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História Strip - Hell.


Escrita por: Sapphire-

Notas do Autor


Olá ~ Demorei muito? Perdoem-me a demora para responder comentários, logo logo responderei todo eles. sz

Capítulo 12 - Hell.


Japão, Tokyo. 23:10. 





 

A caminhada até Jigoku foi até divertida. 

Na verdade, eu estava cagando de medo, quase literalmente. A tensão era tanta que nós tentávamos desesperadamente encontrar um meio para nos acalmarmos. Primeiro, começamos a conversar sobre nossos tempos de colegial e faculdade, e alguns ocorridos durante essa época, como por exemplo, quando Sakuma realizou a proeza de confundir o banheiro masculino com o feminino e levou uma baita surra de um grupo de garotas indignadas. Ou quando Hiroto foi dar em cima de uma garota e descobriu - da pior maneira possível - que ela era casada. Ou quando Endou inventara de cozinhar usando uma panela de pressão pela primeira vez e ela literalmente explodiu. E como se as histórias já não bastassem no momento: lá estávamos nós, caminhando pelas ruas de Tokyo, cantando Kyary Pamyu Pamyu aos berros. 

Eu não sabia se eu cantava ou se eu chorava. 

Por incrível que pareça, Fudou aparentava estar calmo. Vez ou outra eu o fitava, talvez agoniado à procura de algo que me fizesse sentir melhor. Segurei sua mão, suspirando fundo, e Akio logo voltou-se para mim, sorrindo de canto, como se dissesse que tudo ia acabar bem. Demorou um pouco, mas finalmente chegamos à Jigoku. E como já era de se esperar, estava realmente movimentada. Eu nunca havia pisado no local até então, por isso, surpreendi-me ao perceber o quão era parecida com qualquer outro bairro de Tokyo, tudo parecia normal. 

- Cê tá de zoa? Aqui é Jigoku? - Hiroto perguntou, o que fez Tobitaka assentir com a cabeça. 

- Já esteve aqui alguma vez, Tobitaka? - Sakuma perguntou, aparentemente nervoso. Ele observava tudo atentamente, como se estivesse à procura de Genda. 

- Várias. Jigoku é perigosa, mas se for esperto o bastante, dá para desenrolar. 

- Tobitaka frequentava o bairro antigamente, por isso o chamei. - Fudou esclareceu. - Há pontos estratégicos aqui no qual sequer podemos chegar perto. Tobitaka servirá como guia e mapa. 

- Na moral, eu jurava que eu ia me deparar com algo totalmente diferente. - Hiroto começou, indignado.

- Não vou mentir, eu achava que ia ser recebido com um soco ou uma cuspida na cara. - Goenji disse, aparentando estar bem surpreso. 

- Tipo aquelas cenas de filme, tá ligado? - Hiroto comentou. - Com os badboy andando com duas mulheres do lado, aqueles cordões de ouro bem maneiros, uns caras brigando no canto, tiro...

Foi dito e feito. Assim que Hiroto mencionara a palavra, nós ouvimos um papoco, definiticamente um gatilho que acabara de ser apertado. 

A cena foi maravilhosa: o ruivo pulou nos braçou de Haruna, que se desesperou e derrubou ele no chão. Goenji tentou se esconder atrás de Endou, que se escondeu atrás de Goenji, que se escondeu atrás de Endou de novo. Natsumi soltou um gritinho agudo sensacional - Mariah Carey perdia fácil - enquanto Someoka decidira pular no meio de uns sacos de lixo ali perto. Sakuma correu de um lado pro outro, mas no fim, tudo o que ele fez foi se jogar no chão. À essa altura, eu já tinha pego minha pistola, apontando para o nada como se acreditasse fielmente que logo alguém apareceria para tentar arrancar a minha cabeça. Tobitaka ria da situação e Fudou observava sem entender muita coisa. Pra terem uma noção, ele só foi reagir minutos depois, demonstrando ser mais leso do que nosso Jumentinho Endou.

- M-misericórdia! - Hiroto exclamou, estirado no chão. - MISERICÓRDIA DE MIM, SENHOR!

- O que foi isso, O QUE FOI ISSO!? - Someoka gritou, ainda enfiado no meio dos sacos de lixo. Tobitaka ainda ria da nossa cara. 

- Cara, é normal ouvirem isso direto por aqui. Vão ter que se acostumar. 

- Eu quase cago... - Endou choramingou, assustado. - Eu não quero mais! 

- Eu só não caguei porque o cu trancou maravilhosamente aqui. - Goenji admitiu, tentando tranquilizar-se. 

- Ainda bem, né? - Haruna suspirou, talvez imaginando o quão nojento seria se os rapazes se cagassem literalmente. 

- Certo, gente, vamos nos acalmar. - Fudou tentava normalizar a respiração. - Se quisermos sair logo daqui, não podemos enrolar mais. 

- Certamente. 

- Tobitaka, pra onde iremos?

- Em frente. Há uma casa de prostituição um pouco mais abaixo. Podemos entrar lá, se quiserem.

Todos assentimos, relutos. Pouco tempo depois estávamos caminhando em grupo, rumo ao local onde investigaríamos primeiro. Por fora, aparentava ser uma moradia normal, mas as coisas mudavam completamente quando entramos ali. Ouso em dizer que aparentava ser o The Hell' Bar, só que muito mais... Intenso. Era um local escuro com jogo de luzes de todas as cores. O som alto agitava à tudo e todos, assim como as variadas bebidas expostas em Open Bar. Era um local extenso com alguns quartos por ali e uma escada ao longe, que muito provavelmente levaria à mais quartos. A cena chegava a ser um tanto estranha ao meu ver, uma vez que mulheres belíssimas andavam nuas normalmente por ali, e era até possível presenciar cenas de sexo ali mesmo.

- ... Porra. - Deixei o comentário escapar, suspirando fundo. 

- Então é assim? Chegou, transou? - Someoka perguntou. Sakuma estava incrédulo, assim como Natsumi e Haruna.

- A gente vai poder beber? - Hiroto indagou. Neguei com a cabeça, sorrindo de canto. 

- Foco, Tomatão. Bebe quando chegarmos em casa. 

- Vamos iniciar nossa busca por Genda. - Fudou disse, determinado. - Vamos nos separar em duplas. Todos trouxeram os celulares? - Assentimos. 

- Tobitaka dará um ponto de localização para cada dupla? Será bem mais rápido. - Disse-lhes, cruzando os braços, pensativo. - Um pouco mais arriscado, mas ao menos será mais eficiente. 

- Isso, Yuuto. Nos comunicaremos por celular, caso encontrem Genda. 

- Acho bom não chamarem a atenção dele. - Natsumi mencionou. - Se nosso objetivo aqui é descobrir o motivo no qual o fez frequentar Jigoku, precisamos observá-lo por um tempo. 

- Bem colocado. - Fudou assentiu. - Nós o faremos. 

As duplas separaram-se em Tobitaka e Fudou, eu e Sakuma, Endou e Goenji, Natsumi e Hiroto e Haruna e Someoka. A dupla que permanecera no bordel fora esta última, enquanto as outras saíram para receber seus devidos pontos de localização de Tobitaka. Eu e Sakuma ficamos de investigar uma das ruas do bairro, e não demoramos muito em fazê-lo. Tirando os barulhos de tiros, a rua era até tranquila, comparando-a com as demais até o momento. Caminhávamos lado a lado, observando tudo atentamente, em silêncio. Logo voltei-me para meu amigo, percebendo o quão se encontrava nervoso no momento. 

- Você está bem? - Perguntei, mesmo sabendo qual era a resposta. Sakuma me fitou, sorrindo fraco, não demorando em responder-me. 

- Nem um pouco. E você?

- Pior ainda. - Sorri de canto, fazendo-o rir baixo. 

- Estamos no mesmo barco, meu amigo. 

- É, estamos. Sakuma..

- Hn? 

- Você realmente o ama, não é? 

Outra pergunta no qual eu já sabia a resposta. Referí-me a Genda, pensando no mesmo, deixando-me levar pela preocupação do momento. Assim como Sakuma, eu realmente desejava que Genda estivesse bem, por mais que eu sentisse que não estava. 

- Sim, eu o amo. - Respondeu-me, sem rodeios. - Estou com medo

- Eu também estou.

- Eu ainda sinto que ele não fez por mal. Você... Realmente acha que ele faria isso, Kidou-san?

- Eu sempre acreditei que não, Jirou. E espero estar certo dessa vez.

- É...

- Acho bonito seu sentimento por Genda. Mesmo depois de tudo, não consegue odiá-lo. 

- Sinto que não devo. - Sakuma sorriu. - Algo em mim diz que Genda não é mal. E como advogado, sinto a necessidade de descobrir o que está acontecendo com ele.

- É esse o espírito, meu amigo. - Sorri.

- Kidou, mas e você? 

- Hn? - Perguntei, sem entender muita coisa. 

- O que sente pelo Fudou? 

Olha, eu nunca havia pensado nisso. Estamos há um bom tempo juntos, mas em nenhum momento pensei que o relacionamento iria desenvolver-se tanto. Tenho que admitir que realmente houve uma mudança entre nós dois. Ora, eu o odiava tanto que não conseguia aproximar-me dele sem sentir meu estômago embrulhar em nojo. Só agora fui parar para perceber que, atualmente, ter Fudou ao meu lado muitas vezes é sinônimo de amparo; e não digo somente em relação ao sexo. Eu aprendi a conviver amigavelmente com Fudou. A sair com ele, conversar, me divertir sem a necessidade de por sexo no meio. Claro, temos nossos momentos íntimos, mas as coisas mudaram bastante desde o dia em que considerei Akio meu remédio.

Eu parei repentinamente, fitando o chão, confuso. Por algum motivo, coloquei-me no lugar de Sakuma e Genda. Se por acaso fosse Fudou à quem nós estaríamos à procura no momento, como eu iria reagir? Fora naquele momento em que senti uma dor no peito agoniante. Senti a respiração vacilar, imaginando como seria se de repente Akio desaparecesse de minha vida e nunca mais voltasse. Por mais estranho que pareça, eu não queria que ele se afastasse. Tal pensamento fazia-me perder o ar. Eu levantei a cabeça, fitando Sakuma, sentindo-me desnorteado. As palavras logo saíram em um impulso, em um tom baixo e lento, como se eu não tivesse pressa alguma para respondê-lo. 

- Eu... Não sei. 

De repente, sinto o celular vibrar em mei bolso, o que me assustara. Retirei o trlefone dali, logo percebendo ser uma ligação de Someoka. Atendi rapidamente, dessa vez suspirando fundo, tentando desviar-me dos pensamentos recentes. 

- Someoka?

- Kidou, eles pegaram a Haruna! 

Meu coração pareceu parar de bater no momento em que ouvi o nome de minha irmã, e juro ter ouvido seus gritos ao longe, do outro lado da linha. Fitei Sakuma desesperado, arregalando os olhos em puro temor. Minha mão tremia sem cessar, e por algum motivo, minhas pernas não queriam mover-se no momento, como se estivessem grudadas no chão.

- O que?... - Perguntei, nervoso. 

- Um grupo de quatro homens, aqui, no bordel! Venha já pra cá!

- KIDOU!

Ouvi o grito estrangulado de minha irmã novamente. E dessa vez, fitei Sakuma decidido, jogando o celular em sua direção, não demorando em correr desesperadamente rumo à casa de prostituição. Meu coração palpitava com intensidade, deixando-se levar pelo medo de que algo ocorresse à minha irmã. Quando cheguei no local, abri a porta apressadamente, percebendo os olhares todos voltados para a escadaria, de onde vinham os gritos de Someoka e Haruna. Corri até lá, empurrando os que me atrapalhavam o caminho sem me importar com o que me fariam em seguida. Subi as escadas rapidamente, logo deparando-me com outra salão tão iluminado e decorado quanto o de baixo. Observei ao redor, procurando por algum vestígio de minha irmã e meu amigo, avistando uma das portas abertas ao longe. Meu instinto mandou-me ir até lá, e assim o fiz, sem pensar duas vezes. 

Quando entrei no quarto, meu coração pareceu parar novamente. 

Deparei-me com um Someoka imobilizado por um dos caras. Dois deles seguravam Haruna deitada na cama, de ambos os lados, como se quisessem se certificar de que iriam mantê-la alí. O quarto rapaz, por sua vez, já estava a retirar as roupas de minha irmã à força, que chorava em desespero, tentando em vão escapar das mãos daqueles três homens. O que eu fiz foi uma loucura. Avancei, socando a face do rapaz que estava a despir Haruna segundos atrás, este afastando-se com a mão na face, talvez surpreso com tal ato. Ele me fuzilara com o olhar em seguida, partindo para cima de mim, socando-me o abdômem em seguida a face. Cambaleei para trás, sentindo-me extremamente tonto. E para piorar novamente, fui espancado novamente, dessa vez por dois. Haruna gritava meu nome desesperada, e consegui perceber que um dos três homens a segurava para que nãp escapasse de jeito nenhum. Outro que estava a gritar era Someoka, que em um momento conseguira escapar dos braços do quarto cara, mas que voltara a ser imobilizado novamente. 

A pancadaria pareceu não tem fim. Sentia chutes em minha cabeça, socos em meu rosto, mas mesmo desnorteado, eu tentava me defender à todo custo, mesmo imaginando que iria terminar bem mal. Um dos homens que me batiam se afastou, voltando-se para Haruna, enquanto dava continuidade ao processo de despí-la sem ligar para suas súplicas e seus pedidos de ajuda. Sussurrei o nome de minha irmã,tentando levantar-me, sentindo a cabeça pesar e o sangue escorrer livremente por minha face. Eu podia jurar que tudo iria acabar ali, sentindo-me mal em ser obrigado a lidar com o fato de que minha irmã estava prestes à ser estuprada ali, na minha frente. Senti a extrema vontade de chorar enquanto o rapaz que permanecia ao meu lado insistia em continuar a espancar-me, sentindo-me impotente e inútil no momento em que ela mais precisava de mim.

Mas como se Deus ouvisse as minhas orações, as coisas mudaram de rumo. 

De repente, pude ver Hiroto Kiyama entrar no quarto, esmurrando sem dó a face de um dos rapazes que se encontravam com Haruna. Natsumi Raimon que era a sua dupla, agira com coragem, esfaqueando a perna do rapaz que estava a me bater até então. Este gritou de dor, afastando-se e logo caindo no chão, não ousando retirar a faca dali no momento. Me levantei com a ajuda da Raimon, apoiando me nela, respirando fundo e tentando encontrar apoio para que finalmente fosse auxiliar Hiroto e salvar minha irmã. 

Também entraram no local Sakuma, Fudou e Tobitaka, prontos para nos ajudar naquele momento. Fudou correu na direção de Hiroto, enquanto tirava o homem livre de suas costas e o socava com gosto. Tobitaka aproximou-se apressadamente de Someoka, que à esta altura já estava conseguindo livrar-se novamente do quarto cara. Tobitaka também não teve dó em lhe dar uma baita surra, junto à Someoka. Natsumi se aproximou do cara que havia esfaqueado, retirando o facão do ferimento sem pena alguma, de uma vez só, fazendo-o urrar de dor. Ela se aproximou de um dos rapazes que encontravam-se com Haruna, esfaqueando-o o braço com o intuito de atrasá-lo. Sakuma correu até mim, fazendo com que eu me apoiasse nele.

- Nós vamos precisar correr. Você consegue?

Ele me perguntou em um tom firme e eu assenti, ainda sentindo-me tonto e completamente dolorido. Quando Someoka e Tobitaka conseguiram deixar o quarto cara desnorteado e Fudou, Natsumi e Hiroto conseguiram tirar Haruna dos braços daqueles dois patifes, nós corremos. Não sei como, mas arranjei forças para correr em disparada, assim como meus amigos, saindo do local logo em seguida. Como já era de se esperar, os três caras - já que o quarto estava sem condições de correr - nos seguiram pelas ruas de Jigoku, mesmo que estivessem sendo deixados para trás. Durante todo o percurso, imaginei o quão Sakuma fora esperto em ligar para o pessoal pedindo auxilio; se fôssemos somente nós, tudo daria errado. 

Em nenhum momento nós ousamos parar de correr, e todo o nosso intuito era sair logo de Jigoku. Enquanto corriamos, Fudou ligou para Goenji, alegando que precisávamos sair dali o mais rápido possível. Tudo parecia estar dando certo novamente, até eu ouvir o grito assustado de Sakuma. 

- GENDA!

Foi motivo para que eu parasse subitamente e olhasse na mesma direção que Sakuma. 

Lá estava ele. Genda Koujirou, sozinho, em um beco escuro e afastado. Eu gostaria de dizer que le estava bem, mas muito pelo contrário; sozinho, Genda urrava e chorava. Parecia estar extremamente assustado com algo, debatendo-se no chão, suplicando em desespero para que algo, que até o momento eu não vira, saísse dalí e o deixasse em paz. Sakuma sequer ligou para os três homens que aproximavam-se cada vez mais da gente, logo entrando nesse beco escuro e correndo em direção ao amigo, ajoelhando-se próximo à ele, logo o abraçando. Genda, aos prantos, remexeu-se nos braços de Sakuma, e pude vê-lo alentar-se em seus braços como se ali ele encontrasse o conforto que precisasse. Genda, pelo que aparentava, estava no meio de ums crise de pânico inexplicável. 

Os três homens aproximaram-se, e logo a pancadaria voltara à ativa. Natsumi, Fudou, Someoka, Tobitaka e Hiroto partiram para cima, em ataque, à fim de machucá-los e atrasá-los caso precisássemos correr novamente. Eu e Haruna nos aproximamos de Sakuma e Genda, prontos para o auxilio. Haruna ainda estava muito assustada, mas percebi que estava tentando controlar-se; e eu, ainda me sentia tonto e ferido. O sangue não cessava, e isso já estava enfraquecendo-me. 

- Sakuma, consegue ajudá-lo? Vamos levar Genda pra casa! - Haruna disse-lhe, ainda trêmula, porém determinada. Sakuma assentiu chorando, afagando os cabelos do amado, aproximando seus lábios de sua face. 

- Meu amor, vamos para casa. 

Genda nada disse. Continuou aos prantos, abraçando Sakuma, à procura de afago. Nós os ajudamos a levantarem-se, logo caminhando com ambos para fora do beco, dando de cara com uma briga sangrenta que parecia não ter fim. Se continuassem desse modo, os três homem não parariam nunca. 

De repente, vejo duas figuras conhecidas aproximando-se rapidamente. Goenji e Endou finalmente vieram ao nosso encontro, este último segurando a bola de futebol como se estivesse prestes à usá-la. 

- Se afastem! 

Endou gritou, chamando a atenção de nosso grupo. Confiaram em suas palavras, afastando-se rapidamente, deixando os três homens bem confusos. Em um movimento rápido, Endou jogara a bola para cima e Goenji logo saltara em direção à ela, rodopiando no ar, finalmente executando a técnica que tanto nos salvara em campo e, agora, em um momento crítico de nossa vida. 

- FIRE TORNADO! - Chutou a bola em direção aos três rapazes com êxito. 

- Corram!

Gritei, com as últimas forças que me restavam, percebendo a deixa rapidamente. Fire Tornado nos daria tempo o suficiente para corrermos e sairmos dali sem sermos pegos, e agradeci mentalmente a Endou Mamoru por ter insistido tanto em levar a bola consigo. Todos obedeceram meu pedido, correndo em desparada, com o único intuito de finalmente sairmos daquele bairro macabro. Ninguém, em momento algum, ousou olhar para trás; meu olhar voltava-se tanto para nosso caminho quanto para Genda, que por um milagre decidiu acompanhar nossos passos e correr, mesmo que ainda estivesse a chorar baixinho. Ele era o único que olhava para trás, talvez com medo de alguém estar seguindo-o. 

Em um momento, minhas pernas vacilaram e eu caí, extremamente desnorteado. Por sorte, Goenji logo me pegara nos braços, voltando a correr como antes sem demora alguma. A tensão e o desespero permaneceram até que finalmente nós chegássemos à rua principal de Tokyo. 

E, finalmente, deixamos Jigoku para trás. 
 



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