História Stone Cold - Uncovering secrets

— Regina! Fala alguma coisa. — A ruiva disse após alguns segundos de silêncio.
— Zel, eu... — A morena ainda estava sem palavras.
Regina queria contar para a irmã, mas o medo de que mais alguém em Storybrooke descobrisse a impediu de falar quando ainda estava na cidade e, toda a confusão de sua chegada envolvendo Rebekah fez a mais nova esquecer de ligar para a irmã mais velha, principalmente para contar a novidade.
— Me desculpa, só tá tudo tão confuso. — A caçula suspirou e ouviu a mais velha fazer o mesmo. — Eu queria te contar no momento em que eu descobri. Eu juro, mas... — Enquanto Regina falava, ainda com medo da reação da ruiva, Zelena a interrompeu.
— Mas... você tinha medo que mais alguém descobrisse? Medo que o pai da criança descobrisse? — Zelena perguntou, já sabendo a resposta.
Regina sem saber como contar tudo para a irmã, respirou fundo fechando os olhos e jogando a cabeça para trás.
— Zelena, sobre o pai da criança... — Regina sem ter a coragem necessária, apenas balançou a cabeça pensando. — Eu juro que te conto tudo depois, mas, nesse momento é tudo demais pra minha cabeça. Esses últimos meses com vocês foram incríveis, mas eu preciso organizar minha vida por aqui e você precisa se preparar para o seminário. — Regina disse séria, agindo como se fosse a irmã mais velha. — Eu juro que depois que você passar por isso, vamos sentar e conversar sobre tudo.
— Tudo bem irmãzinha! — A ruiva disse sorrindo levemente, mesmo que ainda estivesse bastante preocupada. — Conversamos sobre tudo depois! — Dando ênfase ao tudo, Zelena suspirou levemente. Mesmo que suspeitasse que Robin fosse o pai de seu sobrinho, a mais velha não queria pressionar a irmã, pelo menos não naquele momento, então resolveu deixar passar dessa vez. — Nos falamos mais tarde, vou sair para almoçar com o papai.
— Tudo bem, manda um beijo pra ele. Te amo! — A morena disse e elas desligaram.
Regina respirou fundo e sem dar tempo à sua mente para pensar, ela levantou e foi se arrumar para sair com Killian, ainda pensando em como contar para ele.

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Depois de chegar em um de seus restaurantes favoritos, Regina e Killian sentaram-se e começaram a conversar sobre besteiras. A morena tentou enrolar o amigo mas, quando fizeram o pedido, Killian perguntou o que era tão importante e ela se preparou para o que viria a seguir. Respirando fundo a morena contou tudo para Killian. Como havia descoberto que Robin era o noivo de sua prima, como havia presenciado algumas brigas do casal, como percebia que Elizabeth não gostava nem um pouco da nova nora e como, entre brigas do casal de noivos, ela havia feito a besteira de se envolver com Robin novamente.
— Não foi besteira Gina. Vocês ainda se amam. — Ao ouvir a risada irônica da morena ele a olhou nos olhos e suspirou. — Eu posso não ser o fã número um do Robin desde que tudo aconteceu, mas amor igual ao de vocês não morre assim do nada e, pelo que você me falou, eu sei que ele te ama tanto quanto você o ama. Não adianta negar. — Ele disse e sorriu para a amiga. — Eu ainda lembro da Anna falando que o dia em que vocês parassem de brigar e admitissem que gostavam um do outro, seria o melhor dia da vida dela. — Os dois riram e Killian podia ver lágrimas se formando nos olhos de Regina.
— Eu ainda me lembro do dia que ela descobriu que estávamos juntos e escondendo de todo mundo. — Regina sorriu com a lembrança e apertou a mão do amigo em cima da mesa. — Eu não sabia se ela ia pular em cima de nós dois pra abraçar ou bater.
— Acho que um pouco dos dois! — O moreno disse sorrindo.

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Toronto, Canadá – Seis Anos Antes
Regina estava em casa sozinha, trabalhando em alguns desenhos quando Anna ligou dizendo que iria mandar alguns documentos para ela assinar. A morena decidiu trocar de roupa, ja que estava vestindo apenas uma camiseta que ia até a metade da coxa.
Assim que ela acabou de colocar o brinco na frente do espelho, ouviu a campainha tocar e foi abrir. Regina suspirou surpresa ao ver Robin na porta, mas logo sorriu discretamente.
— Desde quando você é o office boy da sua irmã? — A morena perguntou brincalhona enquanto olhava o loiro a sua frente de cima a baixo, descaradamente.
— Desde que eu nasci... — Ele disse lançando um sorriso sarcástico à morena quando ela o olhou nos olhos, demonstrando que sabia o que ela estava fazendo. — Sou o mais novo, lembra?
— Lembro... — O olhar de Regina intercalava entre os olhos e a boca do loiro e teve que morder os lábios para evitar que algum som embaraçoso saísse de sua boca.
Robin, que não estava em uma situação melhor, tentando disfarçar o desejo que estava estampado em seu rosto, esticou o braço para entregar o envelope pardo para a morena, que prontamente o pegou, deixando seus dedos tocarem os do loiro brevemente.
— Quer entrar? Beber alguma coisa? — Regina perguntou, se estapeando mentalmente por ser tão obvia e, ao mesmo tempo sorrindo por dentro.
— Claro! — Robin soou excitado demais e os dois riram.
Assim que Regina fechou a porta atras deles o loiro a agarrou pela cintura, fazendo a morena largar o envelope em cima da mesinha na entrada de seu apartamento. Em questão de segundos Robin avançou, empurrando Regina até a parede ao lado da  porta e lhe beijou como se precisasse dos lábios dela para sobreviver.
Quando o ar foi necessário, os dois se separaram e Regina respirou fundo olhando nos olhos dele.
— Você não precisa estar em outro lugar? — Regina perguntou sorrindo, com a testa colada à dele.
— Não. — O loiro disse sorrindo, passando a mão pela bochecha da morena. — Eu fui à DM pra falar com a minha irmãzinha querida, e ela me mandou trazer esses papéis porque estava ocupada. — Robin foi descendo a mão até chegar a cintura dela. — Acho que ela ainda deve estar ocupada então, ainda temos algum tempo.
— Quanto tempo exatamente? — Regina perguntou tirando a jaqueta do loiro e a jogando em algum canto atrás deles.
— Quanto tempo a gente quiser! — Robin riu pegando Regina no colo, que rapidamente entrelaçou as pernas na cintura dele enquanto caminhava na direção do quarto dela.
Ao chegarem no cômodo, Robin colocou a morena no chão e os dois riram.
— Isso é loucura! — Regina disse avançando para beija-lo.
Após o beijo Robin sorriu contra os lábios dela.
— O que seria do mundo sem um pouco de loucura? — Robin a abraçou pela cintura e começou a distribuir beijos pelo pescoço dela.
— Fala isso pra sua irmã quando ela descobrir. — Regina riu e levantou os braços quando Robin tirou seu vestido azul, o jogando em algum canto do quarto enquanto os dois voltavam a se beijar.
Sem que percebessem, as roupas estavam jogadas pelo quarto, Robin estava por cima da morena segurando seus braços acima de suas cabeças, prensando-a contra o colchão. Os dois sorriam entre os beijos enquanto Robin a possuía sem pensar em nada, apenas se amavam.

Enquanto isso, na Dark Magic...

— Hey, Anna! — Miranda adentrou a sala da mulher e deparou-se com a loira concentrada enquanto lia algum documento. O cabelo estava em um coque mal feito, os óculos no rosto estavam quase caindo e a ponta do lápis estava em sua boca, demonstrando que ela estava totalmente concentrada no que fazia e, provavelmente, não havia nem escutado quando a ruiva a chamou. — Anna! — A ex estagiária e mais nova contratada da empresa chamou mais alto, fazendo a loira a olhar assustada.
— Desculpa Mi, eu tava um pouco concentrada. — As duas riram baixinho e a ruiva logo deixou os papéis que estavam em sua mão, em cima da mesa da loira.
— Acabaram de chegar, são os últimos papéis que você e a Rê precisam assinar. — A mais nova falou e Anna a encarou como se ela tivesse crescido uma segunda cabeça. — Que foi? — A ruiva perguntou ao sentir o olhar da mais velha.
— O Robin foi levar os papeis, ja deve estar até voltando. — A loira disse e suspirou. — Ele provavelmente não querer levar isso. — Anna pegou sua bolsa e os papeis e levantou-se apressada. — Quando ele chegar aqui, pede pra me esperar. Não demoro. — Ela disse ja saindo.
A loirinha correu para o carro e seguiu em direção à casa da amiga. Vinte minutos depois, a mulher estacionou na frente do prédio da amiga e subiu direto. Chegando na frente da porta, ela ia tocar a campainha, quando percebeu que a porta estava um pouco aberta. Achando estranho, mas conhecendo a amiga e sabendo que quando estava distraída ela não percebia as coisas direito, a loira entrou e fechou a porta.
— Regina? — Ela gritou enquanto procurava a morena, que não estava na sala, nem na cozinha. Foi seguindo na direção do quarto, onde também não havia qualquer barulho ou sinal de vida.
Ao abrir a porta do quarto da amiga, sua bolsa e os papéis em sua mão foram ao chão fazendo um barulho alto e acordando as duas pessoas deitadas na cama.
Ao ver seu irmão e Regina ali, deitados, um nos braços do outro e, aparentemente, cobertos apenas por um lençol, a loira não sabia que reação ter.
— Eu aqui com medo de vocês terem se matado, e vocês se divertindo. — Ela disse enquanto Regina e Robin olhavam entre si e para ela, assustados.

Presente

— Meu Deus, eu não sabia se ria ou chorava. — Regina disse enquanto eles riam.
— Sinceramente, ela também não. — O moreno disse e eles pararam de rir, mas continuaram sorrindo.
Ficaram em silêncio por alguns segundos, até Regina suspirar.
— Tem mais... — A morena respirou fundo enquanto Killian a olhava atentamente. — Eu to grávida. — O moreno tentou suprimir a surpresa, mas estava evidente em seu rosto.
Respirando fundo ele a olhou nos olhos e sorriu. O sorriso dele iluminou o olhar de Regina que, internamente, respirou aliviada.
— Parabéns morena. — Ele disse sincero. — Eu sei que você sempre quis ser mãe. Crianças são os maiores e melhores presentes na nossa vida. — Killian falou com um sorriso doce nos lábios.
— Eu só queria que tivesse sido diferente. — A morena abaixou a cabeça, mas Killian rapidamente a levantou. — Me apavora pensar que eu vou criar essa criança sozinha.
— Você não contou pro Robin né? — Pelo olhar da amiga, ele sabia a resposta e suspirou. — Conversamos sobre isso depois, mas o que importa agora é que ocê não está sozinha com essa criança. — Ao ouvir a risada baixa e debochada da morena, ele suspirou e a olhou nos olhos. — Eu não vou ser o pai, Gina, mas eu vou ser o tio. Tio Killian, o tio que ensina a fazer o certo, mas também ensina bobagem. O tio que encoraja a seguir os sonhos e que da doce escondido antes do jantar. — O moreno piscou e o dois riram. Killian segurou a mão da morena em cima da mesa e a olhou nos olhos. — Eu te devo essa Regina, depois de todos esses anos... — Regina estava pronta para argumentar quando ele a cortou. — Eu sei que você vai dizer que eu não devo nada, mas nós dois sabemos que isso é mentira. Se não fosse por você do meu lado, me ajudando, me apoiando, eu não sei o que teria acontecido comigo e com a Bekah. — Os dois sorriram tristes e o moreno apertou a mão dela. — E mesmo que não devesse, eu faria do mesmo jeito. — Killian sorriu novamente e suas próximas palavras encheram o coração de Regina de amor, e o olhos de lagrimas. — É pra isso que servem os amigos!

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Paris, França

Robin encarava o livro em suas mãos sem conseguir ler uma palavra. Marian estava deitada ao seu lado, cochilando antes de sair para jantar. Mesmo tentando esquecer, Regina não saia dos pensamentos do loiro e isso o deixava agoniado. Suspirando, ele deixou o livro de lado, em cima da mesa ao seu lado, e pegou o celular. Relendo as mensagens trocadas com seu pai, o loiro fechou os olhos respirando fundo e resolveu sair para tomar um ar e espairecer a cabeça. Deixando um bilhete para a mulher, caso ela acordasse antes dele voltar, Robin pegou sua carteira, o celular e saiu do quarto. Andando em volta da piscina do hotel, o loiro tentava pensar em qualquer coisa que não fosse a morena que ele havia deixado para trás, porém, sua última conversa com o pai antes do casamento não saia de sua cabeça.

Storybrooke,Maine – Cinco Dias Antes

Richard entrou no quarto e franziu o cenho ao ver o filho arrumado para o casamento e sentado na cama, olhando para um ponto fixo na parede a sua frente.
— Robin? — Ao ouvir um murmúrio como resposta, o mais velho se aproximou, colocando a mão no ombro do filho que, por estar totalmente distraído, se assustou.
— Pai? Tá tudo bem? — Robin perguntou se levantando rapidamente e ficando de frente para o pai.
— Eu que pergunto! — O senhor olhou nos olhos do filho e logo soube que tinha algo errado. — O que aconteceu Robin? — Ele perguntou preocupado.
Quando o mais novo abaixou a cabeça e abraçou o pai, a preocupação aumentou. Depois de soltar o pai, Robin respirou fundo e olhou para o pai.
— Eu pedi pra Regina fugir comigo. — O senhor se mostrou surpreso, mas não falou nada, apenas esperou o filho continuar. — E ela disse que não! Disse que queria que eu fosse feliz e... — Ele respirou fundo, tentando manter a emoção sob controle. — E eu percebi que eu não mereço ela pai.
— Robin... — O pai tentou confortá-lo, mas o filho o impediu.
— Não pai! O que eu mais quero é que ela seja feliz, e eu não posso fazer ela feliz. Não depois de tudo que aconteceu, não depois da dor que eu fiz ela sofrer. E sabe qual é a pior parte? — Quando o senhor apenas o encarou, ele continuou. — O pior é que mesmo sabendo de toda essa dor que eu causei, eu me deixei levar e fiz ela sofrer de novo! Eu fiz de novo pai, e uma parte de mim é tão egoísta que nem se arrepende por isso, porque, mesmo  apesar de toda dor, eu pude ter a mulher que eu mais amei na minha vida, nomes braços novamente. Mas, a outra parte, me faz sentir o maior babaca do mundo. Então não, eu não mereço a Regina. Ela merece alguém melhor que eu, alguém que a faça feliz, que tire toda a dor do peito dela. A Regina merece alguém que a faça sorrir e que a faça a mulher mais feliz do mundo. Eu sou só um idiota apaixonado que só fez ela sofrer desde aquele maldito acidente. — Sem que ele percebesse, durante o desabafo, lágrimas escorriam por seu rosto.
Richard, sem saber o que fazer, apenas abraçou o filho e, como se ele fosse um menino, o consolou deixando que ele chorasse toda sua dor em seu ombro.
— Vai ficar tudo bem garoto, vai ficar tudo bem! — Era a única coisa que o senhor conseguia dizer sem que se deixasse levar pela emoção junto ao filho.

Toronto, Canadá – Presente

Regina havia acabado de chegar em casa, após o almoço com Killian quando sua campainha tocou. O moreno teve que ir resolver um problema de trabalho e depois de deixar a amiga em casa, correu para seu escritório.
Regina suspirou e levantou-se do sofá, indo para a porta. A mulher mal abriu a porta quando sentiu braços fortes a abraçando fortemente. A morena riu e abraçou a outra de volta.
— Também senti sua falta Wolf. — Ela disse assim que Ruby a soltou.
— Pelo amor de Deus, nunca mais me deixe por quatro meses! — A mais nova disse abraçando a amiga de lado enquanto caminhavam para a sala.
— Prometo que nunca mais. — Regina debochou e recebeu um tapa no braço como resposta. — Alguma novidade? Além de você ser a melhor amiga e gerente do mundo por conseguir remarcar aquela reunião, claro! — As duas riram e sentaram-se uma de frente para a outra.
— Bom... Não é nada certo ainda, mas algumas pessoas estiveram na loja principal essa semana querendo falar com você. Alguma coisa relacionada a uma coleção de alguns anos atrás e uma homenagem. — Ruby disse animada e os olhos de Regina se iluminaram.
As duas passaram horas conversando, mas indo e brincando, o que fez com que Regina se esquecesse um pouco dos “problemas” e rumos que sua vida tomou nos últimos meses e apenas focasse em sua amiga a sua frente.