1. Spirit Fanfics >
  2. Story of my life >
  3. Dominada

História Story of my life - Dominada


Escrita por: PuppyBee

Notas do Autor


Bom gente aqui esta o primeiro capitulo de Story of my life, se você é um novo leitor dessa fanfic peço que leia as apresentações, não é obrigatório, mas digamos que não vai se perder tanto na historia.
Quero dedicar essa capitulo a uma grande amiga minha do Spirit que esta muito mal... Melhoras :(
Enfim, boa leitura!
ps: As palavras que estiverem com um ¹ em cima são palavras pouco conhecidas, os significados estarão nas notas finais.

Capítulo 2 - Dominada


Fanfic / Fanfiction Story of my life - Dominada

Capitulo 1 •                                                         

_Eu sei que você está triste pelo Anthony, não precisa se rebaixar a esse ponto. – Disse Evelyn, enquanto segurava fortemente o telefone ao falar com a amiga.

_Posso ao menos tentar. – concluiu Tris cabisbaixa, encarando a roca em sua mãos, que acabara de comprar

_Você já ajoelhou para pedir lhe de volta, não acha que se humilhou o suficiente? – Disse séria, esperando a resposta de Tris.

_Ah... Tem razão. – Respondeu em um suspiro, jogando a rosa em um cesto de lixo próximo da casa.

_Se você quiser podemos ir a uma rave hoje. – Falou Evelyn depois de alguns instantes. – Ganhei dois ingressos e quero alguma companhia.

_Você sabe que eu não gosto de lugares movimentados, principalmente festas – Dizia de uma maneira cansada, se encostando em um poste de luz velho, ao lado da lixeira.

_Certo, então vamos até um meeting¹ tomar chá, vai combinar mais com suas roupas. – Diz em tom de deboche.

_Talvez eu vá – Tris diz furiosa, estava cansada de seu estilo ser sempre motivo de gozação para Evelyn.

_Ótimo, mas não espere me encontrar vestida assim – Evelyn pronunciava, jogando um “brinquedo” para o alto – Na verdade nem espere me encontrar, me sinto incomodada dividindo o mesmo cômodo com uma “coleção de bonecas”. – Disse fazendo um sinal de aspas com uma das mãos, se levantando da cama.

_Nós não somos... Bonecas – Tris falou em uma tentativa inútil de se defender.

_Com aqueles vestidos estufados, sapatilhas com lacinhos e cabelos “frufrus”? Eu prefiro ir vestida de-

_Dragão, você prefere ir vestida de dragão. – Disse Tris interrompendo a fala de Evelyn. Já haviam tido algumas conversas desse tipo, e já foi o suficiente para Tris decorar as falas da amiga.

_Wan, você me conhece tão bem – Afirma Evelyn, pegando um binóculo na beirada de sua cômoda e direcionando para a janela – Só uma pergunta, você não usando essas roupas agora, está? – Pergunta.

_É... Não. – Mente, olhando para seu vestido marrom com um carrossel desenhado, ajeitando o mesmo.

_Você mente muito mal, sabia? – Insistiu, mexendo em algumas peças do binóculo, isso causou um pequeno e agudo barulho. E sem dúvidas, Tris já sabia do que se tratava.

_Está me espionando de novo? – Disse estressada. – Você é tão... Infantil e imatura!

_Disse a garota que curte se vestir como boneca. – Evelyn disse ampliando a lente de seu binóculo, focando cada vez mais em Tris – ... Não adianta fazer dedo para mim.

_Haha, Idiota – Diz Tris em meio á uma risada sarcástica.

_Uma idiota te avisaria que seu ex-namorado está descendo as escadas e indo em direção á porta? – Evelyn diz de maneira cautelosa e ao mesmo tempo preocupada.

_O que?! – Gritou surpresa, tapando sua boca logo em seguida, tentando seguir em linha reta rapidamente pela rua.

_Não corre, não dá mais tempo. – Diz Evelyn, firmando o binóculo na amiga.

_O que eu faço então? – Tris pergunta desesperada.

_Se esconde! – Evelyn grita ao ver o maior sair pela porta da frente.

                Num impulso, Tris se direciona até atrás do poste onde estava localizada, afinando parte do estofamento de seu vestido.

_Será que ele me vi-

_Vai Luck! – O grito alto de Anthony cortou fortemente a frase de Tris.

_Luck? O Anthony está...

_Levando o cachorro dele para fazer suas necessidades? Isso mesmo – Afirma Evelyn.

_Ah cara... Não me diz que ele está vindo para o poste. – Indaga com expressão de nojo.

_Não – Evelyn afirma novamente, ouvindo um som de “ufa” do outro lado do telefone. – Ele está indo para a caixa de correio, ao lado do poste.

                Tris permaneceu imóvel ao ver o cão de Anthony bem ao seu lado, tentou ignorar o que o animal estava fazendo, e com sorte, ele foi embora logo em seguida.

_Posso sair? Tris cochicha no telefone.

_Sim, ele acabou de entrar – Disse Evelyn ao largar o binóculo, se jogando na cama. – Foi sorte sua, se não fosse esperta o bastante para encolher o estofamento do seu vestido, Anthony provavelmente teria visto.

_Será que... Ele prestaria atenção em mim? – Tris pensa esperançosa.

_O que? Tris, não sei se ele iria fazer is-

_Faz sentido! – diz animada – Não havia razões pra ele ter terminado comigo... Eu nunca fiz nada de errado!

_Tris, olha...

_Talvez ele estivesse só brincando, talvez ele me peça para voltar!

_Tris? – Evelyn diz levantando parte de seu corpo da cama, preocupada.

_É, só pode ser isso, eu vou lá falar com e-

_Tris! – Evelyn grita ao telefone cansada de ser interrompida, essa ação fez com que Tris parasse com o que estava prestes a fazer, e prestar mais atenção nela – Vai pra casa...

_M-mas... – Insistia Tris.

_Confia em mim, é a melhor coisa que você poderia fazer agora. – Evelyn fala calmamente

_Ah... ta bom. – Resolve responder depois de um longo tempo, ainda se recusando a gostar da idéia.

_Ótimo, eu vou indo, te vejo amanhã na escola, até. – Disse animada, desligando o telefone, sem ao menos esperar um “até mais” da amiga.

                Tris já sabia que Evelyn estava cansada de presenciar suas crises de ilusões amorosas repentinas. Bastava um comentário para Evelyn arrumar alguma desculpa e ir embora. E por mais atormentador que fosse, procurava ignorar da melhor forma possível.

                E como sempre, Tris seguiu seu rumo de volta para casa, de cabeça baixa, e calada. Seu silêncio dizia mil e uma coisas ao seu próprio ver, mas no pensamento de outras pessoas, sua quietude não se passava de uma mera demonstração de tristeza. Sendo mais uma jovem moça sensível e sonhadora, que teve suas fantasias destruídas a partir do primeiro “sinto muito, nós não podemos mais ficar juntos”. Virando uma total dependente de carinho e afeto ao lado de uma pessoa que não a pertencia mais.

                Decidiu ignorar esse fato e seguir em frente, Tris estava ciente que fugir de seus atuais interesses não seria a solução, bem pelo contrario, só agendaria seu sofrimento para mais tarde, mas em um momento tão delicado como esse, a única coisa que restava para a menor era andar até sua casa em uma calmaria forçada.

O caminho de casa estava desgastante e seus passos cada vez mais pesados. Era assim ultimamente, já havia em parte se acostumado.

Após alguns minutos de caminhada, chega em casa. Um duplex branco com seu jardim da frente enorme. A presença de alguns enfeites de jardim causava certa euforia em Tris, que por sua vez, não gostava nenhum pouco da ideia de tê-los por perto.

_Aqui, Tris! – Diz seu pai, chamando sua atenção.

_ Dia, pai – Falou Tris, se aproximando com cuidado, assim que percebeu seu pai plantando algumas tulipas no jardim.

_Dia, filha – Disse afundando a pá de jardinagem, olhando para Tris logo em seguida – Onde estava? Fui até seu quarto hoje de manha, mas só encontrei um amontoado de lençóis e almofadas em um local onde era para ser sua cama – Falou sorrindo.

_ ...Eu estava na casa da Evelyn – Mente – Você não vão começar a enfeitar a casa para o natal? Já é dia 18 de dezembro - Diz Tris tentando desviar o assunto.

_ Tris, você mais do que ninguém sabe que eu e sua mãe não temos muito tempo de sobra para fazer coisas que não se aplicam a nossa jornada diária de trabalho – seu pai falou com uma séria expressão, retirando as luvas de jardinagem.

_ Pode me dizer em que área da contabilidade plantar tulipas se encaixa?  - Tris pergunta com um sorriso sarcástico.

_ O que...? – Diz envergonhado, assimilando o que falou com as cinco tulipas que acabara de plantar - ...Por que não chama um de seus amigos para ajudar a enfeitar a casa? – Tentou mudar o assunto.

_ Qual deles? – Indaga curiosa.

_ Por que não faz uma lista? – Seu pai pergunta, entretido com uma borboleta que pousou sem avisar em uma de suas tulipas.

_ Por que fazer uma lista quando posso contar nos dedos?

_ É realmente uma grande eficiência, mesmo sendo depressivo você esta colaborando para a preservação de papel – responde calmamente, pondo a borboleta para voar – Tente arranjar mais amigos, não quero você somente com o Mark e a Evelyn na virada de ano.

_ Eu vou tentar, prometo – Embora prometesse isso todo o fim de ano, Tris nunca conseguia achar outros amigos além dos dois.

_Espero que consiga pelo menos esse ano... – Ele da uma longa pausa e continua – Eu confio em você.

_ Obrigada, pai – Diz sorrindo, dando tchau para seu pai, caminhando lentamente até a porta da frente.

_Tris! – Volta seu olhar até o novo canteiro de tulipas, onde seu pai acabara de a chamar – Se eu fosse você passava pela porta dos fundos, sua mãe esta furiosa.

_ De novo? – Tris pergunta cansada, observando seu pai fazer um sinal de sim com a cabeça – OK, obrigada pelo aviso, vou tentar acalmar a “fera”.

Assim que recebeu o aviso, Tris se direciona até a porta dos fundos, localizada no jardim de trás. Por falta de coordenação acaba tropeçando em alguns enfeites de jardim, mas com sorte, não se machuca.

Abre a porta cautelosamente, observando com o canto do olho se sua mãe estaria na cozinha ou em um pequeno espaço da sala. Sem nenhum indicio, resolve seguir em silêncio.

A cozinha era pequena, possuía um pote cilíndrico repleto de água com açúcar do lado de fora da janela, era o convite de vários beija-flores. No seu centro, uma bancada marrom ocupava um grande espaço no cômodo, servindo de mesa para pratos, doces e bebidas. Acima dela, uma grade de metal prendia todas as panelas usadas para fazer refeições. Esses detalhes davam um ar de simplicidade e luxo para o local.

A sala ocupava um grande espaço no andar de baixo, o carpete bege meio desbotado sustentava os moveis, além de proporcionar um piso quentinho nos meses de frio. O local também possuía uma escada de madeira que levava até o andar de cima.

E a mãe de Tris não se encontrava em nenhum desses lugares.

_hehe – Ria baixinho, subindo as escadas em direção ao andar de cima.

_Beatris Franzi – Levou um susto com a voz da sua mãe, vindo do inicio da escada – Pode me dizer o que é isso? – Em sua mão, um caderno rabiscado em péssimo estado, ainda com o preço colado em sua lateral.

_Meu cadern-

_Seu caderno de biologia, está cheio de rascunhos de historias e nenhuma anotação da matéria – Disse enfurecida, interrompendo a fala de Tris.

_Eu estava treinando para um futuro livro... – Disse Tris cabisbaixa.

_Já faz dois anos que você comenta desse futuro livro, mas nunca decide o que vai escrever oficialmente! – A voz de sua mãe cortava Tris de forma profunda.

_ A-A ideia de uma historia pode levar segundos, mas seu aperfeiçoamento pode durar uma vida toda! – Disse elevando sua voz em uma tentativa inútil de tentar se defender.

_NÃO quero saber! – Sua mãe grita, batendo no corrimão da escada – Vai agora lá para cima passar esse caderno a limpo – Diz com autoridade.

Tris não estava preparada para discutir com sua mãe, mesmo vivenciando a mesma situação durante anos, se enrolava nas próprias palavras quando tentava intervir.

Sem dizer mais nada, continua traçando caminho até seu quarto.

O corredor era extenso, seu quarto era um simples cubo em tons de rosa pastel, possuía uma janela enorme branca com alguns banquinhos estofados colado em sua lateral de baixo. O que proporcionava uma bela vista para o jardim da frente.

Deixou seu caderno em cima da cama e foi em direção aos banquinhos, e lá permaneceu por pouco tempo contemplando a vista.

Lembrou-se das festas de ano novo, o quão divertido era ver seus dois melhores amigos em um lugar só, sem ser em fotos ou em chamadas de vídeos mensais no Skype. Mas tudo isso havia acabado assim que Evelyn recusou o amor de Mark, e desde então nenhum dos dois trocava uma sequer palavra.

Deixou esses pensamentos de lado assim que percebeu o mau que a causava. Pegou seu caderno que há poucos segundos atrás estava afundando em meio a bagunça de sua cama, levando até uma mesa ao lado do guarda-roupa, começando a passa-lo a limpo para algumas folhas de monobloco.

Acreditava que um dia toda essa solidão iria passar, teria outros amigos além de Mark e Evelyn, não brigaria direto com sua mãe e acharia um novo amor, alguém para contar com seu apoio sempre que precisasse, mas enquanto esse dia não chegasse...

_A única coisa que me resta é esperar... – Sussurrou para si mesma.  

 

 


Notas Finais


"Meeting"- reunião importante, ou se encaixando no contexto falado por Evelyn, uma "Reunião de lolitas".
Gostaram? deixem seus comentários e favoritos! (seus comentários incentivam meu trabalho) Até a próxima <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...