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História Stripper - Scisaac - Brincadeiras


Escrita por: MaxPosey

Notas do Autor


Oia eu aqui de novo hahahaha!
Capítulo quentinho para vocês e apreciem com moderação.

Capítulo 12 - Brincadeiras


Fanfic / Fanfiction Stripper - Scisaac - Brincadeiras

Scott não fazia ideia de qual filme Bad Angel tinha colocado e apostaria um bom dinheiro que ele também não. Antes de os trailers terminarem, eles estavam perdidos um no outro. Com carinho, porém muita paixão, ele deitou Scott no sofá bege e começou a beijar o pescoço dele. Daí removeu a camisa enquanto continuava a beijá-lo. O tecido grosso do sofá lhe arranhava as costas, mas Scott não se importava. O que importava era o momento, aquele momento, a realidade das mãos de Bad Angel em seu corpo e a sensação de seus lábios sedosos na pele nua. Ele tocava tanto quanto era tocado, provava tanto quanto era provado. O apetite por Bad Angel tinha se transformado num desejo tão feroz que Scott se viu incapaz de negá-lo. Aquele desejo o guiava, deixando-o torpe e ávido, elevando também as paixões de Bad Angel até ele devorá-lo e, finalmente, Scott experimentar o fervor e a quase loucura pela qual ansiava.

Eles escorregaram para o chão com um baque surdo quando ele tentou rolar Scott no sofá. A cabeça dele bateu no piso de madeira, com um estampido, e Scott caiu em cima dele. Mas isto não o desacelerou. As mãos de Bad Angel percorriam o corpo dele, os polegares acariciavam os mamilos e o sexo de Scott doía enquanto ele se esfregava contra o cume da ereção através do jeans. Scott agarrou a mão dele que  estava pousada em seu peito e começou a cavalgá-lo com mais força, o atrito do cetim e do brim contra o membro, o contorno rijo do pênis e o desejo dele culminando em um orgasmo explosivo que fez Scott gritar o nome dele e lhe apertar as mãos.

– Scott. – A voz aguda de Bad Angel cortou através da névoa de luxúria e obrigou Scott a se concentrar nele. Os músculos do pescoço dele se retesaram, o rosto estava vermelho e ele parecia estar tentando desesperadamente não…

– Oh. Desculpe. – Scott começou a sair do colo dele, mas ele se recusou a soltar sua cintura.

– Fique sentadinho aqui só por um segundo para eu não ficar constrangido. – Ele fechou os olhos e suspirou, as mãos relaxando gradualmente. Quando ele finalmente olhou para ele, os cantos dos olhos se enrugaram juntamente a um sorriso tímido. – Eu não perdia o controle assim desde que eu era adolescente.

– Ouvi dizer que a idade faz isso com o homem.

– Idade? – Isaac o virou em seu colo, segurando-lhe a cabeça para que não batesse no chão. – Vou te mostrar o que é idade.

Scott arqueou uma sobrancelha.

Apoiando-se nos cotovelos para se levantar, Scott grudou os lábios nos dele no que era para ser um beijo rápido, mas que evoluiu para um amasso demorado que deixou Scott se contorcendo e Bad Angel ofegante, e estimulou uma repetição do desempenho num horizonte próximo.

– Pelo amor de tudo que é mais sagrado, Scott, salve meu orgulho. Não vou conseguir me segurar de novo.

Scott só conseguiu dar uma risada arfante em resposta.

Ele se desvencilhou do moreno e dobrou um braço atrás da própria cabeça, meneando o queixo para os sapatos dele.

– Eu vou deixar você mandar em mim agora porque estou com um ponto de vantagem na contagem de orgasmos, mas não pense que isto vai se tornar um hábito – brincou ele, pegando sua camisa e ficando de pé.

– Eu não me importaria que isso se tornasse um hábito – disse ele suavemente.

Scott o encarou, a testa franzida.

– Por favor, não me diga que você vai sair me dando ordens. Isso poderia ser um problema.

– Não, gato.

Algo dentro dele floresceu diante do apelidinho.

– Eu quis dizer que eu poderia me acostumar a isso, nós dois juntos, um hábito.

Sim. Definitivamente floresceu. A vontade de correr para ele, de se jogar no mistério, na segurança e na promessa de um felizes para sempre era quase esmagadora. Mas, em vez de ceder ao desejo, ele pegou os sapatos. Scott não era esse tipo de garoto.

Seu pai o fizera modificar sua visão do mundo há anos, quando um dia ele entrou na sala enquanto e o moreno estava assistindo ao desenho A Bela e a Fera. Ele fez uma pausa no filme e depois caiu na gargalhada quando a Fera se transformou num belo príncipe. Uma vez que ele recuperara o fôlego, dissera a ele que o conceito do amor verdadeiro era tão falso quanto o Papai Noel, e que as relações giravam em torno de dinheiro, mesmo para os príncipes. Até então Scott não sabia que Papai Noel não existia, e a verdade o deixou em lágrimas.

– Ah, cresça – vociferou ele antes de gritar pela babá, Paulette, e bater a porta atrás de si.

Paulette consolara Scott. E também confirmara que Papai Noel não existia, deixando Scott esboçar a única conclusão possível para uma menino de sete anos de idade: se Papai Noel era uma mentira baseada em dinheiro, o amor também devia ser uma mentira baseada em dinheiro. E seus sucessivos namorados não o fizeram mudar de opinião.

– Scott? – A mão quente lhe acariciou a panturrilha e ele sobressaltou-se. – Ei. – Isaac se levantou e posicionou-se atrás dele. – Aonde você estava?

– Num passeio infeliz pela estrada das lembranças – sussurrou ele.

– Se a estrada das lembranças está cheia de lembranças tristes, vamos criar algumas felizes então.

Scott olhou para trás, incapaz de disfarçar a surpresa.

– O que você quer dizer?

– Não fique tão assustado. – Isaac afastou o cabelo dele da testa. – Eu não estou pedindo uma declaração de amor eterno. Eu só gostaria de ver aonde isso vai dar, e tentar fazer funcionar. – Ele engoliu em seco. – Talvez chegar ao ponto da exclusividade.

– Eu não fico dormindo com um monte de caras por aí, Bad Angel. – As palavras saíram mais ríspidas do que o pretendido. – Desculpe. É que… Eu não saio muito, e se estou dormindo com alguém, eu não saio com ninguém. Parece errado.

Ele assentiu.

– Diminui o valor da experiência junto à pessoa com quem você está dormindo.

Scott relaxou um pouco.

– Exatamente.

– Você sabe o que isso significa?

– Não…?

Sentando-se, ele estremeceu e ajeitou a ereção para que parasse de comprimir em seus jeans.

– Isso significa que cruzamos a primeira ponte.

O estômago de Scott deu uma cambalhota esquisita e parou em algum lugar perto de seus joelhos.

– Qual ponte?

A resposta dele fez o estômago dele concluir a queda:

– Acabamos de acertar nossa exclusividade.

Scott passou a mão sobre o coração ribombante e lutou para respirar.

“Exclusividade” não estava no cardápio quando ele conhecera Bad Angel, ontem.

– Você não acha que é um pouco rápido para isso?

– Na verdade, não. – Os olhos azuis o penetraram. – Nós acabamos de estabelecer que não estamos dormindo com outras pessoas. Eu não estou saindo com ninguém enquanto estou com você, porque eu realmente não quero. Você disse que não namora muito, então suponho que você também não esteja com ninguém mais. – Ele franziu a testa, o olhar se tornando feroz. – A menos que estejamos falando de Theo, mas aí vou ter que matar aquele nojento filho da mãe.

Scott soltou algo que foi meio arquejo, meio risada antes de responder:

– Não, eu não estou saindo com Theo.

– Então você acaba de salvar a vida dele.

– Você me assusta um pouco – disse ele, as palavras num sussurro.

Ele fez uma expressão de tristeza.

– Você notou que estou brincando, certo? Eu não sou um espião supersecreto do governo que vai derrubar o covarde do Theo por ele estar mexendo com o meu homem, está bem?

– Seu homem. – Isso era tudo o que Scott captara. Uma parte dele estava em êxtase, ele poderia ter este homem completamente para si, mas a outra parte estava aterrorizado.

Isaac relaxou o rosto e fez aquela coisa neutra que sempre fazia quando estava tentando esconder seus sentimentos.

– Você não parece feliz.

E Scott já não estava gostando de vê-lo tentando esconder o que era óbvio. Ele respirou fundo e calçou os saltos, então se virou lentamente e o encarou. O desejo de se cobrir fazia suas mãos estremecerem e ele lutava para permanecer ali e deixá-lo observá-lo enquanto ele falava.

– Eu não fico apenas de cueca para qualquer um, Bad Angel.

– Mas isso não significa que você esteja feliz – respondeu ele, o rosto ainda cuidadosamente vago.

Mas seus olhos – ah, cara – seus olhos. Eles haviam dilatado com uma profusão de emoções e agora a fitavam com tal desejo que Scott tremia.

– Estou feliz – assegurou ele enquanto fazia seu melhor desfile lento em direção a ele. – Muito, muito feliz.

– Então por que você está hesitante?

Era evidente que ele não ia deixar o assunto de lado, então Scott parou, fechando os olhos antes de responder.

– Porque eu sou uma droga em relacionamentos. Eu não acredito em felizes para sempre. Tenho lutado muito para conquistar meu lugar no mundo, e ele nunca incluiu ninguém com tanta longevidade assim, exceto Allison. É como se eu fosse um navio e ela fosse um crustáceo, sempre grudado no meu casco – comparou ele com um sorrisinho.

– Um pequeno crustáceo tenaz e apavorante que não me deu a opção de dizer não e que me ama apesar das minhas neuras.

O farfalhar de tecido e ranger das tábuas a fez abrir os olhos – ele esperava encontrar Bad Angel saindo da sala. Em vez disso, ele o flagrou diminuindo a distância já insignificante entre eles.

– Que tipo de navio?

– Hein?!

Ele sorriu lentamente.

– Que tipo de navio você é? Estou pensando num navio pirata.

Scott riu.

– Eu sou um navio pirata?

Ele o puxou para um abraço feroz que o envolveu completamente. Daí pousou a boca ao lado de sua orelha e as palavras foram pouco mais do que um sopro.

– Isso. Sabe como eu sei?

– Como? – perguntou Scott com a mesma sutileza.

Ele foi mordiscando até o seu queixo, depois foi à boca, os lábios, movimentando-se sobre os do moreno quando respondeu:

– Eu tenho uma quedinha séria por navios piratas. Deve ser o espólio. – Rápido e preciso, os lábios dele tomaram os de Scott e exigiram uma reação na mesma intensidade. O beijo o abalou e o acalmou, libertou-o e marcou. E foi aí que Scott soube. Ele estava em apuros. Muito encrencado. Metido no tipo de problema que um coração não gostaria de largar. Jamais.

Isaac o deitou no chão enquanto lhe sussurrava ao ouvido o que ia fazer com o corpo dele.

Scott cedeu, totalmente ciente de que os acontecimentos desta noite eram um passo além em direção ao impossível.

Pela primeira vez, ele se desligou de tudo e permitiu-se entregar-se a Bad Angel.

O cheiro de café invadiu a consciência de Isaac. Ele se espreguiçou, gemendo.

Lembranças da noite anterior vagaram por sua mente enquanto suas sinapses começavam a disparar. Cara, tinha sido uma loucura. Scott tinha sido uma loucura. Ele começara hesitante, cauteloso em relação ao lance de tentar uma relação com exclusividade. Então alguma coisa dentro dele mudou. Todas as suposições de Isaac desapareceram na esteira daquele garoto impetuoso. Ele nunca havia sido dominado entre quatro paredes, no entanto, ele conseguira fazê-lo das melhores formas possíveis. De maneira tão eficaz, na verdade, que ele estava fisicamente dolorido. Isaac sorriu. Todos os músculos doloridos eram como um distintivo de honra. Ele conquistara cada um, faria tudo de novo se lhe fosse dada a oportunidade. Talvez até mesmo hoje à noite.

Ele ainda estava um pouco desconfortável por não ter abordado o assunto de seu nome, mas Scott se revelara tão vulnerável na noite anterior que ele não queria correr o risco de magoá-lo. Além disso, eles ainda tinham o dia de hoje, e ele queria gastá-lo fazendo-o feliz a ponto de Scott não se importar com o nome verdadeiro dele.

– O que te faz ficar deitado aí, de olhos fechados, parecendo o cara que ficou sabendo que ganhou na loteria um dia depois de assinar os papéis do divórcio?

Ele abriu os olhos, lenta e preguiçosamente.

– Você.

– Huum. – Scott bebeu um gole de café. – Eu nem estava aqui.

– Eu estava fazendo uma recapitulação detalhada da noite. Tenho certeza de que nós dois marcamos pontos várias vezes, mas não tenho certeza de quem venceu o jogo.

Scott deu tapinhas no rosto dele.

– Seu bobinho. Eu venci.

– Como pode ter tanta certeza? – O ceticismo transpareceu nas palavras dele.

– Porque você é o jogador, gato, mas eu sou o técnico do time.

– Largue seu café.

– O quê? – O olhar de Scott deslizou para ele, e ele ficou totalmente encantado com a maneira como os lábios dele se contraíram e os olhos brilharam.

– Eu disse para largar o café.

– Por quê? – Agora o ceticismo era todo dele.

– Eu não quero que você o entorne e se queime.

Ele bufou.

– Acho que sou capaz de conversar e beber uma xícara de café sem me queimar.

Ele arqueou uma sobrancelha.

– Você não vai conseguir fazer isso quando eu te botar na lona… Técnico do time. – Scott levantou-se da cama num lampejo e deu um gritinho alarmado fazendo-o rir. – Que tipo de técnico é esse que foge de seus jogadores?

– O tipo que conhece o tamanho do taco do seu jogador. – Scott corou. – Estou um pouco esfolado.

– Então nada de usar o taco esta manhã – disse Isaac suavemente, e deu um tapinha na cama. – Sente-se.

– Tudo bem, mas guarde as mãozinhas debaixo das cobertas, bem juntinho de você. – Os olhos de Scott arderam e a boca se abriu e fechou quando ele caiu na gargalhada. – Eu não quis dizer… É que… Bem, droga. – Scott riu, balançando a cabeça.

– Então nada de usar o taco, hein?!

Ele sorriu.

– Cale a boca, Bad Angel, ou você vai para o banco indefinidamente.

– Calando a boca imediatamente, treinador.

– Ótimo – disse ele timidamente, acomodando-se na cama e colocando as pernas debaixo de si. – Quais são seus planos para o dia?

A pergunta pegou o cacheado desprevenido e ele deixou a verdade escapar sem um pingo de sutileza:

– Eu pensei em passá-lo com você.

Scott deu um meio sorriso enquanto o fitava.

– Eu preciso ir para o escritório. Tenho uma reunião importante e…Sentando-se, Isaac pegou a xícara de café da mão de Scott, tomou um gole e fez uma careta enquanto colocava a xícara na mesinha de cabeceira.

– Eu sei que você disse que gosta de café com creme e açúcar, mas há porcaria suficiente aí para desqualificar isto como café.

– Os homens que reclamam raramente ganham a própria xícara – brincou Mccall, levantando-se e pegando uma segunda caneca em cima da cômoda, a qual ele não tinha notado. – Pronto… Preto, purinho e amargo. Do jeito que você gosta.

Scott só tinha como saber como ele gostava do café porque havia tomado conhecimento disso no café da manhã do dia anterior. E ele só teria guardado a informação se quisesse trazer café para Isaac hoje, e talvez no dia seguinte, e no outro, e… O coração de Isaac falhou.

Aquele garoto poderia representar um problema imenso para ele. Problemas com um A maiúsculo para…

Ele engasgou com a bebida quente e sentou-se, cuspindo café para todos os lados.

– Bad Angel? – Scott pegou um travesseiro, tirou a fronha e começou a enxugar o edredom manchado de café. – Ou faça o gesto internacional de que você está engasgando ou um sinal de positivo de que você está pronto para morrer.

– Não me faça rir – chiou ele. Enxugando os olhos que lacrimejavam, Isaac o fitou com uma espécie de curiosidade apavorada.

Scott sacudiu as mãos para trás, enfiando a fronha atrás de si.

– Desculpe pela fronha, mas eu não queria que você estragasse seu edredom. É mais barato substituir o jogo de lençol do que a colcha.

A realidade fria se infiltrou no momento e congelou os pulmões de Isaac. Para ele, tudo girava em torno do dinheiro. Scott notou que preciso do dinheiro. Com os nervos chacoalhando ao longo da espinha como um presidiário batendo a caneca de lata vazia contra as barras de metal, Isaac ficou observando Scott silenciosamente até ele fazer uma careta estranha.

– O quê?

– Por que você sugeriu que é mais barato substituir o jogo de lençóis? – Ele odiou o fato de sua voz refletir o deserto frio de ressentimentos que crescia dentro de si. Será que ele vinha se enganando, achando que Scott iria aceitá-lo como o stripper pobretão que ele achava que Isaac fosse? – Scott? – pressionou ele.

– Parte de mim não acha justificável jogar fora uma colcha com uma manchinha pequena. É mais barato e mais fácil substituir o jogo de lençol se a mancha de café nãosair. – Scott olhou para ele de novo, a mandíbula rija de teimosia. – Eu posso morar em um belo apartamento, mas isso não me torna automaticamente irresponsável com meu dinheiro.

Isaac lutava para não ficar de queixo caído. Scott achava que…

– Então isso… Que você acabou de dizer… Não tem nada a ver comigo. – Ele não conseguiu evitar senão pressioná-lo para se explicar melhor:

– Se você acredita que sou uma perdulária, então errou totalmente. Eu…Aliviado, Isaac o interrompeu, a boca desabando sobre a dele. A língua colidia contra a dele, sedutora e exigente, enquanto subia as mãos pelos braços dele, indo até o pescoço.

Entrelaçando os dedos aos dele a fim de segurá-la, imóvel, ele tornou o beijo mais profundo. Scott tinha gosto de café com açúcar e creme dental, e de algo inerentemente dele. Aquela ânsia meio louca causada por ele espiralava dentro dele. Ele apertou o pescoço de Scott involuntariamente.

Ele gemeu.

Se ele tivesse sido um verdadeiro cavalheiro, teria soltado. Em vez disso, ele apertou outra vez, as pontas dos dedos cravando firmemente na pele. Seu membro latejava e os testículos intumesciam. Depois da noite anterior, ele estava esgotado, mas não morto. Um pincel seco se queimava ao tentar abraçar uma chama viva, e Scott era o combustível para seu pavio.

Sem aviso, Scott se afastou, os olhos arregalados e os lábios inchados.

– O que diabos foi isso, Bad Angel?

Bad Angel. Nunca Isaac. Isso ia mudar. Hoje.

– Meu jeito de te pedir para ficar.

– E não bastava simplesmente pedir?

– Eu estava te lembrando por que você deveria ficar, lembrando que o que há entre nós não é uma atração normal, fugaz e mediana, e que você não deveria usar seu emprego para se esconder dela.

Em silêncio, Scott o encarou.

Isaac encarou de volta, observando enquanto o moreno maquinava o que quer que fosse a fim de poder permanecer ali com a consciência limpa. Será que ele havia falado demais? Mccall parecia tão inflexível, observando-o sem dizer palavra, que Isaac temia precisar agarrá-lo, jogá-lo em seu ombro e levá-lo de volta para a cama num esforço para convencê-lo a não ir embora. Eles sempre tinham uma boa química entre os lençóis. Se fosse preciso fazer isso para convencê-lo a perceber que eles se davam muito bem juntos, então…

– Não me dê ordens, Bad Angel. Eu não gosto disso.

A risada dele foi metade choque metade humor, considerando-se o que ele havia acabado de cogitar. Ainda assim, ele conseguiu organizar seus pensamentos.

– Vou prestar atenção nisso. Eu não quero que você ameace fugir toda vez que eu falhar, e eu vou falhar, Scott. Eu sou humano e sou homem, e estas duas coisas aparentemente significam que vou sempre estragar tudo em níveis épicos.

Scott sorriu, mas seus olhos permaneceram serenos e profundos.

– Eu posso lidar com o fato de você estragar tudo se você estiver se esforçando para não fazê-lo, mas o lance de exigir e mandar? Não funciona. Só serve para apertar todos os botões de defensiva que eu tenho e me fazer sair pela sua porta tão depressa que a única coisa que vou deixar para trás vai ser uma nuvenzinha de poeira.

Obviamente Mccall ainda estava tenso para diabo. Isaac precisaria de cada minuto das próximas 24 horas se tivesse alguma esperança de tranquilizá-lo de que ele não estava de joguinhos uma vez que lhe contasse toda a verdade.

– Passe o dia comigo, então fique mais uma noite. Vamos sair daqui e ter um dia de brincadeiras.

Dessa vez o sorriso de Scott chegou aos olhos.

– Brincadeiras?

– Vai ser divertido. Acredite. – Isaac segurou a mão dele, que retribuiu o toque.

– Está bem.

– Está bem o quê?

– Está bem, eu vou ficar hoje e passar a noite. Mas amanhã preciso acordar cedinho e chegar no trabalho por volta das 6h. Tudo bem por você?

– Sim. Eu também tenho toneladas de coisas para fazer amanhã, então tudo bem. Nós podemos nos encontrar para almoçar, talvez pegar um hambúrguer, fugir para dar uns beijinhos e encerrar o dia com um jantar maravilhoso feito por mim.

– Não faça muitos planos.

– Por que não?

– Nada que é bom dura para mim, Bad Angel, e isto me parece bom demais.

A linguagem foi simples, as palavras, diretas. O pior de tudo, no entanto?

Scott estava certo.


Notas Finais


Espero que estejam gostando e bom resto de final de semana.
Abraços e até o próximo...


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