História Strange Way Of Love - I dont need you

Capitulo 13 –  Eu não preciso de você!

- O que esta fazendo? – a sua voz soou como um zunido no ouvido do rosado que estava domado de ódio. Ficou olhando o celular por mais alguns segundos e seus dedos logo apertaram alguns botões e pimba a mensagem fora excluída. Estava prestes a quebrar o pequeno aparelho da menina, mas logo este ultimo fora retirado de sua mão.

– Qual é o seu problema? – indagou irritada olhando seriamente para o garoto que também a encarava com as pupilas dilatas, deixando-o ainda mais assustador.

- Qual é a sua com esse garoto? – ele perguntou dando alguns passos para frente e com intuito de se afastar Lucy dava passos para trás. Ambos os olhares ficaram conectados, estavam tão nervosos um com o outro que nem perceberam a aproximação dos corpos.

- Você não tem nada haver com minha vida – respondeu num tom arrogante e sério – Cuide da sua que já esta de bom tamanho. – concluiu ríspida. Natsu a encarava como se quisesse lhe arrancar a cabeça e estava prestes a fazê-lo.

- Desde quando pensa que pode falar assim comigo? – ele perguntou voltando ao seu habitual jeito de ser. A garota irritou-se ele realmente era um idiota de primeira classe.

- Porque tenho que lhe tratar como realeza? Você é igual a mim, em tantos aspectos que nem consegue perceber, tem medo de ver o que você realmente é... Não passa de um garotinho medroso. - disse aos berros com algumas lagrimas nos olhos, respirou fundo ao perceber que havia tocado em uma ferida profunda do garoto que ainda estava longe de se cicatrizar. Suspirou novamente e logo continuou um pouco mais calma - Tenta se mostrar fortão para esconder um passado triste ou sombrio... Esse garoto que esta na minha frente é Natsu Dragneel que convivo, é um garotinho arrogante que só sabe olhar para o próprio umbigo, mas sabe – aproximou-se um pouco tocando de leve nos fios róseos sedosos do Dragon Slayer – Eu consigo ver, no fundo desses olhos escuros um menino tão gentil, com um passado ruim... – suspirou – Assim como o meu. – concluiu olhando diretamente nos orbes do rosado, que havia ficado calado com tais palavras.

- Não tente agir como se fossemos parecidos – ele disse afastando-se da garota, tirando as mãos frias de Lucy de seu rosto quente – Não tente agir como se me conhecesse... Você não me conhece Loirinha.

- Que tal começar a conhecer... Acho que seria um começo melhor para nós dois – ele disse sorrindo gentilmente, um sorriso que nunca fora capaz de demonstrar ao rosado. Um sorriso que fez o coração do menino palpitar. “O que esta acontecendo?”. – Vamos esquecer tudo o que aconteceu, tentar ser um pouquinho mais simpáticos um com o outro... Começar novamente, nos tornarmos simples amigos, e não rivais.  – Lucy falava tranquilamente, mas ao mesmo tempo quase se matando, o que raios ela pensava que estava fazendo?

- Quem disse que quero ser seu amigo? – ele perguntou fazendo uma careta, tentando mostrar aquele rosado que Lucy conhecia dos pés a cabeça. Ela deu uma risadinha e fez com que o outro franzisse o cenho demonstrado sua irritação.- O que? – questionou seco.

- Quer ser meu amigo ou ficar como estamos? – Natsu arregalou os olhos. Nunca em toda sua vida, em hipótese alguma, conseguiu imaginar, um dia, a garota mais fraca e Nerd de toda a Fairy Tail, lhe perguntando algo parecido...

- Pare de falar idiotices garota – respondeu ríspido – Já se trocou? Ótimo! Vamos des- parou de falar de imediato quando ouviu um barulho vindo da loira. “Mas que porra é essa?” – ele pensou de imediato. Lucy ficou meio sem jeito e logo abriu um sorriso amarelo.

- Estou com fome... –sibilou e logo o rosado arregalou os olhos:

- Quando foi a ultima vez que comeu? – ele perguntou friamente, mas com certo tom de preocupação na voz.

- Acho que foi ontem a noite no baile.. porque? – de imediato ele a puxou pelo pulso indo em direção a cozinha da casa.

- Qual é o seu problema garota – ele falou inconformado enquanto abria inúmeras gavetas em busca de alimentos – Você que se mostra  tão inteligente, fica tanto tempo sem comer... E Meu Deus que burrice Lucy! – ele falou gritando com ela. Mas a garota simplesmente não se importou, na verdade abriu um sorriso. O rosado parou de falar por um instante e ficou a encarando curioso.

- Que é esse sorrisinho? – indagou arqueando uma sobrancelha – Esta começando a me dar medo garota.

- Você me chamou do que? – ela perguntou completamente satisfeita.

- ‘garota’ – ele falou como se fosse o obvio e Lucy virou os olhos.

– Antes disso – disse sorrindo gentilmente. Natsu ficou pensando e logo percebeu que havia chamado a Nerd pelo nome. “Qual é o meu problema???” – ele se culpava amargamente pelo que havia acabado de fazer.

- Se continuar fazendo perguntas inúteis – respondeu contornando o assunto, e voltando sua atenção novamente as gavetas e armários da cozinha – Vai passar fome. - Tacou um pacotinho na mão da garota e falou – Ta ai... só tenho isso para você.

- Miojo!! – berrou com os olhos brilhando ao ver o macarrão instantâneo em suas mãos. Natsu deu uma bela risada, ela era uma garotinha boba, nunca vira Lisanna ou Erza com os olhos brilhando apenas por poderem comer um misero miojo.

- Sinta-se a vontade – disse saindo da cozinha – Tudo que sujar tem de limpar – concluiu ríspido e logo foi para sala juntamente de Happy que estava os olhando de longe.

- Esta olhando o que? – Natsu perguntou enquanto ligava o vídeo game para começar a jogar enquanto Lucy preparava sua refeição divina.

- A Luigi – Happy respondeu com um sorriso em seu focinho – Ela é diferente das outras garotas que eu já vi você trazendo para ca, Natsu... – o gatinho falava baixinho. Ele gostava da loira. Na verdade ele gostava de irrita-la, mas ele também gostava da mesma como uma amiga. – Porque não é amigo dela?

- Vamos jogar Happy – começou novamente fugindo do assunto – Pare de pensar essas bobeiras ok? – concluindo o gatinho virou e falou um – AYE – tão alto que Lucy assustou-se na cozinha da casa.

“Gatinho maldito” – ela pensou dando uma risada enquanto chupava a ponta do dedo que havia queimado graças ao grito do azuladinho. “Maldito gato” – pensou novamente só que agora dando uma risadinha. Parecia que algumas coisas estavam começando a mudar...

- Prontinho – ela falou baixinho colocando o miojo dentro de um prato e indo em direção a sala onde as crianças se encontravam. Sentou-se em um cantinho e ficou comendo sua comida toda feliz como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo, e era.

- Alguém quer um pouquinho? – ela perguntou apontando um garfo no qual havia uma grande quantidade do macarrão enrolado. Natsu ficou encarando, estava parecendo bom, porque não? – Aqui. – ela estendeu o braço e logo ele deu uma bocada no talher pegando todo o miojo que estava contido ali.

- Esta bom – falou com os olhos brilhando de tão delicioso – quero mais – disse como um cachorro pidão. Lucy não resistiu e deu uma boa risada.

-Pode ficar com o restinho – ela disse lhe entregando o prato com uma boa quantidade do alimento. Natsu nem ao menos pensou duas vezes, atacou o prato e em poucos segundos havia comido tudo. – Muito bom... – ele falou um pouco satisfeito.

- Obrigada – sibilou baixinho não querendo que ele ouvisse nada, mas obvio que ele ouviu.

- Não estava me referendo a você e sim ao alimento – Natsu disse mostrando-se frio como sempre. Lucy novamente não se importou. Aproximou-se demasiado do menino e falou – Esta sujo aqui  – passou o dedo na onde havia um pouco do molho e logo ficou encarando os olhos negros de Natsu que estava muito próximo do seu.

Ambos ficaram assim por alguns segundos... Simplesmente se olhando nos olhos. Nada estava errado, nenhum xingamento fora trocado. Tudo simplesmente estava na mais pura serenidade.

 O rosado começou a aproximar-se dela, pouco a pouco. Não era como se ele quisesse beija-la, mas algo dentro de si o induzia a fazê-lo.  Eles estavam em uma sincronia muito diferente da de normalmente...

Lucy já estava começando a fechar seus olhos, não entendia como mas parecia sentir algo especial alem de um profundo ódio pelo rosado. Algo bem diferente de ódio... Mas todo aquele clima fora estilhaçado no chão com um prato quebrado.

- Olha o que você fez! – ele berrou ao ver que o prato que estava segurando havia caído no chão e feito um belo estrago.

- O que EU fiz..? – Lucy perguntou ironica. Seu coração estava com as batidas tão descompassadas que ela sentia medo de o rosado ouvir e ficar a perturbando a tarde toda. Sua respiração estava acelerada e totalmente desorientada. “O que estava pensando, Lucy?” –perguntou a si mesma. – Você quem derruba e eu tenho culpa.

- Sim – ele falou ríspido como uma criancinha.

- Não.

- Sim.

- AH CHEGA! – ela gritou desistente – Eu limpo. – falou e logo começou a pegar os caquinhos de vidro no chão. Um a um, sem usar nenhuma luva ou algo do tipo. – Ai – falou baixinho.

- Que é que ta acontecendo ai? – Natsu perguntou dando pause no jogo e encarando Lucy que estava agachada. – Ta cheirando ... sangue. – ele exclamou e logo olhou no dedo da menina – Mas é uma pamonha mesmo! – gritou – Se machuca pegando caco de vidro no chão.

- Culpa sua!

- MINHA? – indagou irritado com o que ela havia dito – Você quem não pegou uma luva ou simplesmente não prestou atenção. Mas estou querendo muito de uma destrambelhada como você.

- Uhun – Lucy respondeu chupando o dedo que sangrava. – Tem alguma coisa para colocar no meu dedo? -  o rosado não resistiu e falou dando uma risadinha:

- Quer um beijinho? Dizem que sara – o olhar frio da garota lhe respondeu de imediato. Natsu levantou-se bufando e falou – Espera ai, vou pegar um esparadrapo.

- Obrigada – ela falou fria enquanto terminava de pegar o resto dos caquinhos e depositando-os no lixo mais próximo. Depois de alguns minutinhos Natsu voltou com um rolinho de esparadrapo e viu Lucy puxando o bigode de Happy com toda a força que possuía.

- Natsuuu – o gatinho choramingava – Luigi é má. Luigi é má. – ele falou enquanto a loira ainda puxava seu bigode.

- Gatinho maldito – ela falava irritada.

- Vai precisar disso ou não?  -  perguntou sentando-se ao lado da garota que de imediato soltou o gato. Pegou o esparadrapo e tapou o pequeno corte em seu dedo indicador que ardia um pouquinho.

- Vai sarar – Natsu falou brincando com a garota que fez uma careta ao ver o treco branco tapando o machucado de seu dedo. Ela deu um sorriso e logo agradeceu o garoto que por algum motivo sentiu as bochechas arderem.

- Acho que já esta na hora de estudarmos um pouco não é mesmo? – indagou tentando desviar o olhar e aliviar o clima que definitivamente estava ficando tenso com o rosado que parecia a comer com os olhos.

- Nem pensar – respondeu virando os olhos e voltando a atenção ao jogo – Só quando eu terminar essa parte do jogo.

- Certo. – a garota respondeu para o Dragneel que se surpreendeu. – Você vai ter de subir a escadaria e depois vai ter de matar um carinha, nada muito complicado... eu espero. – Lucy disse numa convicção tão grande que fez Natsu parar o jogo e começar a encara-la.

- Como sabe disso? – questionou arqueando uma sobrancelha e a encarando curioso.

- Acha que só meninos jogam – suspirou – Por favor, neh?

- Achei que nerds não tinham tempo para isso.

- Ah, lógico! – exclamou meio aos suspiros – Apenas os GAROTOS  e de preferência BURROS devem ter o direito de jogar alguma coisa, é isso mesmo! Certinho você Dragneel.

- Esta me magoando garota.

- Estou tão preocupada – Lucy respondeu sarcástica logo se levantou. Mas de imediato fora surpreendia quando uma mão quente a puxou pelo pulso novamente para o sofá. Caiu deitada e logo reparou que o rosado estava praticamente em cima de seu corpo. – O-oque esta fazendo? – questionou com os grandes orbes completamente arregalados de susto.

- Novamente, lhe dando boas maneiras - falou em um sussurro no ouvido direito da garota. Mordeu o lóbulo da mesma e começou a depositar alguns beijos e mordicadas no pescoço alvo da menina.

O coração da loira acelerou como um carro de corrida parecia que iria sair de seu peito. O que raios Natsu estava fazendo afinal? – Pare com isso... – ela falou baixinho tentando fazer o garoto se afastar de si, mas fora impossível.

Natsu parou e ficou a fitando por segundos. Aqueles orbes castanhos estavam o deixando maluco, aquelas roupas largas, era muito pano para ficar em cima daquele corpo... Lucy estava começando a tira-lo do sério. - Porque eu deveria fazer isso? – indagou malicioso com seu sorriso de assinatura na face.

 Lucy não conseguia pronunciar uma única palavra e isso fez com que Natsu sentisse ainda mais vontade de possuí-la. “As santinhas são as melhores!” – pensou e logo voltou a provoca-la com beijos e caricias por todo o corpo. Suas mãos eram ágeis, mas assim que Lucy percebeu o que estava fazer o derrubou do sofá e disse rubra de vergonha.

- Estou indo embora. – Natsu a encarou irado. O que raios ela estava fazendo? Quem pensava que era para derrubá-lo no chão? Ir embora?  E os seus estudos...?

- Como assim?! - Indagou nervoso e seco. Lucy não respondeu mais nada. Pegou suas coisas e foi andando em direção a porta. – Qual o seu problema garota? – ele perguntou impedindo-a de sair de sua casa.

- Qual é o seu problema Dragneel? – retrucou ainda corada de vergonha. Seu coração parecia não se acalmar e sua vergonha era maior que tudo naquele momento.  – Me odeia e fica com essas gracinhas? Ora, faça-me o favor.. vá fuder com uma biscate qualquer.. não me venha com essas palhaçadas, se não esqueça minha ajuda.

- Como é? – Natsu fingiu-se de surdo. Seu sangue estava fervendo em suas veias. Sentia que poderia ficar em chamas rapidamente se não se controlasse. – Acha que realmente preciso de sua ajuda para estudar guria? Eu me viro sozinho! Sempre me virei.

- A JURA? – gritou raivosa. – Pois então Dragneel –suspirou – Se vire. Não irei lhe ajudar com os estudos. Espero que se ferre nesses testes. –concluindo a frase Lucy saiu da casa batendo a porta na cara do rosado que puto da vida saiu e gritou:

- Esqueça-se da minha ajuda também! Sua loira fraca oxigenada de uma figa! – o sangue de Lucy ferveu, agora era ela quem estava quase entrando em chamas sem nem mesmo ter esse tipo de magia. Olhou para trás. Encarou Natsu com ódio e logo mostrou a língua juntamente com o dedo do meio.  Saiu correndo para não morrer.

“Aquele idiota! Eu não preciso dele para treinar. Posso fazer isso SOZINHA!”

“Aquela idiota! Eu não preciso dela para estudar. Posso fazer isso SOZINHO!”