História Stranger Things - Mistérios de outro mundo (Season two) - O menino que vê

Depois de uma hora de espera, Potter voltou com documentos em mãos, eram documentos falsos.

- Identidade, Carteira de motorista, passaporte. - Disse Potter lhe entregando.
- James Lexington, é um bom nome para recomeçar, me diz com quem eu tenho que falar.
- Você vai ser barrado, então chame por Dimitri Slakov, diga que tem algo importante para tratar com ele.
- Certo.
- Você precisa trocar de roupa, precisa tirar esses curativos, vamos até o meu quarto.

Potter levou Clark até seu quarto e ajudou o amigo a se despir pois ele tinha dificuldades para realizar essa ação.
Clark ficou diante de um espelho e fitou os curativos que cobriam seu braço e ombro, viu também sua nova perna de prótese e se sentiu um tanto apagado.

- Vamos tirar isso. - Disse Potter.

Primeiro Potter retirou os curativos do lado esquerdo do abdômen, era como se aquele região houvesse sofrido uma terrível queimadura, estava cheia de manchas e envelhecida. Depois Clark retirou o curativo do braço. Clark ergueu a mão devagar para não lhe causar dor, a pele também estava envelhecida, cheia de linhas como rugas.

- Agora o rosto.

O último curativo que cobria seu rosto, porém não sua cabeça pois seu cabelo havia crescido nesse tempo em que permaneceu no hospital. Potter retirou devagar o curativo enquanto Clark permanecia de olhos fechados, e quando enfim retirou, Clark abriu devagar seus olhos e contemplou a sua própria face.

Era como se um lado de seu corpo houvesse envelhecido, seu rosto estava cheio de linhas que se iniciavam no seu nariz e terminavam perto da orelha, eram severas rugas que ele iria carregar para a vida inteira. Clark levantou sua mão devagar e tocou o lado velho de seu rosto.

- Sou... Sou um homem sem alma.
Potter não sabia o que dizer, por isso foi até o closet e pegou um terno prata, uma camisa preta e um elegante sapato preto e branco.
Depois que se vestiu, Clark pegou a passagem nas mãos de Potter, pôs um chapéu cinza e partiu.
Mas antes que saísse, ele parou na porta e disse sem olhar para trás.

- Eu quero que entenda, que eu não existo mais, eu sou um homem morto.
- Você já é um homem morto a muito tempo, por causa de Emily e Cassandra.

Clark sorriu e saiu.

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A hora do almoço era uma alegria sem fim, todos reunidos a mesa para comer.

- Passei a amar os domingos. - Disse Dustin.
- Porque? - Perguntou Lucas depois de uma garfada.
- Domingo significa comida, muita comida. - Disse Dustin dando outra garfada.

Todos estavam muito felizes, Karen e o senhor Wheeler, assim como sua pequena filha, Terry e sua irmã, Mike, Jane, Nancy, Lucas, Dustin e Will que estava sentado de frente para a janela.

Will viu algo estranho, coisas como raízes negras entraram lentamente pela janela, ora mas a janela não estava fechada?
Essas raízes começaram a se espalhar pela casa e lá fora tomavam conta de tudo, Will sentiu um medo profundo subindo de seu âmago e ninguém além dele percebia isso, aliás era como se as pessoas houvessem parado no tempo pois as raízes as dominavam também.
Will olhou envolta e estava tudo dominado por raízes negras, lá fora o sol não existia mais e tudo estava envolto numa estranha noite sombria.

Will estão sentiu algo estranho dentro de si, ele fitou a própria mão e percebeu que a pele estava derretendo, quando ele olhou novamente para a janela, viu Barb, Beth e o cientista que o olhavam de forma sanguinária. Uma estranha escuridão passou pela janela e três Demogorgons apareceram na janela. Will começou a respirar mais rápido que o normal, ele fechou os olhos e pôs a mão sobre eles, ele desejou profundamente que aquilo não fosse real, ele permaneceu assim por segundos até que ouvisse:

- Will, Will cara. - Disse Lucas balançando seu ombro.

Will abriu os olhos e estavam novamente na casa de Mike, na de raízes, nem Demogorgons, só as pessoas que olhavam preocupadas para Will.

- Você está bem? - Perguntou Karen.

Will olhou para ela de olhos arregalados e disse:

- Sim, eu... Eu tô bem.
- Sério? Parecia que você estava vendo algo de ruim a poucos segundos. - Disse Dustin.
- Eu estou bem. - Insistiu Will.

Não insistiram mais e voltaram a comer, porém Jane ainda olhava para Will como se soubesse o que ele havia visto. Depois de poucos segundos se encarando, Mike chamou a atenção de Jane e Will voltou a comer.

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Jim Hopper depois de almoçar foi para a varanda onde Jonathan estava.

- Como vão as coisas na universidade?
- Bem, as pessoas de lá são legais. - Disse Jonathan enquanto olhava para a floresta.
- As pessoas de lá, são como você?
- Estranhas? - Jonathan achou engraçado. - Não, eu ainda continuo sendo estranho, mas um estranho com amigos.

Jim sorriu e eles permaneceram em silêncio por alguns segundos, até que Jonathan disse:

- Você sempre soube de muita coisa, como?
- As vezes parece que as coisas são direcionadas para mim, é como se eu atraísse as intrigas.
- Você está falando acerca do que?
- Eu recebi um documento de um alguém chamado Lerman Brown, ele trabalhou no projeto MKUltra.
- E daí? - Jonathan não estava entendendo.
- Daí que ele é o pai de Jane Ives, conhecida por seu irmão como onze e eu acredito que ele ainda esteja vivo e sabe muitas coisas além do que me mostrou no documento.

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Passos apressados da enfermeira que se dirigia para o necrotério levando dois homens de chamou e sobretudo.
Eles entraram no local que estava sobe uma penumbra perturbadora e ela acendeu a luz.

Foi quase como um choque para os três verem um lençol no chão, um armário aberto e uma maca vazia. A enfermeira lançou um grito de medo enquanto os homens se entreolharam.

- Ele... Fugiu?
- Merda... Temos que avisar o Banners, o maldito do Clark sobreviveu.

E como havia sobrevivido, ela já estava embarcando para a Rússia e com ele numa mala carregava importantes segredos dos Estados Unidos, no que isso pode terminar?
Numa terrível e mortal guerra.