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História Stronger Feeling - Capítulo 25


Escrita por: IzaaBlack

Capítulo 25 - Capítulo 25


POV Natasha.

O conselho está reunido de novo, e sei que estão discutindo sobre a gripe, o que fazer, como melhorar a situação, e sobre o assassinato, mas minha atenção está toda focada em Glenn. Aperto os olhos em sua direção e observo o quanto parece abatido. Um alarme está disparado em  meus instintos e eu sei que tem algo errado. Está tão distraído que não nota o quanto estou encarando-o e isso só faz com que eu tenha mais certeza de que estou certa.

Movo-me de modo que consiga alcançar suas pernas por baixo da mesa com um chute, e ele finalmente me olha confuso. Pergunto qual é o problema com apenas o movimento da boca e sua resposta é balançar a cabeça negativamente e me olhar culpado. Noto que ele está suando e então entendo.

Me levanto de uma vez e do nada, o que faz com que a atenção se volte para mim, mas antes que qualquer um possa comentar eu já estou ao lado de Glenn firmando-o no exato momento em que ele ameaça desmaiar.

—Não, não, não- sussurro enquanto firmo- o no banco e ele me lança um sorriso culpado.

—Desculpe- diz e passa a mão pelo rosto cansado.

—Tudo bem- diz Hershel colocando a mão em meu ombro e procurando me acalmar.- Deixe-me dar uma olhada nele.

Concordo com a cabeça e no final das contas acabo ajudando a leva-lo para a ala dos doentes. No caminho encontramos Maggs e o medo dela é um pouco meu também.

A partir disso as coisas só rolam ladeira abaixo. Sasha também acaba doente e em questão de horas a ala dos doentes está cheia.

As pessoas que não tiveram contato com o bloco D são afastadas para um outro bloco, entre eles Carl, Beth e Judy. Saber que a nossa Bravinha está bem é um alivio, e sei que Beth vai cuidar muito bem dela. Sinto o olhar preocupado de Daryl em mim o tempo todo,  e tenho  que me controlar para não fazer o mesmo.

Me afasto um pouco do grupo em certa oportunidade, encosto a cabeça na parede de um corredor qualquer e suspiro cansada. O dia não está nem na metade mas já é um desastre. Os doentes só aumentam e não há sinal de melhora, o que só faz com que eu me sinta cada vez mais inútil.

—Sei que você está meio esgotada, mas eu queria falar com você um instante- diz Rick próximo a mim e me limito a concordar com a cabeça e forçar os olhos a abrirem.

Sigo-o até um dos pátios e quando ele para em um lugar afastado eu simplesmente me sento no chão.

—Vamos lá xerife, desembuche – digo sustentando seu olhar confuso perante o fato de eu ter sentado no chão.

—É sobre o assassinato.

—Você tem algum suspeito?- pergunto interessada e ele aperta os olhos em minha direção.- Ah, qual é, se você tiver é melhor compartilhar logo, nossa lista de problemas está basicamente infinita.

—Andei observando as coisas, tentando pegar pistas sobre quem poderia ser.- diz sério, os olhos fixos nos meus – E tenho algumas ideias.

—É claro que tem, por favor, você era pago para isso.

—Natasha, eu era policial, não detetive.

—Tanto faz, compartilhe o que descobriu logo- estou interessada demais no assunto para poder ligar para o fato de que ele me encara de uma maneira estranha.

—Bem, eu já tenho meus suspeitos, e não sei qual seria a melhor solução quanto a isso. Quero dizer...

—O que fazer com o assassino?- pergunto começando a entender o dilema.

—Isso também.- ou não, já que “isso também” quer dizer que o dilema central é outro.

—Só diga de uma vez.

—Você seria capaz, Natasha?- pergunta, as mãos no bolso e o olhar inquisidor.

Fico parada por um instante esperando meu cérebro processar. E então eu entendo. Como se ligassem uma luz na minha cara, eu finalmente entendo. Ele me tem como um dos suspeitos, e porra isso me deixa indignada.

—Tudo bem, o dia já está uma merda, mas você pensar que eu seria capaz de assassinar alguém do grupo é demais para mim. – me levanto em um rompante de modo que eu possa ficar cara a cara com ele, meu sangue fervendo.

 Por favor, eu? Isso não tem o menor sentido...Exceto... Paro por um segundo para pensar no que poderia leva-lo a essa conclusão

.- Espera, você tirou essa conclusão de merda por causa dos corpos arrastados que indicam que era um assassino sem força suficiente para carrega-los?-pergunto meio incrédula.

—Bem, isso é você se incriminando?- pergunta colocando a mão na cintura e me encarando questionador.

—Não, isso sou eu fazendo seu trabalho- respondo empurrando-o com uma mão.- Não fui eu. Eu não teria motivos para fazer isso.

—Eu sabia que não seria você – diz ele com um tom de voz cínico e um sorrisinho. Aperto os olhos para ele e tento controlar a fúria que começa a querer me abater- Mas precisava começar por algum lugar.

—E o seu plano brilhante é sair perguntando para todas as pessoas não capazes de carregar um corpo?

—Não é só esse fator que eu descobri, detetive- responde ainda com aquele sorrisinho-  O meu plano brilhante  era te trazer para a investigação, porque a partir do momento em que eu te acusasse você entraria nisso completamente. Como pensou chegou a conclusão dos corpos arrastados?

Olho para ele chocada. Gente doente, precisamos de remédios e ele me arrasta para essa porcaria? É brilhante e frustrante ao mesmo tempo. O pior? É algo que eu poderia fazer.

—Odeio você, Grimes.- rosno na sua cara e me sento no chão novamente. Dessa vez ele me acompanha. - Sobre minha conclusão: Eu via muitos filmes de ação, e series policiais. legais.

—Certo. Já que você é formada nessas coisas o que mais você poderia me dizer?

—Vários nada- respondo com sinceridade. - Olha, eu sei que você não quer assumir as responsabilidades sozinho, mas eu não sei lidar com isso de investigar. 

—Eu não sou mais um líder sozinho, não decido mais as coisas. Mas tenho algumas ideias. Nenhum dos dois tinha inimigo então acho que o motivo era outro.

Aperto os lábios segurando xingamentos e gritos. Eu provavelmente estou perdendo uma decisão sobre os doentes, correndo o risco de Daryl sair sozinho para uma busca de remédios, ou pior, de ele adoecer e eu não estar por perto, porque Rick ainda está com crise existencial.

—Está sendo ridículo.

—Em que ponto?

—No ponto em que não assume a responsabilidade sobre nada a não ser aquela fazendinha ridícula. Tudo bem,  os alimentos seriam super. bem vindos, mas você deixar sua arma de lado e passar o dia todo fazendo isso é uma droga. Você era o maldito líder e entendo você não estar pronto para isso. Queria um maldito tempo e merecia, mas isso do assassinato está em suas mãos, então seja homem o suficiente para arcar com isso. Você é quem teve experiências com isso antes, é o mais indicado para lidar com isso.

—Eu só precisava de um tempo. - diz sério, e vejo em seus olhos a mistura entre raiva por eu estar cobrando algo, e tristeza por saber, bem lá no fundo, que estou certa.

—E você teve. Você não precisa decidir as coisas sozinho, podemos fazer isso juntos, mas não fazer escolha nenhuma é ser um covarde e se esconder. Você não está aqui para ser um morador comum dessa prisão, Rick Grimes. – digo séria e me levanto pronta para ir embora. – Além disso, tenho certeza de que já tem todas as suposições prontas, só não quer lidar com elas.

Estou indo embora, pronta para deixa-lo digerindo minhas palavras nada delicadas, quando ouço-o chamando.

—Sim?- pergunto me virando, para encontra-lo em pé, e pela primeira vez em muito tempo, com a postura de líder Grimes de volta.

—Obrigado.

—Estou aqui para isso- respondo dando uma piscadinha- Jogar a verdade na cara das pessoas graças a momentos de raiva. E, bem, isso é o apocalipse, não é para ser gentil.

Entro na prisão apressada, e começo minha procura pelo grupo. Sei que perdi um tempo precioso dando uma lição de moral desnecessária em Rick Grimes, mas, bem, ele meio que me pediu por uma.

—Finalmente te achei- diz Maggie brotando do nada- Estão no pátio principal discutindo sobre alguma coisa, e precisam de você. Vamos logo.

(...)

Hershel nos conta sobre uma faculdade que pode ter os remédios necessários para nos ajudar a passar por isso  então eu e Daryl nos arrumamos para a busca o mais rápido possível.

—Vai ficar tudo bem- sussurra enquanto coloco algumas bolsas no carro escolhido.

Viro-me para ele surpresa.

— O que?

—Eu sei que está preocupada com os doentes, principalmente agora que o coreano está entre eles. Vamos fazer o possível para lidar com isso, vai ficar tudo bem. - diz todo sério, me apoiando aparentemente sem nem perceber.

—Ah, Daryl Dixon, quando é que você vai parar de me surpreender?- sussurro de volta encarando-o nos olhos. Ele me lança um quase sorriso de lado e puxa de leve o rabo de cavalo.

Tyresee aparece e diz que vai se juntar a nós. Olho para Daryl preocupada, mas este esclarece que não temos muitas opções e precisamos de mais alguém.

—Eu deveria ir também- ouço uma voz masculina dizer e me viro para encontrar Bob.

—Não acho que seja uma boa ideia.- responde  Daryl e concordo mentalmente com ele.

—Você está com  a lista de remédios ai?- pergunta com uma expressão séria e cruzo os braços para assistir o que está por vir.

—Sim- responde Daryl com aquele tom de voz caipira de sempre, acompanhado de impaciência.

—Leia um desses nomes.- desafia e então observo isso desarmar meu caçador. Ele fecha a cara e sei que vai enfiar a mão em Bob na primeira oportunidade.

Mich se junta a nós no ultimo segundo, mesmo que eu tenha apontado vários contras já que até então ela não tinha sido exposta ao tal vírus.

 Como o apocalipse resolveu mostrar que pode ser um inferninho, mal estamos na estrada e essas coisas começam a nos cercar. Daryl acelera mais e ganhamos uns bons quilômetros antes de atolarmos nos corpos. É nojento.

—Droga- ele bate as mãos no volante e olha ao redor.

— O que fazemos agora?- pergunta Bob com um tom de voz desesperado.

—Temos que sair agora- diz Daryl – Eu posso continuar e vocês voltam para a prisão.

—Não estamos nos separando- aviso séria.

—Não existe a necessidade de todo mundo fazer uma viagem tão cansativa.

—Quanto mais gente mais chance de sucesso Dixon- diz Mich – Vamos fazer isso.

Ele abre a boca para argumentar, mas eu sou mais rápida.

—Nem comece, caipira.- peço e ele resmunga um pouco.

Abrimos as portas ao mesmo tempo e empurro um zumbi para longe com o pé ao mesmo tempo em que pulo para fora do carro. Vejo pelo canto do olho Bob e Mich pulando para fora também, mas não consigo ver Tyresee ou Daryl, nem tenho tempo para procurar.

Saco as saís e começo a acabar com todos que se aproximam o suficiente e grito para que Bob e Mich se apressem em direção a floresta, seguindo-os logo depois.

Vejo Tyresee em problemas, matando vários deles de modo que possamos continuar a corrida em direção  e estou pronta para voltar e ajudar quando sinto a mão forte de Daryl me puxando para continuar.

As coisas acontecem muito rápido e então estamos cobertos pelas arvores, sem tantos zumbis nos cercando.

—Eu vou voltar para ajuda-lo.- digo entre a respiração.

—Você não vai a lugar nenhum- resmunga Daryl me segurando pelo braço.

Os arbustos se mexem e todos ficamos prontos para zumbis, mas quem aparece é Tyresee.  Ele luta com dois deles e enquanto ele acaba com um uma flecha acaba com o outro.

Corremos antes que  o que restou daquele grupo possa voltar.

(...)

Achar outro carro é praticamente impossível, mas tentamos assim mesmo. Em algum momento encontramos um carro abandonado que não funciona, como sempre acontece nos tempos atuais, e nossa melhor chance é concerta-lo.

Observo os homens arrancando uns matos para abrir a  porta e só consigo pensar que Tyresee está muito desequilibrado em seu emocional, porque ele trabalha sem cautela, e coloca a vida te todos nós em risco. É uma meleca, mas eu não me sinto muito no direito de contar isso a ele.

Alguns zumbis presos entre o mato começam a avançar  mas eles conseguem lidar com isso sem maiores problemas. Encontram uma bateria  e então Daryl está trabalhando no carro.

—Tenta ai Natasha- pede ainda com a cara enfiada no capo do carro.

Tento a partida com os dedos cruzados, e quando dá certo só consigo agradecer em pensamentos.

A partir dai a viagem ocorre sem maiores desgastes e chegamos a tal faculdade. Estar nesse lugar me lembra  das minhas tardes estudando na faculdade de Atlanta, e tenho que me controlar para não me afogar em lembranças.

Assumo a frente e com o mapa de Hershel não é difícil encontrar a área medica. Ou veterinária. 

Separamo-nos e começamos a encher nossas mochilas pegando os remédios de acordo com o que Bob nos disse.  Trabalhamos rápido e em sincronia, e o único som que ouço é o de vidros tilintando e nossa respiração ofegante. Minha cabeça dói um pouco, o que me deixa confusa.

Ouço, antes de ver, a horda de zumbis se aproximando. Daryl faz aquele negocio instintivo de se colocar a minha frente ao mesmo tempo em que faz mira com a besta.

O caminho por onde viemos está infestado então somos forçados a ir na direção contrária. Corremos as cegas, sem nada para nos guiar nessa ala, e enquanto viramos em corredores desconhecidos sinto minha cabeça latejar com mais força. Trinco os dentes e não me deixo diminuir o ritmo.

Em uma curva Daryl me puxa pelo braço e joga dentro de uma sala, fechando a porta logo que o ultimo de nós passa. Minhas saís e a katana de Mich pingam sangue, ele está quase sem flechas e o martelo de Tyresee tambem mostra sinais de luta.

—Temos que sair daqui- digo piscando irritado com o latejar da minha cabeça.

—Mesmo, gênio?-pergunta Daryl com aquela ironia de sempre, e inconscientemente acabo sorrindo.

—Mesmo. - respondo com os olhos fixos nos dele, que franze a testa para mim.

—Está tudo bem?

—Sim.- respondo e começo a olhar ao redor, procurando uma possível saída.

—Podemos sair pelo telhado- avisa Mich e corro em sua direção para olhar a janela também. Ela tem razão.

—Vamos lá- grita Daryl para os outros dois, e me ajuda a passar pela janela, mesmo que eu não precisasse.

Em um momento de loucura Bob quase cai, e fica agarrado a mochila idiota. Daryl o segura pelo  pé  e olho horrorizada os dois quase caírem.

—Porra Bob, larga essa merda- grita Daryl ainda apoiando-o, que puxa a  mochila com força.

 Tyreseee ajuda Michonne a fechar a janela e evitando que zumbis passem para essa parte que estamos, e vejo aliviada, os dois outros conseguirem subir, com a tal mochila.

—O que tem nessa merda para você se preocupar tanto? Uma mochila não vale uma vida- digo esticando a mão para pegar a mochila e em resposta ele puxa a mesma para longe.

Franzo a testa em sua direção e Daryl reagi, puxando a mochila com violência, e o que cai dela é uma garrafa de uma bebida qualquer.

—Enquanto estamos arriscando nossos pescoços por remédios você estava com apenas essa droga na mochila?- grito com o sangue me subindo a cabeça.

—Vocês já estavam pegando o remédio- diz como se isso fosse defesa o suficiente.

Em um movimento rápido Daryl pega a bebida e ameaça joga-la fora, só para Bob reagir colocando a mão no coldre. Minha saí instantaneamente sobe em direção a sua garganta

—Fique com essa merda- rosna jogando de volta  a garrafa- Mas saiba, seu merdinha, que um gole nessa bosta que coloque um dos meus em risco te jogo para os comedores de carne.

Continuamos nosso caminho pelo telhado, o clima tenso. Sinto minha cabeça latejar ainda mais forte e meu corpo ficar dolorido, mas ignoro. Encontramos um lugar seguro o suficiente para descer, e depois disso seguimos para o carro.

Agora só precisamos voltar para casa e dar o medicamento para o rosto do pessoal. Minha visão falha e tenho que parar até me instabilizar novamente. Que porra está acontecendo?

—Você está bem?- Michonne me pergunta, parando ao meu lado.

—Sim.- respondo piscando atordoada- Só fiquei um pouco tonta.

—Você não está...?- ela me olha alarmada e tenho que  encara-la mais um pouco tentando entender. Ah, isso.

—Não.- respondo segurando uma risada.- Não estou grávida. Eu tenho o implante anticoncepcional com 5 anos de validade. Acho que foi o sol.

Ela parece satisfeita com minha resposta e continuamos. Quando chego ao carro tenho que segurar meu sorriso aliviado, porque por Deus, eu estava bem aliviada. Não que eu queira dizer, mas eu acho que sei o motivo do mal estar. A possibilidade de ser a gripe é bem alta, e só para confirmar as minhas suspeitas eu acabo tendo uma crise de tosse.

—Não, não, não- diz Daryl voltando para meu lado imediatamente.- Você não.

—Está tudo bem- digo para acalma-lo, e porque estou bem, de verdade.- Já até temos o remédio. Vamos embora.

—Você- ele me ignora completamente e se vira para Bob- Acho melhor se útil e começar a fazer uma mistura para ela.

Bob concorda assustado e então estamos todos no carro, Mich dirigindo, Tyresee ao seu lado, eu, o caipira preocupado e Bob atrás, que começa  a mexer nas mochilas para fazer o tal remédio.

Verdade seja dita, não vamos muito longe com o carro antes de sermos obrigados a parar graças a uma pequena horda.

—Temos que acabar com eles- digo contando mentalmente- É a saída mais fácil e eles nem são muitos.

—Nós sim- responde Daryl- Você não. E você, Bob, fica aqui fazendo esse negocio para ela.

Dizendo isso todo dono do mundo, ele Mich e Tyreseee descem. Assisto angustiada os três lutarem, e quando vejo dois deles se aproximarem demais é meu estopim.

—Pro inferno que eu vou ficar aqui- resmungo para mim mesma, e saio sacando as saís.

—Natasha- ele rosna para mim no momento em que me vê fora do carro assumindo posição ao seu lado.

Ignoro isso, assim como  o latejar da minha cabeça e a dor no corpo e começo a fazer minhas saís trabalharem.

POV Daryl

Natasha Wayland não sabe o que significa um não. É como falar com uma criança mimada, ou com uma parede, porque mesmo doente, pálida e com uma aparência abatida, aqui está ela com as saís rodando ao seu redor e cortando zumbis ao meio como se fossem nada.

Não estou bravo com ela, estou furioso.  Não estou acostumado a amar alguém, mas a amo,  e é simplesmente muito assustador pensar na possibilidade de perde-la. Xingo baixo e acabo com aqueles que posso. Com a loira e com Mich acabamos com isso em questão de minutos.

Vejo ela pressionar os lábios e fazer uma careta e imagino que esteja com dor. Quero fazer com que isso pare, mas não está em meu poder. Um retardatário aparece e ela me lança aquele olhar que diz “esse é meu”, e mesmo odiando, deixo que ela lide com ele.

—Ela é realmente forte- diz Tyresee parado ao meu lado. Observo ela enfiar a saí na cabeça do walker.

—Essa  mulher não é só forte- digo com os olhos fixos nela- É uma força da natureza. Quase um furacão.

Depois de praticamente carregar minha mulher para o carro, ter uma ponta de desespero ao ver o nariz dela sangrando e faze-a tomar um remédio, eu finalmente posso soltar um suspiro de alivio. O remédio faz com que ela sinta sono, e ela dorme em cima de mim pelo resto da viagem. Tiro o suporte de suas costas e ela resmunga, mas quero que fique confortável.

—Esse remédio vai funcionar mesmo?- pergunto com os olhos fixos no rosto sereno dela.

—Sim.- responde Bob e reparo que ele também está com os olhos fixos nela. Sinto um mostro se agitar em mim e vontade de soca-lo por olha-la tanto. –Ela é no mínimo interessante. O modo que o organismo dela reagiu é diferente.

—Como assim?-pergunta Michonne antes que eu possa faze-lo.

—Aparentemente os sintomas nela foram mais fracos, e levando em consideração que ela teve contato com o vírus a muito tempo, eu diria que reagiu muito bem. Com os remédios ela vai se curar muito rápido, provavelmente mais rápido que os outros.

Que JC faça isso possível. O resto da viagem é tranquilo, e em determinado momento ela acorda. Bebe água, coloca o suporte com as saís de volta, e é como se nunca tivesse ficado doente.

—Como está se sentindo?-pergunto preocupado e ela dá de ombros.

—Minha cabeça dói um pouco, mas só isso.

—Não sei se eu devo acreditar em você- digo sério- Escondeu a doença, saiu, se arriscou, e ainda teve que bancar a matadora de zumbis.

—Acho que a minha gripe estava mais para resfriado, Dixon- responde me lançando um sorrisinho- E não escondi nada de você, só comecei a me sentir um pouco mal na faculdade.

—Idiota.

—Relaxa, eu não vou morrer tão cedo- diz encostando a cabeça em meu ombro- Vai ter que me aguentar muito tempo ainda. E eu só fico mais chata com o passar do tempo.

—E quem disse que eu tenho que te aguentar?-pergunto resmungando.

—Estava no contrato, você não leu?-pergunta com uma vozinha cínica.

—Que contrato?-pergunto erguendo seu queixo para que me encare. Tenho plena noção de todos ao meu redor, mas ela não dá a mínima.

—Aquele que assinou quando me sequestrou no meio do mato, e que renovou com mais ajustes de obrigações quando me deu esse anel aqui- responde balançando o anel em frente ao meu rosto.

Está com um sorriso lindo, e apesar de um pouco pálida sei que está bem. Que vai ficar bem. Os remédios funcionaram com ela, tendo um efeito tão rápido porque aparentemente com ela a gripe tão foi tão potente e o tratamento foi basicamente imediato, mas funcionou, então vai funcionar com os outros.



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