História Stone Cold - I'ts hard

                   Pov's Ella

Eu sinceramente não aguento mas essa pirralha da Lorrane falando comigo como se eu fosse um dos seus amiguinhos idiotas. Essa garota tem que aprender quem é que manda nessa bendita casa, as vezes eu tenho a impressão que ela quer mandar em mim, mas isso não vai acontecer, eu ainda sou a mãe dela certo? E essa garota ainda é menor de idade, tem mesmo é que me respeitar!  somente.

Bom, vocês devem está tirando suas próprias conclusões e achando que eu que sou a vilã de toda essa história, e estão certos! Talvez eu seja mesmo.

Mas voçês não sabem nem da metade da minha história, como podem me julgar desse jeito? Apenas porque eu grito com a Lorrane e venho tratando ela diferente de uns tempos para cá? Bom, ela também está fazendo isso comigo, mas essa garota tem o gênio da mãe desde pequena, sempre sabendo o jeito certo de como manipular as pessoas.

Eu nunca contei a essa pirralha sobre a sua infância nem nada parecido, pois sua história não é igual a de todas as crianças normais por esse meio de mundo. O bebê nasce em uma família linda e feliz, e daí em diante é tudo paz e amor, não na nossa família, se é que posso chamar assim.

Bom, a Lorrane não sabe e espero nunca ter que contar para ela, que a sua mãe era a minha irmã! Eliza. Sei que mentiras sempre tem pernas curtas mas o importante é que elas duram um bom tempo, então acho melhor deixar tudo do jeito que está até essa garota curiosa querer ir atrás de respostas, e sabe onde ela pode encontrar? Exatamente, na porcaria daqueles CDs.

No começo eu só quis dá para ela esses benditos CDs para pagar de boazinha, mas não deu certo! Eu acabei fazendo besteira, e eu só fui lembrar disso depois que fiz!

Enfim, minha irmã, nunca quis ter filhos, a vida dela era somente viajar e ir para festas. Já eu queria ter filhos, esse sempre foi o meu sonho, o de um dia conseguir construir a minha própria família. E adivinha quem não conseguiu oque queria? Eu, claro. Eliza nunca teve o sonho de ter uma família e filhos na vida! E por alguma irônia do destino ela conseguiu engravidar! Bom, antes disso ela havia se apaixonado loucamente por um homem que realmente deixou ela nas nunvens.

Eliza também nunca foi de se apaixonar, já eu? Me apaixonava por qualquer um que via passando pela rua.

Depois de um bom tempo namorando, ela e ele decidiram se casar, e foi oque me deu muito ódio!

   Esse era o meu sonho! Porque ela está vivenciando ele?

Depois de casados, recebi a notícia que Eliza, minha irmã Inconveniente estava grávida, eu fingi está feliz com esse acontecimento mas eu não estava! Eu só conseguia sentir ódio pelos três.

Minha irmã ficou sabendo que seu primogênito na verdade seria uma menina, e queriam colocar seu nome de Lorrane, mas decidiram que se Eliza engravidasse outra vez e por sorte fosse outra menina colocariam essa praga com o nome de Lorrane!

Alisson seria o nome dessa bebê, eu morava com essa família puxa saco, e o porquê disso? Simples, eu estava encalhada não tinha ninguém no mundo, só a minha irmã Eliza na qual eu não suportava por ter conseguido tudo que eu mais queria na vida.

Mal esperaram Alisson nascer direito e Eliza descobriu que estava grávida de outra menina. Droga! Eu sinceramente rezei para que esse bebê se desmanchasse na barriga da minha irmã, mas isso não aconteceu.

A segunda filha do casal nasceu sendo agora uma família completamente linda e feliz, oque me deixou com mais ódio ainda. Ver minha irmã roubar meu sonho daquele jeito me deixou totalmente cega de raiva.

Só para terem uma ideia do que eu fiz, bem, eu simplesmente manipulei a minha irmã enquanto ela ainda estava no hospital.

   Flashback ON

—Oi maninha. Disse com um sorriso psicopata em meus lábios enquando adentrava e caminhava lentamente para perto da minha irmã que se encontrava deitava com sua mais nova bebê dormindo em seus braços.

—Posso segurar minha sobrinha? Estico meus braços para receber Lorrane em meu colo.

—Claro. A mesma me entrega sua filha.

—Oque aconteceria se eu a matasse? Pergunto sem exitar.

—Oquê? Do que você está falando Ella?

—Bom, seu sonho nunca foi de ter uma família Eliza, esse era o meu sonho. Digo aumentando meu tom de voz.

—E voçê roubou de mim.

—Claro que não Ella, me devolve minha filha.

—Tá vendo esse bebê aqui? Ela era para ser minha.

—Devolve minha filha Ella, eu estou mandando.

Eliza começa a entrar em desespero enquanto eu apenas lhe observo tranquilamente.—Seu sonho não era esse, voçê nunca sonhou em ter uma família.

—Tá Ella, eu nunca planejei mas aconteceu, agora me devolva a minha filha.

A mesma se estressa causando um pouco de dor em sua barriga, fazendo com que a mesma começasse a se contorcer na maca.—Se voçê quiser que essas suas duas pirralhas sobrevivam, você vai ter que desaparecer.

—Oquê? Ela pergunta em meio a alguns gemidos de dor.

—Exatamente oque você ouviu, voçê vai sumir daqui, caso contrário suas filhas somem.

—Ella voçê não sabe oque está dizendo.

—Ah não?

Pego Lorrane segurando apenas  com minhas mãos sem cuidado algum, logo depois levanto a mesma para cima provocando o seu choro imediatamente.—Ella, não faça isso, ela é a sua sobrinha.

—E agora vai ser a minha filha, se você permitir, ou então eu deixo ela cair aqui mesmo.

—Para! A mesma grita ainda com dores.—Eu vou embora, e você cuida das minhas filhas.

—Se voçê insiste! Tome, diga adeus a isso. Digo entregando Lorrane nos braços de Eliza.

Antes de sair daquele quarto percebo Eliza chorar enquanto olha atentamente para o rosto daquele pequeno ser humano em seus braços, não dou muita importância para seus meros sentimentos de mãe, e saiu dalí satisfeita sem retirar oque havia dito antes.

   Flashback OFF

Sim, eu não sabia qual era a mentira que a minha irmã iria inventar para o pai das meninas, mas eu gostei! Eu menti para Lorrane na parte em que disse que sua mãe era alcoólatra, mas todo o resto foi verdade, quer dizer, o resto foi oque Eliza contou para o pai de Alisson e de Lorrane, eu apenas acrescentei um pouquinho.

Depois que Eliza foi embora deixando as meninas para mim cuidar, já que eu morava com essa família patética a um bom tempo foi fácil fazer o pai delas se apaixonarem por mim já que moravamos na mesma casa.

Convenci para que ele entregasse Alisson para a tia dela, pois mesmo eu querendo uma família, essas garotas eram fruto de um sonho meu que foi roubado. Resumindo, eu odiava essas meninas, então fiz com que seu pai desse uma das duas para ser criada por sua tia.

Eu sempre guardei um ódio em meu coração especialmente para Lorrane, quando criança ela não percebia que eu de um certo modo não gostava dela, mas com um tempo depois que seu pai morreu a mesma começou a perceber que o que eu dizia sentir por ela era falso, e eu não fico triste por ela perceber isso, eu guardei muito tempo essas coisas ruins que eu sentia por ela, e agora eu posso falar tudo me sentindo mais livre em relação a isso.

—Mamãe.

Meus pensamentos sobre a vida são interrompidos por minha verdadeira e única filha.—Oi garotinha. Digo dando espaço para que ela se deitasse junto comigo na cama.

—Porque voçê gritou comigo e com a Lolo hoje? Ela pergunta apenas próxima a cama segurando forte o seu ursinho de pelúcia nos braços.

—Oh minha filha.

Me levanto indo até a mesma lhe dá um abraço. —A mamãe estava nervosa, mas isso nunca mais vai acontecer tábom?

—Promete?

—Prometo. Digo de joelhos de frente para minha filha que me olha com um olhar tão inoscente.

   Eu seria capaz de fazer tudo por essa garotinha!

                Pov's Théo

Assim que cheguei em casa fui diretamente tomar um banho para tirar aquela farinha do meu corpo, assim que terminei o banho corri de imediato pegando meu celular para falar com Lorrane, eu precisava saber como ela estava.

Bate papo ON:

-Lô? Como voçê está? 08:40

-Oi Théo, tirando o dia de hoje eu estou bem! 08:46

-A Ella disse mais alguma coisa depois que saí? 08:47

-Bom, ela disse que era recíproco! 08:49

-Oquê? 08:49

-O nosso ódio. 08:50

-Voçê não merece está passando por tudo isso! Eu sinto muito. 08:50

-Talvez eu mereça sim! 08:51

-Porque voçê acha isso? Tá maluca? 08:51

-Eu não sei do meu passado Théo, talvez eu ou minha mãe, meu pai, alguém da minha família tenha feito algo muito ruim, e eu apenas tenha nascido para pagar por isso. 08:53

-Eu não quero que pense assim! 08:53

-Em uma possibilidade? 08:53

-Em uma mentira! 08:54

...

-Estou com sono... 08:56

-Está querendo fugir do assunto? 08:57

-Não, estou querendo dormir! Boa Noite. 08:57

-Para voçê também! 08:57

Bate papo OFF

                 Pov's Lorrane

Desligue o celular e fui dormir, quer dizer fui tentar dormir, eu sei que Théo quer me ajudar e me ver bem, e eu agradeço muito a ele por isso, mas é que as vezes eu sinto como se eu precisasse de alguém que me visse do mesmo jeito que eu estou me vendo agora, uma fracassada, inútil, imbecil, idiota e todas as outras coisas de ruins que existem na face da terra, talvez eu esteja sendo um pouco dramática demais, mas era isso que eu queria.

Faz tempo que não sei como é ter um amor de mãe, e de pai. Meu pai morreu, a minha mãe também, e a Ella é igual a nada, ou talvez seja pior que um nada. Eu não suporto essa mulher, acho que ninguém suporta, morar com a mesma é igual viver em um inferno com Ella comandando o próprio.

                    Pov's Alisson

Eu me arrependo um pouco por ter brigado com Lorrane, ela é minha irmã poxa, eu não queria ter batido nela. Mas por um lado ela pediu por isso, ela não tinha nada que se envolver no meu beijo com o Thomás que está sendo um príncipe comigo.

Hoje Lorrane e Théo não vinheram para a escola, eu estava planejando em pedir desculpas a ela mas já que a mesma não veio então desisti, pensei em lhe deixar uma mensagem mas também desisti,  ainda resta muito tempo para fazer isso.—Ali?

—Oi bebê. Respondo meu irmão que aparece de surpresa em meu quarto.

Na verdade o pequeno não é o meu irmão, é o meu primo, meu e de Lorrane para ser mais exata. Mas nós dois fomos criados praticamente juntos, então eu o considero como meu irmãozinho caçula.—Posso dormir aqui com voçê? Ele pergunta todo assustado.

—Claro que pode.

O mesmo vem correndo todo desengonçado pulando na cama logo em seguida.—Boa Noite Ali.

Ele cuchicha subindo em cima de mim com sua boca bem próxima de meu ouvido..—Boa Noite pequeno. Digo em seguida puxando o edredom para cima de nós dois nos cobrindo logo depois.

   (...)

—Bom dia criançada!

—Já disse que não gosto de ser chamada de criança. Digo enquanto passo manteiga no meu pão.

—É incrível como você tem um ótimo humor de manhã.

—Bom dia papai!

O pequeno grita tentando chamar atenção.—Bom dia garoto. Ele deposita um beijo no topo da cabeça do pequeno—Filhãovoçê poderia ir pegar sua mochila lá em cima?

—Uhum.

Assim que o pequenino sobi correndo as escadas atrás de sua mochila, seu pai se aproxima de mim puxando uma das cadeiras da mesa.—Oque aconteceu? Pergunto antes de dá uma mordida no pão.

—Estamos voltando!

—Oquê? Como assim voltando?

—Miami! Estamos voltando para lá.

—Mas já?

—Eu preciso Ali, o que eu vim resolver aqui já acabou, eu tenho outra empresa para tomar de conta e uma esposa. Ele sorri brincalhão.

—Que Droga! Resmungo sem acreditar focando em um ponto inexistente em minha frente.

—Voçê decide se quer ficar aqui com a sua irmã, ou vai querer voltar com a gente!

—Estou pronto papai. O pequeno chega todo animado com sua pequena mochila nas costas sacudindo de um lado para outro.

—Tudo bem, vamos?

—Uhum!!! Concordo apenas com a cabeça, hoje eu só vou pensar em tomar a decisão certa, voltar ou não voltar para Miami?

Em todo o caminho para a escola eu estava totalmente desligada do mundo, eu só queria ter uma resposta—Até mais, boa aula.

—Aham. Respondi sem prestar atenção.

Quando estava andando em direção a escola para adentra-lá, percebi que Lorrane vinha andando junto a Théo ao seu lado decidi então ir até a mesma para que pudéssemos conversar sobre esse assunto—Bom Dia. Digo animada.

—Oi, tchau. Lorrane responde rápida, em seguida saindo da minha frente em direção a escola.

—Ei espera. Seguro seu pulso, Théo também olha para trás como se eu também tivesse lhe chamado.

—Oque foi? Ela revira os olhos.

—Voçê pode ir garoto.

—Voçê vai ficar bem? Théo pergunta olhando para Lorrane.

Tenho que admitir, seus olhos eram encantadores.—Pode ir, vou ficar sim. Em seguida o mesmo vai embora.

—Andou treinando bem o auau não foi maninha?

—E voçê? Andou frequentando as aulas de piadas idiotas do Thomás? Ela bufa de raiva.

—Enfim, o assunto é outro.

—Fala.

—Eu estou indo embora, bom, eu na verdade não sei se vou embora ou se fico, voçê é a minha irmã então eu pensei...

—Em ficar lá em casa?

—Uhum.

—É sério? A gente quase se mata outro dia lá em casa e agora você quer morar lá?

—Não pareceu tão mau assim na minha cabeça.

Digo olhando para Lorrane que se encontra com um olhar indignado.

—Mas é! É péssimo.

—É sério que voçê acha que morar com sua irmã é tão ruim assim?

—Nem é por voçê Ali, mas é que lá em casa o clima tá meio pesado, acho que não seria uma boa, desculpa.

Em seguida Lorrane saí me deixando com a maior cara de tacho olhando para o nada enquanto tento pensar em algo.

                  Pov's Lorrane

Adentrei a escola e fui direto para o meu armário pegar meus livros para a parte da manhã.—Bom Dia!

—Oi. Respondo seca.

—Lorrane voçê tem o número de uma costureira?

—Ah,... não, porquê?

—Porque quando eu te vi perdi a linha.

—Thomás dá licença que eu tenho mais oque fazer.

—Tipo?

—A gente está em uma escola seu idiota, coisa para fazer é que não falta.

Respondo tirar ele da minha frente.

—Porque está tão grossa? Pergunta sinico.

—É sério que voçê me fez essa pergunta?

—Acho que sim.

—Voçê estava se pegando com a minha irmã no sofá da minha casa e ainda se faz desentendido!?

—A Ali é sua irmã?

—Essa não é a questão, eu quero que voçê deixe ela em paz me ouviu?  Pergunto alterando um pouco da minha voz.

—Porque eu faria isso?

—Porque eu sei que voçê não gosta dela, voçê só quer iludir igual fez comigo mas eu não vou deixar você fazer a mesma coisa com a minha irmã.

—Eu gostava de voçê Lorrane.

—Para de ser mentiroso Thomás.

—Eu não estou mentindo. O mesmo aproxima ficando mais próximo de mim, causando uma leve batida entre minhas costas e os armários.

—Eu nunca sei quando voçê está falando a verdade.

—Quer uma prova?

—Acho que dispenso. Tento sair do meio dos braços de Thomás mas sou impedida pelos mesmos que me puxam de volta fazendo com que meus olhos se encontrassem com os seus.

De repente um sentimento nostálgico tomou conta do meu ser, parecia que eu ainda estava namorando com Thomás e que eu o amava, nesse momento parecia apenas existir eu e ele.

—Posso saber oque está acontecendo aqui? Alisson chega presenciando uma cena na qual eu não gostaria que ela tivesse visto.

—Alisson não é nada...

—Cala a sua boca, eu sei que voçês iam se beijar, sua mentirosa finge está preocupada comigo, mas na verdade está com ciúmes do seu ex não é?

—Ali calma. Thomás se intromete levando um tapa logo em seguida.

—Voçê é uma nojenta sabia Lorrane! Se faz de santa mas de santa não tem nada, apenas quer roubar o namorado dos outros, ou melhor da sua própria irmã.

—A gente não está namorando Ali.

Thomás rebate enquanto massagea seu lado esquerdo da bochecha.

—Pessoal alguém pode me dizer que gritaria é essa? Uma professora que acaba de adentrar a escola pergunta ao presenciar essa cena.

—Não foi nada professora. Minto.

—Estavamos só conversando. Thomás termina.

—E no meio dessa conversa também rolou tapa?

—Bom... é-é que...

—É que nada, vamos os três para a Direção.

   (...)

A professora apenas deixou nós três na sala do diretor e saiu em seguida. Me sentei na poltrona do lado direito, e Alisson na poltrona do lado esquerdo enquanto Thomás ficou no em pé no meio de nós duas ainda massageando sua bochecha.—Então, vão me dizer o motivo da discussão ou vão querer levar suspensão?

—Foi um rápido desentendimento Sr.Diretor, nada demais.

—Eu lembro de voçê garotinho, veio uma vez aqui na diretoria por ter arrumado confusão na sala de aula com o seu irmão.

O Diretor encara Thomás abaixando um pouco de seus óculos a procura de vê-lo melhor.

—Irmão?

Pergunto sem ter nenhuma resposta.

—Lembra que eu disse que dá próxima vez seria suspenso?

—Poise mas dessa vez eu não briguei, eu apanhei foi diferente.

—Podemos ir Sr.Diretor? Alisson pergunta impaciente.

—Antes de irem eu quero que saibam de uma coisa. O diretor fica de pé.

— Nessa escola não toleramos discussões que não chegam a lugar nenhum, e muito menos brigas! Apenas dessa vez vou deixar passar porque foi a primeira vez, mas dá próxima vou suspender os três me ouviram?

—Sim! Respondemos em coro.

—Podem se retirar, e voçê Mansour vá por gelo nisso aí.

   Oque? Mais como assim Mansour?