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História Stripper - Scisaac - Você é insaciável


Escrita por: MaxPosey

Notas do Autor


Olá meus amigos!
Mais uma atualização hahaha foram 3 em uma semana.
Espero que estejam gostando da fic. As coisas estão ficando mais intensas e a vontade de ficar junto esta lutando contra a consciência de aquilo era apenas sexo.
Quais serão as consequências desse relacionamento?
Boa leitura... E obrigado pelos favoritos e comentários.

Capítulo 8 - Você é insaciável


Fanfic / Fanfiction Stripper - Scisaac - Você é insaciável

Isaac estava dentro do apartamento de Scott, aguardando que ele passasse pela funcionária da portaria. O constrangimento lhe queimava a nuca. Ele nunca deixava ninguém lutar suas batalhas, e não pretendia começar agora. Ele lidaria com a demissão da boate caso fosse preciso.

Abrindo a porta num arranco, ele flagrou Scott em pé no corredor, a mão erguida para bater.

– Onde você estava? – perguntou ele, captando os olhos arregalados, a pele pálida e uma bela grana convertida em rosas aninhadas nos braços dele. – Fazendo compras?

– Não – respondeu Scott com uma risadinha amarga. – Lutando contra um pretendente um tanto grudento. Sente-se melhor?

O ciúme se agitou na barriga de Isaac.

– Ironicamente, não.

Então o moreno o fitou com olhos tão sombrios que Isaac se deu conta de que não tinha sequer arranhado a superfície da verdadeira personalidade daquele garoto dinâmico. Ele o tomou nos braços e a doce pressão do enlace esmagou as pétalas das rosas.

– O que aconteceu, gato?

Durante muito tempo, Scott não disse nada. Daí finalmente se manifestou, em voz baixa:

– É só um cara que trabalha para o meu pai. Acho que ele pensa que faço parte do pacote de benefícios da empresa.

A piada carregava verdade demais para ser engraçada.

Isaac apertou o abraço. Ele estava furioso por não ter estado lá, com muita raiva por Scott ter precisado se defender sozinho.

– Está meio difícil respirar aqui embaixo, Bad Angel.

Ele se obrigou a encará-lo quando relaxou o abraço.

– Obrigado. – Sacudindo um braço livre, Scott passou um dedo sobre o V profundo entre as sobrancelhas dele. – O que é isto?

– Eu deveria ter estado lá, Scott. Você não deveria ter de lidar com esse tipo de coisa sozinho. – As palavras saíram engasgadas.

– Não era sua responsabilidade.

– O caramba que não era.

– O que te faz pensar que preciso de você para cuidar dos meus problemas? – questionou ele, afastando-se de Isaac. – Você não é meu namorado.

O cheiro de rosas se intensificou quando o moreno se rebelou um pouquinho antes do cacheado finalmente soltá-lo.

– Isso pode ser verdade, mas eu teria gostado.

– Você estava se saindo tão bem. Não banque o homem das cavernas comigo agora.

– Homem das cavernas?

– Você sabe, me arrastando pelo cabelo por aí, tomando decisões pelo meu bem-estar e essa porcaria toda. Vivi sozinho durante anos, dei conta de todos os babacas de todos os tamanhos, formas e cores. Eu já resolvi. Ele pode ser um partido perfeito de acordo com os padrões da minha família, mas eu não estou interessado.

Lutando para manter o tom brando, Isaac encontrou o olhar de Scott.

– Um “partido perfeito”, o que significa que ele tem dinheiro, prestígio e posição social, presumo.

– Praticamente isso. – Virando-se, Mccall tomou o corredor em direção à cozinha. – Vou colocar estas flores na água.

– Você vai ficar com elas?

– Sim. Não é culpa delas terem sido entregues por um idiota.

Um sentimento estranho queimou dentro de Isaac. Ele não estava com ciúmes de um desconhecido. Por que deveria estar? Ele havia acabado de conhecer Scott e eles tinham se divertido muito. As coisas estavam sendo ótimas – e casuais. Até o sujeito misterioso aparecer. Observando o rebolar do menor enquanto Scott caminhava pelo corredor num andar digno da Semana de Moda, ele flexionou os dedos. Queria pôr as mãos nele. Queria beijá-lo. Queria… Scott.

Isaac o seguiu silenciosamente. Scott colocou as flores na pia e abriu um armário na cozinha. Mas em vez de um vaso, pegou um copo e uma garrafa de tequila. Servindo uma dose com mãos trêmulas, ele derramou o líquido em todo o balcão.

Isaac se aproximou e fechou a mão sobre a dele.

– Está um pouco cedo para uma bebida, você não acha?

– Eu nunca faço isso. – Ele o encarou com olhos impossivelmente arregalados. – Nunca.

– Não comece agora.

A garrafa de tequila foi colocada sobre o granito com um estalo.

– Você está certo. Eu só… Eu tenho que… – Scott engoliu em seco e limpou uma gota de suor da testa. – Eu nem sei – disse ele com uma risada desesperada. – Ele me assustou, Bad Angel.

– Ele machucou você? – Ele lutava contra o impulso de lhe arrancar o nome do sujeito e matá-lo lentamente. Não era disso que Scott precisava.

– Não. Só me deixou nervoso.

Isaac o puxou para seus braços com delicadeza. Ficaram ali, peito com peito, o coração dele batendo num ritmo selvagem ao mesmo tempo que o de Isaac martelava violentamente contra a caixa torácica.

Ele queria lhe oferecer palavras doces de conforto, mas o custo de tais palavras era uma potencial dor de cabeça. Tudo que ele desejava dizer a ele poderia ricochetear multiplicado por dez. Mas ele poderia oferecer-lhe uma coisa, embora….

Isaac puxou Scott para mais perto de si. A pele macia se rendeu sob as mordiscadas afiadas, embora ele nunca mordesse com muita força. Mas aquilo não era para ser um jogo. Era para ser uma ajuda a Scott, para que Scott se esquecesse da loucura do momento recente, o jantar iminente com seu pai e, acima de tudo, para auxiliá-la a suprimir as palavras e gestos do sujeito misterioso.

Scott se agarrou aos ombros dele, as unhas cavando-o com desespero.

– Por favor – arfou.

Mordiscando e lambendo até o pescoço, Isaac contornou a concha da orelha dele com a ponta da língua.

– Por favor, o quê, Scott?

Virando o queixo para o lado, ele lhe deu acesso completo à estrutura exuberante do pescoço.

Para o inferno com os conceitos sobre o que o momento era e não era. Ele fechou os dentes na junção do pescoço e do ombro e o mordeu.

– Bad Angel – gemeu ele, flácido em seu abraço.

Assim que o pegou, Isaac reconheceu que havia vezes em que sua força vinha a calhar.

No entanto, aquela força jamais o fizera sentir-se tão vivo como agora. Uma perna ágil lhe envolveu a coxa enquanto Scott se movimentava de encontro a ele, esfregando seu sexo contra o cume duro da ereção. Cada impulso de quadril, cada suspiro, arfar e som de incentivo os levava cada vez mais ao limite tênue do controle. Os olhos azuis profundos de Isaac o encararam sob pálpebras pesadas. Dedos longos e ágeis envolveram o cabelo dele e o puxaram para mais perto.

Os lábios se juntaram numa adesão brusca. Ele inclinou a boca sobre a de Scott e mandou ver, engolindo os gemidinhos de prazer. Mccall o puxou mais ainda. Daí abriu a boca para ele, oferecendo a língua para provar a dele. Scott tinha um sabor sutil de calda de waffle e bacon. As roupas úmidas cheiravam a chuva e amaciante, além de um perfume que ele já havia reconhecido como tipicamente do moreno. Os longos cílios se fecharam num esvoaçar quando o beijo se aprofundou, e Isaac abaixou o corpo com a mesma segurança com que Scott mergulhou em seus braços.

Dedos fortes e ágeis massagearam o pescoço dele, se emaranhando no cabelo. Scott ficou na pontinha dos pés e puxou Isaac para mais perto ainda, encontrando-o com avidez.

Ele o deixou gozar.

Um som delicado e faminto lhe escapou.

A resposta dele foi silenciosa, porém inconfundível. Agarrando-o pela cintura, Isaac girou e o colocou sobre a pia, posicionando-se entre suas pernas. Ele puxou o quadril de Scott para frente, de modo que ele pairou na beira do balcão. Ele teria de confiar que Isaac não o deixaria cair, e ele desejava aquela confiança. Necessitava dela. Muito.

Scott passou as pernas em volta da cintura de Isaac e se arqueou para ele. O movimento ousado pôs o anus bem de encontro à ponta do membro rijo.

Isaac investiu. As curvas exuberantes dos quadris do moreno cabiam em suas mãos, como se ele tivesse sido moldado para o cacheado e somente ele. Ele o puxou, incentivando-o com beijos quentes e instruções não verbais a montar no cume duro da ereção até que cada carícia fosse capaz de arrancar um gemido ávido da garganta dele ou um ronronar de aprovação do peito do moreno.

Scott se inclinou para trás, tirou a camisa. Com mamilos duros de excitação, ele sibilou enquanto passava a mão em um dos peitos, erguendo-o para a boca de Isaac.

Ele sugou, rolando a pequena pérola de carne entre os lábios e pincelando-a com a ponta da língua.

– Bad Angel. – Ele agarrou o cabelo dele, arrastando-o para mais perto. – Isso é tão gostoso.

– As botas. – Ele grudou à boca de Scott e o beijou profundamente antes de recuar.

Segurando o rosto dele, Isaac o obrigou a se concentrar nele. – Tire.

Arrancá-las foi uma tarefa que durou segundos, e a calça também se foi logo em seguida.

O cérebro de Isaac saiu do ar. Scott estava sem cueca. Ele sentiu a pressão repentina nos testículos, a queimadura de prazer se espalhando conforme seu corpo se concentrava no orgasmo que não lhe seria negado. Não agora. Quando ele passou as mãos sobre a pele sedosa de Scott e o deitou no granito frio, arrepios irromperam pelos braços dele. Isaac soprava pela barriga nua, deleitando-se com a evidência da excitação do moreno. Só aquilo já era uma tentação.

Mergulhando mais abaixo, ele passou a língua ao longo da fenda de seu sexo.

Scott inclinou-se na bancada com um grito rouco, as mãos de Isaac tateando para tomá-la enquanto ele provava as partes mais intimas dele.

Com o membro doendo, Isaac não conseguia esperar mais. Ele rolou Scott sobre a ilha, derrubando a fruteira no chão. Ele lhe daria uma nova. Que inferno, ele lhe daria cinco fruteiras novas. Mais tarde. Ele precisava possuí-lo. Agora.

Puxando-o pelos quadris, ele travou as coxas dele, pousando uma perna de cada lado.

Scott abriu os braços e agarrou as bordas do balcão.

– Scott. – O nome dele foi pouco mais do que uma invocação, um apelo por absolvição porque ele iria usufruir dele, e muito. Ele o penetrou com uma única investida.

Scott gritou e pressionou o corpo contra o dele, tentando ganhar alavancagem.

Isaac não estava disposto a ceder o controle. Não, ele iria levá-lo até ao limite com cada grama de habilidade que possuía e depois lançá-lo àquela queda livre maravilhosa. O ritmo que ele estabeleceu foi implacável. A cada investida, Scott empurrava de volta para encontrá-lo. O cabelo dele caía solto, e Isaac estendeu a mão para afastar os fios do belo rosto e puxar a cabeça de Scott para trás.

– Tão lindo – grunhiu ele.

A iminência do orgasmo corria dentro dele como um pavio seco correndo para um barril de pólvora. Quando ele chegasse lá, os resultados iam ser espetaculares. Só que ele não queria chegar ao clímax sem o moreno. Isaac passou a mão livre em volta de Scott e, encontrando seu membro, começou a acariciá-lo no mesmo ritmo com que faziam amor.

Scott contraiu em volta dele em ondas palpitantes, apertando-o feito uma luva subitamente pequena. Os músculos dele deram início a um monte de espasmos e sugaram o pênis sem piedade.

Foi o ponto de ruptura.

O orgasmo explodiu dentro dele, mas Isaac continuou a penetrá-lo, mesmo enquanto se libertava, seu grito ricocheteando na cozinha. O prazer chegou ao seu máximo e cresceu outra vez, levando-o mais alto a cada pulsação de alívio antes de se retirar e deixá-lo de joelhos bambos e reluzente de suor.

Ele se inclinou em cima de Scott, apoiando os braços trêmulos no balcão.

– Minha nossa senhora.

Deslizando um braço em volta da cintura do moreno, ele caiu no chão da maneira mais graciosa quanto possível e se recostou nos armários. Mccall se aninhou no colo dele, então Isaac o abraçou. Não importava mais o que tinha acontecido hoje, aquele momento entre eles era maravilhoso.

Era maravilhoso.

Trinta minutos depois, Scott tomou um banho e estava sentindo-se um pouco mais no controle. Está bem, não tão “no controle”, já que ele ainda estava em êxtase por causa do orgasmo incrível que Bad Angel lhe proporcionara. No entanto, era mais do que apenas prazer físico. Scott havia se revelado para ele, e ele o compreendera. E por esta razão, ele precisava ir embora.

O chuveiro foi desligado e Bad Angel saiu, eliminando qualquer pensamento coerente. Scott já o tinha visto nu, obviamente, mas havia algo mais no ato de vê-lo de pé em seu banheiro – as gotas d’água navegando pelos picos e vales do belo torso, o cabelo grudado, os olhos azuis emoldurados pelos cílios escuros e eriçados – que simplesmente o deixava sem ar.

Ele esfregou a mão no queixo.

– Preciso fazer a barba.

– Eu te emprestaria minha lâmina, mas ela provavelmente iria rasgar seu rosto, pois está muito velha. Eu geralmente não tenho pêlos no rosto.

Aqueles olhos azuis profundos se dilataram enquanto percorriam o corpo de Scott enrolado na toalha.

– Eu sei.

Algo completamente estranho vibrou na barriga do moreno.

– Pode me dar uma toalha? – pediu ele.

A vontade de jogar a dele para Isaac foi quase irresistível, mas Scott sabia que o gesto iria levar ao sexo. E o moreno estava cheia de coisas para fazer esta tarde, as quais exigiam roupas – como se preparar para a maior apresentação de sua vida. Suspirando, ele pegou uma toalha no cesto perto de seus pés e a jogou para ele.

Isaac agarrou a peça e, depois de se secar, a enrolou em volta da cintura.

– Você por acaso não teria uma escova de dentes extra, não é?

Scott procurou em uma das gavetas da penteadeira e pegou um brinde do dentista, ainda envolvido no plástico celofane. Entregou a ele, dando um sorrisinho.

– É o melhor que posso fazer.

– Perfeito. – Ele abriu o pacotinho, colocou pasta na escova e começou a escovar os dentes. – O homem misterioso parece um pouco possessivo em relação a você.

– Ele gostaria de ser.

– O relacionamento deu errado?

– “Relacionamento” implica que havia algo entre a gente além da imaginação fértil dele.

– As palavras saíram sucintas, quase frias.

Enxaguando a boca, Isaac colocou a escova de dentes ao lado da pia.

– Justo.

O esclarecimento pareceu prudente.

– Você e eu chegamos aos lençóis em tempo recorde, mas esta não é minha velocidade típica. Ele queria que fosse. Eu recusei. Ele não encarou muito bem.

– Você não me deve uma explicação, Scott.

O moreno não queria lhe dever nada, mas também queria que ele o conhecesse melhor, conhecesse seu verdadeiro eu. Scott já tinha dado a ele mais de um vislumbre do verdadeiro Scottl Mccall do que jamais havia oferecido a qualquer outro homem, e o incomodava um pouco ele estar sendo tão despretensioso com o relacionamento deles.

Scott sabia que não deveria esperar nada mais, sabia que era loucura se preparar para se apaixonar por um homem que não conhecia, mas…

Mas talvez ele não precisasse ir embora.

Uma sensação de absoluta convicção lhe subiu pela espinha. Scott desejava compreender o que sentia quando Bad Angel o abraçava, o que era, o que ele incitava em seu corpo quando faziam amor. Ele queria entendê-lo. Que mal faria se ele ficasse mais um dia? Tal ideia o empolgou.

Contornando-o, ele pegou a escova de dentes dele e a enfiou no mesmo suporte de porcelana onde guardava a dele.

Bad Angel a observou, pensando serenamente. Então sorriu.

– Bem, então tá. – Correndo os dedos pelos cabelos úmidos do moreno, seu olhar vagou sobre o rosto delicado.

– Tome café da manhã comigo.

– Nós já comemos.

– Amanhã – disse ele, a respiração acelerando enquanto ele acariciava a testa franzida do moreno com o polegar. – Tome café comigo amanhã.

Quando Bad Angel não respondeu, Scott pousou as mãos na cintura dele, o abdômen esculpido se contraindo.

– Cócegas?

– Você nunca vai conseguir me fazer admitir isto.

Mordendo o lábio, Scott cutucou as laterais da cintura dele.

Bad Angel gritou e saltou se contorcendo, a toalha escorregando nos quadris, mas sem cair.

– Que feio, Scott. Vou retaliar.

Exibindo as palmas, o moreno estendeu as mãos no gesto universal para indicar uma parada.

– Trégua. Tenho de ir para o escritório e resolver algumas coisas nesta tarde, depois vou jantar com meu pai no Metropolitan. Também tenho uma pequena confraternização com colegas de trabalho no Bathtub Gin esta noite. Mas depois disso?

Ele pôs a mão na própria nuca e puxou com força suficiente para sentir os músculos estremecendo de tensão. Respirando fundo, olhou para Scott.

– No Metropolitan, hein?! Deve ser importante, jantar com seu pai.

Scott o encarou, captando as ruguinhas ao redor dos olhos dele e a forma como a boca foi de exuberante para rígida entre as respirações.

– Não. É só um jantar.

Baixando o braço, ele alongou os músculos do pescoço.

– Mais tarde provavelmente vai ser melhor para mim, de qualquer forma, pois tenho compromisso esta noite.

– Compromisso. – A palavra dita sem entonação pousou entre eles.

– Sim. Eu tenho de trabalhar hoje à noite.

A vontade de pedir a ele para não ir tropeçou até a pontinha da língua de Scott, mas era o emprego dele, oras, e ele precisava superar os grilos em relação ao seu ganha-pão.

Lutando para preencher aquele intervalo constrangedor na conversa, Scott arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços.

– Bem, graças a Deus é só isso. – Ele brincou. – Por um segundo, tive medo de você me contar que ia fazer um grande assalto a joias e que eu ia te segurar por mais tempo do que o normal.

– Bobão. Isso vai ser só na noite de quinta-feira. – Ele diminuiu a distância entre eles e o puxou para um abraço apertado. A intimidade do momento, ele abraçando-o e ele se deixando abraçar, deixou Scott sem fôlego, e ele colou o peito no dele.

Relaxando, Scott suspirou.

Ele apertou o abraço ainda mais.

– Você está bem?

– Enquanto a gente não se encaminhar para as mágoas, eu vou ficar bem.

O polegar que o acariciava parou.

– Eu nunca magoaria você, Scott.

– As pessoas magoam umas às outras o tempo todo – murmurou ele, desvencilhando-se do abraço e indo até o closet.

Isaac o seguiu, parando para se apoiar no batente da porta enquanto Scott escolhia possíveis trajes para a noite.

– Nem tudo acaba mal.

Scott olhou para trás, lutando para conjurar um sorriso tímido.

– Ah, mas tudo acaba. – Voltando a atenção para as roupas, ele se amaldiçoou silenciosamente por deixar o pessimista em si vir à tona e ganhar voz.

Mãos quentes pousaram em seus ombros nus e o puxaram para que se apoiasse no torso sólido.

– Se você quer garantias de que isto não vai acabar, não posso te dar isso. Mas, se você quer garantias de que eu não vou te magoar intencionalmente, isso eu posso te dar.

– Eu não preciso de garantias, Bad Angel. – Ele olhou para Isaac com uma expressão amigável, mas propositadamente séria. – Agradeço a oferta, mas já sou grandinho o suficiente para saber que a vida não oferece garantias. O que quer que seja isso entre nós, vai seguir o seu curso. Nós vamos lidar com o que quer que aconteça.

Com os olhos se arrefecendo um pouco, ele deu um passo para trás.

– Você é sempre assim tão…

– Prático? – Uma sobrancelha arqueada o desafiou silenciosamente a contrariá-lo. – Sim. Eu sou.

Ele cruzou um braço sobre o peito e segurou o ombro oposto.

– Eu não chamaria de “prático”, mas é bom saber de qualquer forma.

– Se não é prático, o que é então? – questionou ele, olhando para trás.

Aquelas mãos familiares o carregaram e o rodopiaram, arrancando-lhe a toalha livre quando ele o puxou para frente. Eles se chocaram, pele com pele, toalhas há muito caídas no chão. Uma das mãos de Isaac pousou na nuca de Scott, enquanto a outra segurou-lhe a pontinha do queixo para obrigá-lo a fitá-lo.

– Olhe para mim.

Scott ergueu o rosto sem resistência, mesmo com o orgulho ferido devido ao comando.

Ele baixou o rosto tão perto do dele que Scott teve dificuldade de se concentrar na boca de Bad Angel quando ele falou:

– Não é prático, Scott. É humilhante. Você está arrancando a beleza de descobrirmos um ao outro. Facilita as coisas para mim no campo da predeterminação.

– Campo da predeterminação?

– Você já resolveu que vou decepcioná-lo de alguma forma… Talvez eu já o tenha feito devido à própria natureza de como nos conhecemos. Mas até que eu realmente estrague tudo, não anseie por isto tão ansiosamente a ponto de fazer acontecer.

O comentário soou familiar demais para ele. Scott tentou escapar do abraço até Isaac soltá-lo.

– Você soa como um psicólogo, não um sujeito bonitão.

Ele ficou sério.

– Eu não sabia que você colocava ambos sob uma estima tão discrepante.

– Eu não faço isso.

Bad Angel bufou.

– Deixe para lá, Scott. – Ele pegou sua calça ainda úmida, vestindo-a, e depois secando o cabelo com a toalha. – Você pode se surpreender se souber que um dos meus melhores amigos também é um sujeito bonitão e, ironicamente, ele acabou de terminar seu Ph.D. em psicologia. – Ele enfiou os braços nas mangas da camisa e depois a passou pela cabeça. – Ser um stripper não faz de mim um estúpido.

Scott parou com a roupa frente ao corpo.

– Eu nunca disse isso.

– Não?

– Bad Angel… – Com a pulsação acelerada, Scott deu um passo até ele. – Não vá embora.

Não assim.

Ele franziu a testa e olhou para ele.

– Assim como?

– Com raiva.

– Eu estou com raiva. – Ele o observou cuidadosamente, uma profusão de emoções percorrendo seu rosto. – Mas isso não significa que acabou. – Aproximando-se, ele o tomou nos braços. – Não acabou, Scott. Longe disso. No entanto, eu preciso ir.

– Venha comigo para o Bathtub Gin esta noite.

– Eu não posso.

A rejeição ao convite, entregue tão rapidamente, o incomodou. Mas, ao mesmo tempo,

o convite tinha sido impulsivo e perigoso demais. Algo no rosto de Scott deve ter delatado a batalha que ele travava internamente, a luta muito pessoal para encontrar o equilíbrio com Bad Angel sem se expor demais. Isaac apoiou um lado do quadril na cômoda e puxou Scott, apoiando o queixo no alto da cabeça dele.

– Eu não posso – repetiu ele. – Eu realmente tenho que trabalhar. – Antes que Scott pudesse dizer qualquer coisa, ele pressionou os lábios nos dele, o beijo breve, porém intenso. – A oferta para o café da manhã ainda está de pé?

O moreno estava tateando, sem saber se as coisas estavam terminando em um momento ou ficando mais sérias no seguinte. Bad Angel era um balaio de sinais misturados, que chamava a atenção dele por sua negatividade num minuto e preparava-se para abandoná-lo no seguinte, e agora…

– Café da manhã?

– A primeira refeição do dia…? – O sorriso dele foi malicioso. – A menos que a gente repita os eventos da noite passada. Daí vai ser um brunch.

Um sorriso floresceu contra a vontade de Scott.

– Você é insaciável.

– Certo. Eu fiz tudo sozinho.

– Eu sou um cavalheiro.

– Na sala de reuniões, sem dúvida. Mas entre quatro paredes? – Ele o beijou outra vez, mordiscando-lhe os lábios.

Scott se abriu para ele com um suspiro involuntário.

O beijo se incorporou à tensão, o gosto dele misturando-se ao sabor fresco e familiar de seu creme dental. Os lábios dele eram delicados, porém exigentes. Quando ele se afastou, os dois estavam ofegantes.

– Entre quatro paredes, você é perfeito.

– Isso é só porque você nunca me viu numa sala de reuniões.

Ele riu, abraçou-o e se dirigiu para a porta do quarto.

– Vou deixar meu número de celular grudado na porta da sua geladeira. Se você estiver livre antes de 1h, dê um pulinho na boate. Caso contrário, me ligue e a gente se encontra.

Tá?

A agitação no estômago de Scott lhe dizia que havia apenas uma resposta satisfatória:

– Vejo você hoje à noite.__

 


Notas Finais


Então por essa semana foi isso meus amigos. Vejo vocês por aqui na próxima semana.
Abraços a todos e até o próximo...


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