História Strange Love - I Walk The Line

CAP 1: I Walk The Line

- Vivian, - Gritava minha  mãe do outro lado da casa. - Me ajude aqui.

- O que foi? - Gritei de volta em um tom estressado.

- Deixa pra lá - Disse, percebendo o quanto estava irritada.

Eu estava muito estressada. A mudança me deixou exausta, e fora isso. Eu havia deixado tudo para trás, todos os meus amigos ficaram no Rio De Janeiro, eu estava completamente sozinha.

Ainda mais esse marido da minha mãe, ele é desprezível, ficava o dia todo sentado no sofá assistindo a tv. Ele era quase como um móvel da casa.

[...]

Minha aula iria começar as 13:00 horas, eram 12:30, definitivamente, era hora de ir. Peguei minha mochila que estava no sofá e corri para fora do apartamento.

Entrei no elevador. Havia um moreno lá, ele tinha lindos olhos castanhos. E pude ver seu maravilhoso sorriso quando entrei.

- Boa tarde - Anunciou o moreno.

- Boa tarde - Respondi.

O botão de descer já havia sido apertado pelo moreno, que me fitava nesse momento.

- Nunca ti vi por aqui, é nova? - Ele perguntou.

- Sou, cheguei hoje.

- Ah, - Ele disse animado – Bem-vinda. Afinal, qual seu nome? - Perguntou.

- Vivian - Anunciei.

- Prazer Vivian, sou Lucas - Ele disse estendendo uma das mãos. Então, apertei as mesmas.

      Ele parecia aquelas pessoas que sempre estão felizes, isso me irritava.

- Está gostando do apartamento? – Ele puxou assunto.

- Sim, é bem legal – Disse apenas.

Olhei para a tela do elevador, ainda faltavam muitos andares. Esse é o elevador mais lento que já vi.

De repente o som de Dangerous Woman alcança meus ouvidos. O celular dele estava tocando. O mesmo o puxou rapidamente e atendeu.

- Alô? Luba! – O Mesmo falou, fazendo eu me virar rapidamente em sua direção.

  “ Ele é amigo do Luba? ” Pensei de imediato.

- Sim, sim, estou chegando aí. – O moreno falou mexendo em seus cabelos.

      Alguns segundos depois o elevador se abriu. O moreno me olhou uma última vez antes de partir.

                                 [...]

Ao entrar na sala, percebi que alguns me encaravam, outros davam risadinha, enquanto alguns nem notavam. Me sentei na penúltima carteira. Ao meu lado havia uma menina loira. Alguma coisa me chamou atenção na garota, seus cabelos, eram como de uma senhora de idade, eram tão loiros que pareciam brancos. A Loira puxou seu celular da bolsa e ligou, o papel de parede da garota era a foto do garoto que estava no elevador comigo. Estava completamente confusa. De repente o fato de eu ter me mudado não parecia tão ruim. Pensei em perguntar para a loira se ele famoso ou algo do tipo, mas apenas fiquei encarando o celular da menina por mais alguns segundos.

                               [...]

Ao final da aula algumas pessoas vieram falar comigo, inclusive a loira. Eles fizeram as típicas perguntas obrigatórias “ De onde você veio? Qual seu nome? Quantos anos você tem? Está gostando de São Paulo? ” Tentei passar uma boa primeira impressão. Sou definitivamente péssima com primeiras impressões.

      Eles me convidaram para ir lanchar com eles em um restaurante próximo. Eu obrigatoriamente aceitei.

                                [...]

Ao conversar com eles descobri algumas coisas: 1) Eles gostam de fumar 2) eles definitivamente são riquinhos e boçais 3) a menina loira se chama Lívia, e não parece nada confortável em ter eles como amigos 4) Lívia sofre um certo Bullying por parte dos riquinhos boçais.

  A essa altura já estava completamente arrependida de ter aceitado esse lanche.