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História Stronger Feeling - Capítulo 33


Escrita por: IzaaBlack

Notas do Autor


Hey, como estão vocês? Quero agradecer os comentarios que recebi, e os favoritos <3

Pessoal, caso alguns de vocês não conheçam minha outra fic ainda, vocês podiam dar uma olhadinha : Among the Shadows
Obrigada.

Capítulo 33 - Capítulo 33


Pov Natasha

Com tudo o que aconteceu acabo aproveitando o tempo que temos de caminhada para especular sobre como foi esse tempo em que Glenn esteve distante. Ele me conta que pouco depois de nos separarmos  acabou desmaiando e Tara – que tive que parar para me lembrar ser a  garota que ameacei de morte pouco antes de nos separarmos- ajudou da melhor maneira que pode. Foi ela quem fez amizade com  Abraham, Rosita e Eugene.

Curiosa, acabo perguntando a respeito de tudo, principalmente essa tal Tara.

—E onde ela está? – pergunto depois de uma longa narrativa. Glenn arregala os olhos puxados e sorrio ao me dar conta que ele deu uma leve esquecida.

—Ela, é... – ele gagueja por um momento, culpado, arregala os olhos novamente  e Beth aparece em socorro de minha curiosidade.

—Ela se separou da gente pouco antes de chegarmos ao Terminus. Na ultima placa ela encontrou uma pista de um irmão que ela achava que estava morto. Não era uma certeza, mas ela precisava encontra-lo, pelas palavras dela, mesmo como um zumbi.

—Para acabar com isso- me dou conta e tenho que admitir para mim mesma que se encontrar ela tenho que agradecer pelo que fez pelos meus.- E ela falou em encontrar vocês novamente?

—Na verdade esse é o problema- diz Glenn- disse que nos encontraria no Terminus.

—Eita- digo pensando no problemão que pode ser ela chegar naquele inferno.

—Sem problemas- intervém Beth- Encontrei ela um dia depois de encontrar Carol. Ela está esperando a gente com o Ty.

—Graças a Deus- Diz Glenn, e só concordo.

O tal barracão finalmente chega ao nosso campo de visão, e quando estamos a alguns metros de distancia Ty aparece na porta com Judy nos braços.

Ver nossa Bravinha tem um efeito instantâneo. Carl e Rick correm em direção a casa com lagrimas nos olhos, seguidos de perto por Mich, enquanto Sasha corre para o irmão. Eu e Daryl ficamos um pouco para trás, mas só de olhar para ele sei que o sentimento é o mesmo. Alivio, esperança e felicidade, tudo misturado.

Ela passa de braço em braço rindo feliz e batendo palminhas. Demora um pouco para chegar em meus braços, mas quando chega ainda está sorridente e puxa minha bochecha com carinho. Passo ela para Daryl enquanto solto uma risada e só então dou atenção para as coisas ao redor.

O barracão não é o que eu chamaria de ótimo, longe disso, mas claramente foi algo provisório. Tara está na porta, e além dela um cara que deve ter a minha idade. Tem cabelos castanhos que precisam de um corte, é alto, forte, moreno e tem olhos castanhos cheios de vida. Me lembram chocolate derretido, ao mesmo tempo que tem uma áurea toda ameaçadora. Noto  que ele fixa os olhos em Beth que desvia o olhar desconcertada. Sorrio comigo mesma.

—Se me lembro bem, da última vez que nos vimos você estava me ameaçando de morte- diz ela brincalhona. Sorrio de leve.

—Sim- concordo e aperto a mão que ela me estende- Mas acho que acabei te devendo um agradecimento. Obrigada por ajudar os meus quando eles mais precisavam.

—Ah, não fiz mais que minha obrigação levando em conta que eu meio que ajudei a acabar com o lugar de vocês.- ela parece tranquila.- Acabei encontrando meu irmão nessa bagunça.

—Eu ouvi você dizendo que ajudou a acabar com nosso lugar?- pergunta Daryl levantando os olhos azuis para nós duas. Judy ainda está em seus braços e ele a aperta de forma protetora enquanto nos encara.

—Ela foi manipulada pelo Governador- digo séria.

—E você simplesmente confiou em deixar ela viva por ai com o Glenn?

—Ainda bem que fiz isso- respondo e ele me olha acusador.

A conversa acaba ali, mas sei que ele ficou preocupado. Não mais com a possibilidade de Tara ser uma ameaça, mas por termos deixado ela viver quando  poderia ser.

Nos reunimos no centro do barracão  e começamos a discutir nossas possibilidades, que na verdade não existem.

—Ficar aqui não é uma opção- meu caipira deixa claro, encostado no canto da parede.- Muito perto daquele inferno, e sem a mínima estrutura para nos protegermos.

—Concordo totalmente-responde Rick enquanto fixa os olhos na filha, que está nos braços de Carl- precisamos seguir em frente, e precisamos fazer isso o mais rápido possível.

—Ótimo- Carol finalmente se manifesta- Nesse caso vou juntar os suprimentos que eu e Tyresee conseguimos.

—Acho que deveríamos ir até Washington com Eugene, Rick- diz  Maggie.- Temos que ajuda-lo a chegar lá pela cura.

—Cura?- finalmente me manifesto. Aperto os olhos em direção ao cabeludo.

—Sim. Sou um cientista, e tenho como missão chegar a capita. Lá temos estruturas e tenho certeza que posso desenvolver a cura lá.

Sei. Por um momento eu quase acreditei. Quase. As mãos dele tremem levemente, e ele é um covarde. Não preciso de muito para saber que ele está mentindo, ou no mínimo escondendo algo.

—Por que Washington? – não acho que seja uma possibilidade, está tudo destruído e grandes cidades são cemitérios.

—A estrutura de lá é ótima, tenho certeza que temos uma parte que ainda está de pé.

Duvido muito, mas não me manifesto. Vejo nos olhos de Daryl que ele também não acredita muito.

Carol começa a trabalhar rapidamente, pegando os poucos suprimentos que ela tem, e em pouco tempo estamos em movimento novamente.

Andamos em pequenos grupos, uns atrás dos outros.  Daryl ao meu lado, me segura para retardar o passo por um momento, e sei que quer falar algo.

—Você não acreditou naquela baboseira, acreditou?- ele me pergunta baixo, quando estamos a uma distância segura.

—Claro que não- aperto os lábios enquanto raciocínio- acho que é muito improvável. Se existisse a possibilidade estariam trabalhando nisso desde o começo. Um cientista sozinho...Não sei não.

—Antes da fazenda passamos pelo CDC- ele me diz sério. Me lembro vagamente de Glenn me contando a história.- O cara que sobrou disse que todos os outros já tinham caído. Duvido muito que ele tivesse esquecido de Washington.

—Realmente- não temos como discutir mais sobre isso, mas ficamos alerta.

Daryl fica ao meu lado na caminhada a maior parte do tempo, e acho isso uma gracinha. Esse lado dele ainda me surpreende um pouco.

Michonne constantemente leva as mãos as costas para pegar a katana e encontra apenas vento. Me sinto mal por ela pois se fosse comigo e minhas saís eu estaria irada e triste.

—O que achou do Ian?- Não sei bem como, mas de repente Maggie está ao meu lado. Olho para ela por um instante, totalmente perdida.

—Quem diabos é Ian?

—O irmão da Tara, claro- responde como se fosse obvio. Tudo bem, talvez fosse.

Passo os olhos pelo grupo até encontra-lo conversando com Glenn, Tara e Beth.

—Parece forte e bem centrado. Atento. Não sei bem- fixo o olhar nos três, buscando alguma característica, enquanto penso que já vi esse garoto em algum lugar- Suponho que o interesse tenha algum motivo.

—Quero saber o que você pensa sobre ele, e se também reparou no modo que Beth reagiu.

—Os olhares? Claro que reparei. De qualquer forma o garoto é um gato- digo dando de ombros e Maggie cai na risada.

—Você deveria ser menos sincera- diz e olho para ela arqueando a sobrancelha- se seu marido ouve uma coisa dessas morre de ciúme.

Começo a rir e balanço a cabeça.

—Só quero o melhor para as amigas – dou de ombros e Maggie ri ainda mais. – Vai negar que pensou o mesmo?

—Pensei, confesso- ela de ombros despreocupada- é um gatinho e não sei, fui com a cara dele. Mas ainda tem que provar que merece a minha irmã.

—Como sempre você está atropelando as coisas. Vai com calma- digo- Deixa a coisa fluir.

—É claro que vou deixar- ela bagunça meu cabelo e me abraça de lado – senti saudades.

—Eu sei- jogo meus cabelos para trás teatralmente e a abraço de volta.

Damos uma pausa para beber água e descansar, acabo com um zumbi que se aproxima com um movimento da saí. Aproveito o tempo parada para forçar a  memória um pouco, incomodada com a sensação de que já vi o menino antes mas não lembro antes.

—Oi- me viro para encontrar o tal Ian. Assim perto descubro que ele é tão alto quanto Daryl e que tenho que levantar a cabeça para encara-lo- Você é Natasha Wayland, certo?

—Sim- respondo olhando-o confusa.- Ian, certo?

—Certo.- ele sorri e estranhamente é como se até os olhos dele sorrissem.- Você era da faculdade de Atlanta, né?

—Na outra vida? Sim. Como sabe?

—Eu era também.- Ah, então é de lá que essa cara me é conhecida.- Fazia biologia.

—Que loucura.

—Me lembro bem de você. Não é como se você fosse uma daquelas pessoas que ficam esquecidas.

—Mesmo?

—É a garota que ficou presa dentro da sala de calculo, que deu um soco em um cara no meio de uma palestra, que tropeçou no refeitório e virou uma mesa de doces enquanto tentava ser apoiar, e que deu o maior fora em um amigo meu em uma festa. Ganhei uma bela aposta graças a isso, obrigado.

—É, parece que sou eu mesmo- digo soltando um sorrisinho.- Que loucura.

—Nem me fale- ele sorri- você deve estar me achando um louco, mas só é legal alguém além da minha irmã que é daquele outro mundo.

—Eu entendo. Bom te conhecer.

—Bom te conhecer também.

Voltamos a andar, e continuamos nisso por um bom tempo. Daryl olha para mim de cara feia e se mantem afastado. Não entendo bem o motivo, mas não dá para prensa-lo em uma parede e faze-lo falar.

Em meio a caminhada ouvimos gritos. Antes que alguém se decida entre correr para ajudar ou não Carl já está em movimento, então xingo baixo e corro atrás dele. Sinto os outros correndo também.

Depois de desviar de alguns algumas árvores encontramos um homem encolhido em cima de umas pedras gritando por socorro. Eu particularmente o acho meio patético. Puxo as saís e começo a trabalhar, alguns deles caindo com uma flecha na testa.

—Você está bem?- Rick pergunta quando o cara pula para o chão e se firma depois de vomitar.

Dou um passo para trás com nojo e Maggie ao meu lado sussurra um chocado “é um padre”. Essa descoberta é no mínimo estranha, e vejo isso nos rostos de todos.

Daryl volta para o meu lado, ainda de cara feia, mas bem próximo.

Rick e o padre conversam, e acabamos tendo pelo menos um lugar para ir. Beth fica ao meu lado, e começamos a conversar sobre banalidades enquanto seguimos o caminho. É um caminho curto, e então estamos em frente a uma igreja branca.

—Nada foi poupado, não é?- Beth pergunta ao meu lado, os olhos fixos na construção.

—Não, nada foi poupado.- digo caminhando para dentro.

Entramos juntos e conferimos se o lugar está limpo. Acho o lugar meio sombrio, com seus bancos de madeira vazios e desenhos de crianças colados nas paredes.

O padre avisa que não tem suprimentos, e fica resolvido que no dia seguinte iremos a um lugar em que ele disse ter uns 20 zumbis, quantidade com a qual podemos lidar.

Um Daryl ainda mal humorado me puxa para seus braços, e dormimos juntos.

(...)

No dia seguinte acordamos cedo, e dividimos o grupo. Bob, Sasha, Daryl, eu , Rick , Glenn, Abraham e o padre Gabriel vamos ao tal armazém, enquanto os outros ficam para proteger o lugar.

A viagem é curta, mas não encontramos uma coisa muito boa. Não sei bem o que aconteceu, mas pela estrutura eu diria que o teto cedeu e a água da chuva se acumulou, transformando o armazém em um enorme poço de zumbis. É no mínimo nojento, os mortos andando pela água, pedaços de pele se soltando. Franzo o nariz diante da cena.

Meu lado menininha de ser pede para sairmos dali o mais rápido sem entrar naquela água pastosa, mas o meu lado sobrevivente grita que tem comida demais para simplesmente deixarmos de lado.

Depois de uma breve discussão entramos todos, um por vez. Meu estômago revira quando o cheiro me atinge com força e sinto a textura da água em minha pele. Daryl me apoia, e sorrio de leve para ele, que quase retribui. O padre treme e choraminga o tempo todo.

Arrumamos as prateleiras de modo que os walkers fiquem presos do outro lado e começamos a encher as mochilas.

Estamos apenas começando quando o padre idiota começa a gritar e temos que sair em seu socorro. Uma das prateleiras cede e temos que lidar com os zumbis. Movo minhas saís enfiando em todos os cérebros ao meu alcance e vejo pelo canto do olho Bob afundar puxado.  Sasha grita por ele, e começa  avançar em sua direção mas ele emerge bem. Rick ajuda o padre a se equilibrar e voltar para onde estamos. Está tudo limpo.

O padre apoia em uma das prateleiras chorando e tremendo, falando coisas desconexas e então a estrutura de madeira com produtos cai sobre mim e começo a afogar nessa água do capeta. A prateleira prende minha perna então eu começo a me contorcer tentando me soltar. Ninguém nota o que aconteceu.

Quando estou começando a aceitar o fato de que em pleno apocalipse zumbi eu vou ter uma morte retardada como a de afogar em uma água cheia de pedaços de pele em decomposição quando alguém puxa a prateleira e consigo me libertar. mãos me alcançam e me puxam pelos braços.

Tusso engasgada com essa coisa, com uma ânsia de vomito absurda, mas mal dei uma puxada de ar para meus pulmões e estou sendo apertada por braços fortes. Braços fortes que eu reconheceria no inferno.

—Daa-ry-l – gaguejo de forma ridícula enquanto pisco e tento tirar a agua do rosto.

—Pelo amor de Deus garota-ele passa a mão pelo meu rosto e sinto vontade de rir de sua cara.- Eu pisco e você afoga nessa meleca de walker.

—Pois é, acontece- digo atordoada. Rick me olha com cara feia, claramente preocupado e Glenn me dá um peteleco dizendo que eu não tenho o direito de fazer uma merda dessas. Como se eu tivesse puxado a prateleira pra cima de mim, e não o padre idiota derrubado.

Depois de pegarmos tudo o que podemos, seguimos de volta para a igreja. Estou  incomodada com o cheiro desagradável daquela água. Glenn concorda comigo, e acabamos arrancando de Gabriel a informação de um rio próximo.

—Por que está com essa cara?- pergunto depois de limpa, enquanto torço o cabelo.

—Que cara?- ele pergunta franzindo a testa para mim.

—Essa.- digo apertando sua bochecha. Ele fecha a expressão ainda mais.- de que está bem bravo.

— Não estou com cara nenhuma- se desvencilha de mim, mas eu o puxo para mim. Seu corpo bate contra o meu e ele me encara meio bravo. O brilho intenso em seus olhos me seduz e então o puxo para mim.

O beijo que começa com minha iniciativa, mas ele perde o controle e me agarra. A coisa fica intensa, ele gira e me prensa contra a arvore mais próxima. Sinto cada centímetro de seu corpo contra o meu, e meu corpo começa a reagir. A boca dele exige tudo da minha, controlando, enquanto as mãos apertam minha cintura por baixo de minha blusa. Ele se afasta, me encara, sorri sacana e desce em meu pescoço, sugando a pele.

—Minha- ele murmura entre um beijo e outro, provavelmente deixando uma marca.Meu corpo treme e perco a linha de raciocínio. Sinto sua excitação contra mim, e me esqueço de tudo ao redor por um segundo.

Um grunhido nos puxa de volta a realidade e ele se separa de mim para acabar com a coisa, enquanto eu, ainda encostada na árvore tento me recompor.

—Aquele garoto, Ian, você conhece?- ele pergunta meio sem graça, coçando a cabeça. Ah, ciúmes.

—Ele era da faculdade- digo dando de ombros, e me aproximando dele. Puxo- o para perto e ficamos cara a cara- Você é uma gracinha com ciúmes, mas eu amo você.

—Amo você também- não é mais que um sussurro, mas é o suficiente.

Caminhamos até o resto do grupo, que acaba de se aprontar depois de limpo. Glenn me olha com aquela cara de “eu sei o que estavam fazendo” e só consigo retribuir com um sorriso de “era isso mesmo”

Ao chegarmos encontramos Beth e Ian de vigia na porta da frente, Mich sentada no chão brincando com Judy, Carl, Maggie e Tara estão sentados em um dos bancos, rindo de algo, Rosita e Eugenio próximos, discutindo alguma coisa.

Juntamo-nos todos no meio da igreja, sentados no chão com cobertas, taças de vinho e risadas. Somos uma família, não há dúvidas.

Abraham toca no assunto de Washington novamente, e Rick acaba cedendo. Parece que pelo menos, temos um destino agora.  Me encosto a Daryl e assisto a todos conversando e se divertindo, juntos de novo, e sinto um alivio e uma sensação de plenitude.

Ainda acho que tem algo errado com Bob, que está mais sério desde que voltamos da busca, mas acho que seja lá o que for vai passar.


Notas Finais




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