História Stranger Things - Mistérios de outro mundo (Season two) - O Monstro

Chegando à Hawkins, Jim, Joyce e Terry encontraram um cenário de destruição, havia uma carcaça de caças na floresta, tanques de guerra lançados contra casas, pessoas mortas na rua.

- O Exército não conseguiu conter ninguém. - Disse Jim Hopper Boquiaberto com o cenário de total destruição. 

- Onde os meninos estão? - Perguntou Terry.

- Eu acho que tenho ideia de onde eles estejam. - Disse Jim Hopper.

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- Eu tô cansado de ficar aqui. - Resmungou Lucas.

- É eu também. - Respondeu Will um tanto mais calmo. - Mas não tem nada que nós possamos fazer.

De repente Dustin teve uma ideia iluminadora.

- Will,  você sabe se aquele remédio que você tomou fez efeito?

- Eu não sei, mas eu me sinto bem melhor. - Disse Will.

- Droga. - Dustin se decepcionou.

- O que foi? - Perguntou Lucas.

- Eu achei que com você estando contaminado, poderíamos usar sua super força para destruir a porta.

- Ho. - Disse Lucas em sinal de tédio.

- A qual é? Era um ótimo plano.

- Sei, um ótimo plano. - Disse Will cabisbaixo.

As luzes que funcionavam por conta dos geradores de energia começaram a piscar repentinamente, todas luzes do prédio.

- Isso não é bom. - Disse Jonathan observando os intervalos rápidos de escuridão e luz.

- O que isso pode significar? - Perguntou Scott.

- Demogorgon. - Respondeu Jonathan preocupado.

Mike estava sozinho abaixado no canto do quarto quando as luzes começaram a piscar lá fora, ele se levantou devagar e ficou parado esperando que algo acontecesse, mas nada aconteceu. Só as luzes que continuaram a piscar.

Clark sacou sua arma. Dimitri estava estranhando o que estava acontecendo, ele nunca havia visto o fenômeno das luzes.

- O que é isto? - Perguntou Dimitri observando a única luz da sala inteira piscando.

- Eu conheço esse fenômeno, e não é nada bom. - Disse Clark. - Fique aqui, eu vou averiguar algumas coisas.

Dimitri ficou sozinho na sala com Um e Onze. Essas duas ainda estavam no mundo interno de Jane, e elas não estavam nem um pouco preocupadas com o que ocorresse no mundo real, mas como consequência do que ocorre no mundo real, coisas estranhas começaram a acontecer por lá.

O sol foi coberto por nuvens densas e escuras que pareciam trazer uma tempestade, um vento forte começou a soprar contra elas e as árvores balançaram fortemente como se fossem cair.

- Algo de ruim está acontecendo lá fora. - Disse Jane em voz alta por conta do vento.

- É, a gente precisa voltar... agora. 

- Mas e aquela coisa que lançaram em mim?

- Não se preocupe, eu vou te ajudar.

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No subsolo um estranho fenômeno se iniciou, raios aparentemente sem origem chicoteavam para todos os cantos da sala causando pequenos estragos nas paredes. De uma dessas paredes, um ser começou a sair, fazendo esforço máximo para escapar e rachando a parede em toda a sua extensão. Ele conseguiu pôr suas enormes garras para fora, e não eram somente duas, agora eram quatro garras. A criatura conseguiu escapar pondo seu corpo para fora. Era um Demogorgon totalmente diferente dos outros, ele era maior tinha dois braços maiores que antes, na frente e nas costas, e sua cabeça era maior e tinha mais pseudópodes com dentes afiadíssimos, além disso a criatura agora apresentava uma cauda estranha cujo ponta também apresentava pseudópodes como a cabeça, e ela ainda podia crescer mais dois braços menores.

O Demogorgon lançou um urro de fúria que pôde ser ouvido por todo o complexo, chamando a atenção de quase todos. 

Nos quartos, os presos ficaram atônitos com o som perturbador do urro daquele ser. Parte dos homens armados se dirigiram para dentro do hospital, ficando somente um do lado de fora para montar guarda.

Dustin não parava de tentar se jogar da janela, claro que ele estava ignorando a altura, mas Lucas e Will o seguravam.

- Dustin... cara, se acalma. - Disse Lucas o puxando pela mochila.

- Eu quero sair daqui. - Disse Dustin agarrado a janela.

- Mas... não... vai... ser... assim... que... vamos...fugir. - Disse Will fazendo grande esforço e por fim conseguindo lançar Dustin no chão.

- Alguém vai vir salvar a gente.

Os soldados que passaram correndo chamaram a atenção dos meninos e também de Jonathan e os outros que estavam presos. 

- Isso não é bom, não é nada bom. - Disse Jonathan alisando o rosto.

- O que foi aquele grito? - Perguntou Clarke. 

- É o motivo pelo qual as luzes estão piscando. - Respondeu Nancy. - Jonathan, nós temos que sair daqui. - Nancy parecia aterrorizada.

- Eu sei, mas não tem como, não tem nada nessa sala para poder quebrar o vidro ou forçar a porta. 

Nancy passou a mão na testa, não queria morrer de maneira alguma. Mas os homens russos armados se aproximaram cuidadosamente da única escadaria que dava acesso ao subsolo, passo após passo, mais amedrontados do que quem estava preso nos quartos. As luzes piscavam incessantemente, e eles apontavam suas armas sempre para o mesmo local. O silêncio era assombroso e tanto que se podia ouvir o som da respiração amedrontada daqueles homens. Foi quando em um momento as luzes se apagaram totalmente e todos ficaram no escuro, as respirações de todos se tornaram mais ofegantes e o medo se espalhou como uma onda de choque. De repente a luz se acendeu e a temível criatura surgiu diante deles. Os homens abriram fogo contra ela. Os tiros pareciam não surtir efeito algum contra a enorme criatura que se ergueu diante deles. Ela estendeu um de seus braços e com um golpe prensou três daqueles homens contra a parede à direita os afundando dentro dela como se fossem meros bonecos, ela ainda pegou outro rapaz e o lançou de cabeça no teto. Restaram três que continuavam a atirar enquanto andavam devagar para trás.

Clark estava na sala das câmeras observando as imagens da criatura que avançava lentamente sobre os homens, ele parecia feliz com o que via enquanto sentado em uma cadeira giratória.

Dimitri ouvindo os tiros começou a chamar por Um, ele a balançou, e balançou até que ela abriu os olhos e olhou para ele.

- Graças a Deus, querida, preciso da sua ajuda e... - Dimitri tentou puxar Um pelo braço mas viu que ela não obedecia, mas o olhava com certo ódio. - O que foi querida? Algo de errado?

- Sim. - Ela respondeu. 

- O que? - Dimitri estranhou a atitude dela.

- Você.

Dimitri foi lançado com violência contra uma parede e isso lhe causou uma aguda dor que percorreu sua espinha, as luzes daquela sala se acenderam uma por uma, do fundo para frente. Um se aproximou dele com seu braço esquerdo estendido e a palma da mão aberta com os dedos apontados para ele.

-  Que-Que-Querida, o-o que você está fazendo? - Disse Dimitri segurando o próprio colarinho da camisa.

- Acabou. 

- Eu não estou entendendo... querida, eu cuidei de você, eu te dei abrigo, te dei... amor.

Um parecia impiedosa, mas desmoronava por dentro e isso aparecia na forma de lágrimas que ela não conseguia conter.

- Não...não mais... chega de abusos. - Disse Um.

Ela flexionou os dedos e os abriu novamente, violentamente ela lançou Dimitri contra a parede o fazendo bater contra várias outras, indo parar fora do complexo, Dimitri caiu sobre uma moita desacordado. 

- O que você fez? - Perguntou Jane que acabara de se levantar.

- Dei um fim um fim para ele. 

O grito do Demogorgon seguido de uma explosão chamou a atenção delas.

- Precisamos ir. - Disse Um.

Nos andares inferiores, o Demogorgon havia matado todos os soldados russos e sobrevivido à uma granada que fizera um estrago no corredor. Nancy estava apoiada no vidro tentando ver o que estava acontecendo, mas só conseguia ver dois corpos caídos no seu campo de visão. As luzes incessantemente piscavam o que aterrorizava não só à ela, mas a todos os outros em todos os quartos.

Um criatura horrenda passou devagar diante do vidro, Nancy, Jonathan e Scott Clarke o contemplaram aterrorizados enquanto ela caminhava lentamente.

Lucas teve de tapar a boca de Dustin para que ele não gritasse ao ver a criatura.

- Para onde ela tá indo? - Sussurrou Will.

 - Acho que... 

O Demogorgon parou diante do quarto de Mike que estava parado no fundo da sala, seus olhos cheios de um medo extremo, sua respiração pesada e o presságio de que iria morrer, tomaram conta dele. Mike estava congelado no fundo da sala, ele simplesmente não conseguia se mover. A criatura desferiu um poderoso golpe contra o vidro e o destruiu juntamente com restante daquela parede.

Nancy ouvindo o som de destruição entrou em desespero ao saber que poderia ser Mike que estava em perigo.

- Jonathan me ajude. - Disse Nancy chutando a porta.

- Nancy, Nancy, Nancy. - Jonathan a agarrou.

- Me solta, ele vai matar meu irmão. - Gritou Nancy em lágrimas.

No outro quarto os meninos faziam força contra a porta na tentativa de escapar para salvar Mike, mas não conseguiram nada.

- MIKE, MIKE.... CORRE CARA... FOGE. - Gritavam os meninos.

Mike estava diante da criatura, seu olhar cheio de lágrimas e aterrorizado, ele levou as mãos aos ouvidos e fechou os olhos e em sua mente torceu para aquilo tudo ser um pesadelo. 

Mas não era e quando ele menos esperou a criatura o atacou.