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História Stone Angel - Eu te perdôo.


Escrita por: omgnutt

Notas do Autor


Desculpem a demora pra postar, tem um porque lá nas notas finais. Não me matem e.e
Espero que gostem do capítulo, bjs <3

Capítulo 5 - Eu te perdôo.


(POV) Well

 Acordei com o maldito sinal tocando, olhei para a janela e hoje não estava sol mas também não havia nenhum sinal de chuva, o céu estava sem cor. Olhei pra cama de Daniel e o mesmo não estava lá, me levantei e fui até o banheiro ao fim do corredor, abri a porta e o vi lavando as mãos. Ele, como sempre, estava lindo. Percebeu minha presença e me olhou pelo espelho, logo desviando seu olhar para a torneira, fechando a mesma e se virando para sair. 

 - Bom.. dia. – Falei mas ele já havia saído, me ignorando. Será que estava com raiva por eu não ter dito a ele o porque de te-lo tratado daquela maneira? Ele não havia percebido que estava me corroendo de ciúmes ou apenas queria ouvir da minha boca? 

Entrei em uma divisória do banheiro e tomei um banho. Diferente de ontem, hoje teríamos aula na parte da manhã. Acabei de me arrumar por volta de 7:20 e desci para tomar o café da manhã no refeitório, quando entrei vi Daniel e Thomás em uma mesa com mais alguns meninos. Sentei em uma mesa um tanto longe, tomei meu café o mais rápido que pude e subi para meu quarto para esperar dar o horário da aula, afinal, não queria ficar ali assistindo os dois. 

                             _ 

 (POV) Daniel

 - Aí ele disse "Jura? Eu também." – Falou enquanto gargalhava de sua piada sem graça, ele era um amor, mas contava as piores piadas. 

Forcei um sorriso, não estava prestando muita atenção no que Thomás dizia, meus pensamentos estavam em Well. Ele havia me encontrado no banheiro mas eu não lhe dirigi a palavra, a alguns minutos atrás ele esteve aqui e até se sentou sozinho.. Será que o deixei mal por te-lo ignorado no banheiro? Eu havia ficado mal ontem quando ele me tratou com indiferença, ele merecia aquilo, certo? 

- Dan? Terra chamando Dan! – Falou  Thomás enquanto passava a mão em frente ao meu rosto para chamar minha atenção. 

 - Ah, me desculpa, não ouvi o que disse. – Admiti o vendo com uma cara tipo "Jura?". 

 - Eu percebi.. Está pensando no Well? – Perguntou bebendo um gole do seu refrigerante.

 - Como você adivinhou? – Perguntei, afinal não tinha dito nada do que havia acontecido na noite anterior. 

 - Você parece gostar dele. – Falou sem olhar nos meus olhos. Eu queria dizer que não sentia nada pelo meu colega de quarto, mas nesses dias eu tinha desenvolvido um grande carinho por ele. 

 - Não fala isso, não quero gostar dele. Ele, como você disse, é complicado demais e eu não quero me magoar. – Falei abaixando a cabeça um pouco triste. Mas ele rapidamente levantou meu queixo e olhou nos meus olhos.  

- Posso te fazer esquecer ele, se você permitir. – Falou sorrindo, enquanto ainda segurava meu queixo. Estávamos prontos para selar nossos lábios ali mesmo, na frente de todos, mas eu me levantei o fazendo olhar pra cima. – Assim eu não poderei te ajudar, você nem se permite aproximar de mim. 

 - Eu só não quero ficar com ninguém agora, preciso pensar. – Falei o vendo abaixar a cabeça meio triste. Peguei em seu queixo e depositei um selinho em seus lábios, o fazendo olhar pra mim surpreso. – Por agora, quero apenas sua amizade. Pode ser? 

 - Sim. – Falou sorridente olhando nos meus olhos. Continuamos a conversar por um tempo, ficaríamos assim até a aula começar. 

 (POV) Well

 Eram 7:50, decidi pegar minha mochila e descer, não queria chegar atrasado hoje também. Quando cheguei, fiquei encostado ao lado da porta esperando o professor chegar e a aula começar. Depois de uns 5 minutos, o mesmo chegou e abriu a porta, entrei e me sentei no fundo da sala. Depois de um tempo começaram a entrar alguns meninos. Daniel entrou logo depois vindo em minha direção e sentou-se na carteira ao meu lado colocando sua mochila sobre a mesa e voltando seu olhar para mim. 

 - Oi Well. – Disse sorridente. Como assim? Ele havia mudado de ideia em me ignorar? 

 - Não vai se sentar com o seu amiguinho hoje? – Perguntei, mas me arrependi quando vi um sorriso sapeca em seu rosto. 

 - Você está com ciúmes? – Perguntou gargalhando. Como ele podia ser tão irritante? – Então era por ciúmes. – Afirmou rindo mais ainda. 

 - O que era por "ciúmes"? – Perguntei enquanto assistia ele ainda rindo da minha cara. Aquilo já estava me irritando. 

 - Ontem, você me tratou mal por conta de ciúmes. – Falou parando de rir, agora apenas com um sorriso tímido no rosto. – Você não precisa ter ciúmes, afinal, eu sou o seu colega de quarto, não o dele. 

 - Pensei que estava me ignorando. – Falei fugindo um pouco do assunto. 

 - Estava. Você mereceu, tinha me tratado muito mal ontem. – Disse com uma carinha triste. Fiquei me sentindo um monstro, ele não havia merecido aquilo apenas por ter feito amizades novas. 

 - Me desculpa? Eu não fiz por mal, eu.. – Parei. 

 - Você o que? – Perguntou olhando em meus olhos. 

 - ..Eu estava com ciúmes de você. – Admiti, e o vi sorrindo. Aquele mesmo sorriso que tinha me cativado no primeiro momento em que o tinha visto, aquele sorriso era um dos traços mais bonitos de Daniel, eu era apaixonado por aquele sorriso. 

                              _ 

 Após o término da aula, fomos juntos ao jardim esperando o almoço estar pronto. Quando Daniel avistou Thomás e o chamou, eu fiquei um tanto incomodado, haviam tempos que não ficava assim tão perto de Thomás por vontade própria. 

 - E aí, vai fazer o que hoje a noite, Thomás? – Daniel perguntou, olhando para Thomás que não dirigia seu olhar a mim. 

 - Nada, porquê? – Thomás perguntou a Daniel, confuso. 

 - Poderíamos assistir um filme no nosso quarto, não é mesmo Well? – Perguntou olhando pra mim. Me surpreendi com sua ideia. 

 - Não acho uma boa ideia. – Eu e Thomás dissemos juntos, em seguida nos entre olhamos. 

 - Ah, vamos lá gente, por mim?! – Implorou nos olhando, eu simplesmente não saberia dizer "não" a ele. 

 - Ok, eu topo. – Thomás falou olhando para Daniel, que sorriu ao ouvir a resposta do garoto. Logo depois os dois voltaram seus olhares para mim, esperando uma resposta. 

 - Está bem, vamos, vai ser legal.. – Falei e logo depois vi Daniel pular de alegria. Não seria tão ruim, afinal, Daniel estaria lá para não deixar o clima ficar tenso. 

Depois de jogarmos bastante conversa fora, fomos para o refeitório e comemos os três juntos, arrancando olhares curiosos e confusos de todos os outros meninos do orfanato. Eu até os entendia, fazia tempo que não se via eu e Thomás juntos. 

 Depois de comermos, fomos para a aula, e havia sido tudo muito divertido, nenhum clima tenso ou algo do tipo tinha rolado, até poderia dizer que Thomás foi legal e engraçado as vezes. Depois da aula, nós fomos tomar um banho, vestimos roupas confortáveis e fomos para o nosso quarto, já que o de Thomás estava sendo ocupado pelo seu colega de quarto. Forramos o chão, pedimos pipoca na cozinha do orfanato e eles nos deram uma bacia cheia. Ainda faltava decidir que filme iríamos ver. 

 - Vamos ver Procurando Dory gente? – Pediu Daniel, fazendo biquinho. 

 - Ah não. – Thomás e eu dissemos juntos e nos entre olhamos. 

 - Vocês dois são chatos, que gênero querem ver? – Perguntou revirando os olhos. 

 - Terror. – Falei. Eu amava filmes de terror. 

 - Ação. – Disse Thomás quase que ao mesmo tempo que eu. 

 - Ah, acho que não chegaremos a um acordo.. – Falou Daniel, se sentando no chão forrado. – Mas, entre ação e terror eu prefiro terror, desculpa aí Thomás. 

 - Terror é legal gente, qualquer coisa eu acendo a luz pra você não ter medo, Thomás. – Falei rindo e o olhando. Thomás tinha muito medo, sempre teve quando ainda dividiamos o quarto. 

 - O que disse? – Perguntou, fingindo estar emburrado. – Eu não tenho mais medo, vamos assistir terror! 

 - Com a luz apagada! – Daniel falou levantando para apagar a luz. 

 - Quero ver se não tem medo mesmo. – Falei enquanto pegava um CD. – Assistiremos Bruxa de Blair. 

 - WELL, VOCÊ SABE QUE ESSE FILME EU NÃO CONSIGO ASSISTIR. – Gritou fazendo eu e Daniel gargalhar. 

 - Você disse que não sente medo, então terá que assistir. – Falei e ele me olhou emburrado. 

 - Você é definitivamente do mal. – Falou Thomás, me fazendo rir mais ainda. 

Coloquei o filme, sentamos com Daniel entre nós e começamos a assistir. Logo depois de uns 40 minutos de filme, Thomás já estava com muito medo, agarrado em um travesseiro, ri com a cena. Daniel estava dormindo, mas estava desconfortável, me levantei e o peguei nos braços, o levando para sua cama. Voltei e me sentei um pouco afastado de Thomás, que logo olhou pra mim.  

- Você quer que eu vá embora? – Perguntou agarrado ao travesseiro, ainda estava morrendo de medo do filme. 

 - Não. – Falei ainda olhando para o filme. – A não ser que você esteja com tanto medo que queira ir embora. – Falei rindo e logo ganhei uma travesseirada. 

 - Para com isso, seu bobão. – Falou rindo um pouco, mas logo parou ao tomar um susto em uma cena do filme. Gargalhei e tomei outra travesseirada. 

 - Pare de me bater, está doendo. – Falei rindo.

 - Me desculpa. – Falou enquanto ainda olhava pra mim.

 - Tudo bem, estava brincando. – Falei ainda olhando para o filme. Não queria cruzar meu olhar com o dele.

 - Não. Me desculpa pelo o que aconteceu. – Falou e logo o encarei por reflexo. – Eu não queria que nos tornassemos desconhecidos

 - Pra que isso agora? – Perguntei o olhando sem expressão.

- Eu só queria dizer que.. – Fez uma pausa e suspirou. – Sei que o que eu fiz não foi nada legal, mas eu sofri tanto quanto você.  

- Você não sabe o que eu senti. – Falei ainda o olhando seriamente. 

 - Não, eu não sei, mas eu sofri com sua ausência, senti muito a sua falta. Eu ainda te amei por anos.. e ver você agindo sem se importar doeu demais. – Falou deixando rolar uma lágrima de seus olhos. 

 - Me perdoa por te fazer mal.. Eu realmente nunca soube ao certo que resposta te dar. Eu apenas queria estar contigo, e ver você beijando outra pessoa me machucou demais.. – Admiti, estava quase deixando uma lágrima escapar. – Eu te perdôo, mas quero também pedir perdão por te fazer mal.. Eu mesmo nunca me perdoei. 

 - Eu te perdôo. – Falou secando as lágrimas e sorrindo. – Mas, agora parece que vamos ter outra coisa para nos preocuparmos. – Falou olhando para Daniel que estava dormindo em sua cama. Ele parecia um anjo

 - Sim. – Tinha que concordar com ele. – Irônico, não? Estarmos interessados no mesmo garoto.


Notas Finais


Demorei a postar porque hoje eu ia viajar, mas quando estava indo teve arrastão, eu e meu pai tivemos que deixar o carro na avenida e sair correndo, eu estava muito nervosa, me perdoem por não ter conseguido postar antes (quase perdi o celular e a fic está toda salva aqui, imagina a merda que seria gzuis) <|3
Então é isso, obrigada, amo vcs ^^


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