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História Stone Angel - Begônia.


Escrita por: omgnutt

Notas do Autor


Nem acredito que tem gnt lendo sem ser minha mãe e.e (mentira, nem ela lê)
SHJAHSJAHS BOA LEITURA <3

Capítulo 3 - Begônia.


Fanfic / Fanfiction Stone Angel - Begônia.

(POV) Well

 Acordei com o sinal do orfanato tocando alto em meus ouvidos, abri os olhos e vi que eram exatamente 7hrs. Olhei para a janela e vi que o tempo hoje estava bom, um mormaço entrava pela janela e vinha até ao meio do quarto. Ao mesmo tempo parecia estar ventando, uma vez as árvores se remexiam de um lado para o outro. Eu adorava ficar observando o tempo pela janela retangular do meu pequeno quarto, me acalmava e as vezes eu até pensava que meu humor variava de acordo com o tempo; E hoje eu estava feliz, não necessariamente pelo tempo, e sim pelo ocorrido de algumas horas atrás, eu estive tão perto de beija-lo, estava tão fora de mim, havia me aprofundado nos seus olhos azuis que pareciam o céu, e cá entre nós, eu sempre tive uma queda pelo céu. Não sabia o que estava havendo, nunca havia sentido nada assim por alguém antes. Uma coisa era certa, Daniel havia bagunçado minha mente. 

Olhei para Daniel que ainda estava dormindo, como ele não havia acordado com o barulho irritante do sino? Me levantei e fui ao banheiro me arrumar, afinal, hoje estaríamos voltando com os estudos no orfanato e novamente terei de usar aquele uniforme ridiculo, mas fazer o que, né? Voltei ao quarto e já eram 7:20. Encontrei Daniel sentado em sua cama, parecia ter acabado de acordar, estava se espreguiçando, seu longo cabelo estava bagunçado e aquilo só o deixava mais atraente e.. sexy?! 

 - Bom dia. – Ele disse ao perceber que eu havia entrado no quarto. Depois voltou a se deitar fitando o teto. 

 - Você não vai se aprontar? Hoje temos nossa primeira aula depois do almoço e aposto que nossos novos horários estão no mural lá de baixo. – Disse e logo vi ele se levantando e olhando pra mim com uma cara de tipo "Hã?". 

 - Pensei que só teria aula semana que vem. – Disse com um biquinho emburrado. – Mal chego e já tenho que estudar? Difícil. – Disse me fazendo rir de sua frustração, ele era fofo e ao mesmo tempo engraçado. 

 - Pensou errado princesa, – Falei rindo, mas logo fui perdendo o sorriso assim que me toquei do que havia o chamado, como assim eu disse aquilo? O que diabos estava pensando? Ele me olhou sorrindo meio bobo e envergonhado. – Me desculpe, saiu sem querer e.. – Fui interrompido. 

 - Está tudo bem. – Disse ainda sorrindo, só que agora havia corado. Me levantei e fui pegar meu uniforme para vesti-lo e ir almoçar – Oque é isso? – Perguntou olhando para meu uniforme dobrado em minhas mãos. 

- O uniforme, temos de usar aos dias de aula. – Afirmei o olhando. 

- Você sabe aonde consigo um? – Perguntou, e logo me permiti imagina-lo dentro daquele uniforme. Era um terno vermelho com uma gravata (que a maioria dos meninos nunca usavam mesmo), eu havia imaginado como ele ficaria lindo

 - Sim, na diretoria, – Falei enquanto tirava minha camisa o fazendo me fitar envergonhado, não vou mentir, estava adorando ver ele nervoso. – Quer que eu te leve lá? – Perguntei o olhando. Ainda estava sem camisa e ele não parava de olhar pra mim, sem falar uma só palavra. 

 - É.. N-não, obrigado. – Ele disse depois de um tempo, ele gaguejava e isso me fez querer rir. Logo depois ele se levantou, pegou sua roupa e uma toalha, deduzi que havia ido tomar banho, terminei de me trocar e sentei-me na cama. Odiava ter que admitir, mas ele mecheu comigo desde o momento que pisou neste quarto, nunca havia pensado que me interessaria por um menino, afinal eu me considerava hétero. Mas desde que o vi sorridente, minha decisão de partir havia sido posta em risco, eu queria conhecer aquele lindo menino de longas madeixas negras. Por mais que eu tente descartar esses sentimentos, quando o vejo me sinto bem, é como se ele fosse o que eu esperava encontrar ao fugir, mas eu não precisei, ele estava morando sobre o mesmo teto que eu, dormindo no mesmo quarto, e eu não iria jogar isso fora. Então, naquele momento eu havia decidido, eu queria viajar e conhecer o mundo, agora apenas quero viajar em seus olhos e conhece-lo cada dia mais. Eu iria ficar.

                                _

(POV) Daniel 

 Havia ido tomar banho e me permiti pensar em Well, ele havia mesmo me chamado de "princesa"? Seria fofo se não houvesse sido cômico. Afastei esses pensamentos e sai do banheiro, me vesti e voltei ao quarto o encontrando sentado em sua cama com um olhar pensativo, olhando para a janela que parecia o cativar de um jeito que eu não entendia muito bem. Ao perceber minha presenca, se levantou. 

 - Vamos? Estava esperando pra ir com você, para que não acabe se perdendo. – Disse enquanto caminhava até mim. – Não queremos que se perca, não é mesmo? – Passou por mim e eu apenas o segui. 

Descemos as escadas largas da casa, logo avistei um amontoado de meninos querendo ver algo no mural, haviam muitos meninos e muita confusão, todos estavam de uniforme, menos eu. Logo que descemos fui em direção ao escritório da diretora do orfanato. Bati e ouvi um "Entra!" abafado pela grande porta, abri e encontrei a mesma mulher que havia me dito onde seria meu quarto a um dia atrás. 

 - Olá, – Começei meio envergonhado. – Me disseram para vir aqui pedir meu uniforme. – Completei, fazendo ela parar de escrever em seu computador e abrir um armário onde continham muitos uniformes individuais. Olhou para mim e voltou a vasculhar o armário, logo me entregando um pacote com um uniforme. – Mas eu nem mesmo disse o meu tamanho. – Afirmei. Como ela me entrega uma roupa sem saber meu tamanho? E se ficasse apertado demais ou até mesmo largo? 

 - Nem precisa, seu antigo orfanato mandou suas medidas e mandei o nosso costureiro fazer um uniforme inteiramente para você, como todos os outros meninos. – Disse e voltou a se sentar. – Mais alguma coisa? 

 - Não, obrigado. – Falei por fim, abrindo a porta para sair. Quando sai dei de cara com o menino que havia me ajudado, qual era mesmo o seu nome? – Ei, você é o.. 

 - Thomás. – Disse sorrindo, e que sorriso. Mas logo depois ficou sério.

 - Está tudo bem? – Perguntei ao mesmo, que apenas assentiu e se dirigiu a sala de onde eu havia acabado de sair. Fui caminhando e vi Well vindo em minha direção. 

 - Está muito cheio por aqui, vamos dar uma volta? Vou te mostrar o orfanato e quando a gente voltar já vai estar menos cheio. Topa? – Perguntou. E ele estava certo, seria impossível chegar a ver o horário naquele mural cheio de meninos em volta. 

 - Claro, vamos sim, realmente está muito cheio por aqui. – Eu disse um pouco timido e ele sorriu, não entendia muito bem o porquê dele sempre sorrir quando falava comigo, estive pouco tempo por aqui mas pude perceber que Well não tinha muitos amigos. Talvez nenhum. 

 - Vamos, vou te mostrar o jardim. – Disse ele sorridente. Pude perceber também que Well tinha um amor inexplicável pela natureza, inúmeras vezes o vi fitando a pequena janela retangular de nosso quarto, ele parecia ser profundo e até ficava "fofo" quando distraído. Fomos andando até uma porta em forma de arco, saímos da casa e pude ver aquele lindo jardim, com muitas flores de diversas cores. 

 - Uau, é tudo muito.. 

 - Lindo – Ele completou. O olhei e sorri. 

- Sim, absurdamente lindo. – Falei ainda o olhando, talvez não estivesse falando apenas do jardim. Depois de algum tempo apenas caminhando e admirando as pequenas e frágeis flores do local, ele quebrou o silêncio. 

 - Então.. te vi conversando com Thomás, você o conhece? – Perguntou. Parecia nervoso ou era apenas impressão minha? 

 - Conheci ontem enquanto tentava achar o quarto, foi ele quem me ajudou, eu estava meio perdido. Porquê? Também o conhece? – Perguntei, afinal queria ter certeza de que Well realmente não tinha nenhum amigo, ele aparentava ser tão legal pra ser tão sozinho. 

 - Já dividi o quarto com aquele babaca. – Falou calmo. Naquele momento me surpreendi com seu palavreado, nunca o tinha visto falando daquela maneira. Porém, o que mais me surpreendeu foi o que havia dito, então se Thomás já havia sido seu colega de quarto, porquê o chingar daquela maneira? 

 - Porquê "babaca"? – Perguntei confuso. Ele deveria ter uma explicação, certo? Afinal, não se chinga alguém por motivo nenhum. Ainda mais Thomás que foi tão simpático comigo nas poucas vezes que havíamos falado. 

 - Uma longa história, prefiro não comentar. – Falou e voltou a observar o jardim. "Mas é um fdp mesmo" pensei, agora estava curioso pra saber o motivo de tanto odio, e eu não iria parar quieto até descobrir. 

 - Ah, agora você me deve uma explicação. Não se desperta curiosidade em alguém pra depois não falar sobre o assunto. – Falei colocando a mão em seu ombro o fazendo olhar pra mim. Ele riu. 

 - Me obrigue a abrir a boca. – Disse sorrindo maliciosamente. O olhei surpreso e o larguei. 

 - Se não falar, eu.. – Dei uma pausa. Eu faria o que afinal? Falei a primeira coisa que me veio a cabeça. – Paro de falar com você por uma semana. – Falei o olhando, ele não parecia preocupado. 

 - E qual seria a minha recompensa se eu dissesse? – Perguntou chegando mais perto, seus olhos caíram para meus lábios. Eu já não sabia nem meu primeiro nome naquele momento, estávamos tão perto. Íamos nos beijar, mas ele apenas se afastou, agachou no chão e arrancou uma flor meio alaranjada, no mesmo tom de seu cabelo. – Está vendo esta flor? – Assenti. – Se chama begônia, representa a inocência e a timidez, tenho vontade de cuidar dela e protege-la. – Disse e se aproximou do meu ouvido. – Você é a minha begônia. – Disse e se afastou indo para dentro da casa. Eu estava paralisado, aquilo havia sido muito pra minha cabeça digerir.

                               _ 

 (POV) Well 

 Entrei depois que havia quase beijado Daniel, e depois dito a ele que queria protege-lo. Eu estava realmente enlouquecendo, Daniel fazia isso comigo. Eu queria tanto beija-lo, mas e se ele for hétero? Iria me julgar? Ter nojo de mim? O que estava acontecendo comigo? Afastei esses pensamentos e fui ver o mural agora vazio, nele estava escrito: 

#Horários em dias de aula:

7:00 - Levantar.

7:15 - Se Preparar

7:30 - Café da Manhã

8:00 às 11:50 - Estudos

12:30 - Almoço

13:30 às 16:00 - Estudos

16:00 - Horário Livre

19:00 - Jantar

20:00 - Horário Livre

21:50 - Toque de Recolher

 Nunca concordei com aquele horário absurdo, mas o que iria fazer? Apenas peguei uma folha e uma caneta e anotei os horários e, como eram 10:30 e só teria aula a tarde, fui ao meu quarto e deitei, afinal as aulas só começariam as 13:30, dava tempo de dar um cochilo.


Notas Finais


Só vim dizer que.. EU AMO BEGÔNIA, BJS ❤


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