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História Stranger Things - Mistérios de outro mundo - Estamos entrelaçados


Escrita por: JWByers

Notas do Autor


Leia este capítulo ouvindo Heroes de Peter Gabriel.

Capítulo 9 - Estamos entrelaçados


Era tudo muito rápido e muito lento ao mesmo tempo, os desfibriladores, os médicos, as agulhas, a correria, onze estava de fato morrendo, ela ia desfalecer sem memória, sem nada e sem ninguém, naquele leito frio.

- Mais adrenalina. - Disse um dos médicos.
- Afasta. - Disse um dos médicos com um desfibrilador.

Onze deu um salto quando o desfibrilador tocou em seu peito.

- Sem pulso. - Disse um dos médicos tocando abaixo do seu pescoço.
- Sem fotossensibilidade. - Disse outro abrindo um dos olhos de Onze.
- 1...2...3, afasta.

Mais um choque e mais um salto, nada.

+++

Mike estava em prantos e furioso, ele não desceu ao porão, ele pegou a bicicleta e saiu sem avisar. Foi Dustin quem o viu sair.

- O Mike tá saindo de bicicleta gente. 
- De novo? - Resmungou Lucas.
- Ele não parece bem, é melhor a gente ir atrás. - Sugeriu Dustin.
- Se ele não está bem, é melhor a gente ver o que é. - Disse Will.

Foi unânime, os três amigos subiram depressa as escadas, saíram sem falar com a senhora Wheller, e pegando as bicicletas saíram rápido atrás do amigo.

+++

Massagem cardíaca e nada, nada de Eleven responder, os médicos estavam tentando de tudo para trazer ela devolta, ela ia mesmo se perder na escuridão para sempre? Ela ia mesmo terminar assim?

+++

Johnatan abraçou Nancy mais forte ainda, parecia que a angústia dos dois havia se unido e se tornado uma só, tudo ao redor parecia estar tão lento quanto o possível.

+++

Mike estava pedalando forte indo em direção à um cruzamento, no final da rua surgiram, Dustin, Lucas e Will.

- MIKE. - Gritou Dustin com toda sua força.
- MIKE. - Gritou Lucas com toda sua força.

Will não conseguiu pedalar mais, um estranho cansaço o atingiu e ele parou deixando somente Lucas e Dustin irem na frente.

Mike os ignorou e continuou pedalando forte indo rumo ao nada, era como se os gritos chamando pelo seu nome se encontravam em um horizonte distante. Sua mente estava mergulhada nas cenas em que haviam se tornado parte de sua vida. O momento em que beijou Onze, o momento em que a encontrou, quando a ajudou, quando brigou com ela, todos esses momentos vieram sobre sua mente como relâmpagos que atingem o chão, e lá no fundo ele se perguntou se era possível alguém tão querido morrer assim. Ele mesmo respondeu essa pergunta quando se lembrou de ter chorado por alguns instantes por Will, porém agora ninguém estava forjando a morte de ninguém, ele mesmo havia visto o exato momento em que onze desfaleceu, e neste momento ele se lembrou:

- Promete? - Sua voz doce ecoou em sua mente.
- Prometo. - Foram as palavras mais puras que ele disse.

Mike estava tão cego pela dor que não o caminhão vindo pela esquerda.

+++

Depois de uma última tentativa, o pulso de Onze foi restaurada, depois de tanto trabalho, os médicos se cansaram e alguns até se sentaram no chão perto da cama.

- Batimentos cardíacos restaurados. - Disse um dos médicos entre um suspiro e outro. 
- Isso foi intenso. - Disse uma médica loura.
- E como.

+++

Por pouco Mike não morreu de forma trágica, a bicicleta dele parou sobre a linha do cruzamento e o caminhão passou direto buzinando para avisa-lo de ter mais atenção, era como se uma força houvesse parado sua bicicleta a tempo.

E quando Dustin e Lucas o alcançou, ele saiu da bicicleta e Dustin o agarrou o abraçando forte, Lucas também sentiu a dor do amigo e o abraçou também. Somente Will que havia ficado para trás não esteve neste momento.

Will no final da rua teve uma rápida crise de tosse e sua visão piscou entre o mundo invertido e o mundo comum lhe dando um leve susto por ver o mundo Negro novamente. Will então voltou a pedalar para se aproximar dos amigos que agora eram o escudo de Mike.

- Estamos aqui, sempre vamos estar aqui. - Disse Dustin consternado com a dor de Mike.
- Somos os seus amigos, sempre vamos estar aqui.

Will também se uniu ao abraço, enquanto alguns vizinhos saiam para ver o que ocorreu.

+++

Johnatan e Nancy se soltaram e permaneceram quietos por segundos um perto do outro. Era como se o silêncio dissesse o que estava dentro deles.

- Que bom que está aqui. - Disse Johnatan quebrando o silêncio.
- Eu vi você vindo pra cá e... Bem eu pulei a janela do meu quarto.
- O meu pai... Ele está lá em casa, parece que vai ficar esse fim de semana.
- E qual o problema? 
- O problema é que... Ele não é tão bom, na verdade ele nunca foi bom.
- Porque?

Johnatan e Nancy se sentaram sobre as folhas secas.

- Quando eu era criança, quando o Will não era nascido, meu pai era violento demais, antes de minha mãe engravidar do Will, ele batia nela quando ficava bêbado. 
- Que horror.
- Teve uma noite que... - Johnatan abaixou a cabeça pois sentia muito em falar dessas coisas. -... Ele chegou muito bêbado em casa, ele é minha mãe discutiram e ela pra fugir dele... - Johnatan soluçou. -... Trancou a porta, ele ficou lá chutando a porta por horas e horas, e eu estava quieto no meu quarto, eu estava tão assustado, ele viu a porta aberta e veio, ele descontou toda a sua raiva em Mim.
- Johnatan, isso é horrível.
- Quando a mamãe engravidou, ele foi embora, foi o dia em que eu me senti aliviado.

Nancy o abraçou novamente e não disse mais nada, ela iria contar para ele sobre Barb e o quão estranha ela estava, porém não disse nada.

+++

Todos mortos, estavam todos mortos, exceto Beth.

Ela estava envolta em sangue, diante do corpo estatelado de seu namorado, no pier a cena horrível dos corpos dos restantes de seus parentes. Ela não expressava reação alguma, só os olhos vidrados e a expressão fria. Foi ela quem matou todos e provavelmente ela iria matar mais.



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