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História Stranger Things - Mistérios de outro mundo - O resgate da pequena Onze


Escrita por: JWByers

Capítulo 15 - O resgate da pequena Onze


Quando enfim a noite chegou, os policiais que procuravam por Barb e Beth não encontraram nenhuma delas. Em Hawkins a população se encontrava apreensiva por conta das notícias que se espalharam.


Jim Hopper ainda foi chamado para analisar o caso da misteriosa morte do ex-marido de Joyce Byers, cujo o corpo foi encontrado abandonado na floresta, Joyce ainda estava em choque pelo ocorrido por isso Jonathan permaneceu ao seu lado enquanto os policiais faziam uma perícia básica no local do assassinato.


Enquanto uns procuravam se esconder em suas casas com medo dos assassinos, quatro jovens desbravadores percorriam as ruas desertas com suas bicicletas, Mike ia na frente, determinado a salvar Onze do que ele acreditava ser sua prisão. Dustin pedaladava em segundo no pelotão, era ele quem levava as parafernalhas que eles iriam usar, Lucas e Will estavam lado a lado, Lucas ficava de olho em Will caso se ele passasse mal.


Meninos corajosos, adentraram a floresta sem medo algum, seguiram pedalando pelo trilho do trem com suas lanternas acesas.


- Espero que isso funcione. - Disse Lucas.
- Todos nós esperamos. - Respondeu Will.
- Quando você viu ela, como ela estava? - Perguntou Lucas.
- Mau, muito mau, ela estava péssima, a mão dela estava gelada, tão gelada quanto um cubo de gelo. - Disse Mike olhando para o chão. - Quando eu sai de lá, ela piorou, eles me retiraram de lá a força, eu não sei o que houve, mas a Onze não está bem.


Eles continuaram caminhando em silêncio enquanto empurrando suas bicicletas. Em certa altura do caminho eles se desvencilharam doa trilhos e adentraram a floresta que a noite parecia perigosa demais para quatro meninos.


Subindo a ribanceira não tão inclinada, Mike foi o primeiro a avistar a grade e um dos dutos.


- Chegamos. - Disse Mike. - Vamos ter que deixar as bicicletas aqui.
- Claro, espero que elas ainda estejam aqui quando.voltarmos. - Disse Dustin.
- Me dá a sacola. - Pediu Mike.


Dustin deu-lhe a sacola cheia de parafernalhas, Mike entrou no duto enquanto Lucas e Dustin seguravam a tampa do mesmo, ele precisava rastejar lá dentro.


- Gente, podem vir, a gente cabe aqui. - Disse Mike.


Dustin olhou para Lucas que segurava tampa juntamente com ele e disse:


- Vai você primeiro.


Lucas soltou e Dustin recebeu o peso da tampa, Lucas entrou e seguiu rastejando.


- Vem logo Will. - Disse Dustin com dificuldade.
- Tá.


Will se apressou e tomou cuidado para não bater a cabeça, por último Dustin entrou e deixou a tampa cair fazendo um barulho.


- Por favor ninguém solte uma bufa aqui dentro. - Disse Will.
- Eu comi todos os pudins, então se não der para segurar eu aviso. - Disse Dustin por último.
- Se a gente morrer por causa do fedor, eu te acabo com você. - Disse Lucas.


Os quatro amigos rastejavam para dentro do complexo de energia de Hawkins. O lugar era até um tanto apertado, mas eles conseguiam rastejar tranquilamente.


No meio do caminho ouviu-se um estralo seguido, todos pararam e ficaram atônitos.


- O que foi isso? - Perguntou Mike.


Um odor fétido subiu no ar, todos já sabiam a origem do som, Dustin soltou uma bufa.


- A qual é Dustin, avisa cara. - Resmungou Lucas.
- Foi mau, essa foi rápida.
- Quer matar a gente sufocado? - Disse Will que mais achava graça do que sentia raiva.
- Essa é a bufa ninja, silenciosa e mortal.
- A cala a boca, vamos continuar. - Disse Lucas.


Eles continuaram por mais alguns metros, até que chegaram em uma local onde podiam ficar de pé, havia uma escada e lá no alto a saída.


- Eu vou subir, vou dar uma olhada. - Disse Mike.


Mike deixou a sacola ali mesmo e subiu pela escada, chegando lá no alto, viu poucos guardas, homens de terno espalhados pelo terreno. Alguns estavam encostados no carro, outros estavam andando devagar pelo gramado, eram só dez homens, os demais deveriam estar dentro do prédio.


Fazendo isso, eles Voltou e disse:


- Está um pouco fácil, o difícil vai ser tirar ela de lá.
- A gente já pensou num plano de fuga? - Perguntou Lucas.
- Não. - Respondeu Mike.
- O que??? Caramba Mike... A gente vai morrer... - Disseram Lucas, Dustin e Will ao mesmo tempo.
- Eu achei que poderíamos entrar lá e retirar ela. - Disse Mike em sua inocência.
- Mike, tem uma portaria nesse lugar, deve ter homens armados, sabe a confusão que a gente vai se meter!? - Disse Lucas histérico.
- Gente, meu irmão me ensinou a dirigir um pouco. - Disse Will.


Mike olhou para Will, olhou para o chão e olhou para Lucas com um sorriso até um tanto malicioso.


- A não, você não pensando nisso, não é? - Disse Lucas já discordando do plano.


Lucas perdeu na votação, por isso ele foi o primeiro a subir. Com o estilingue em mãos, Lucas ergueu um pouco a tampa que era mais leve que a de fora por onde haviam entrado.


Lucas retirou uma pedra média do bolso e a pôs no estilingue, ele puxou o elástico e mirou com um olho só, bem na nuca de um dos seguranças que se encontravam encostados no carro.


Lucas soltou a pedra e quase como uma bala a pedra voou e atingiu a nuca do segurança em cheio.


- Aiiii. - Gritou o segurança enquanto levava a mão a nuca.
- O que foi cara? - Perguntou o outro.
- Alguma merda atingiu o meu pescoço, caramba. - Disse ele sentindo muita dor.


Um segurança louro se abaixou ao lado do carro e pegou uma pedra média que ali estava, ele mostrou para seus dois colegas e disse:


- Chame o restante, vamos ter que vasculhar a área.


Então chamando os seguranças daquela área, eles se dividiram, dois grupos de cinco para cada lado. Lucas esperou até que os grupos se perdessem na escuridão.


- Gente, gente. - Lucas chamou depois de se abaixar. - Eles já foram.
- Caramba, isso foi fácil. - Disse Dustin.
- Então vamos. - Disse Mike.


E os três subiram as escadas, Lucas deixou que Mike passasse primeiro e saísse. Quando pisaram no gramado, sentiram medo maior, não havia nenhum segurança por perto e o caminho estava livre.


Ao mesmo tempo em que Onze parecia estar tão perto, ali na primeira janela do segundo andar acima da entrada principal, ela parecia estar muito longe, pois nenhum dos meninos iriam escalar a parede.


Eles seguiram furtivamente abaixados pelo gramado e não pisaram no caminho de pedras para não fazerem barulho, chegando na entrada, Lucas tomou a frente pois continha o estilingue.


Que sorte!!!


A recepcionista havia acabado e virar o corredor para fazer, "sei lá o que" que os meninos não sabiam e muito menos se importavam.


Mike tomando a frente novamente os guiou pelo corredor estranhamente branco, cerâmica branca, parede branca, até as luzes.


- E neste corredor, tem uma escadaria no final dele. - Disse Mike enquanto iam apressados.


Enquanto andavam seus pequenos pés faziam estalos seguidos pelo corredor. Era de se esperar que passando por uma porta eles dessem de cara com um segurança saindo para ir ao banheiro. Quase que derrapando eles voltaram e se esconderam atrás das pilastras presentes no corredor. Cada um em uma, virados para a porta lá no início do corredor.
O homem moreno de terno caminhava devagar como se estivesse despreocupado, ele dava passos curtos com seus sapatos de couro preto.


Lucas apertou o estilingue contra o peito, ele era o primeiro na pilastras da esquerda, enquanto Mike estava na coluna da direita. Lucas olhou para ele como se soubesse o que tinha de fazer, por isso mesmo sem o consentimento silencioso de Mike, Lucas retirou uma pedra do bolso, a maior pedra e a pôs no estilingue.


- 1...2...3. - Sussurrou Lucas.


Então o pequeno se lançou no corredor diante do homem que era duas vezes maior que ele, Lucas apontou o estilingue para o homem que assustou e pôs a mão no coldre. Lucas estava mirando na testa daquele que agora parecia um gigante, era quase como Davi e Golias, Lucas segurando o estilingue com toda força e puxando a borracha para trás ao máximo, sentiu o fervor e a coragem subirem por seu pequeno corpo e suspirando disse:


- Hasta la vista, baby.


E antes que o segurança pudesse retirar sua arma, a pedra o atingiu em cheio na testa, a pedra ricocheteou e o homem caiu duro para trás. Para maior sorte, o segurança que cuidava das câmeras era aquele rapaz que no momento havia ido no banheiro.


Os meninos felizes saíram comemorando e abraçaram Lucas forte todos ao mesmo tempo.


- Gente, eu matei ele? - Perguntou Lucas. - Caramba, eu matei ele. - Disse Lucas ficando nervoso.
- Claro que não cara... Ele só desmaiou. - Disseram Dustin e Will.
- A gente tem que tirar o corpo dele daqui. - Disse Mike pegando por uma perna.


Então, os quatro ajudaram a arrastar o pesado corpo para dentro do banheiro.


- Caramba, o que esse cara come? Pudim? - Disse Will segurando um braço.
- Ei. - Dustin deu um soco no braço de Will.


Eles deixaram o corpo no banheiro, antes que saíssem, Dustin deixou bolinhas de gude pelo chão, segundo ele quem fosseao banheiro, já ficava por lá.


Os meninos seguiram pela escadaria e pararam no final dela. Haviam menos cientistas do que o normal no corredor que precedia a entrada para a escadaria que levava ao mundo invertido.


- Tem quatro... Dustin, você tá de olho aí? - Perguntou Lucas.
- Claro, pode deixar comigo. - Disse Dustin segurando várias bolinhas de gude.
- O que a gente faz agora? - Perguntou Lucas para Mike e Will.
- Lucas, atira na lâmpada. - Disse Mike com clareza.
- Tá.


Lucas retirou outra pedra do bolso, mirou em uma lâmpada qualquer sem que ninguém percebesse e atirou fazendo um som de estilhaço e também uma parte do corredor ficou escura.


- Boa. - Disse Will dando tapinhas nas costas de Lucas.


Era só esperar, os quatro rapazes se levantaram, um olhando para o outro.
- O que foi isso?
- Deve ser a pressão ou algo do gênero, a lâmpada não devia estar corretamente colocada.


Lucas então pegou outra pedra e mirou em uma lâmpada mais distante. Que mira ótima do garoto. Destruiu a lâmpada perto de um dos rapazes que lia um artigo.


- Cara, isso está estranho.
- Eu vou dar um fora daqui, vou dormir.
- É eu também.


Três usaram a escadaria para o andar de cima, e só um ficou de pé enquanto observava o corredor que agora alternava entre uma parte clara e uma escura. De repente a lâmpada no início do corredor se Destruiu e deixou só a parte onde ele estava iluminada. Ele teve a impressão de ver alguns vultos, mas foi só isso que viu antes de cair atingido por uma pedra na testa.


- Isso. - Disse Lucas.
- Anda, vamos pegar o corpo dele. - Disse Mike.


Os quatro arrastaram o corpo dele para perto de uma porta à direita, quando Will a abriu,achou que fosse uma visão sua do mundo invertido, porém não era. Os meninos também estavam vendo as raízes aéreas grudadas na parede.


- Caramba. - Disseram.
- Anda, vamos empurrar o corpo dele para aí dentro. - Disse Dustin puxa.do o jaleco do rapaz.


Com muito esforço os meninos pegaram o corpo e o jogaram para dentro da escadaria dominada por raízes do mundo invertido.


Depois disso, eles voltaram apressadamente no primeiro quarto do corredor, parando ali na frente, Mike se virou para os meninos e disse:


- Dustin vem comigo, você vai carregar a Onze, Will e Lucas, vocês vão no último quarto e façam uma distração pela janela com as Bombinhas, eu vou assobiar quando já estivermos com ela.
- Certo. - Disseram os outros três.


Will e Lucas foram para o último quarto que era uma sala de pesquisa.


Mike moveu a maçaneta devagar e abriu a porta, Onze estava dormindo e a sala estava pouco iluminada pela luz dos postes lá fora.


- Cara, ela tá viva. - Disse Dustin impressionado.
- Onze, Onze. - Mike chamou suavemente.


Onze parecia melhor, a cor de sua pele havia voltado e seus olhos estavam mais vivos, só os lábios estavam um pouco rachados.


- Mike. - Disse ela acordando lentamente com a voz abafada pela máscara.
- Eu vim te buscar, vou te levar para casa. - Disse ele.


Sons de Bombinhas estourando começaram a ecoar.
Eram Will e Lucas que acendiam Bombinhas a todo instante.


- Cara, a gente deveria fazer isso todos os dias. - Disse Lucas lançando uma bombinha com seu estilingue.
- É. - Disse Will acendendo outra.


Eles sempre lançavam longe para distrair quem viesse.


Mike retirou a agulha que perfurava o braço de On, ele retirou a máscara de Onze e ainda alguns eletrodos.


- Dustin pega ela com cuidado.


Dustin usou de grande cuidado para retirar On da cama, com cobertor e tudo Dustin a pegou no colo.
Agora as crianças tinham pouco tempo, pois as Bombinhas chamaram a atenção do complexo, Will e Lucas ouviram o assobio de Mike e saíram.


- Vamos embora logo. - Disse Mike.


Então com a pressa de nunca eles desceram as escadas, Lucas tinha enrolado ao peito uma corrente de Bombinhas, dizendo ele que agora era como o Rambo. Correndo pelo corredor, Dustin viu mais uma pessoa caída na porta do banheiro, ele ficou estranhamente feliz por seu plano ter dado certo.


Porém, dois seguranças perto da entrada apareceram vindos da direita. Will foi muito rápido em enfiar a mão no bolso de Dustin e pegar um belo punhado de bolinhas de gude e as lançar pelo chão contra os dois seguranças que vinham correndo com as armas em mão.
Eles não perceberam as bolinhas de gude e pisaram nelas caindo e batendo suas cabeças no chão, ficando atordoados.


- Isso. - Comemoraram e continuaram.


O carro estava na entrada, Will abriu a porta para Dustin que pôs On dentro do carro e se sentou ao seu lado direito Lucas entrou pelo lado esquerdo, Mike sentou no banco do carona e Will entrou na frente, tendo que puxar o banco para alcançar os pedais.


- Vai logo Will... Eles estão vindo... Anda cara... - Diziam ao mesmo tempo deixando tudo em uma histeria.


Will encontrou a chave acima dele. Lucas ainda foi capaz de derrubar um segurança que se aproximava pela esquerda. Will deu a partida no carro, engatou a primeira e saiu rapidamente sobre tiros que vinham de todos os lados, mas nenhum atingia o carro.


Lucas ainda pegou o isqueiro e se acendeu a sua corrente de Bombinhas a deixando para trás.
Só havia um detalhe, o portão.


- Will, o portão.... Olha o portão cara... Olha o portão... A gente vai morrer, a gente vai morrer... - Diziam todos histericamente, menos On que dormia.


Foi um impacto certeiro que derrubou o portão e assustou Yang, o porteiro.


- Isso... - Disse Dustin comemorando.
- Conseguimos. - Disse Mike.
- A gente conseguiu, a gente conseguiu mesmo. - Disse Lucas surpreendido.


Enquanto uns comemoravam, outros observavam o caos.
Clark andava lentamente pelo corredor onde haviam homens dos seus caídos no banheiro e no corredor.


- Senhor, senhor. - Disse um segurança que veio correndo. - Levaram a cobaia.


Clark tinha uma expressão sem sentido, ele nem de terno estava.


- Devemos persegui-los?
- Não, deixe para amanhã, nós sabemos muito bem onde ela foi... Agora limpe está bagunça.
- Sim, senhor.


Quando enfim chegaram ao ferro velho, os meninos abandonaram o carro e seguiram a pé para o galpão abandonado.
Dustin deixou On no local que Mike havia feito só para ela.


- E agora? - Perguntou Will.
- Eu vou ficar com ela até que se recupere, Will acho que você poderia abandonar esse carro em outro lugar. - Disse Mike.
- Claro.
- Então, boa sorte para nós. - Disse Lucas cumprimentando Mike.
- Valeu por ajudarem, vocês são grandes amigos. - Disse Mike.
- Que nada, isso foi molezinha. - Disse Dustin.


Então depois de se cumprimentarem, três dos quatro foram embora, deixando Mike e Onze a sós.


Mike se deitou lado de Onze, a única luz presente no local era a do abajur verde. Onze se virou devagar para Mike e apoiou sua cabeça no peito de Mike, ele a abraçou e a esquentou e os dois ficaram juntos, Mike cuidando de Onze.




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