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História Stray Heart - This is gospel for the fallen ones


Escrita por: senhoritabombonzinho e Kaplan

Notas do Autor


Ola, estamos de volta... já chegamos tirando a poira e as teias de aranha dessa historia que esta parada a mais ou menos um seculo e meio. Desculpa galera.
Feliz ano novo atrasado e vamo que vamo.
Ainda tem alguém por ai? kkkkk
boa leitura

Capítulo 34 - This is gospel for the fallen ones


Fanfic / Fanfiction Stray Heart - This is gospel for the fallen ones

Patrick Stump
Vivendo um dia após o outro, era isso que eu vinha fazendo, me concentrando nas coisas básicas, evitando pensar demais, até porque isso sempre me fez tomar decisões equivocadas. Eu estava alheio as outras pessoas, Sarah sempre me dizia que parecia estar desligado na maior parte do tempo, e era exatamente assim que me sintia, desligado.
Sarah agora era a namorada de Brendon, fiquei muito feliz quando ele me contou, pelo menos um de nós está conseguiu algum progresso, Já que Pete e eu estavamos atolados em uma fase ruim. 
Precisava me ocupar com alguma coisa, já consiguia sentir meus pensamentos deslizando em direção à “ela”. Soltei um bufo irritado, eu nem sequer consiguia pensar em seu nome, o quão patético era essa situação? Me sentei na borda da cama pensando em achar um livro ou um filme para que eu me distraisse, meus olhos automaticamente caem em meu celular em cima do criado mudo, eu gostaria muito de dizer que eu não o checo muitas vezes por dia na esperança de uma mensagem, mas seria mentira, há momentos do dia em que não estou tão desligado assim e me permito ser um pouco masoquista. 
Me levanto da cama num rompante ignorando a vontade crescente de pegar o celular e ligar para “ela”, precisava muito me distrair, acabo decidindo que dar uma volta seria a melhor solução.
Peguei a chaves do carro e saí, tomando o cuidado de deixar o celular onde estava, quanto mais longe da tentação melhor.
Dirigi sem rumo por um tempo, só me concentrando na estrada, liguei o rádio e por ironia do destino estava tocando Closer do Kings Of Leon, não poderia ser mais perfeita para a ocasião pensei amargamente.
Quando finalmente me senti melhor fiz meu caminho de volta pra casa. Já era bem tarde e aparentemente ninguém tinha dado por minha falta. Entrei o mais silenciosamente possível em casa e fui direto para o quarto. Tomei um banho demorado pra me ajudar a dormir mais rápido. Vesti um pijama velho e deitei na cama.
Comecei a ter a sensação que meu celular brilhava na penumbra do quarto. Droga, eu estava sentindo um comichão por todo o meu corpo me incitando a pegar o celular, deve ser assim que os viciados em drogas devem se sentir pensei, o corpo ansiando uma dose, era assim que eu me sentia agora, queria, ou melhor, precisava da minha dose “dela” nem que fosse apenas sua a voz.
Trinquei os dentes e tentei me forçar a pensar em outra coisa, era inútil, quanto mais eu tentava mais ela invadia minha mente, seu sorriso, seus olhos, suas lágrimas... Levantei e peguei o celular disposto a joga-lo na parede, mas parei no último segundo pensando que o barulho iria acordar a casa inteira e eu não estava em condições de explicar nada naquele momento.
Que se dane.
Decido dar fim ao meu sofrimento, procuro na agenda seu contato salvo e clico em chamar. Mil pensamentos passam na minha cabeça enquanto ouço o som da chamada. E se ela já estiver dormindo? E se ela trocou de número? Será que ela vai querer falar comigo? O tormento termina quando ouço uma voz hesitante do outro lado da linha.
      - Patrick? – Fecho meus olhos absorvendo sua voz, meu coração dá um salto, a palavra viciado vem de novo à minha mente, saber que ela ainda tem meu contato salvo me deixava muito feliz, quer dizer que ela não me odeia totalmente.
    - Victoria.– Falar o nome dela estava fazendo tudo o que e tentei reprimir voltar à tona outra vez – Eu te acordei?
    - Não eu estava acordada. – Ela fez uma pausa e pensei ter ouvido um suspiro, mas não tenho certeza - Patrick, por que você está me ligando a essa hora? 
    - Eu só queria ouvir a sua voz – Confessei.
Fez-se silêncio do outro lado da linha, imaginei que ela olhava para o nada pensando na minha resposta, fiquei esperando ela dizer mais alguma coisa mas ela continuou em silêncio.
    - Victoria? – Falei hesitante.
    - Eu ainda estou aqui. – Ela respondeu e eu soltei o ar que eu nem tinha percebido que estava prendendo.
    - Como você está? – Perguntei tentando puxar conversa, tudo para prolongar o momento.
    - Eu estou bem – Não acreditei totalmente nela, mas decidi não forçar.
- Isso é bom. – Esfreguei a mão livre na nuca soltando uma risadinha nervosa, me chutei internamente, aonde você quer chegar Patrick?
     - Acho que sim. – Ouvi um leve som de riso na linha e isso me fez ficar menos tenso – E você como tem passado?
     - Eu estou bem, na medida do possível – Ri sem humor.
     -Isso é bom. – Ouvi um suspiro alto do outro lado da linha - Olha Patrick, eu tenho que desligar. – Meu coração afundou – Trabalhei até tarde hoje, tenho que ir dormir.
     - Ok, tudo bem. – Minha voz saiu meio estrangulada.
     - Certo... – Ela fez uma pausa - Boa noite, Patrick.
     - Boa noite, Victoria. – Respondi.
Esperei que ela desligasse já que eu não poderia fazer isso.
     - Foi bom ouvir a sua voz.– Dito isso ela desligou.
Recoloquei meu celular no criado mudo e tentei pegar no sono novamente, eu me sentia calmo pela primeira vez em dias. 
Talvez essa ligação não tenha sido uma má ideia afinal.

 

Diana Harvelle

- Essa é minha última semana em Stray Heart. - eu observava o pequeno calendário em minhas mãos. O que eu vou fazer depois que sair daqui? - Victoria saiu do closet e me encarou com a sobrancelha arqueada.

   -Passou voando…

   -E agora? - eu a interrompi

   -Quanto você tem? - ela se aproximou de mim
   -Alguma coisa beirando a oito mil dolares. Gastamos muito no Shopping no último mês. - Eu passei as mãos por meu rosto.

     -É verdade, mas a gente merecia. - Ela sorriu - Essa grana não vai durar muito longe daqui, temos uma semana pra te encaminhar em um emprego.

     -E você? - eu lhe lancei um olhar cuidadoso

     -Assim que que meu contrato vencer, vou pagar o que devo a Frank e depois vamos nos encontrar e vamos viver bem longe daqui.

      -Eu estou preocupada. Você vai ficar mais um mês aqui sozinha e eu um mês lá fora sozinha.
    -Calma, vai dar tudo certo, um mês não é  tanto tempo.
"Um mês não  é  tanto tempo." Eu repetia essa frase em minha cabeça enquanto assinava um contrato de mais um mês de serviços para Billie Joe. Infelizmente só tivemos a oportunidade de sair de Stray Heart duas vezes durante a semana e nessas duas vezes não obtivemos êxito em encontrar um emprego sem ter qualquer experiência, foi um fracasso total. Eu não poderia arriscar sair de Stray Heart alugar um lugar para ficar sem um emprego ao menos encaminhado. Isso seria contar com a sorte que eu não tinha. Agora eu teria que aturar mais um mês transando com desconhecidos e me perguntando onde foi que as coisas começaram dar errado, embora eu já saiba da resposta.

As coisas em stray Heart mudaram, ou pelo menos o clima não era mais o mesmo. Alguma coisa em Billie Joe havia despertado uma certa bondade em seu coração. Depois do beijo acidental em Frank, nunca mais ficamos mais que alguns minutos conversando e eu acreditava que poderia ser resultado de sua nova namorada, alguém que valia a pena de verdade. 

Nesse meu tempo em Stray Heart, graças aos céus, já havia passado bem perto de experimentar o quartinho, mas nunca de fato precisei encará-lo. Algumas garotas foram embora, outras chegaram. “Escravas do prazer” de uma novata que parecia confortável com toda a situação, soou como título de algum livro erótico, mas na verdade não há prazer em ser prostituta, dormir com caras diferentes, ser tratadas como um mero objeto sexual, não era divertido. Se formos algum tipo de escravas, somos escravas do sexo: usadas apenas para o prazer alheio.

As noites em Stray Heart viraram uma rotina, roupas curtas, maquiagem pesada e procurar alguém disposto a pagar.

     -Oi. - Frank se sentou no balcão ao meu lado.
     -Oi.- Eu tentei parecer natural, mas eu me assustei em vê-lo. - Achei que você tinha desistido de Stray Heart.
    -É a faculdade não está fácil, principalmente que eu tive que correr atrás de algumas matérias atrasadas. - ele me encarou - Sentiu minha falta?
    - Se eu disser que não eu estaria mentindo.- Eu senti minhas bochechas esquentarem. - Como vão as coisas?
   -Nada de novo, eu acho. - Eu dei um sorriso amarelo. - E você, o que tem feito? Sheila nos contou que você tem uma namorada, nao acredito que você não me contou.

- Namorada? - ele pareceu surpreso. - Eu ainda não tenho uma. - ele pareceu sem graça. - O que aconteceu na verdade foi um mal entendido, Sarah acabou confundindo as coisas, mas no final continuo um lobo solitário. - Ele me encarava com atenção.

- Não  acredito que fiquei por fora de toda essa fofoca. - Eu sorri e ele me acompanhou. - Eu também tenho uma nova, ficarei mais um mês em Stray Heart e depois Vic e eu vamos embora.

- Mais um mês? - ele pareceu pensar. - Tudo passou tão rápido. 

- Nem me fale.

- E para onde vocês pensam em ir?

- Para falar a verdade, ainda não sabemos, mas quanto mais longe de tudo isso melhor.

- Até londe de mim? - Ele mordia seu labio inferior, por um instante ele pareceu desapontado.

- Claro que não, nos veremos longe daqui.

- Eu estou ansioso por isso. - Ela abriu um sorriso charmoso.

- Eu preciso ir agora, a noite não terminou. - eu fitei o chão. - Nos vemos em breve?

- Claro. - Ele me deu um abraço e eu retribui.

Vaguei pelo salão em busca de um cliente que valesse a pena, me sentei a mesa com três homens que bebiam alegres.

     -E uma festinha a quatro, pode rolar? - o loiro me encarou.

     - Eu não trabalho assim, me desculpe. - Eu joguei meu cabelo para trás. - Mas um de vocês eu posso levar ao céu.

     -Então eu vou. - O moreno alto, com um corte de cabelo militar, olhos azuis me fitou com desejo.

Eu apenas assenti e me levantei, o físico dele era realmente impressionante a sua camisa não escondia seu peito torneado e nem a tatuagem em seu antebraço. 

Depois de formalidades, partimos para ação. Ele era extremamente cheiroso e me chamava de “meu bem”, me “comeu” de quatro, me pediu com jeitinho por um boquete, quando terminamos ele me deu um beijo na testa, enquanto calçava seu tênis eu observava suas costas nuas, fiquei imaginando como seria namorar um cara assim. Durante esse meu tempo em Stray Heart eu aprendi a reparar nas pessoas principalmente os homens. Alguns vêm aqui apenas para provar sua masculinidade,  outros tentam ganhar auto estima com mulheres bonitas sussurrando seus nomes, outros queriam apenas uma dose de prazer sem compromissos.

     -Quanto eu te devo, meu bem? - Ele sorriu de lado.

      -Quanto você acha que eu valho? - Eu ainda estava nua e o abracei por trás.

      -Mais do que eu posso pagar. - Ele sorriu - Mas eu tenho novescentos e oitenta dólares agora, serve? - eu sorri e beijei sua bochecha.

        -Está ótimo. Vou te ver de novo? - Eu sussurrei.

        -Assim que eu conseguir fugir de minha mulher eu volto aqui para te ver. - E era claro que havia o tipo de homem infiel.

Quando fui deixada sozinha no quarto segurando as notas que me foram entregues eu começava a me sentir um lixo humano outra vez, começava a pensar nos abusos do meu pai, em minha mãe e como ela estava. Era um looping infernal.

Depois de muita conversa com Victoria, eu desci para buscar uma garrafinha de água, enquanto eu ia até os fundos, vi a porta da sala de Billie Joe se abrir e Nicolle sair de lá.

 

Billie Joe

Os meses passaram rápido, me despedi de algumas garotas corajosas que ao final de seus contratos decidiram tentar a sorte longe de Chicago, recebi algumas novatas promissoras, mas quando precisei assinar um contrato de mais um mês de serviços para a senhorita Harvelle, só me provou o que eu estou cansado de saber: o mundo lá fora as assusta e elas preferem continuar vendendo o corpo do que contar no seu próximo emprego que já foi uma prostituta. O rotulo e criticas a essas garotas é quase tão doloroso quanto enfiar agulhas debaixo de suas unhas.

Quando ouvi Sheila dizer sim quando a perguntei se gostaria de se casar comigo, eu me senti estranho era quase como se eu estivesse completo. Os negócios iam bem, Frank parecia satisfeito com sua faculdade e passava dias sem ir a Stray Heart. Tudo estava tomando um curso bom, os ventos favoráveis sopravam em minha direção.

Tomar café da manhã em família estava se tornando algo rotineiro e agradável, eu gostava de conversar pela manhã com o Frank, observar Sheila preparar as torradas. Algo que eu não imaginava que viveria a essa altura da vida.

    -Frank, como vai a tal garota… Qual é mesmo o nome dela? Sarah? - Frank comia calmamente seu sanduíche de pasta de amendoim.

    -Sarah… Bom descobri que ela não gosta de mim, não daria certo e ela seguiu com a vida. - ele pareceu pensativo.

    -Ela não sabe o que perdeu. - Sheila tomou um gole de café.
Frank sorriu de lado e se calou, talvez a tal garota tenha brincado com seus sentimentos e esse é o pior tipo de mulher, mas são as mais fáceis de ganhar o coração de um homem. Mas Frank é um garoto maduro, vai superar e encontrar alguém que lhe mereça.
Como todos os dias fui a Stray Heart, paguei as garotas, me certifiquei de suas refeições, fez todo os processos de rotinas, atualizei planilhas e verifiquei os estoques de bebidas e outras coisas. Estava tudo ridiculamente quieto, eu fazia algumas anotações quando fui surpreendido por batidas na porta.
   -Entre. - Eu observei a porta de madeira se abrir e a figura corpulenta de Tré adentrar a sala.
   -Billie, tem uma garota lá fora e quer falar com você.
   -Quem? - Eu não consegui esconder minha surpresa.
   -Nicolle. A problemática. - Tré deu de ombros.
   -Deixe a entrar. - Eu sorri já sabendo o que enfrentaria. Tré saiu da sala e em seguida a garota morena que se não fosse tão mesquinha seria a minha melhor garota. - Nicolle, a que devo a honra de sua visita?  - Eu dei um sorriso sarcástico.
   -Billie Joe. - ela pronunciou meu nome lentamente, aparentemente seu corpo mantinha suas curvas e seu tom bronzeado na pele ainda chamava atenção, ela ainda se vestia como uma prostituta, mas já seus olhos fundos e olheiras que ela não conseguia tapar com a maquiagem entregavam que ela não estava tendo uma boa vida. - O que eu preciso fazer pra você me aceitar de volta? - ela falou simplesmente.
   -Eu não posso te aceitar de volta, não posso voltar atrás em minha palavra.
   -Billie Joe, eu preciso voltar pra cá. - Ela se aproximou de minha mesa. - Não dá pra viver ganhando quinze dólares por dia em uma lanchonete de beira de estrada, não dá para comer, pagar o aluguel, não dá.  Me aceite de volta, por favor.
    -Nicolle, entenda: Não quero os seus serviços. Não depois de todo aquele show, eu preso por ordem e respeito e você foi contra tudo isso, por inveja? - eu a encarei. - Você não me comove, não é a primeira a sair e rastejar para voltar. Uma vez prostituta, é para sempre, não é? As pessoas não gostam de garotas como você, elas sempre vão descobrir o que você fazia independente do quanto você esconda. É doloroso, mas é o que a vida te ofereceu. - Ela me encarou e um brilho doente tomou conta de seus olhos, ela estava com raiva, tomou a atitude que eu menos esperava e me deu um tapa no rosto, forte, senti minha bochecha queimar com o impacto. A fitei por um longo instante e já havia lágrimas em seus olhos, eu nunca revidaria, não em uma mulher, não em uma prostituta.
    -Me perdoe Billie, por favor me perdoe… Eu..
    -Saia daqui e nunca mais volte. - Eu usei o tom mais contido que eu consegui. - Eu não me importo com o quão ruim a sua vida esteja, a minha responsabilidade com você foi enquanto você estava aqui. - Eu me levantei - Saia, Nicolle. - Ela engoliu em seco. Antes de se sair pela porta ela me lançou um último olhar e saiu.
Era só o que me faltava: levar um tapa no rosto de uma garota digna de pena e nada mais. Me afundei em minha cadeira tentando raciocinar o que acabara de acontecer, elas não suportam a verdade de suas próprias vidas, será que elas culpam a mim por suas sorte?
    


Notas Finais


Nos vemos no proximo que sai hoje a tarde.
xoxo


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