História Strange and New - Beginning II

Lauren Michelle Jauregui Morgado, sim meu nome é enorme e eu particularmente evito utilizar meu segundo nome e por isso meus amigos me chamam de Lauren, apelido Laur, o que acho um tanto quanto meloso, mas não ligo, e até gosto. Aposto que já pela minha descrição de mim mesma vocês perceberam que sou um tanto quanto bipolar, pelo menos é o que todo mundo afirma e para falar verdade, não sou eu quem vai discordar, meu humor é de lua, simples coisas podem fazer com que eu fique brava, demonstro mais através do sarcasmo do que parecendo irritada, o que muitas vezes faz com que as pessoas não me levem a sério, mas é a minha forma de defesa pessoal para não demonstrar o que sinto, na maioria dos casos esqueço com facilidade. Tenho 17 anos, não sou uma pessoa difícil de conviver, logo de cara as pessoas se são bem comigo, penso que isso se deve a minha personalidade extrovertida e minha capacidade de tornar situações cotidianas engraçadas, mas claro, modéstia a parte. Falando ainda da minha personalidade, espero que ela me ajude nessa nova escola, meus pais, Clara e Mike Jauregui, de uma hora para outra, resolveram que não estavam contentes com minha atual escola, trocando-me para a Escola De Miami, sim, muito criativos, no começo fui totalmente contra tal decisão, até ameacei ir morar com Brad, meu namorado, mas antes que eu entre nesse assunto me deixe concluir como acabei matriculada na escola cujo nome é ridículo, então, após minhas ameaças e várias conversas sérias com meus pais, eles me convenceram que se eu quisesse entrar em uma faculdade qualificada, apesar de não saber nem o que vou fazer, teria que trocar a escola, de primeiro não concordei, mas eles me propuseram que se eu aceitasse, eles me  dariam um carro de minha escolha, já que já havia tirado a carteira de motorista, assim nem levei dois segundos para aceitar a proposta.

Brad Simpson, posso considera-lo o melhor namorado do mundo, ciumento, mas como também sou, esse não é um fator que realmente me incomoda, comecei a namorar ele a um ano, quer dizer, em alguns dias completará um ano, mas enfim, eu não me classifico como hétera, por também ter atração por garotas, reforçando o quanto Brad é um cara incrível por saber do meu passado. Ele tem uma estatura mediana, um pouco, centímetros, mais alto que eu, possui um cabelo encaracolado, macio e castanho, não é musculoso, porém não é puro osso, seu sorriso, em minha opinião é sua parte encantadora, conquista qualquer uma, inclusive a mim. Brad estuda em minha antiga escola, mas isso não será um problema, por ele ser do último ano, e quase não vermos um ao outro na escola. O mais difícil foi deixar as panacas das minhas melhores amigas, Lucy Vives e Veronica Iglesias, elas namoram, são como cão e gato, mais brigam do que se entendem. Lucy é uma pessoa muito meiga, mas não confunda meiguice por inocência, porque foi a própria que tirou a minha, ela foi a primeira menina que fiquei, o que não atrapalhou nossa amizade, pelo contrário, a deixou mais forte, tenho intimidades com ela que nunca tive com mais ninguém, o que deixa Brad enciumado em várias ocasiões, mas já esclareci para ele, que só vejo Lucy como uma amiga, amiga-irmã na verdade. Vero sempre foi a complicada da relação, quer curtir a vida ao máximo, porque como diz ela, “Nunca sabemos do amanhã”, o que concordo, só não levo ao pé da letra como a própria, quando ela conheceu Lucy, devo dizer que começou a melhorar, mas como tudo não é perfeito, melhorar não quer dizer consertar.

Um lema que carrego para a vida é que ela é feita de acasos que levam a um propósito maior, e qualquer que tenha sito o propósito em minha mudança, espero que seja para o bem, pois o acaso em algumas vezes não nos leva a um resultado favorável. Com esse pensamento em mente comecei a arrumar minha mochila de amanhã, ela é preta com o símbolo da Vans, simples e preta, como a maioria das minhas coisas, após botar estritamente o necessário dentro dela a fechei e joguei ao lado da cama, essa se posicionava na frente da porta, encostada na parede e ao lado da varanda, não tinha televisão e meu computador, quer dizer, o computador de casa se encontrava na sala, assim como o resto dos eletrônicos, em meu quarto além de minha cama, possuo um espelho que se encontra ao lado da porta, também de frente para a cama e do lado da porta do banheiro, como a cama é encostada na parede, por ter uma pequena varanda em seu outro lado, a escrivaninha, com cinco prateleiras em cima, cheias de livro, se encontrava também a esquerda entre o banheiro e a varanda, o que deixava um espaço considerável entre a cama e a escrivaninha, nessa parte se encontrava um tapete, se nesse momento está pensando nas cores, imagine preto e branco, e esse será o meu quarto. Ainda no assunto, é um de meus portos seguros, além, claro, do ar livre, devem pensar que sou careta, mas esperem, só estou mostrando a vocês meu interior, pois meu exterior é o contrário do primeiro.

Após dar boa noite aos velhos e as duas pestes dos meus irmãos, fui novamente para o meu quarto, pensando agora neles. Taylor e Chris, ambos mais novos que eu, mas fiéis cópias, são duas crianças de se invejar, tanto no exterior quanto no interior, tem características próprias claro, enquanto a menina é introvertida, mas sem deixar o charme de lado, o menino é para a frente, aquele tipo de adolescente inteligente, sempre com respostas na ponta da língua, amo os dois imensamente, apesar de estarem passando por uma fase em que se acham o centro do mundo, a primeira tem doze anos e o segundo tem quatorze, diferença, que se levarmos em conta os três é mínima, e é por isso que nos damos bem, sempre com brigas, mas quando se trata de irmãos com faixas etárias próximas, não tem como ser diferente. Depois de pensar em milhões de coisas e em nenhuma coisa ao mesmo tempo fui conferir o relógio, marcava meia noite, e foi nessa hora que vi que já tinha pensado o suficiente, assim, para poder me acomodar melhor, fui até a porta da varanda, que é de correr, e abri, fazendo com que uma brisa gelada, a qual amo tanto, se chocasse contra o meu rosto, retirando qualquer cabelo que se encontrava no mesmo, após essa maravilhosa sensação me dirigi a minha cama e entrei embaixo da minha inseparável coberta, adormecendo em menos de minutos.