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História Madness - Capítulo 08


Escrita por: YsBelieber

Capítulo 9 - Capítulo 08


Fanfic / Fanfiction Madness - Capítulo 08

"Todo mundo está te assistindo."


Acordei cedo, tomando um banho e me arrumando para o trabalho. Dylan como sempre me esperava com o chocolate quente, e após agradecer eu fiz meu serviço. Adiantei boa parte, pegando o meu tempo livre do almoço e dispensando Dylan para poder comer sozinha em outro restaurante. 

Fiz meu pedido vendo o garçom se afastar, e enquanto esperava abri o envelope que Clare tinha me dado há algumas semanas. Ele falava sobre as construções que Edgar tinha feito em Maine, no nordeste do país. Eram informações que eu não tinha acesso porque se tratava de negócios do Edgar com outras empresas do país, sendo assim funcionários não podiam participar pois atrapalharia os contratos que ele fazia, podendo trazer algum prejuízo. 

Observei bem o que estava escrito, marcando com a caneta enquanto me alimentava e bebia da água que segundos depois o garçom trouxe. Destaquei o nome: Justin Hall. Eu precisaria falar com ele quando fossemos a Maine.

Terminei o almoço bebendo mais da água e paguei a conta, juntando minhas coisas na pasta e voltando para o departamento, vendo que Dylan já estava em seu lugar. 

— Justin Hall. Conhece? — Questionei, vendo-o tirar os olhos do computador.

— Não. Quem é? — Ele me olhou, atento.

— Também não sei. — Ri fraco, mentindo. — Ouvi na recepção enquanto subia. 

— Deve ser alguém do comitê. Só falam disso lá. 

Dylan voltou a olhar o computador, em seu trabalho. O encarei alguns segundos e umedeci os lábios me desencostando da poltrona, deixando todas as minhas coisas na mesa e indo até a porta onde fechei passando a chave e voltei para perto de Dylan rodeando sua área e o empurrando com as duas mãos fazendo as rodinhas o levarem para trás e assim me permitirem sentar em seu colo.

— Acho que você está precisando relaxar um pouco. Anda trabalhando demais. 

— Você acha, é? — Ele riu, apoiando as duas mãos em minha bunda.

— Seus alunos não vão querer chegar na faculdade e encontrar um professor tão charmoso e educado como você exausto do segundo trabalho que ele carrega, certo? 

Puxei seu blazer para trás, forçando a peça a sair pelos braços musculosos que Dylan tinha. Meus olhos correram pelas veias que pulsavam em seu bíceps que durou apenas pelos segundos que eu olhei, pois depois senti o dedo de Dylan levar meu rosto a si, colando nossos lábios em um beijo rápido que colou nossas línguas em uma dança harmônica. 

Agarrei sua nuca o puxando para mim e envolvi seu pescoço quando o senti me sustentar pela bunda e sentar-me em sua mesa. Pude ouvir seus materiais sendo afastados para o lado, e isso fez com que eu sorrisse descolando nossas bocas procurando por fôlego. 

— Certo. — Ele respondeu, sorrindo logo depois.

Me inclinei beijando sua bochecha e trilhei beijos até sua orelha onde eu mordisquei o lóbulo sentindo-o se arrepiar sobre meus dedos.

— Então porque ainda não estamos transando nessa mesa? 

Dylan fechou a boca. Encarou-me alguns segundos enquanto eu permanecia apoiada nos cotovelos o olhando. Sorri de lado, vendo-o fazer o mesmo.

Sem dizer nada, sua mão agarrou minha nuca e puxou-me colando nossos lábios novamente em um beijo intenso. Minhas mãos correram até sua cintura e eu o puxei pela camiseta do uniforme, levando para cima e tirando-a do seu corpo. Puxei o ar com força voltando com o beijo e apertei suas costas colando nossos corpos, tendo a oportunidade de sentir seu órgão apertar-se dentro da calça contra a minha. Aquilo me incomodava.

O empurrei. Dylan olhou-me novamente enquanto eu abria nossas calças e me livrava das duas ao mesmo tempo, rindo um pouco pela situação atrapalhada em que me encontrava. Quando ficamos totalmente nus, pude sentir a quentura de sua pele sobre a minha ao ter nossas intimidades encaixadas e lubrificadas. Suspirei, tombando a cabeça para trás.

Sprouse apoiou suas duas mãos ao lado do meu corpo e rapidamente se mexeu para dentro de mim em movimentos repentinos. Levei as mãos para suas costas, arranhando em várias direções para tentar de alguma forma controlar o que eu sentia. Apoiei-me melhor sobre a mesa, o trazendo junto para ganharmos mais espaço. Não era de nosso costume transar em uma mesa pequena e em tão pouco tempo.

Dylan soltou um gemido rouco que me fez colar nossos lábios para abafar, dando a vez para que eu gemesse pelas investidas que ele se comprometeu a fazer logo depois. Meus olhos se fecharam e eu ajudei-o movendo o meu quadril para baixo afim de sentir melhor toda a espessura que seu membro carregava, dando-me a sensação que aquilo jamais aconteceria novamente. E acontecia. Como em todas as outras vezes que transei com ele, a sensação parecia melhorar intensificadamente. 

Quando segurei sua nuca com as duas mãos, encarei seus olhos que agora carregavam um azul petróleo intensificados pelo atrito causado entre nossas intimidades excitadas e estimuladas que liberavam hormônios em ambos os corpos, satisfazendo a necessidade de ambos os lados por um prazer que durou pelo menos por vinte minutos em cima daquela mesa.

Ao soltar um gemido grave que se arrastou pelo escritório produzindo um eco, eu mordi o lábio para evitar que outros sintomas da ótima sensação fossem escapados, levando-nos a chamar atenção de outras pessoas que poderiam ouvir. Seus lábios procuraram pelos meus, trilhando beijos desde meus seios até meu pescoço e queixo, me fazendo rir e levantar a cabeça para poder beijá-lo. O calor consumiu meu corpo levando-me a um arrepio total.

— Dylan…

Abri meus olhos, puxando o ar com força e dobrando-me para poder encarar melhor o seu corpo que se chocava fortemente contra o meu, causando barulho com todos os pêlos arrepiados e o cabelo escorrendo suor. Nossas vozes se misturaram em gemidos tímidos e roucos que me obrigaram a sorrir quando meus olhos se encontraram com os seus. Peguei sua cintura, apertando com certa força afundando as unhas na lateral do seu corpo.

Suspirei, gemendo e abrindo as pernas involuntariamente tendo mais do seu membro dentro de mim, facilitando que logo eu chegasse a meu ápice final tremendo todo o corpo e arqueando as costas estufando o peito. O último gemido que soltei foi mais alto, mas Dylan apressou-se em me beijar para cobrir o som, sendo assim os próximos que soltei foram todos de volume mais baixo até que ele atingisse seu orgasmo levando-o a sensações inigualáveis que o fizeram parar aos poucos os movimentos. Quando ele saiu de dentro de mim, umedeci os lábios por alguns segundos o encarando.

— Está pronto para sua aula. — Falei, soltando o ar pela boca.

Dylan riu, se afastando e se limpando para depois se vestir. O ajudei, descendo da mesa e respirando de maneira funda recebendo um selinho demorado. Enquanto o observava arrumar as coisas na mesa, lembrei que Clare tinha me aconselhado sobre Ivan. Desviei o olhar, sentando-me em minha mesa após me arrumar.

— Como seu pai está? — Puxei assunto, tentando afastar o que Clare tinha me dito.

— Bem. Ele perguntou de você. — Dylan riu, como se aquilo não acontecesse há muito tempo.

— Sinto falta dele também. É uma ótima pessoa, e não digo isso por você ser filho. 

— Eu sei. — Ele sorriu.

Eu terminei o meu serviço e saí, indo para casa. Em vez de correr com o Thor, decidi ficar no quarto e aproveitei para dormir, já que não o tinha feito por um bom tempo. Quando acordei, tinha perdido as duas primeiras aulas da faculdade. Me arrumei sem pressa e peguei o ônibus, indo até o campus de biológicas onde eu peguei a terceira aula já no começo, pedindo licença e me sentando em uma das cadeiras vazias. 

Olhei as horas no relógio em meu pulso com cuidado e anotei algumas coisas que eu achei ser importante estudar depois. Na hora do intervalo eu comprei algo de comer e me juntei com as meninas.

— Ivan está te chamando. 

Olhei para o lado, vendo o ruivo no canto do refeitório. Eu neguei com a cabeça vendo que ele conversava com alguma menina que eu conhecia apenas de rosto. Fui terminando de comer meu salgado, olhando Bruna falar sobre alguma festa que pretendia fazer no fim de semana, já que seus pais viajariam a trabalho. Eu tinha exame médico marcado na sexta, e dependendo do horário iria desistir da festa. 

Bebi da água, limpando minha boca e mãos em seguida e levantei-me indo jogar o lixo fora. Senti a presença de alguém, me virando ao ter a mão em minha cintura. Revirei os olhos, indo de volta para a minha mesa.

— Está com raiva de mim? 

— Não. Só acho que já conseguiu o que queria. — Falei, vendo Ivan se sentar na mesma mesa que eu.

As meninas se ajustaram para que ele coubesse, e eu tirei meu comprimido da cartela o tomando com a ajuda da água.

— Não posso querer de novo? — Me encarou, curioso.

Fiz pouco caso.

— Não é muito de meu feitio ficar com a mesma pessoa mais de uma vez. 

— Tem medo de se apaixonar? — Ele riu.

— Na verdade é para não cometer o erro de ficar duas vezes com um idiota que vai sair espalhando depois.

Ele parou de rir, e encarou-me sem falar nada. Eu bebi mais da água e desviei o olhar, tentando me situar na conversa de Bruna. Depois do intervalo voltamos às aulas e eu peguei o ônibus de volta para casa, respirando fundo ao chegar e indo direto dormir. Eu precisava urgentemente de um bom descanso. 


 

Oceano Atlântico

Cinco Anos Atrás

Flashback On

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O mar estava calmo. Na cobertura rochosa que nos protege dos predadores maiores, eu era capaz de ouvir apenas um ruído fino de pequenos peixes se chocando uns com os outros e de poucas pedras descolando e caindo de alguma superfície sólida que, devido à pressão encontrada por aqui, a matéria aos poucos se dissolvia. 

Abri os olhos. Meus dedos correram o rosto, sentindo-o mais macio. Papai dormia a poucos metros de mim, com Becca do lado e mais outros de nossa espécie. Ao levantar-me, movi-me para fora da caverna encontrando com inúmeras espécies diferentes de criaturas marinhas no mesmo lugar que eu, algumas nadando em conjunto com outros da mesma família.

Me sentia disposta a nadar até a superfície. Quando eu mergulhava por muitos dias - como era o caso - eu perdia a noção do tempo, sem saber como mamãe estava. A caça me tomava tempo. A preocupação em achar lugares profundos e seguros para que não exterminassem nosso bando era um trabalho e responsabilidade de todos, mas um pouco a mais deste peso era jogado sobre mim, por conhecer melhor das terras como papai. 

Fechei os olhos com força quando senti a mão de alguém me puxar para trás. Era capaz de sentir a pressão do oceano aumentar, levando-me a ter dificuldade para nadar. A água esfriou muito mais fazendo-me ter a leve sensação de que mais alguém estava ali presente, e não se tratava das criaturas marinhas, era uma profundidade boa, entretanto ainda era possível presenciar alguns raios solares invadindo e se chocando contra as rochas que nos cobriam e cresciam cada vez mais para mais perto da superfície.

Quando olhei para trás, Becca fora levada para dentro da caverna em movimentos rápidos, assim como papai fez questão de agarrar-me pela mão para levar-me junto. Olhei para trás tendo a visão de homens com vestimentas adequadas e próprias para uma natação profunda aparecerem pouco a pouco onde estávamos, e eu tive que me esconder em uma fenda maior que me coubesse entre as rochas que se moldavam pelo deslize da água sobre elas.

Fiquei imóvel, observando pouco a pouco suas nadadeiras o levarem para longe. Fiz menção de sair, mas papai advertiu-me com um balançar assustador da cabeça. Eu precisava fazer alguma coisa. Agarrei com força o auxílio rochoso que fora fixado nas alturas da pedra, facilitando com que eu pegasse um maior impulso gerando atenção dos homens que ali estavam além da minha espécie. Soltei um rugido abafado nadando em sua direção e virei-me criando um redemoinho que empurrou minha cauda e lançou-a na direção do seu rosto, arrancando fora a máscara e o equipamento de sobrevivência que vazou oxigênio e flutuou com a pressão para a escuridão da caverna.

Ouvi papai gritar-me. O olhei rapidamente, senti-o me puxar pelas mãos e tirar-me daquele lugar com todos os outros da minha espécie. Alguns arremessavam as caudas em defesa dos mergulhadores, obrigando-os a se afastarem ou desmaiarem pelo impacto dos dois corpos. Nadei para longe, olhando para os lados para ter certeza de que estariam todos juntos sem exceção de nenhum. Quando olhei Becca, ela pegou minha mão me ajudando a nadar para o mais profundo daquele oceano. 

 

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Flashback Off


 

Abri os olhos assustada, mexendo-me pela cama e passando a mão pela sua textura podendo sentir a maciez do lençol abaixo de mim. Respirei fundo, encarando o teto acima de mim que carregava um cinza escuro devido as cortinas fechadas da janela impedindo que qualquer claridade adentrasse o quarto senão os fracos raios lunares. Olhei para os lados, sentindo-me desnorteada, sentei-me e depois de várias vezes passar a mão no rosto e cabelo eu fechei os olhos, começando a chorar. 

Era apavorante ter que reviver tudo aquilo que afastou e exterminou - por mais mínimo que seja - parte da nossa espécie, levando-me a ter uma corrente de desespero passeando por meu corpo, o que gerou uma tremedeira incessante acumulada ao choro que eu despertava e soltava encharcando os dedos. Solucei algumas vezes, percebendo que minha demonstração de culpa e tristeza pelo que eu tinha passado assustaram e fizeram Thor acordar atento. O cachorro encarou-me, vindo até mim e esforçando-se para atravessar meus braços, ri um pouco fraco pelo pêlo que me fez cócegas, fungando o nariz e me afastando para conseguir abraçá-lo e voltar a deitar na cama. 

Quando olhei no celular, era quatro e meia da manhã. Eu teria que levantar às sete, e quanto mais eu mexia pela cama, mais incomodada eu ficava. Respirei fundo, secando o rosto e acariciando o pêlo de Thor que deleitou-se ao carinho esticando o corpo pela cama fechando os olhos. Olhei seu rosto, sorrindo fraco pela beleza que carregava, serenamente. 

Observei novamente as horas no celular, percebendo que haviam-se passado mais alguns minutos e era o começo das cinco da manhã. Eu precisava descansar, mas não sabia como e temia que eu seria assombrada novamente ao fechar os olhos. Levantei-me devagar atraindo a atenção de Thor para mim e fui até a janela espiando pela cortina e olhando atenta o clima da cidade, não encontrando vestígios de água nas calçadas nem gotículas caindo pelas luzes das lâmpadas nos postes. 

Voltei para a cama, deitando-me novamente e encarando por alguns segundos o contato de Dylan. Nossa última conversa tinha sido longas horas atrás, e eu digitei algumas palavras pensando se enviaria ou não. Não queria acordá-lo, e muito menos envolvê-los nos problemas que eu tinha. Dylan precisava descansar, até mesmo por ter dois empregos, não era fácil administrar todo uma ala do departamento e planejar aulas para uma faculdade, e eu admirava isso nele. 

Quando percebi, já chorava de novo, notando o quão desesperada eu me encontrava naquela situação. Eu nunca falava sobre minha família para os outros, muito menos para Dylan com quem compartilhava sete meses de amizade e cinco de uma relação um pouco amorosa, consideravelmente uma amizade colorida. O máximo que ele sabia era minha naturalidade e que mamãe morava na Hungria, sobre meu pai apenas informei que tinha desaparecido quando Alice me teve, levando Becca junto, o que era uma mentira porém era a única resposta plausível que eu tive para o dia da pergunta. A angústia consumiu-me e levou-me a pensamentos confusos, o que me fez enviar a mensagem para o moreno. Eu suspirei, fechando os olhos pelas lágrimas que manchavam minha visão e limpando-as minutos depois para ler a mensagem quando ouvi o som do celular apitar indicando que Dylan tinha me respondido. 

 

"Já estou chegando." 



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