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História Stripped - Capitulo 3


Escrita por: MissBelivet

Notas do Autor


Olá, obrigada aos que se interessaram pela história, bem ao longo da fic vocês irão notar cada vez mais modificações com a história do livro, eu espero que gostem ^^

Capítulo 3 - Capitulo 3


O último do ano escolar passa sem incidentes. As dores de cabeça da mamãe diminuíram ou ela as esconde. Eu dancei em diversos recitais, com mamãe e papai no público. Papai ainda não chega a aprovar, e ele definitivamente lança olhares para as outras meninas — que fazem solos mais abertamente sensuais. Ele sabe que eu sou talentosa, porém, e isso lhe agrada. Eu danço durante o verão, e eu chego a conhecer Demi, Lisa e algumas outras garotas do estúdio. Papai me deixa sair com elas, enquanto eu respeito o toque de recolher regularmente. Para a maior parte, nós não fazemos nada além de sair no shopping e assistir TV na casa de Demi. Alguns meninos vem algumas vezes, mas nenhum de nós diz nada para os adultos. Demi é um duende, mal tem um metro e meio e pesa cerca de 45kg. Ela tem cabelo castanho com as pontas rosas e olhos castanhos e é uma cabeça quente, ardente, enérgica e franca. Ela praticamente tem a casa só para ela desde que seus pais trabalham o tempo todo. Tanto quanto o papai sabe, é só eu, Demi e Lisa e um saco de queijo, e filmes como Flashdance, Footloose e Girls Just Wanna Have Fun.

Ele não sabe sobre as ocasionais festas de Demi nos fins de semana enquanto seus pais estão em Atlanta ou em outro lugar para algum negócio. Em comparação com as histórias que eu ouço na Central High School, estas festas são geralmente muito dóceis, é basicamente o mesmo, mais ou menos vinte pessoas, algumas meninas do estúdio da Sra. Hansen, alguns caras do time de futebol, e algumas meninas do programa de dança do Central. Alguns tomam um pouco de cerveja ou uísque, mas eu não. Papai sentiria cheiro de álcool em mim antes mesmo que eu entrasse em casa. Tentei beber cerveja uma vez, mas é desagradável. Tomei um pequeno gole de uísque e quase engasguei. Eu bebo coca-cola e me divirto assistindo os outros agirem como idiotas.

 

Em uma dessas festas, perto do fim do verão, eu me vejo sentada no deck atrás da casa de Demi, observando como seis ou sete rapazes bêbados jogam uma partida turbulenta de futebol, meninas torcendo e ficando no caminho. Uma das meninas da Central de Dança está sem a sua camisa, o sutiã rosa brilhante no final da noite. Estou envergonhada por ela. Como ela poderia estar bem assim, seminua, sabendo que cada indivíduo daqui está olhando para ela? Quero cobri-la. Várias caras chegam a ela, tentam levá-la com eles para dentro, mas ela consegue sem esforço algum expulsá-los sem ferir quaisquer sentimentos. Ela está claramente embriagada, dançando a música tocando nos alto-falantes portáteis do iPod de Demi. Ela tem as mãos em seu cabelo, junta-as na parte de trás de sua cabeça. Ela está contorcendo os quadris ao ritmo da música, rodando ao redor lentamente, girando os quadris, pele bronzeada piscando sob a luz da lua e o brilho amarelo pálido da casa. Todo mundo está olhando para ela. Todos. Ela é uma dançarina, ela sabe o que está fazendo. Ela sabe que tem atenção. Ela desliza as mãos sobre a barriga, sobre seus quadris, empurrando o cós de sua calça jeans apertados. Sua dança assumiu uma vida própria, girando no lugar, jogando seu cabelo em volta, empurrando para fora e balançando os quadris. Cada movimento é provocativo. Cada movimento faz meus olhos se prenderem mais a ela. Os caras estão congelados, e eu vejo como os garotos estão ajeitando suas partes de baixo. Mesmo que eu esteja na escuridão, ainda estou corando.

 

A voz baixa e rouca vem da minha esquerda. — Você pode dançar daquele jeito?

Eu pulo, assustada. Procuro nas sombras e vejo um menino que vem com frequência as festas de Demi, um jogador de futebol chamado Shawn. — Não, — eu disse, balançando a cabeça. — Definitivamente, não.

Ele ri, apoiando-se no corrimão. — Claro que você pode. — Seus dedos tocam sobre meu ombro, e eu tremo. — Você deveria tentar. Você seria quente. Ela é bem bonita, mas você? Você é bonita pra caralho, garota.

Eu coro tanto que meu rosto fica quente. E meu riso nervoso se destaca. — Você é louco.

— Não, eu não sou. Só sei o que eu gosto. — Seu tom indica que ele está se referindo a mim.

 

Eu ainda não consigo vê-lo. Ele está nas sombras, na grama além do deck. Eu já o vi antes. Ele é alto e charmoso, o tipo de cara que a maioria das meninas gaguejam ao falar com ele. Ele está vestindo uma blusa vermelha que mostra seus braços musculosos e um par de shorts pendurados baixo. Ele é bonito, isso é certo. Meu estômago se contorce. Ele gosta de mim. Ele está inclinando-se para me ver melhor, com os olhos pálidos e amplos na escuridão.

Abruptamente, ele planta as mãos no corrimão do deck e ele está bem na minha frente. Eu dou um grito silencioso de surpresa e recuo para longe dele. Ele anda até mim. Ele é tão alto, e eu estou com medo do que eu vejo em seus olhos. Desejo. Fome.

 

Eu não sei como lidar com isso, com ele. Este é um novo território. Sei que eu sou bonita, então os meninos estão sempre interessados. Eu tenho altura mediana para uma menina, de 1,57 com os pés descalços, mais dez centímetros e meus problemas estariam resolvidos. Tenho cabelo escuro como a noite que é longo, cheio e ondulado. Meus olhos castanho-escuro, a cor de ferro escuro, ou então é o que Demi diz. Eu tenho o corpo de uma dançarina: curvas, coxas poderosas, quadris mais largos do que eu gostaria, uma cintura bastante fina, e seios... Bom eu os tenho

.

É lá que os olhos de Shawn estão colados agora. Eu estou usando uma camiseta solta azul e uma saia até o chão cinza. Completamente conservadora. Sem pele a mostra, apenas meus braços e um aro fino acima da gola alta de minha camisa. Mesmo assim, Shawn não pode tirar os olhos do meu peito. De repente estou irritada com isso. Mas, então, ele dá mais um passo, e ele está perto o suficiente para que eu possa sentir o cheiro da cerveja em seu hálito e ver a luxúria em seus olhos.

— Vamos lá, Camila, me mostre como você dança. — Ele coloca as mãos nos meus quadris, baixos, e se esfrega contra mim.

Estou congelada, porque ninguém jamais me tocou assim. Devo reagir? Parte de mim gosta, mas essa parte é pecaminosa. A pecadora sensual em mim gosta.

Com uma ingestão aguda de respiração, puxo-me para fora de seu aperto. — Acho que não, Shawn.

Ele apenas ri, como se eu estivesse jogando um jogo. Seguindo-me, ele pressiona seu corpo duro contra mim, ele não permite que uma polegada esteja entre nós. Antes que eu saiba o que está acontecendo, sua boca está na minha, a respiração azeda pela cerveja e seu odor corporal leve. É uma fração de segundo de contato, mas estou revoltada. Eu o afasto e tropeço para trás, em seguida, bato nele com força. Eu não me incomodo de falar, e vou para dentro da casa, fechando o vidro da porta do pátio atrás de mim.

Através de uma janela aberta, ouço a voz de Demi o chamando para fora do quintal. — Ela não é assim, Shawn. Você não pode vim com essa merda para cima de Camila Cabello. Você não sabe quem é o pai dela?

— Quem? Eu deveria saber? — Eu o ouço responder.

— Alejandro Cabello. Pastor da Igreja Batista Macon Contemporânea.

— Não é a enorme igreja na 75?

— Sim. Esse é o seu pai. Ela é filha de um pastor, Shawn. Ela não é o tipo de garota que vai fazer uma festa com você. Então, esqueça. Esqueça-a.

— Puta merda, — Shawn murmura. — Ela é quente como o inferno.

— Bem, ela está fora dos limites. Vai dar em cima da Amanda.

Shawn ri. — Sim, certo. Cada indivíduo em Macon com idade inferior a vinte e cinco anos já deu em cima da Amanda. Eu não quero subir nesse trem.

Demi ri com ele. — O que significa que ela é uma aposta certa, não é?

— Aposta certa para herpes, você quer dizer. — Eu ouço uma mudança na voz de Shawn. — E você, Demi? Que tipo de garota é você?

Demi não responde imediatamente. Eu não posso acreditar que ela vai cair em uma cantada assim, mas sua voz é baixa e ofegante. — Pegue-me outra bebida, e você certamente poderia descobrir.

Recuo para dentro da casa, sem querer ouvir mais nada.

 

Eu pulo a próxima festa de Demi, e acho que ela percebe. Aquela conversa atravessa minha cabeça pelo resto do verão, no entanto. Eu sou a garota que está fora dos limites. Eu sou a filha do pastor. Não sou fora dos limites porque respeitam as minhas crenças sobre o casamento, ou por causa de quem eu sou, mas por causa do papai. Demi estava certa de que eu não sou esse tipo de garota, mas isso não significa que eu odiei totalmente o avanço de Shawn, ao menos não até que ele me agrediu com a boca. Eu gostei de me sentir desejada.



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