1. Spirit Fanfics >
  2. Strange >
  3. O coração está a mil

História Strange - O coração está a mil


Escrita por: potoque

Notas do Autor


"Trouxe o especial?" NO NOT TODAY

Eu não sei como tô postando isso, cara, NOT TODAY <333
PREPARAR! APONTAR! FOGO!
AAAAAAAH

NÃO TÔ BEM
IT'S MY JAAAAAAM


Ah, avisinho: troquei de user, como é possível notar, agora sou @potoque, maaas, se você quiser me chamar de Miss, pode.
Só queria avisar mesmo, vai que né


NOT NOT TODAY

DEIXA EU DAR MEU ATAQUE DE FANGIRL TÁ


QUEM CURTE STRANGE, HANDS UP

Capítulo 16 - O coração está a mil


Fanfic / Fanfiction Strange - O coração está a mil

A ruiva já se encontrava pronta. Vestiu uma calça jeans, camisa manga longa branca de tecido fino e um casaco longo cinza. Calçou botas marrons de cano curto assim como suas meias. Poderia até estar um tempo agradável por agora; mas, já ao entardecer, começa a esfriar. Como não sabe que horas irá voltar, achou melhor prevenir-se. De maquiagem, só passou um simples gloss labial, base, pó e corretivo. Uns dias sem chorar fizeram bem para seu rosto, que já não está mais vermelho e inchado, embora continue abatido. Por isso, deu seu máximo para esconder sua aparência cansada; queria causar uma boa primeira impressão. Sayuri, por mensagens, insistiu para que passasse rímel ou delineador. O problema é que Kat sabia que borraria tudo, não é boa (para não falar péssima) nessa "área". É raro quando resolve passar qualquer coisa na cara – perceba seu desespero hoje – e a própria escola, onde passa grande parte do dia, proibi. Pois é, no Japão os colégios têm algumas regras incomuns e inéditas.

Colocou seu celular e carteira em uma pequena bolsa de couro e foi em direção ao quarto do irmão avisar que sairia. Ele estudava em sua escrivaninha, ainda com o uniforme.

– Mit, troque essa roupa, por favor.

 

Antes que pudesse contestar, olhou a irmã de cima à baixo, curioso.

 

– Vai aonde?

– Naquele parque aqui perto.

– Fazer...?

– Um garoto me chamou para ir lá.

– Você... conversando com garotos? – Mitsuo segurou uma risada – Revolucionário.

– Engraçadinho. – ela revirou os olhos – Sabia que já tive namorado? E também tinha o Yasushi...  – seus olhos foram de encontro com o chão.

– Bem lembrado – o irmão se sentiu um tanto arrependido.

– E você? Quando vai desencalhar? – Katsumi sorriu, divertida, enquanto tentava desviar o rumo da conversa.

– Eu estou esperando a pessoa certa – a concentração do garoto voltou para os livros.

– Compreendo.

– Vai com cuidado, tá? – ele falou, voltando a encarar a irmã.

– Pode deixar – a ruiva foi até o caçula e depositou um beijo no topo de sua cabeça, bagunçando logo em seguida seus cabelos castanhos.

– Lembra que a mamãe e o papai voltam hoje à noite.

– E vê se troca de roupa.

– Pode deixar – Kat riu de Mit imitando-a e fechou a porta do quarto, indo para a saída do apartamento.

 

Já no elevador, olhou-se no espelho para ajeitar seu cabelo. Ele passa apenas um pouco de seus ombros, então é fácil de cuidar. A única coisa com que a surpreendeu foram seus olhos. Há quanto tempo não via aquele brilho em seus olhos violetas? Essa distração realmente estava fazendo bem para Katsumi. Sorriu, satisfeita.

 

(...)

 

Quando mais de meio caminho fora andado, o nervosismo foi tomando conta de seu corpo. Não é um encontro, certo? Será um bate-papo entre pessoas que querem se conhecer melhor. 

É, melhor definição.

 

Não demorou para ficar cara a cara com a entrada do parque e tomando coragem, entrou sem hesitar. 

A cada passo o ar que entrava em seus pulmões se tornava escasso e o coração acelerava.

Não é nada de mais, Katsumi.

 

Gelou. Ele estava lá, sentado em um banco de madeira, olhando para o lado oposto que estava. O sol que já se punha parecia iluminar somente Kou. O garoto resolveu esperar pela ruiva perto da entrada para ser mais fácil de encontrá-la.

 

– Ei... – Kat disse, aproximando-se, chamando a atenção dele.

– Kat! Oi! – Ele levantou rapidamente, abraçando Katsumi em seguida.

 

Como não esperava por isso, a garota acabou corando, mas conseguiu retribuir o abraço.

Quando se distanciaram, a ruiva pode vê-lo melhor.

Loiro dos olhos azuis.

Minha morte.

 

 

– Prefere ir andando pelo parque ou se sentar? – perguntou Kou, simpático.

– Ir andando, se estiver tudo bem 'pra você...

– Não vejo problema algum!

 

Os dois iniciaram a caminhada, passando pelos caminhos arborizados por árvores e flores do lugar. Em alguns pontos têm alguns bancos e quiosques para entreter as pessoas. Infelizmente, o parque estava bem vazio, já que muitos adolescentes e crianças utilizavam aquele horário para estudar e os adultos trabalhavam. 

Primeiramente, Kat ficou quieta. A palma de suas mãos estavam suadas e não sabia o quê falar. Sentiu-se desconfortável ao ver como o loiro se encontrava tão bem vestido e arrumado (ao seu ver) e ela com uma roupa casual. Achou que a boa primeira impressão havia ido para o ralo.

 

–Segundo ano "E". – falou o garoto aleatoriamente.

– O que? – ele riu da expressão confusa dela.

– Você tinha me perguntado de qual turma eu era.

– Ah, sim – Kat deu uma leve risadinha e suas bochechas voltaram para a tonalidade vermelha.

– Qual é a sua?

– Segundo "B".

– Continuo não entendo como nunca conversei com você! – Kat sorriu com a afirmação feita pelo loiro.

– Bom, mas pelo menos tivemos a oportunidade de nos conhecer agora – ele também sorriu, uau, e que sorriso.

– O destino não está sendo mau para mim esse ano, estou começando a desconfiar de que algo está errado...

– Comigo ele está sendo generoso, porque o destino nunca foi com a minha cara – Katsumi olhou para o chão.

– Estamos no mesmo barco –  ambos se encararam ao mesmo tempo e acabaram por rir.

–  E aí? Tem algum hobby? –  a ruiva perguntou, sem compromisso.

– Eu canto e danço, mas não sou lá essas coisas na dança.

– Já pensou em virar j-idol?

–  Na verdade... – o loiro coçou a cabeça –  eu sou trainee de uma empresa de j-pop.

–  SÉRIO? –  Katsumi acabou falando alto demais sem querer, o que a fez encolher. Kou achou fofo – D-desculpe, me empolguei.

–  Não tem problema, Kat. Respondendo a pergunta, sim, vai fazer um ano.

– Daqui a quanto tempo vou poder baixar suas músicas?

– Espero que logo. – ambos sorriram – E você? Tem algum?

– Ah, de vez em quando eu jogo meu tempo fora, faço vários nadas e fico no celular –  falou super tranquila, fazendo Kou rir.

– Uau.

–  Fantastic Baby.

–  Que? – Kat segurou a risada fracassadamente, enquanto o loiro arqueou uma sobrancelha. 

–  É uma música de um boy group coreano – ela explicou.

–  Não conheço, sou mais a música nacional.

–  Compreendo, mas algumas músicas têm a versão japonesa.

–  Qual o nome do grupo?

– BigBang.

– Vou procurar saber, parece que você tem bom gosto. Vou confiar.

– Pode confiar mesmo, é bom demais.

– Vou torcer para que o meu futuro grupo seja melhor que esse tal BigBang – ele disse esperançoso.

– Fighting! – Kat levantou o punho para dar mais vida a sua fala.

– Fighting! – o loiro a imitou, fazendo-a rir – Que tal darmos uma paradinha em uma cafeteria aqui perto? Eu pago!

– Eu topo, menos a última parte. Não trouce dinheiro à toa.

 

Assim seguiu aquele início de noite. Eles foram para onde Kou indicou e sentaram-se em uma mesa para dois. A cafeteria é em um estilo antigo, embora fosse cheia de decorações fofas, o que tornou tudo mais agradável. Katsumi pediu um expresso com leite vaporizado cremoso e cacau em pó decorado com calda de chocolate, enquanto ele optou por um expresso com leite vaporizado cremoso  também, só que com uma  barra de chocolate ao leite.

Foram conversando sobre assuntos aleatórios e perguntando coisas um para o outro. A tensão que manifestava-se na ruiva já tinha ido embora há muito tempo, dando lugar para uma sensação confortável e tranquila. O diálogo fluía muito bem, o único fator que Kat achava estranho era o fato dele ficar encarando seu pescoço em alguns longos minutos, mas relevou, afinal, Ayato fazia o mesmo. Pensou que poderia ser algum tipo de característica presente em todos os meninos.

No final do  "bate-papo entre pessoas que querem se conhecer melhor", Katsumi já considerava Kou um amigo e o mesmo equivalia para ele. Até que o loiro teve uma ótima ideia.

Na parte do pagamento final que  houve umas desavenças.

 

– Não, Kou! Deixa que eu pago a minha parte! –  ela choramingou, puxando a manga da camisa dele para chamar sua atenção.

– Nada disso! Vai ser no débito, moça! – o rapaz entregou o cartão para a operadora de caixa.

– Não passa esse cartão, por favor! Pegue o meu dinheiro! – a ruiva estendeu e balançou a mão, sinalizando que era para a mulher aceitar o seu pagamento.

– Guarda isso aí, Katsumi! –  Kou empurrou o braço de Kat para baixo.

– Então... como é que vai ser? –  disse a operadora, tentando manter a calma.

– Kat, deixa eu pagar agora e na próxima vez que a gente sair, deixo você pagar.


Ele quer sair novamente comigo?!

 

Uma alegria interna tomou conta de si, porém evitou ao máximo deixar transparecer, contendo um sorrisinho.

 

– Tudo bem, tudo bem, eu desisto – a garota cruzou os braços, rendida.

–  Tadinha – o loiro cochichou para a mulher do caixa, com a intenção de fazer a ruiva ouvir – ela acha mesmo que vou deixá-la pagar na próxima vez.

– Kou Mukami! – deu um soquinho no braço do mesmo, fazendo uma cara de brava, entrando na brincadeira.

– Vixi, chamou pelo nome completo!

– Senhor, poderia me passar o seu cartão para eu iniciar o pagamento? – a operadora interrompeu os dois, já com a paciência acabando.

– Ah, claro. Aqui está – o garoto falou envergonhado, segurando o riso junto com Kat.

 

 

– E aí? Gostou do nosso passeio? – o loiro sorriu (quantas vezes Kat já não viu esse sorriso hoje? Sem dúvida, ele é bem animado e, sem dúvida, a ruiva estava adorando).

 

A escuridão tomou por completo o céu, sinalizando a noite. Deve ser em torno de umas sete e meia ou oito horas.

 

– Gostei sim! Só não gostei de você me fazendo de trouxa agora pouco!

– Foi preciso. – ele bagunçou os cabelos de Kat – Ruivinha, 'pra qual direção é sua casa?

Espera... ruivinha?

 

– Para... cá – disse meio desnorteada, apontando para o caminho que precisaria seguir.

– Ah. – ele pareceu desapontado – Minha casa fica para lá. – apontou para a rua atrás de si – Queria te fazer companhia.

– Relaxa, meu apartamento é perto daqui, dá para ir andando.

– Toma cuidado – Kou a puxou para um abraço, bem recebido por Kat, que retribuiu – Até amanhã!

– Até!

 

Após a despedida, Kat seguiu para casa. As ruas estavam já vazias nesse horário; trabalhadores ainda no trabalho e crianças continuavam em casa. Aquilo despertou um certo medo na ruiva, já que não é acostumada a estar fora de sua "zona de conforto" em uma hora dessas.

Apertou o passo.

Faltava pouco para chegar ao seu querido lar.

 

– Aonde pensa que vai?

 

Antes que pudesse raciocinar à respeito do que acabou de ouvir, teve seus olhos tampados com força por um braço e o corpo colado com o de alguém contra sua vontade.

Em desespero, tentou se livrar daquele ser, contudo, com a mão disponível, segurou o pulso da garota, deixando somente um de seus braços livre, que era inútil no quesito força.

 

– P-por favor, p-pode levar tudo! S-só me d-deixe ir! – Kat implorou. Não parava de tremer e podia sentir o suor escorrendo por sua testa. O medo é terrível.

– Calma, Kat, eu não quero seu dinheiro. Poxa, por que só pensa o pior de mim? – Foi aí que reconheceu a voz rouca. É claramente forçada, pois ele não quer ser reconhecido, mas não deixava de fazer os pelos da ruiva arrepiarem. 

– E-estranho?

– Achava que fosse o Kou vindo atrás de você? – Após ouvir tal frase, Katsumi parou de se debater.

– Está me seguindo? 

– Está ficando mais experta – ele riu, debochado.

– Você têm sérios problemas! Me solta! – voltou a bater nele, sem qualquer resultado.

– Ninguém mandou não responder minhas mensagens.

– Para ser sincera, não tinha nem reparado que mandou mensagem – falou firme, tentando não travar.

– Estava ocupada demais saindo com seu amiguinho, não é?

Ele está com ciúmes? Foi mais rápido do que eu imaginei.

 

– Está com ciúmes, por acaso?

– Ciúmes? – riu mais uma vez – O que te faz pensar isso?

– A situação a qual estou.

– Apesar de eu achar que você está querendo provocar isso em mim.

 

Kat riu nervosa. O pior é que é isso mesmo.

 

– Claro! Quero muito que o menino que enviou uma caixa de bombons falsa e uma carta desgraçada me note! – disse irônica.

– Isso te afetou mesmo – o estranho sorriu – Pelo visto, deu certo.

– Afetou foi uma ova! Foi uma das coisas mais ridículas que já fizeram comigo! – se irritou.

– Só joguei do mesmo jeito que você: chato e infantilmente. Quis pagar na mesma moeda, senão, teria feito algo muito pior.

– Em que momento eu joguei com você, garoto?! – Katsumi está exaltada – Foi realmente por aquela zoeira daquela conversa?!

– Sim. Saiba que odeio ser feito de palhaço – disse sério.

– Onde fui me meter... – a ruiva lamentou.

– Agora, me diga. – fez uma pausa – Por que aceitou se encontrar com aquele Mukami?

– A vida é minha e dela cuido eu.

– Katsumi... – o estranho a apertou ainda mais contra si.

– Queria conhecer ele melhor, tá legal?! Aish! 

– Kat, Kat... não se aproxime desse garoto...

– Por que não?

– Você só está querendo se vingar, sei disso – falou simplista.

– Eu não! Tá doido?!

– Vinganças não acabam bem, Kit Kat; e pelo caminho que a sua está seguindo, com certeza não vai acabar nada bem – chegou mais perto de seu ouvido – Kou é perigoso.

– Perigoso?

– E eu também sou – Kat gelou ao ouvir essa fala.

– O-o que vai fazer comigo?

– Não se preocupe, não te farei nada.

– É que é meio suspeito você aparecer assim, do nada e ter me seguido, muito semelhante a um psicopata.

 

Ele riu.

 

– Pense o que quiser – ela sentiu que iria se afastar e segurou o braço que tampava seus olhos, o impedindo de prosseguir qualquer movimento.

– Espera.

– Diga, minha estranha favorita.

– Por que me seguiu? Por que Kou e você são perigosos? O que quer comigo? – disse desesperada.

– Quantas perguntas... – suspirou – É ruim quando queremos saber de algo e a pessoa fica enrolando, não?

– Entendi a indireta.

– Quando vai me contar a história?

– Eu não sei! Que diferença ela faz na sua vida?!

–Não é relevante para você. – distanciou-se um pouco – Como eu não fico de cu doce igual certas pessoas, posso te explicar esse lance todo.

– Ótimo.

– É só chamar lá no chat – o estranho, sorrindo, sumiu de repente, deixando Katsumi livre e confusa.

 

Olhou a sua volta, porém não viu ninguém. 

Seu cérebro parecia ter dado erro, pois ficou paralisada por longos segundos.

Em uma pontada de adrenalina, a ruiva correu. Correu como se não houvesse amanhã. Queria chegar em seu querido apartamento e saber que finalmente estaria segura. 

Uma sensação ruim a dominou por completo e seus pensamentos não batiam. O que está acontecendo?

 

Ofegante, passou pela entrada do prédio e foi direto para o elevador. No espelho, encarou uma imagem completamente diferente da que encarara mais cedo. Suada, descabelada e, principalmente, apavorada.

Em toda a conversa com o estranho, se esforçou para manter a calma e agir com naturalidade, mas era mentira. Entrou em pânico e o choque que teve ainda trazia consequências. Seu coração batia tão rápido que podia explodir a qualquer momento, em sua visão. Só não chora porque assemelhar o ocorrido é muito complicado.

Chegou ao seu andar e procurou desesperadamente as chaves. Vasculhava a bolsa sem parar até se tocar que tinha esquecido de pegá-las.

Tocou a campainha.

Em instantes, a porta foi aberta e seu queixo quase caiu ao ver com quem está de frente.

Seu pai.

 

– Posso saber por onde andou?


Notas Finais


Panfleto BigBang pq sim

Tá aqui uma música de BIGBANG - https://www.youtube.com/watch?v=iIPH8LFYFRk


E TÁ AQUI NOT TODAY - https://www.youtube.com/watch?v=9DwzBICPhdM
VAI LÁ DAR VIEWS!!

Eu ainda vou quebrar o replay :')

Postei uma one-shot há pouco tempo, super rapidinha de ler, se quiser dar uma olhada - https://spiritfanfics.com/historia/furacao-8035680

Siga-me os bons: @potoque


Quem não esperava o estranho aparecer levanta a mão \^o^


FALTA APENAS CINCO FAVORITOS PARA OS 100!!

Te amo vcs <3

Se chegar aos 100 antes de eu postar o próximo capítulo faço outro especial
Falo é mais nada


~~ era pra o cap ter saído mais cedo, mais ou menos no horário que saiu Not Today, maaaas, só foi possível lançá-lo agora. Fazer o quê né? Melhor ter saído tarde do que não ter saído ~~


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...