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História Stranger Dreams (Camren) - Write On Me


Escrita por: Damncxmren

Capítulo 40 - Write On Me


 

P.O.V Lauren

 Eu senti uma raiva tão grande quando vi a Camila ao lado da Halsey, eu poderia estar ali, eu poderia estar do lado dela. Sinceramente eu não queria ter a tratado daquela forma quando ela conversou comigo na madrugada, mas é o meu jeito, e eu não posso mudar isso.
 A noite passou e agora eu estou aqui, com o meu casaco e luvas vendo a neve cair sentada no banco do jardim, as pessoas rindo e conversando, talvez já tenham esquecido do que aconteceu entre eu e a Camila, ou não. Estava perdida em pensamentos quando Harry sentou ao meu lado.

 

- Você nem ficou com a gente no Skype ontem. -Ele disse.
- Não estava com vontade. -Falei.
- Você gosta da Camila e não suportou ver ela com a Halsey. -Harry me olhou. - Eu estou pensando nisso a muito tempo e agora quero falar.
- Falar o que? -Olhei ele sem entender.
- Me desculpa por ter apostado com você, Lauren, eu estava bêbado e não imaginava que iria dar nisso. -Harry.
- Eu aceitei a aposta, não é culpa sua. -Suspirei.
- Enfim, eu só quero que aceite as desculpas. -Sua mão tocou em meu ombro. - Fez o poema?
- Poema? -Perguntei e logo me lembrei do maldito poema que preciso entregar já segunda.
- Isso vai garantir a nota que você precisa, e não procura na internet porque o Ed vai conhecer qualquer poema que você procurar. -Harry riu.

 

 Ele se despediu e voltou a caminhar pelo campus, eu fui correndo até o dormitório e peguei meu caderno de anotações, escrever um poema deve ser simples, apenas escrever coisas que rimam umas com as outras. Meia hora depois tentando escrever algo eu reparei que não saia nada, que merda. Preciso dessa nota, preciso de inspiração, o que mais me inspira hoje? De certa forma é a Camila, talvez essa seja a chave.

 

...

 

 O fim de semana passou e chegou segunda-feira, eu me arrumei para ir a escola mais cedo do que de costume, e por isso acabei chegando sem atraso na aula do Ed, e assim que cheguei já tive que entregar a catástrofe em forma de poema que fiz como trabalho.

 

- Bom pessoal. -Ed disse após ler todos os poemas. - Eu já tenho o meu preferido.
- Aposto que é o meu. -Uma nerd da sala começou a falar.
- Na verdade, eu sei que quem escreveu esse poema jamais vai querer vir aqui na frente, então eu decidi ler e depois revelar quem escreveu. -Ed pegou a folha.
- Aposto muito que é o meu. -A garota continuou dizendo.

 

A névoa cobriu meu mundo
 Te perdi em meio ao branco
 Me pergunto se irei ver de novo
 Seus lindos olhos castanhos

 Um metro ou seis horas de distância
 Da mesma forma me dá aquela tristeza
 Eu faria qualquer coisa pra me desculpar, espero que um dia você perceba. 

 Obrigado por aquele dia que Green Day se tornou minha banda favorita
 Me fez sorrir mais do que sorri em toda a minha vida
 Talvez esse seja o motivo de eu continuar te esperando

 Não preciso de uma rima final, só preciso que você esteja comigo.

 

- Esse é o meu poema favorito. -Ed completou após recitar, nesse momento meu coração estava quase saindo pela boca.
- Quem escreveu? Tá perfeito. -Logan perguntou.
- A autora desse poema é ninguém menos que Lauren Jauregui. -Ed apontou pra mim e aplaudiu.

 

 A sala ficou de boca aberta, não teve um que não se surpreendeu com o fato de eu ter escrito aquilo, pude perceber que algumas pessoas citaram o nome da Camila, mas nesse ponto eu não me importo que pensem que eu gosto dela, porque eu estou apaixonada por Camila Cabello.
 As aulas passaram e eu sai pra fora, Luke passou esbarrando em mim pelo corredor, eu não falei com ele desde aquela briga, e de forma alguma irei perdoa-lo pelo o que ele fez. Apenas ignorei e continuei andando até ser parada pela diretora.

 

- Lauren, Lauren.. -Ela disse sorrindo enquanto ajustava o óculos no nariz gigante.
- O que foi agora? -Já sei que não vou ter um só minuto de paz hoje.
- Encontrei você na hora certa. Quero que vá para a minha sala para conversarmos sobre suas faltas, eu avisei. -Ela disse seguindo na frente para sua sala e fazendo um sinal com os dedos para que eu a seguisse.
- Eu estava com a boc.. Tá. -Revirei os olhos e joguei a bolsa nos ombros.
- Não pense que vai ser como as milhares de vezes em que compareceu em minha sala, alguém responderá por você. -Disse já chegando em sua sala. Antes que eu dissesse algo ela me olhou séria e então abriu a porta. Havia um homem de terno e gravata azul. Pai.
- Fala sério.. -Disse revirando os olhos. Ele se virou e se levantou para me abraçar, incrível como não falou merda antes disso.
- Prazer, senhorita Lauren. Sou Michael. -Ele brincou.
- Ninguém merece. -Ri baixo.


 Sentamos de frente para a diretora que passou pelo menos 15 minutos falando sobre minhas inadimplências para o meu pai, eu estava quase dormindo quando ela me pergunto algo.


- O quê? -Perguntei.
- As faltas, Jauregui. Vão se repetir? -Ela perguntou já irritada.
- Ah, não. Posso ir agora? -Se eu deixar ela falando vou sair daqui no dia seguinte.
- Claro. Foi um prazer vê-lo, Michael. Espero não ter que interromper seu trabalho novamente por certas ações. -Ela me olhou.
- Irei tomar todas as medidas possíveis, Sra. Garret.- Meu pai afirmou e então saímos da sala.


O corredor já estava vazio, éramos apenas eu e meu pai ali, o que deixou o clima tenso.


- Olha só o que me causou, Jauregui. Agora terei que ficar com suas maquiagens e cancelar seu cartão de compras. -Ele brincou e deixei escapar um riso.
- Oh, por favor, acabei de comprar um batom Chanel. -Entrei na brincadeira.
- Vou ficar em Michigan até amanhã, preciso resolver umas coisas. Me liga se quiser que eu busque você para darmos uma volta. -Apontou para o meu celular. - É bom te ver, Lauren. -Finalizou.
- Tá, vou ver isso depois. É bom te ver também, obrigado por me livrar daquela coisa. -Respondi e o abracei. Meu pai saiu pela saída de emergência e eu segui meu caminho sem rumo nenhum para fora da escola. 


 Fui até meu carro e me encostei no porta-malas, comecei a pensar em Camila como uma forma de conforto. Tudo o que tenho de Camila são as memórias. Ou não.
Lembrei que estava com o colar que ela me deu. Tirei do pescoço e o enrolei no pulso. Ela ainda se importa comigo, Halsey é só uma distração, uma péssima distração. 


- Pensando alto? -Justin apareceu e se encostou ao meu lado.
- Sempre sumindo e aparecendo do nada. -Afirmei enquanto abaixava sua bandana cobrindo seus olhos.
- Andei ocupado resolvendo umas coisas. Como estão as coisas, afinal? -Perguntou enquanto contava algumas notas que tirou do bolso.
- Sei lá, cara. Eu não consigo ficar um minuto sem pensar na Camila e na merda que fiz. As estão desandando sem ela aqui.
- Ah, Lauren.. Errou mesmo com a aposta, mas não estou aqui para julgá-la, os idiotas já fizeram isso. -Tocou meu ombro. - Camila mudou mesmo você, quantos dias fazem que não te vejo ‘’trabalhando’’. -Justin fez um sinal de aspas com os dedos e continuou a falar. - A última vez que tive notícias de você se envolvendo com aquele você sabe quem foi quando se meteu naquela briga, depois disso as únicas lembranças que tive de Lauren Jauregui passeando de madrugada pela escola foram as vezes em que fez isso para ver a Camila. Entende o que quero dizer? -Fiquei quieta.
- Ela te coloca na linha, Lauren, ela também sabia que isso não fazia bem pra você e é como se automaticamente ela te tirasse desse caminho apenas por estar presente na sua vida. Falando assim pareço até um cristão pregando sobre um irmãozinho perdido que encontrou Deus, mas estou falando de duas garotas que mudaram a rotina uma da outra pelo simples bater de asas de uma borboleta, cara. -Ele disse rindo. - E eu também me importo com você, pra caralho, por isso fiz isso. -Me entregou o dinheiro que estava contando.
- Por que está me dando isso? Não me deve nada. -Deve ser alguma brincadeirinha de Justin.
- Eu falei com você sabe quem, e não falo de Voldemort. Te livrei dessa, eu nem tenho coração e fiquei meio dolorido de saber que você apanhou daqueles caras por causa de um saco de drogas. Nunca precisou disso, encontrou algo melhor para passar o tempo, alguém. E por mais que ela esteja longe, vai voltar. Cara, as pessoas dessa escola tagarelam tanto que sei até com quem ela foi, o que ela tem na cabeça pra viajar com a Hals.. -O interrompi.
- Eu sei, eu sei. Cara.. Eu nem sei o que dizer, Justin, mas não precisava disso. -Entreguei o dinheiro. 
- Precisava sim, é perigoso e eu não tolero você apanhando... Só de mim. -Justin socou meu braço sem pena, coisa que já estou acostumada que ele faça. Em seguida me entregou o dinheiro.
- Você é muito gay dizendo tudo isso, mas obrigado. É o melhor irmão que eu poderia ter. -O abracei de lado e soquei seu abdômen.
- Gay nada. E eu mereço parte disso por ser muito legal com você. -Ele disse pegando metade do meu dinheiro.

...

Ficar trancada no quarto já estava me dando nos nervos. Sinto falta da Camila e do seu toque. A forma como ela brigava comigo por eu nunca acertar o nome de propósito, tudo. Me irrito em pensar que Halsey está com ela, aquela filha da puta deve estar abraçando ela agora e se aproveitando como fez no dia da briga.
Perdi a cabeça e preparei o punho para socar a parede, então vi o cordão de Camila enrolado no braço e desisti. Ela não iria gostar que eu fizesse isso, por mais trouxa que seja pensar isso.
Decidi ligar pro meu pai, dar uma volta com ele vai ser menos tedioso que ficar aqui lamentando por tudo.
Liguei pra ele e alguns minutos depois ele veio me buscar na entrada da escola. Fomos para o starbucks, coincidentemente o lugar onde levei a Camila, esqueci que é a cafeteria preferida do meu pai. A viagem inteira foi em silêncio, mas o assunto foi se desenrolando enquanto tomávamos café.


- Desde que fui te buscar não vi nenhum sorriso, aconteceu alguma coisa? -Meu pai perguntou e balançou o saquinho de açúcar na minha frente para que eu prestasse atenção.
- Já errou feio com a minha mãe? O que fez pra consertar? -Perguntei sem respondê-lo.
- Várias vezes. Parece que quanto mais nos esforçamos para não errar com quem amamos mais erros cometemos, Lauren. É algo verídico. -Ele disse sorrindo. Como se eu não soubesse disso.
- Não respondeu a segunda pergunta. -Suspirei.
- O tempo conserta tudo, mas não podemos deixar pra lá e esperar que isso aconteça. Damos nosso melhor todos os dias para mostrar que aquilo não vai se repetir. As vezes a queda é inevitável. -Respondeu.
- Eu tive a chance de evitar... -Eu disse por fim num sussurro inaudível. - O que faz aqui? Não sabia que trabalha em Michigan. -Mudei de assunto.
- Eu vim buscar uns papéis que preciso levar até uma empresa no Canadá amanhã. A Sivan está crescendo cada vez mais, é ótimo fazer parte disso.- Me engasguei ao ouvir aquilo e tive que pedir um copo d’água.
- Sivan? Eu posso ir? É domingo, qual é, pai. Eu tive que estudar em pleno sábado. -Insisti fazendo a cara mais triste possível. 
- Tudo bem, mas por que quer ir? -Ele riu. 
- Trabalho de escola. -Sorri.


 Meu pai chegou na hora certa. Preciso treinar as falas e levar comigo um pouco do que ele me disse sobre errar. Mal posso esperar para matar a saudade.


Notas Finais


Não querendo me gabar, mas euzinha (L), escrevi poema, então me digam se gostaram. (Isso é importante pra mim).

Como estamos?

-L


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