História Stranger Things - Mistérios finais - Clark vs Onze. Parte 2

 Não era de se esperar que Onze se levantasse, o sangue escorrendo pelo seu nariz já importava mais, ela se levantou sentindo uma terrível dor nas costas, além dos ferimentos pelos braços e pernas. Onze contemplou a destruição causada pelo choque de seu corpo contra as seguidas paredes das casas, era como um túnel que interligava as casas, Clark surgiu no final desse túnel, seus pés não tocavam o chão. Ele fitou Onze com a mão abaixo do peito, havia sangue escorrendo, Onze estava um pouco envergada por conta da dor generalizada, era até difícil para um estranho crer que uma garota de quatorze anos havia sobrevivido à uma sequência de impactos violentos.  

 Ele sorriu e ergueu um pedaço de madeira pontiaguda que encontrou ali perto, Clark mirou no coração de Onze, mesmo distante ele conseguia mirar e como um tiro ele lançou esse pedaço de madeira em prontidão para matar Onze. Ela começou a respirar mais forte, ergueu-se um pouco e lançou um grito agudo que estranhamente espalhou uma onda de choque pelo túnel e destruiu a madeira e atingiu Clark em cheio o afastando. Onze cansada caiu de joelhos e sangrando permaneceu. Seu inimigo reapareceu no final do corredor e lentamente se aproximou dela enquanto flutuava pelos escombros. Pobre Jane, não conseguia achar resposta cognitiva para nada, ela permaneceu abaixada enquanto muito cansada respirava o que agravava sua dor. 

- Achei que teria um desafio maior. - Disse Clark trazendo para si uma brilhante e afiada faca. - Mas esqueci-me de que você é só uma garota de quatorze anos. 

 Clark pousando se ajoelhou diante de Onze e olhou para os seus olhos cansados que o fitava.

- Você era a cobaia perfeita, a arma perfeita, graças a você eu pude me vingar da merda do Estado e agora o caos não terá fim. 

 Clark agarrou a faca que flutuava próximo a ele.

- Mas antes, tenho que dar um fim a você, assim como Sarah Hopper fez voluntariamente. 

 Ele ergueu a faca e ia cravá-la em seu peito, mas no meio da ação Clark não conseguiu se mover, ele tentou mover seus músculos enquanto mantinha seu olhar em Onze.

- Mas... o que? - Clark não entendia.

- Não. - Disse Onze. - Não vai. 

 Clark foi arremessado novamente pelo túnel por uma força tremenda, Onze se levantou devagar fazendo caretas por conta da dor, ela cambaleou para fora da casa pela porta da frente, mas ao sair foi tirada do chão por Clark e arrastada pelo ar até a área do hospital onde foi arremessada no gramado. Caindo, ela sentiu mais dor ainda.

- O que foi isso? - Perguntou Jim Hopper abaixado ao lado de Joyce que não parava de chorar abraçada ao filho. 

- On. - Mike saiu correndo. 

- Mike espera... espera cara. - Disse Lucas e Dustin.

Ao saírem, eles se depararam com Onze caída no gramado e Clark flutuando a certa distância, Mike correu e abraçou Onze que estava frágil e ferida. 

- Mike... Foge. - Disse Onze em lágrimas de dor. 

- Não, vou ficar com você. - Disse Mike a sustentando no gramado.

- Mais para morrer, será um final perfeito. - Disse Clark.

Mike foi arremessado para trás e Onze foi retirada do chão novamente, Clark a prensou contra a parede do hospital.

- SOLTA ELA!!! - Lucas tentou atirar em Clark com o seu estilingue, porém Clark revidou parando a pedra que Lucas havia atirado e a lançou contra Dustin com o dobro da velocidade.

 Foi em um piscas de olhos, Dustin caiu de joelhos enquanto sangue escorria pelo seu peito, a pedra havia atravessado o seu peito sem que ele percebesse. Ele tocou em seu peito e sentiu o líquido quente escorrendo por sua camisa branca, não era uma dor aguda que ele sentia, só uma sensação estranha de estar vazio. Dustin olhou para Lucas que ao perceber o que havia acontecido gritou desesperado:

- NÃO!!! 

 Lucas abraçou o amigo que sangrava pelo peito, Dustin já fraco repousou em seu braço, e sentiu sua respiração cada vez mais lenta, o sangue estava invadindo seus pulmões e ele começou a sangrar pela boca e olhando para Lucas disse:

- Ei cara, não chora, ainda tem muitos pudins por aí. 

 - Não cara, não morre, não agora por favor. - Disse Lucas em lágrimas.

- Chega. - Disse Clark erguendo Lucas do chão. 

Lucas sentiu seu pescoço sendo apertado ao extremo, uma agonia tomou conta dele enquanto se debatia em pleno o ar, ele estendeu a mão para Dustin que já não respirava mais, o ar escapou de seus pulmões e sua visão se tornou negra até que ele perdeu a consciência. Jim Hopper tentou intervir, mas antes que pudesse fazer algo Clark o prendeu no hospital. Matando Lucas, Clark soltou que caiu abruptamente no chão ao lado do corpo de Dustin. Os dois, com os olhares vagos e corações parados, morreram juntos de uma forma cruel. Mas Clark não parou, ele não havia se esquecido de Mike, antes mesmo quebrou a perna do garoto que lançou um grito de dor terrível. Jim Hopper havia gasto todas as suas balas tentando atirar num vidro que parecia inquebrável, ele chutava, esmurrava, mas de nada adiantava, ele estava assistindo a cruel morte dos garotos nas mãos de um assassino que não tinha o menor sentido para fazer o que fez.

 Clark trouxe Mike para perto de si e o grudou na parede assim como Onze.

- Os dois queridinhos, El Gran Finale, primeiro a nobre donzela assiste à morte de seu cavalheiro.

 Clark começou a asfixiar Mike que se debateu contra a parede, Jane não conseguia falar nada, somente observar enquanto uma dor lancinante percorria seu corpo, e ela chorava e grunhia. Mike perdeu a consciência e caiu no chão solto por Clark. Ele olhou impiedosamente para o corpo de bruços do garoto e depois voltou seu olhar sanguinário para Onze.

- Agora, você.

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 Mas, o que os americanos não esperavam era que os russos iniciassem um ataque nuclear em massa, lançando todos os seus misseis. Ao redor dos Estados Unidos as pessoas começaram a ver pontos brilhantes que desciam vagarosamente e deixavam um rastro luminoso. Era o misseis que se aproximavam por toda a parte em todo o país, prontos para destruir tudo que tocassem. 

 Quando Nancy acordou nua em sua cama, viu que Jonathan estava olhando pela janela e preocupada perguntou ao seu amado:

- O que foi?

- Vem ver isso.

Nancy se enrolou no lençol e se levantou se justapondo à Jon na janela, várias pessoas na rua também olhavam para o céu e viam um ponto luminoso descendo, ninguém sabia o que estava havendo, mas Jonathan desconfiou do que poderia ser, mas antes que pudesse falar, o alarme de bomba nuclear tocou e ouvindo isso as pessoas começaram a correr desesperadas. Jon saiu da janela e começou a tentar vestir a sua roupa enquanto dizia:

- Nancy, a gente tem que fugir daqui. 

- Jonathan. - Chamou Nancy pacientemente.

- Tem uma bomba vindo, vai matar todos nós... - Jonathan tentava desesperado pôr as calças.

- Jonathan!!! - Nancy chamou mais alto. 

 Jonathan parou e disse:

- O que?

- Eu não quero ir, está tudo bem. 

 Jonathan respirou, fitou a cama e depois fitou Nancy que estava linda de cabelos bagunçados e enrolada em um lençol. Jonathan Byers entendeu o que ela queria, Nancy só queria estar ao lado dele, e por isso Jon correu e a abraçou e beijou sua boca como nunca antes. Ele olhou nos seus olhos e disse:

- Mas e o seu pai e a sua irmã?

- Eles estão dormindo, eles não sentir nada, ninguém vai. 

 Jon e Nancy se deitaram novamente na cama, ele a abraçou enquanto o som do desespero ecoava lá fora com um alarme distante. Nancy encostou sua cabeça no peitoral de Jon e disse:

- Eu já disse que te amo?

- Já, mas pode dizer quantas vezes quiser, vamos repetir isso um para o outro para sempre e sempre. 

 Nancy sorriu e sentiu que estava no lugar certo. 

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 Distante dali o doutor Lerman Ives estava abraçado a sua mulher e filha em sua fazenda enquanto via o míssil caindo em direção a cidade.

- Ela falhou. - Disse Lerman para si mesmo. - Onze falhou. - Repetiu parecendo não acreditar.

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Não havia nada, absolutamente nada que o governo pudesse fazer, eram 52 dois Misseis atômicos caindo espalhados pelo país, inclusive um havia sido lançado sobre Hawkins e estava prestes a atingir a cidade. Clark soltou Onze que caiu ao lado do corpo de Mike, ela estava muito fraca para reagir. Clark deu as costas para ela e disse:

- É o fim.