História Stranger Things - Mistérios de outro mundo - Eu vou te ver

- O que esse cara está fazendo aqui? - Perguntou Johnatan confuso.
- Ei, eu precisava ver a minha família. - Disse o senhor Byers. 
- Você não faz parte dessa família. - Johnatan foi frio. 
- Ei, queira ou não, eu construí tudo isso aqui. - Disse ele prepotente.
- Gente, por favor, não vamos discutir está na hora do almoço e é bom que tenhamos um almoço em paz. - Disse Joyce apaziguando os lados. 
- Não é incrível, um almoço em família.

Johnatan quase não encostou na comida, a ideia de ter seu pai ali comendo juntamente com eles lhe dava náuseas.

- Não vai comer? - Perguntou o senhor Byers.
- Não estou com fome. - Respondeu Johnatan. 
- Tem que comer para ficar forte, sabe? Conquistar umas garotas. - Disse ele depois de um gole de cerveja, onde está o Will? 
- O Will está...
- Desde quando se importa? - Johnatan interrompeu sua mãe. 
- Como é? - Byers largou o garfo.
- Desde quando se importa com o Will ou comigo?

Sr.Byers sorriu em ironia a pergunta.

- Olha, eu sempre me importei com vocês... 
- A é? - Johnatan se irritou. - Diz isso por que não conseguiu pegar o seguro da morte do Will que por um acaso foi forjada. - Johnatan falou grosseiramente ele realmente não queria seu pai ali.
- Olha, eu sei que eu não fui um bom pai, mas, nunca é tarde para se corrigir as coisas.
- Não há nada para corrigir, você é um pai ausente, não me ensinou nada de bom, aliás, nada você me ensinou. - Johnatan agora falou aos berros.
- Olha só eu exijo mais respeito de sua parte. - Sr.Byers se levantou furioso e apontou para johnatan.
- Você é um idiota negligente...
- Parem vocês dois!!! - Disse Joyce intervindo. - Pela primeira vez em anos, nós estamos tentando almoçar em família, será que podem colaborar?
- Que família? Que eu saiba somos eu, você e o Will. - Johnatan expressou toda sua mágoa em uma frase só. - Eu não tô mais com fome.

Johnatan se retirou e deixou Joyce sozinha com o ex-esposo.

+++

Clark Mckin estava a observar o que outrora chamou de prêmio. Ver Onze novamente nos braços da CIA era um trunfo para ele. Já que Brenner estava morto, ele agora era quem comandava, por isso quando os médicos já haviam saído ele entrou na sala de luzes apagadas e se sentou ao lado de Onze.

- Eu não sei se você pode me ouvir, mas, você ainda continua me impressionando. - Disse Clark que mais parecia conversar com as paredes. - Você é impressionante, como sobreviveu tanto tempo em um lugar tão tóxico? Ouvi dizer que o hopper lhe trazia Waffles, mas parece que você se perdeu não é mesmo? Logo você, a cobaia Onze, tirada muito cedo dos braços da própria mãe, você nem sabe falar, não é? 
- Mike. - Um sussurro.
- O que? - Clark se levantou e se aproximou mais dela.
- Mike. - Sussurrou Onze.
- Mike, muito bem, vou trazer esse Mike, talvez isso acelere sua recuperação.

+++

- O almoço estava ótimo. - Disse Dustin.
- Não sei como você conseguiu comer tanto assim. - Disse Will.
- A cala a boca, ainda tem um pouco de espaço para um último pudim.

Nancy chegou em casa juntamente com sua mãe, ela estava aos prantos ainda. Passou pelos meninos sem dizer nada.

- Mãe, o que houve? - Perguntou Mike para sua mãe que ia entrando.
- A Nancy está um pouco abalada com o fato de a Barb voltou para casa.
- O que? - Mike se assustou. 
- Filho, vai lá para baixo brincar vai, sua irmã precisa descansar. 
- Tá.

Karen Wheller passou para a cozinha, enquanto Mike e os demais desciam para o porão.

- O que foi que sua mãe disse? - Perguntou Lucas.
- Que a Barb voltou para casa. 
- Como é que é? - Disse Dustin largando um boneco do capitão América. - Espera aí, a Onze disse que ela estava morta. 
- É eu sei... - Disse Mike confuso.
- Então como ela voltou para casa? - Continuou Dustin.
- Dustin, nem eu e nem você muito menos alguém daqui vai saber. - Disse Lucas sendo realista.
- Isso me parece estranho. - Disse Mike deduzindo algo. - Isso pode indicar que a Onze está viva.

Então Mike ouviu sua mãe chamando, ele correu subindo as escadas e se deparou com um homem de terno e de feição simpática.

- Mike esse homem tem o mesmo nome que o seu professor de física. - Disse Karen.
- Olá senhor Wheller, nós somos agenciadores de pequenos talentos, descobrimos que o senhor tem um grande talento para interpretação, por isso viemos busca-lo pessoalmente para realizar uma audiência.
-Mas... Eu não tenho talento para interpretação. 
- Ah... Ele está sendo modesto. - Disse Karen gentilmente. - Mike, vai com eles. - Disse Karen nervosa e disfarçadamente para Mike ir.
- Mas e os meus amigos?
- Eles podem esperar por você, vai ser rápido. - Disse Clark.

Mesmo sem querer ir, Mike se adiantou e foi com o homem, ele entrou em carro preto e muito elegante e partiu.

- Senhorita Wheller, cadê o Mike? - Perguntou Dustin chegando segundos depois. 
- O Mike teve de sair, se quiserem esperar por ele.

Dustin ficou ali parado sem entender o que estava acontecendo, por isso, ele voltou para o porão.

Mike estava no detrás do carro, entre dois homens altos e fortes, Clark ia no banco do carona na frente.

- Muito bem meu jovem, não quero que você se assuste, isso não é um sequestro... - Clark se virou para Mike e revelou sua expressão cínica. - Ou melhor dizendo é um sequestro, mas você não vai ficar sequestrado por muito tempo, convenhamos que vai nos ajudar em algo.
- O que vocês querem comigo? - Perguntou Mike tentando se manter calmo.
- Digamos que alguém muito especial chama por você, Mike, ela chama seu nome de tempos em tempos, não foi muito trabalhoso te achar, afinal só tem você de Mike aqui. - Clark achou isso engraçado. - Apesar de a termos encontrado hoje, ela não para, mesmo debilitada, ela não para de chamar o seu nome.
- De quem estão falando?

Curvas e mais curvas, eles se aproximavam do complexo de energia elétrica de Hawkins.

- Quando você chegar lá, vai ver. - Fosse Clark em um quase tom de mistério.

Ao chegarem ao complexo de energia elétrica, Mike foi acompanhado pelos dois brutamontes, um de cada lado, Clark a frente.

Todos observavam Mike, ele não escapava de um olhar sequer. Quando chegaram ao segundo andar, Clark se adiantou um pouco mais a frente para abrir a porta.

- Senhor Wheller, tem o tempo que quiser. - Clark abriu a porta como se estivesse abrindo a porta da esperança para Mike.

E quando o menino adentrou ao quarto, seus olhos não puderam acreditar no que viram.

Onze.