encaram quando entro no carro. 

— Caramba, que demora. — David reclama. 

— Não reclama e dirige. — Rebato. 

— Mas nem sou eu que estou dirigindo! 

[...]

O caminho inteiro viemos cantando músicas de natal (meio retardados, eu sei). 

— Não posso beber! Vou dirigir até a Philadelphia amanhã e não posso ficar de ressaca no dia do Natal, né! Além do mais, eu nem curto bebida. 

— Eu também não tô afim de beber hoje, não... — Amy fala, com os olhos na estrada. 

— Nem eu. Odeio passar vergonha. — Isso é fato, nunca vi David bêbado. Ele bebe um copinho de cerveja ou dois, mas só. 

Arrumo a touca de Papai Noel na cabeça antes de descermos do carro. 
James atende a porta. 

— Entrem! Alguns já chegaram... — Ele me impede de passar. — Você está irresistível hoje. Vamos ver quanto tempo aguento. 

Fico na ponta dos pés para alcançar o seu ouvido. 

— To vendo esse seu olhar em mim há dias, só estou te esperando tomar atitude. — E nisso dou um longo beijo na sua bochecha. Sinto os pelos do seu braço arrepiarem de leve. 

Saio de perto dele, certamente para provoca-lo. 

22:00 p.m. 

Bebo a minha água enquanto observo James, ele faz o mesmo comigo. Eu realmente quero ganhar isso; nós vamos nos pegar de qualquer maneira; porém, quero ter o prazer de dizer "eu resisti por mais tempo que ele". 

Caminho na sua direção, passo a minha mão pelo seu braço e vou até a cozinha. Abro o congelador para procurar água. De repente, alguém me pega pela cintura e me gira pelo lugar. Solto um gritinho por conta do susto. Esse alguém em faz sentar no móvel da cozinha, e então tenho uma visão do rosto de James. Seguro o seu rosto com as mãos e sorrio.

— Decidiu tomar atitude, enfim? — Ele faz que sim, e me puxa para perto. 
Ele me beija tão repentinamente que me pega completamente de surpresa, mas não demoro muito para ceder; as minhas mãos passeiam pela sua nuca enquanto as suas mãos apertam a minha cintura. 

Somos interrompidos por um amigo dele que entra na cozinha e leva um susto. Paramos e o encaramos. 
— Cara, que é que você ta fazendo aqui? 

— Vim buscar cerveja, desculpa. 

— Dane-se. Vem, vamos lá pra fora. São quase 9 horas. — Ele fala, olhando para o relógio de pulso.

— Tá quase na hora dos presentes. 

Saímos da cozinha sem dizer uma única palavra, mesmo que a minha mão ainda esteja entrelaçada na dele. 

Flashback (off) 

Depois daquela noite, fiquei com James umas duas ou três vezes, mas não passou muito disso. Depois de um tempo, fomos simplesmente nos distanciando. Sabe quando as palavras ficam mais curtas e o silencio mais longo? Tipo isso.

[...]

Passo para a penúltima mesa, retiro os pratos, xícaras e a gorjeta de cima e caminho até a cozinha.

Nesses anos, aprendi a equilibrar vários pratos e xícaras nas mãos; de vez em quando me sinto a Barbie naquele filme: Barbie: Escola de Princesas.

Ao terminar tudo, aviso o Max que estou saindo e deixo o avental no armário. Pego a chave do carro e dirijo até a Sidewalk tranquilamente. Quando chego lá, vejo Amy sentada em um dos bancos, com os antebraços apoiados na mesa. Ela olha pela janela, nem percebe que me aproximo.

— Cadê o David?

— Está vindo. — Ela parece nervosa.

— Que foi?

— Nós somos amigas, não é?

— Óbvio que sim.

— E você me ama, não é?

— Com todas as minhas forças.

— Não me mate, ok? Saiba que tudo o que eu faço é pelo seu bem....

— Do que você está falando?

E então ela olha para a porta. Acompanho o seu olhar. Ah, não. Ele de novo, não.

— Amy, o que você fez?

— Vocês precisam se resolver. — Ela fala isso quando ele para ao lado do seu banco. — Com licença.

E então ela sai.

— Filha da mãe. — A xingo em português, bem baixinho.

— Posso sentar? — Ele pergunta. Aponto para o banco oposto a mim com o queixo. Chamo a garçonete e peço um chá.

— Quer alguma coisa? — Pergunto para ele, que se volta para a garçonete.

— Um café preto, por favor.

Não falamos nada por muito tempo. O meu chá e o café dele chegam, e nem eu nem eles medimos esforços para dar início a uma conversa.

De repente, ele mexe na própria xícara de café para beber um pouco. Meu olhar vai da minha xícara de chá para ele.

Por um momento, a cafeteria fica extremamente quente e eu tiro a jaqueta de couro.

— Então, o que tem feito? — Pergunto. Não que eu me importe, só quero quebrar o silêncio.

— Nada... — Ele responde, baixinho.

— Como assim nada? Três anos se passaram e você não fez nada? Não acredito nisso, não.

— Nada muito interessante, faculdade, The Walking Dead, e.... É isso.

— Nada além disso? Nenhum amigo novo? Namorada? Nada mesmo?

— Namorada, por um tempo. Parecia sério, mas... Sei lá. Você?

— Alguns lances.

— Desapegou rápido?

— Não. Você me disse para viver a minha vida, que você viveria a sua. Me pareceu sincero, tendo em vista que não me mandou mensagem nem nada, não deu sinal de vida...

— Não dei sinal de vida? Você sumiu.

— Eu não recebi nada vindo de você, então fui aprendendo a viver sozinha...

— Eu te escrevi todos os dias durante um mês, você nunca respondeu às minhas cartas!

— Eu não recebi nenhuma... Cartas?

— Eu sei que você tem um fetiche por coisas escritas à mão... Ou pelo menos tinha.

Por um segundo, o meu coração dói.

— Não acredito que está fazendo isso...

— O quê?

— Não acredito que saiu da minha vida e esperou eu me reconstruir para depois voltar e ferrar tudo! Você não pode fazer isso!

— Eu não estou fazendo isso. Eu só queria pedir desculpa por ter te deixado ir.

— Não precisa pedir desculpa. — Falo em voz baixa. — Eu esqueci tudo aquilo.

Eu sei que é mentira, porém não posso falar que sinto a falta dele.

— Não minta. — Ele responde repentinamente. Olho na sua direção. Seus olhos estão tão sombrios quanto esta cidade às 4 a.m. durante o inverno, frios e temporariamente vazios. — Seus amigos me contaram que tem dormido com o meu suéter. — E ao falar isso, a sua postura volta ao normal.

— Seus amigos me contaram que você não está muito melhor que isso. — Retruco rispidamente. Ele abre um meio sorriso que se fecha tão rapidamente quanto apareceu. Seus olhos pousam na própria mao.

— É que, sabe... Estando lá sem você... É como se eu estivesse acordando com apenas metade do céu... É como se eu fosse metade de um homem. Eu sinto falta do que fazíamos.

— Chandler, qual é a sua? — Ele não responde. — Olha, sinceramente? Meus pêsames, porque para mim você está morto. — Levanto da cadeira e saio do estabelecimento, deixando-o lá, sozinho. Do mesmo jeito que ele me deixou anos atrás, na noite em que terminamos.

Ao chegar no carro, repasso a conversa inteira e, antes que eu perceba, lágrimas escorrem pela minha bochecha. Dirijo com a visão embaçada e quase bato em um carro durante o sinal vermelho. Limpo as lagrimas enquanto o motorista do carro da frente buzina e me xinga.

Ao chegar em casa, bato a porta com força e sento no chão. Bato com os punhos na parede com tamanha raiva. As lágrimas rolam sem parar.

Eu sou muito burra mesmo, não é possível. Eu ainda amo ele, sempre soube, olha-lo só me fez lembrar de como é. Alguém bate na porta.

— Alice? — É a voz do David.

— Vai embora... — Peço, a voz embargada e entrecortada.

— Alice, abre a porta.

— David, eu preciso ficar sozinha. Por favor.

— Estou em casa caso precisar... — Ele avisa. — Não faça besteira, por favor.

Caminho para o quarto, coloco uma roupa mais confortável e me jogo na cama. A neve do lado de fora bate contra o vidro.

A campainha toca. Caminho até a sala e toco a maçaneta. Não giro.

— David, eu disse para você ir embora! — A minha voz sai no mesmo tom de um rugido.

— Não, não é o David. — É a voz do Chandler.

— Se eu não quero o meu amigo aqui, imagine você!

— Alice, deixa eu entrar. Você não me deixou terminar.... — Não respondo. — E esqueceu a sua jaqueta lá.

— Deixe-a na porta e vai embora. — Ele não responde. Cinco minutos depois, abro a porta e me surpreendo com ele sentado no chão. Ele se levanta no momento em que me vê.

O que você quer, Chandler?

— Eu preciso pedir desculpa. — Dou um passo para trás e ele um para frente.

— Você já fez isso, e eu já disse para você esquecer.

Eu entro em casa e tento fechar a porta, mas ele é mais forte e a empurra. Depois de entrar, ele a fecha.

— Não tinha acabado para mim. — Ele fala. — E eu realmente sei que você não me quer mais. Então... Se amanhã você não será minha, então deixe-me te amar uma última vez.

O encaro como se tivesse dito algo absurdo, mas eu meio que quero isso.

— Para mim não tinha acabado, também. — Dou um passo para frente.

— Ainda não acabou.

E então ele agarra a minha cintura e me puxa para um beijo. Não demoro quase nada para ceder. O empurro pela sala até o sofá. Ele se senta, e eu sento no seu colo. Puxo seu corpo para mim e as minhas mãos correm até a barra da sua camisa. A tiro com facilidade e uma agilidade extremamente impressionante. Suas mãos descem pelas minhas costas até o cós da minha calça de moletom.

O beijo novamente e só me afasto quando o ar nos falta. Ele desamarra o cadarço que amarra a minha blusa. O ajudo a desfazer o nó pelo fato de ele não estar conseguindo. Assisto ele desamarrar o resto e jogo a blusa, junto do sutiã, longe.

[...]

— Espero que entenda que eu não quero mais nada. — Falo, vestindo a minha calça. — É sério.

— Tudo bem. — Ele responde, baixinho. Seus olhos estão focados nos próprios pês. Parece perdido em seus pensamentos. — Não achei que faria você mudar de ideia.

6 meses depois...

Respiro fundo e olho no espelho. Estou realmente bonita; também, o que uma maquiagem feita por um profissional não faz, não é? O dia da formatura é hoje, e estou uma pilha de nervos. Meus pais, acompanhados pela Mari e pelo Theo, entram no meu apartamento. Minha mãe cai em lágrimas no momento em que me viro para ela.

— O meu bebe! Não acredito que está tão madura e que vai se formar dois anos antes! — Ela me abraça. — Estou muito orgulhosa de você! Muito!

É estranho pensar que eu e Amy, já que as duas adiantaram demais a matéria, vamos nos formar junto com pessoas de 25 a 27 anos, sendo que nós temos 22.

Meu pai me abraça, depois vem Mari, e então Theo.

Eu ainda preciso me vestir, por enquanto só estou com um roupão.

O meu vestido é lindo, é preto e com estampa de flores. É bem simples, eu nunca gostei muito de coisas muito exageradas.

[...]

— Mãe, essa é aquela minha amiga que eu falei, a Alice. — Amy me apresenta para a sua mãe. Aperto a sua mão e ela sorri para mim.

— É um prazer, Alice.

— O prazer é meu, senhora Fuller. — Me volto para a minha mãe. — Mãe, esta é a Amy, e esta é a mãe dela. — A minha mãe sorri para as duas e começa a conversar com a Senhora Fuller. Eu, Amy e Mari sentamos em um banco.

— Amy, essa é a minha melhor amiga, Mari. Sis, essa é a Amy, o meu bebezinho.

— Oi!

[...]

 — Então... Você vai ficar aqui? — Mari pergunta sem olhar para mim. Sua atenção está focada nos prédios do outro lado da rua.

— Eu não sei.

Theo está tomando banho, Amy e David estão com os pais dela, e eu e Mari estamos aqui, sentadas na cama do meu quarto, de frente para a janela.

— Eu amo esse lugar. Ele é definitivamente uma parte de mim, mas... Atlanta também é.... As pessoas daqui, as pessoas de lá... Elas me criaram, elas me fizeram ser quem eu sou. — Faço uma pausa para respirar fundo. — Nesse momento, estou perdida. Eu sou a única que pode tomar essa decisão... Mas... Estou cansada de deixar as pessoas para trás. Essa decisão é só minha, mas eu gostaria que não fosse. Eu não acho que deveria ser só minha, eu acho que deveria ser de todos nós...

— O que você quer dizer?

— Eu apenas acho que, à medida que crescemos, o que fomos no passado evolui e se torna parte do que somos agora. Tudo o que eu fiz, todos que conheci, quem eu perdi, quem eu ainda tenho... Todos eles fazem parte de mim. E eu estou cansada de deixar as coisas que fazem parte de mim para trás.

— Você não vai deixar ninguém para trás. Se você ficar aqui, a sua amizade com Lauren, com Katelyn, com Steven, com o elenco, com Theo, a nossa amizade... Nada vai mudar, Alice. Nós somos as mesmas. Se você fechar bem os olhos, saberá que ainda somos aquelas duas garotas que sentavam na sua cama para assistir aos painéis de The Walking Dead. Essas garotas ainda estão aqui, estas garotas somos nós. Se você voltar para Atlanta, tenho certeza de que David e Amy vão fazer de tudo para ir te visitar, e vocês vão continuar os mesmos.

— Como você sabe?

— Porque você ainda é a mesma, Sis. Você ainda é aquela garota que se recusa a esquecer os outros. Você ainda é aquela garota que coloca a necessidade dos outros acima da sua. Você ainda é o pequeno raio de sol na vida de quem convive com você. Você traz os outros para si, forma uma família. E na sua família, ninguém é deixado para trás ou esquecido.

Choro ao ouvir isso e a abraço.

— Lembra quando todos os nossos amigos foram tomar sorvete e eu não pude ir porque estava doente? Lembra que você se recusou a ir para ficar comigo? — Ela pergunta, e eu faço que sim. — Lembra o que você disse?

Ohana...

— E o que significa Ohana?

— Significa família. E família significa que ninguém é deixado para trás ou esquecido. — Respondo, e no mesmo momento entro em choque com o tamanho da sabedoria do conselho que Mari acabou de me dar.

— É isso. É assim que eu sei que nada vai mudar.

10/09/20, Quinta-Feira, 11:00 a.m.

— Eu te vejo em dois meses. — Amy fala durante o abraço.

Duas semanas depois da minha formatura eu tomei uma decisão: Vou voltar para Atlanta. A única coisa que eu realmente não esperava era: A mãe da Amy mora lá, e a Amy vai voltar para lá.

David pediu Amy em casamento uns dois meses depois da formatura. Eles vão casar ano que vem, mas daqui dois meses vão se mudar para Atlanta, também.

A minha decisão realmente foi boa, já que agora eu vou ter todos que amo perto de mim.

Quer dizer, não todos. Os meus pais estão no Brasil, mas acredito que vão conseguir vir para cá.

— Até daqui dois meses. — Falo. David não pode vir me dar tchau por conta da faculdade. Ele está próximo de terminar, então tem estado trancado em casa, super ocupado. — Fala para o David que eu mandei um beijo.

— Vou falar. — Ela abre um sorriso enorme. — Se cuida, amor. A gente se vê em novembro.

— Até lá, me manda mensagem todos os dias, viu?

— Prometo.

Damos risada e a abraço de novo.

— Vou sentir a sua falta.

— Eu também. — E então, sou obrigada a lhe dar as costas e ir até o portão de embarque.

[...]

— PEACHES, VOCÊ ESTÁ AQUI! — Sou surpreendida pela Mari pulando em mim. Quando consigo me recuperar, a abraço. Depois vejo Kat, Lauren, Steven e o seu filho. Ele é uma criança fofa. Muito fofa, por sinal. Abraço Theo e então os outros.

18/09/20, Sexta-Feira, 22:15 p.m.

O telefone toca e eu levanto do sofá.

Estou morando com a Mari e, morar com a melhor amiga é melhor do que eu imaginava. Tenho falado bastante com a Luiza e com a Emma. Theo mora em uma casa bem perto da nossa, voltamos ao antigo costume de ficar juntos quando podemos.

— Alô?

— Alice? Oi, é a Annie... — Annie é a mãe da Ellie. Ela parece nervosa.

— Oi, tia Annie... Tudo bem?

— Sim! Pode vir à maternidade... Agora?

— Sim, mas por que?

— Ellie entrou em trabalho de parto. — Cuspo toda a minha agua.

— Tá bem, eu... Chego ai em 10 minutos.

Desligo o telefone.

— Mari, coloca os sapatos, nós vamos sair!

Calço uma Ugg que está perto da porta, pego um casaco e saio correndo. Mari vem atrás de mim. Entramos no carro.

— Que que aconteceu?

— A Ellie entrou em trabalho de parto!

[...]

Quando chegamos no hospital, vejo a minha tia andando para lá e para cá.

— Oi, como ela está?

— Já está na sala de cirurgia. Vão ter que fazer cesariana.

— Ah, tudo bem. Vai dar tudo certo. — Respondo. Minha tia me abraça.

— Que bom que está aqui, querida. Fazia tempo que eu não te via.

— É, eu também.

[...]

Uma enfermeira sai da sala de cirurgia.

— Annie Farley? — Minha tia levanta, e eu e Mari levantamos junto.

— Sou eu. Como ela está.

— O bebê é saudável, mas... Temos más noticias...

— O que aconteceu?

— Pouco depois de tirarmos a menina, a pressão dela subiu e.... Não conseguimos evitar...

— O que quer dizer com isso? — Minha tia pergunta. Mari toca o meu braço. Sua mao esta tremula. Ela sabe o que isso significa.

— Ela infelizmente não resistiu... Eu sinto muito...

Sento-me tão rapidamente que só percebo que estou sentada quando a minha testa encosta nos meus joelhos. Começo a chorar desesperadamente.

— Não! Não, não... Não, não, não.... — Murmuro com a voz entrecortada.

Ellie morreu... Ellie morreu, e deixou a criança sozinha.

LEIAM AS NOTAS FINAIS!!


Notas Finais


Playlist: https://www.youtube.com/playlist?list=PLtkWkYp4DMplQTHo11829B7Ol8AkhLprb
Roupa da Alice (Natal): https://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_586/set?id=228528514
Roupa da Alice (2): https://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_590/set?id=228648405
Vestido da Alice: https://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_591/set?id=228670532
Então, gente... A fic está no final, e eu estou meio ocupada com a escola..
Então assim, eu vou ficar meio que sem dia certo pra postar, mas vou fazer de tudo para postar um cap por semana!
Espero que compreendam, é isso aí, beijoss, até semana que vem!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...