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História Stranger Things - Mistérios de outro mundo (Season two) - Eu não morro fácil


Escrita por: JWByers

Capítulo 1 - Eu não morro fácil


Quando ele foi achado estava muito ferido, parte de seu rosto foi destruído e ele perdeu uma perna.
Foi levado às pressas para o hospital de Chicago e lá permaneceu por um longo tempo, onde realizou cirurgias de reconstituição, até que certo dia um estranho de sobretudo e chapéu adentrou a sua sala, ele se sentou na beira de sua cama. Clark ainda em recuperação não conseguia ver nada além de borrões e não ouvia nada além de vozes ecoadas.


- Ah, Clark, Clark, nós confiamos em você, até... Lhe demos o cargo de diretor do projeto MKULTRA, mas você falhou, você fez com que o projeto viesse à tona e destruísse nossos planos... Sabe Clark, sua família acabada não vai ter orgulho de você agora, sabe o por que? Você não existe mais, agora é só uma sombra do passado, para dizer, uma poeira.


O homem estranho se levantou e terminou dizendo:


- Aproveite sua estadia no hospital, esse vai ser o último lugar que vai ver.


Então o homem caminhando tranquilamente se retirou do quarto e Clark voltou a dormir.


+++


Jane estava sentada no meio do campo, ela ainda estava com as imagens do baile em sua mente, tão nítidas que ela até sorria para si mesma, enquanto o vento balançava as flores amarelas e brancas a volta.
Jane sentia algo muito bom em si mesma, era o amor que sentia por Mike.


Ela passou todo esse tempo aprendendo com a mãe e a tia, aprendeu muitas palavras novas, além de a ler e escrever, era muito diferente do que à dois anos atrás, seu cabelo havia crescido e se tornado belo e ondulado.


Jane também ia visitar os amigos nos domingos, e como hoje era sábado ela já estava apreensiva para a visita já que na quinta-feira ocorreu o baile do Snowball e ela beijou Mike Wheeler.


- Jane. - Gritou sua mãe lá da porta segurando luvas de cozinhar. - Venha almoçar.


Ela se levantou e seguiu para sua casa apalpando as flores, Jane vestia um lindo vestido rosa claro.


Um belo almoço servido por sua mãe, uma carne assada com batatas coradas, um belo arroz e um purê de batatas.
Jane comia com muito gosto, sempre como se fosse a primeira vez que estivesse provando pela primeira vez.


- Está gostoso filha?
- Muito. - Respondeu Jane com um sorriso.


Claro que seu apelido ainda era On e que a tatuagem no seu braço direito nunca iria desaparecer, seria como uma marca que traz lembranças.


Claro que Terry Ives ainda tinha pesadelos a noite, assim como Jane e nisso elas acordavam e ficavam juntas e Terry contava histórias de sua infância até que elas pegassem no sono e dormissem no sofá.


Depois da refeição, Jane foi se sentar na varanda, ela passou a olhar o céu azul e as flores a balançar. Terry, sua mãe, se sentou ao seu lado.


- Como... Como você sabia que eu era a sua filha? - Perguntou Jane tímida.
- Desde que você foi tirada de mim, eu sentia que você estava viva em algum lugar, sentia que estava com medo em algum lugar por aí, eu sabia que você ia voltar.
- Como?
- Nada é por acaso, cada coisa posta na nossa vida foi premeditada, e quando você voltou, eu me senti completa novamente.


Jane sorriu para sua mãe.


- Meu amor por você me fez sobreviver só para te encontrar.


E elas se abraçaram enquanto olhavam para o campo florido.


- Você gosta do Mike?
- Muito.
- Eu também gostei de um garoto na minha juventude...


Terry Ives íris permanecer contando histórias e mais histórias para sua filha naquela tarde. Mas no hospital na cidade de Chicago que não ficava tão distante de Hawkins, Clark acordou, seu rosto com o lado direito enfaixado, sua perna esquerda agora era uma prótese flexível, boa parte de seu corpo estava enfaixado. O próprio Clark contemplou a sua desolação e ele mesmo sabia que iria morrer, cedo ou tarde um agente do governo disfarçado de médico viria e iria mata-lo. Mais para cedo, do que para tarde, a porta a sua frente se abriu e um homem de terno e jaleco passou e entrou no quarto. Ele tinha um olhar sereno até um tanto cínico e caminhava com as mãos para trás, seu cabelo preto bem arrumado para a direita e suas sobrancelhas finas e bem feitas.


- É triste, mas tivemos que esperar dois anos por esse dia. - Ele se sentou na beira da cama. - Você é um traidor, um exímio traidor, não devia ter destruído o nosso experimento.
- Vá a merda com seu experimento. - Disse Clark
- Não Clark. - Ele se levantou e foi até a bancada na lateral onde estavam alguns frascos. - Eu não posso ir à merda, mas você pode ir por mim. - Ele pegou uma agulha e injetou em um dos frascos que era azul e dele saiu um líquido verde claro, depois disso o homem se voltou para Clark. - Quais são suas últimas palavras?
- Vou matar todos vocês.


O homem sorriu em deboche e aplicou a solução em Clark.


- Tenha bons sonhos. - Disse saindo.


Clark começou a se debater violentamente na cama enquanto sentia uma dor extrema sobre o peito,era seu coração parando. Clark se debateu por vários segundos até que finalmente parou e ficou imóvel.


Minutos depois uma enfermeira estranha e dois homens vieram para ver o corpo, estranhamente Clark ainda ouvia o que eles diziam como se fossem ecos distante.


- Vamos levar o corpo dele. - Disse a mulher.
- Andemos logo. - Disse um dos rapazes que era louro.


Então a cama foi rebaixada e levada para fora, Clark estava de olhos abertos mas tudo que enxergava era uma imensidão branca.


- O que vão fazer com que ele? - Perguntou o moça enquanto levavam o corpo pelo corredor.
- Autópsia e descarte, não serve mais para nada.


Foram levando o corpo até o necrotério, onde o deixaram sobre a penumbra.
Foi onde abandonaram o corpo.


+++


Já no domingo de manhã, Jim Hopper se levantou cedo, preparou o café e foi para a varanda, ele estava observando o nada. Nada além de mato e seu carro que estava parado na entrada da casa de Joyce.


- Jim. - Joyce saiu na porta, ela estava com sua Jaqueta de Xerife. - Você acordou cedo. - Disse ela.
- Manhãs são para café e contemplação.


Joyce sorriu e o abraçou.


- No que está pensando?


Jim virou mais um gole de café e disse:


- E se essas coisas voltarem?
- Não vão voltar.
- Eu vi que ela conseguiu fechar o portal, mas sabemos que em algum lugar isso existe e que talvez possa estar tentando voltar.
- Querido isso não vai voltar, eu tenho certeza, não se preocupe.


Jim se virou para Joyce com um olhar apaixonado e disse:


- Se você está dizendo.


E se beijaram sobre o frio daquela manhã de domingo, Jim a abraçou forte e ficaram a contemplar o nada.


+++


Mas no necrotério, Clark viu sua visão retornar do nada, ele sentiu seu coração voltar a bater e seus neurônios voltarem a realizar as sinapses. Clark estava vivo, de alguma maneira o veneno que iria mata-lo não surtiu grande efeito.
Clark permaneceu alguns segundos deitado contemplando o teto cinza do necrotério, ele mexeu os dedos enfaixados da mão, respirou fundo e com um certo esforço se levantou e Vociferou:


- Eu... Não... Morro... Fácil.




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