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História Stranger? - So, Have You Been Well?


Escrita por: yetnotyet

Notas do Autor


Demorei bem mais do que devia, então tentei compensar no tamanho do capítulo.
Acho que consegui.
Sem enrolar,
Boa leitura!
- Lara.
(also, primeira postagem de 2017. e não vai ser a última desse mês, claro que não.)

Capítulo 14 - So, Have You Been Well?


Fanfic / Fanfiction Stranger? - So, Have You Been Well?

Num gesto quase desesperado de saudade, Nayeon em uma noite em que não estava com Chaeyoung como normalmente estaria, ligou para Mina. Surpreendentemente, a garota não atendeu, mas começou a mandar mensagens para ela no mesmo segundo.

Mina: desculpa, Nayeon! não posso atender agora, estou na aula teórica.

Nayeon: ah, sério? tudo bem, não tem problema :)

Mina: não? que ótimo. eu te ligo quando acabar então, certo?

Nayeon: soa bom. vou esperar ansiosamente, hahahah

E Nayeon realmente esperou. Era quase como se o tempo não passasse enquanto ela não ouvisse seu toque soando, a vibração do aparelho em seu bolso, ou algum outro sinal, qualquer um, de Mina.

Então finalmente veio. O toque vibrou em suas orelhas e era como se uma luzinha houvesse sido ligada na cabeça de Nayeon, cujos olhos brilharam ao atender, ansiosa, a chamada.

“Mina?” Ela não escondia o tom de felicidade.

“Nayeon! Quanto tempo que eu não ouço a sua voz.” Nayeon sorriu, se sentindo exatamente da mesma forma, rindo levemente.

“Quanto tempo que eu não ouço a sua. Então, como vai?”

“Ah, eu vou bem. Tenho coisas que quero que você saiba, mas acho que seria melhor te contar cara a cara.” Mina falou, sugerindo tão casualmente que Nayeon quase se engasgou com o próprio ar que respirava.

Essa garota só pode estar lendo a minha mente… pensou, abismada.

“É- é sério? P-podemos fazer isso sim! Quer dizer, podemos marcar…”

Se envergonhou com a própria fala, mas sorriu ao ouvir a risada melodiosa de Mina, que não parecia estar brincando, afinal.

“Claro que podemos. Mas… você não é muito ocupada, certo?”

“O quê? Não, claro que não! E mesmo se eu fosse, eu daria um jeito. Valeria a pena.”

“Sei, sei…” Mina riu novamente e o coração de Nayeon deu um pequeno salto. “Tudo bem. Então podemos marcar. Qual dia está bom pra você?”

“Acho que qualquer dia? A coincidência é que não vai ter nada pesado essa semana. Contanto que você esteja livre, eu estou também.”

“Uau, ela é acessível, olha só.” Nayeon riu com a fala da garota. “Bom, não acho que tenha nada importante essa semana.. Mas você sabe que eu tenho aula de balé alguns dias da semana.”

“Sei disso, senhorita.” Nayeon sorriu.

“Hah… senhorita…” Ela podia sentir que Mina estava balançando a cabeça. “Sexta-feira então? Quer dizer, é o melhor dia para sair.”

“Verdade. Bom, sexta-feira soa ótimo pra mim. Onde? Eu ainda nem sei onde você mora.”

Nayeon não planejou soar curiosa, mas sabia que soaria mesmo assim. Sinceramente, ela sentia que conhecia Mina a muito tempo, por considerar que poderia discutir qualquer assunto com ela, e seria interessante. Mas isso não a impedia de ser completamente isenta de informações relacionadas à Mina, exceto o que a garota já havia lhe contado.

“Você é esperta mesmo, Nayeon… já quer me coagir a revelar meu endereço?”

“Não! Mas é claro que não… eu só-”

“Haha, eu estou brincando. Calma, garota.”

Por algum motivo, o pedido de Mina só a fez ficar mais nervosa.

“Tudo bem. Então…”

“Então vamos em algum lugar calmo primeiro, e depois partimos de lá. Uma cafeteria, talvez?”

“Você é esperta mesmo, Mina.” Nayeon imitou-a, o que fez Mina apenas rir, divertida. “Tudo bem então, parece ótimo.”

[...]

Não havia palavras para descrever como estava se sentindo naquele momento. Não faziam nem mesmo minutos que ela havia chegado na cafeteria, mas seu estômago parecia repleto de borboletas que batiam suas asas, quase tão ansiosas quanto ela. Suas mãos tremiam, os nervos tão à flor da pele que bastava a porta do local abrir para que ela se enchesse de calafrios, a expectativa quase beirando o extremo.

Respirou fundo, fechando os olhos para tentar se acalmar um pouco. Nayeon não sabia porque estava tão nervosa, mas aquele sentimento na boca de seu estômago era impossível de negar.

E então o sino da porta da cafeteria soou novamente, não mais um alarme falso e sim, a garota meteoro. Mina.

O coração de Nayeon começou a disparar. Suas mãos tremiam mais do que antes, e ela levantou em um salto, lambendo os lábios secos e tentando não sorrir como uma idiota (o que não funcionou muito bem).

“Nayeon?”

A garota finalmente havia avistado-a, mas Nayeon ainda não conseguia agir normalmente.

“Mina?” Ela escondeu as mãos atrás das costas, tentando conter as borboletas que não paravam de entrar em pânico, as asas batendo tão rápido que ela pensava que se machucariam, desse jeito.

Mina andou até ela, em passos certos como nunca pensaria que conseguiria fazer, e sorriu, a um palmo de distância.

“É você. É você mesmo.” As palavras de Mina soavam tão certas, como se ela as pudesse falar e também soariam assim. Suas mãos não mais tremiam, então ela parou de as esconder, entrelaçando-as na frente do corpo.

Assentiu timidamente com a cabeça. “Sou eu sim. E é você tamb-”

Mas não conseguiu terminar a frase porque Mina lançou-se a ela, a abraçando forte, como se houvesse sentido falta de seus abraços que nunca haviam existido em primeiro lugar. Nayeon conseguia sentir seu perfume, um cheiro doce e levemente cítrico. Permitiu-se acariciar seus cabelos, mechas de castanho entrelaçando-se em seus dedos, e sentiu a garota sorrir contra seu ombro.

A garota meteoro. Fazia mais sentido do que nunca.

“Tudo bem com você?” Nayeon perguntou, ainda abraçando a garota e desejando não soltá-la tão cedo.

“Melhor agora.” Mina respondeu simplesmente, sorrindo e sentindo o calor do corpo de Nayeon.

Soltaram-se relutantemente, sentando na mesa, sorrisos e mais sorrisos em seus rostos. A garota meteoro pediu um cappuccino quente, e Nayeon seguiu sua recomendação, pedindo o mesmo.

“Então você disse que tinha coisas pra me contar?” Ela começou, não desviando nunca o seu olhar do rosto dela.

“Sim. Bem, eu não sei como explicar, mas… eu voltei com a minha namorada.”

A garota parecia envergonhada, quase como se estivesse relembrando os acontecimentos da noite em que Mina havia lhe ligado pelo telefone. Nayeon pensava assim, porque ela mesma estava.

“Ah. Entendo. Bem, isso é bom, não é? Vocês conseguiram resolver as coisas.” Respondeu, incerta do que estava sentindo naquele momento. Estava feliz? Ou então, estava sentindo…

Não. Não é ciúmes, não pode ser. Eu já tenho alguém!

Tomou o cappuccino, sentindo sua língua queimar levemente.

“Eu acho que sim… mas e você? Eu nunca perguntei sobre isso porque, sei lá, achei que seria insensível.” Mina soltou uma pequena risada, e Nayeon relaxou ao ouvi-la.

“Não seria insensível, pelo menos, não está sendo agora.” Sorriu, desviando seu olhar por alguns segundos. “Eu também tenho alguém. Não sei se é algo sério, porque nós nunca realmente definimos isso, mas… é. Eu gosto dela.”

Mina assentiu com a cabeça, um meio sorriso que Nayeon não conseguia decifrar.

“Espero que eu possa conhecê-la algum dia.”

Nayeon assentiu, sorrindo, a mente escapando para outras memórias. “Eu também espero.”

[...]

Andavam pelas ruas, enquanto lentamente escurecia, o frio aumentando à medida em que o sol desaparecia. As luzes, no entanto, apenas aumentavam, a vida noturna daquela cidade tão clara que elas ainda poderiam enxergar sem maiores problemas.

“Você sente falta de casa? Quer dizer, no Japão?” Nayeon perguntou, olhando algumas vezes a garota que andava ao seu lado.

“Seria mentira dizer que não sinto. Minha família está lá, e eu sempre vou ser grata a eles por terem me criado. Mas essa cidade é sempre tão viva, tão bonita… é impossível não se apegar.”

“É verdade. Talvez eu não sinta tanto por ter nascido aqui, mas… você nunca se entedia.”

Mina sorriu, concordando. Respirou fundo, parando de andar lentamente. Estavam no ponto de ônibus.

“Você vai embora agora?” A garota perguntou, sentando-se no banco, olhando Nayeon em uma pequena, mas existente expectativa.

“Vou esperar até o seu ônibus chegar. Não seria eu, te deixar sozinha enquanto está escurecendo.” Nayeon riu, e Mina balançou a cabeça, mas sorriu timidamente quando ela sentou ao seu lado, as mãos nos bolsos da jaqueta.

Permaneceram num silêncio confortável, como se ainda sentissem que aquilo não estava acontecendo. Nayeon não imaginaria em um milhão de anos que a encontraria tão rápido, e ainda assim, tão casualmente. Ela esperava que aquela não fosse a última vez que a visse em pessoa.

Então, antes de Mina entrar no ônibus que a levaria embora, Nayeon a fez prometer isso. Prometer que aquela não seria a última vez. E Mina riu, dizendo que claro que não, porque você estava pensando que seria? E Nayeon sorriu, apenas dando de ombros, mas a fazendo prometer mesmo assim.

E a garota meteoro prometeu, porque também desejava vê-la de novo. E sentia-se bem com Nayeon, sentia-se como se nada estivesse errado, e não conseguiria pensar em nada ruim quando ela estivesse perto.

Foi naquele momento que soube que estava bem. E que se aquilo mudasse, ela voltaria a ficar bem de novo, porque tinha ela do seu lado.

 


Notas Finais


comentem se gostaram!
vou tentar não demorar tanto da próxima vez. esse ano terá muitos projetos, e eu espero que possa cumprir todos eles.
obrigada e até o próximo! <3


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