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História Stranger Things - Mistérios de outro mundo (Season two) - A Rosa de Hawkins


Escrita por: JWByers

Capítulo 18 - A Rosa de Hawkins


Sim, era para Mike Wheeler morrer naquele exato instante nas garras de um cruel ser carnívoro, mas quando ele abriu os olhos viu a criatura parada diante dele em posição de ataque. Atrás dele, Onze e Um apareceram de braços estendidos e de palmas abertas, ambas impediam a criatura de atacar Mike. 

Mike passou para o lado delas e as meninas com um esforço duplo lançaram a criatura contra a parede e consequentemente lançando ela para fora do complexo. Mike respirou aliviado e caiu sentado. 

- Você está bem? - Perguntou Jane sangrando pelo nariz.

- Agora estou. - Disse Mike ainda assutado. - Nós precisamos libertar os outros. 

Jane olhou para Sarah que estendeu sua mão e destrancou todas as portas, Nancy foi a primeira a sair e correr para abraçar Mike em lágrimas.

- Achei que ia morrer. - Disse Nancy.

- O que vamos fazer agora? - Perguntou Jonathan,

- temos que fugir, ora, vamos sair o mais rápido possível da cidade. - Disse Scott Clarke.

Enquanto uns queriam sair , Jim Hopper tinha problemas para adentrar ao hospital, o único soldado restante ainda montava guarda e trocava tiros com Hopper que estava abaixado atrás de uma pedra. Terry e Joyce ficaram atrás do muro por segurança.

As balas de Jim já estavam acabando e o soldado já estava se aproximando mais dele, se Jim não pensasse rápido iria morrer. 

Foi uma péssima ideia de Jim correr para a outra pedra, ele foi atingido na perna com um tiro só e caiu diante do rapaz armado, Jim segurou sua perna fazendo uma careta de dor.

- Jim!!! - Disse Joyce ao ver Hopper caído. 

Aquele soldado ainda atirou contra Joyce que voltou a se esconder atrás do muro.

A arma de Hopper caiu longe dele, mas ele sentia muita dor para poder reagir rápido o suficiente, Jim olhou para o rapaz que apontava a arma para ele e disse: 

- Atire. - Disse rangendo os dentes.

Mas o homem não atirou, ele desfaleceu e caiu morto diante de Hopper, tudo isso graças a ação de Sarah, Joyce e Terry correram para dentro, Joyce se abaixou e abraçou Jim cujo a perna sangrava, Terry foi correndo abraçar a sua filha. O dia já estava amanhecendo e aquilo não indicava que tudo havia terminado. 

No pentágono, todos estavam apreensivos aguardando exatamente o horário para o lançamento do míssil nuclear.

- Não há nenhuma resposta? - perguntou o general.

- Não senhor, nenhum soldado respondeu ou emitiu algum código de resposta. 

O general suspirou decepcionado e no relógio já indicava o horário de envio do Míssil, todos os olhares se voltaram para ele que mantinha o olhar no nada.

- Senhor!? - Chamou um dos soldados diante de um computador chamando a atenção do general. - Devemos realizar o lançamento?

O General parou em pensou e depois de breves segundos disse:

- Realizar lançamento de Míssil Nuclear.

Os presentes na sala mantiveram suas expressões sérias, mas um tanto pasmos, ele iriam de fato lançar uma bomba nuclear sobre uma pequena cidade? Sim, eles o fizeram. Assim que o lançamento foi autorizado, um míssil saiu de perto de uma fazenda e seguiu cruzando os céus.

- Vinte minutos para o impacto. - Disse um outro soldado.

- Tomara que isso seja verdade. - Disse o General para si mesmo.

Mas ninguém em Hawkins sabia disso, a não ser Sarah que já pressentia o Míssil se aproximando mesmo ainda estando longe. Mas Sarah ignorou, se abaixou diante de Jim e olhou nos olhos dele. Ele não a reconhecia, nem sequer uma imagem daquela moça se formou em sua mente para lhe dar uma vaga lembrança, Jim não sabia que aquela era a sua filha, para ele Sarah Hopper havia morrido á muito tempo e agora era só uma lembrança dolorosa em sua mente. Mas Sarah, ali abaixada diante dele, sabia que aquele homem de barba grande era o seu pai e aquilo lhe causava certa felicidade, Sarah pôs sua mão sobre o ferimento de Jim enquanto ele a olhava atônito, ele puxou a bala alojada em sua perna e disse:

- É só fazer um curativo e vai estar tudo bem.

- Quem é você? - Perguntou Jim confuso e sentindo menos dor do que antes.

Antes que Sarah pudesse responder, o Demogorgon rugiu do alto do hospital chamando a atenção de todos, a criatura parecia mais furiosa do que nunca e estava a disposta a matar. Mas Sarah assumindo uma expressão séria se levantou e andou em direção ao hospital novamente. 

- O que ela vai fazer? - Questionou Clark assistindo tudo das câmeras de segurança. - Eu preciso ir lá ver. - Clark se levantou rápido e saiu.

O Demogorgon caiu diante dela com seus quatro braços largos e sua cauda estranha, ele duas vezes maior que Sarah, mas mesmo sendo grande não apavorava a menina. Ele ergueu um de seus braços e tentou ataca-la, mas Sarah quebrou seu braço direito e depois a sua perna o fazendo se ajoelhar diante dela enquanto lançava um grito de dor. Sarah olhou para trás e fitou Jane dizendo:

- Jane, cumpra a missão, eu vou cumprir a minha. 

Jane acenou com a cabeça e saiu dos braços de sua mãe que a agarrou novamente dizendo:

- Filha, aonde vai? - Perguntou Terry assustada.

- Mãe, eu preciso... tudo vai ficar bem. - Disse Jane olhando fundo nos olhos de sua mãe.

Terry abraçou sua filha enquanto começava a chorar, parecia que ela sentia que sua filha não iria retornar mais. 

Clark apareceu na entrada do hospital, porém ele não esboçou nenhum areação hostil contra ninguém, ele só passou a observar aquele momento. Também foi ele o primeiro a ver que um Míssil se aproximando.

- Três minutos para o impacto, senhor. - Disse um dos soldados.

Em Hawkins os demais perceberam o Míssil se aproximando.

- O que é aquilo? - Perguntou Dustin.

- É um... Míssil... - Disse Scott Clarke pasmo enquanto o Míssil se aproximava cada vez mais.

- O que? - Disseram Joyce, Lucas, Dustin, Nancy e Jonathan.

- Vão nos matar. - Disse Scott Clarke que parecia não acreditar.

- Não se preocupem. - Sarah chamou a atenção de todos. - Acabou. 

No pentágono todos esperavam pelo impacto imediato, no radar mostrava que o Míssil já estava sobre Hawkins. E ele estava de fato sobre Hawkins e sobre o hospital descendo a toda velocidade, Hopper o fitou, Joyce abraçou Hopper assim como Nancy abraçou Jonathan, todos estavam boquiabertos e quando o Míssil parecia que ia atingir o chão e explodir, todos fecharam os olhos, mas não houve explosão. 

- O que houve? - Perguntou o general.

- O míssil não explodiu. - Disse um dos soldados. 

- Como assim? - O general se inclinou perto de um dos monitores que mostrava na tela o nome Hawkins e o código da bomba.

- Não explodiu, eu não sei, mas não explodiu, na verdade parece que está...

A bomba estava estagnada no ar, um cilindro de quase dois metros estava estagnado no ar. 

- Meu Deus. - Disse Clark, o ex-agente.

- O que houve? - Perguntou Joyce.

- Ela... Ela parou a bomba com a mente. - Disse Hopper apontando para Sarah que estava com o braço direito estendido. - Isso é impossível. - Disse Hopper ainda boquiaberto.

Até os meninos estavam impressionados, Sarah parecia não fazer esforço algum para usar suas habilidades, ela olhou para Jane e disse:

- Vai. - Disse ela com um breve sorriso.

Jane saiu dos braços de sua mãe e correu para dentro do complexo.

- On, espera. - Mike correu atrás dela.

- Mike... espera aí cara. - Disseram os garotos indo atrás de Mike.

Sarah olhou para o Demogorgon e olhou para a bomba, ela precisava terminar com essas duas ameaças, Sarah então fez algo ainda mais inacreditável, ela ergueu os pés do chão e passou a flutuar diante de todos. Sarah antes que se elevasse mais ainda olhou para Hopper e disse:

- Adeus Hopper. - Disse ela com um sorriso tímido.

Enquanto ela se erguia no ar, levava junto consigo o Demogorgon e a bomba. Na mente de Hopper uma única imagem se formou, e era de sua filha a muito tempo atrás, Hopper associou tudo, o cabelo louro, os olhos verdes da mãe e disse:

- Sarah!? - Disse em voz baixa enquanto via a menina se elevando cada vez mais.

No pentágono o fenômeno foi visto do radar, todos, exatamente todos estavam sem palavras para o que estava acontecendo.

- Senhor, a bomba está se afastando. - Disse um dos soldados.

- Prepare os helicópteros, vamos até Hawkins.

Sarah ainda fez mais, ela retirou todos os Demogorgons que estavam espalhados pela cidade, além de erguer as lesmas formando uma estranha nuvem negra formada por elas. Sarah foi se erguendo cada vez mais e se afastando no céu. Foi indo e indo, levando tudo que estava de errado em Hawkins consigo. Houve um momento em que ela estava tão distante que foi perdida de vista e Hawkins abaixo dela estava em um emaranhado verde que fazia parte do continente. Sarah alcançou uma altitude em que ia fora do planeta e que já podia ver sua silhueta redonda. Era uma visão espetacular para quem estava prendendo o ar, ela foi longe o suficiente e posicionou a bomba diante dela, depois uniu tudo a bomba, Demogorgons, lesmas. 

Sarah de braços apontados para a bomba fez seu último gesto que foi sorrir e com um esforço quase mínimo ativou o dispositivo da bomba e a fez explodir, simultaneamente um clarão foi visto por quem estava em Hawkins e também em outras partes dos EUA. O Demogorgon foi destruído, juntamente com suas crias, infelizmente Sarah foi empurrada para longe por conta do impacto, foi o fim dela, mas era o que ela precisava fazer. 

"A pequena rosa" como sua amiga esquizofrênica do orfanato lhe chamava, murchou, ela terminou sua vida sofrida salvando a quem mais amava, o seu próprio pai que nem a reconheceu quando a viu. 

Logo o ar em seus pulmões foi se esvaindo, e ela lentamente foi perdendo a consciência enquanto vagava pelo espaço e ia indo cada vez mais longe do planeta. A última coisa que ela viu foi a silhueta azul do planeta que ela nunca mais veria, e quando seus olhos se fecharam, ele sentiu como se Hopper estivesse pondo ela para dormir uma última vez. Foi essa a última coisa que "a rosa de Hawkins" pensou, no seu pai.



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