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História Stronger Than Love - III. Por favor, façam alguma coisa!


Escrita por: aroha-

Notas do Autor


Olá a todos!
Obrigada a todos que favoritaram a fic nesses últimos dias e também por comentarem nos capítulos anteriores! Estou respondendo todos aos poucos rs...
Decidi que postarei capítulos novos nessa fic a cada dez dias, por isso, fiquem espertos que no dia 10 de novembro, teremos capítulo novo de Stronger Than Love *-*
Espero que gostem desse capítulo sz

Capítulo 3 - III. Por favor, façam alguma coisa!


Fanfic / Fanfiction Stronger Than Love - III. Por favor, façam alguma coisa!

Depois de Bethany me fazer contar toda a conversa que tive com Richard, ela finalmente me liberou para tomar um banho e depois de colocar um pijama quentinho, deitei-me na cama e dormi quase que instantaneamente.

O nosso segundo dia em La Push começou chuvoso e depois de um café da manhã no restaurante da pousada, decidimos passear por Port Angeles, onde fomos ao cinema e passamos em diversas lojas, só para olhar. No fim do dia, retornamos a La Push completamente exaustos e, depois de um jantar rápido, simplesmente fomos aos nossos quartos e dormimos.

O dia seguinte nos recebeu com sol e para nossa surpresa, estava quente o suficiente para tentarmos o que os meninos estavam querendo desde que lhes mostrei o mapa de La Push: trilha até o penhasco e depois, mergulho. Claro que eu era totalmente contra a parte do mergulho e disse que não pularia nem morta, principalmente sem um instrutor, mas eles não mudaram de ideia então tudo o que pude fazer foi me trocar e segui-los. Coloquei um short confortável, um tênis e uma blusa regata branca com uma parca por cima – apesar do sol quente, a ideia de La Push ser um lugar frio me obrigou a colocar a parca sabe... por precaução! Prendi meu cabelo num rabo de cavalo, peguei minha mochila e fomos todos tomar um café da manhã reforçado, assim como comprar garrafas de água e barras de cereal, como se fossemos ficar dias na floresta.

Fomos de carro até onde era indicado o início da trilha e depois, com a ajuda do mapa e de uma bússola, começamos nossa árdua caminhada até o penhasco. Bobby, Bethany e Wallace pareciam extremamente animados, mas notei que Richard parecia tão desanimado quanto eu, o que me deixou feliz. Decidi que começaria ali nossa nova “amizade” então, aproximei-me dele e passei a caminhar do seu lado, o trio animado alguns passos a nossa frente.

– Oi – eu disse, hesitante, o olhar fixo na mata aos meus pés.

– Oi! Uau, você parece tão infeliz quanto eu – olhei para ele e o vi sorrir então retribui.

– Pode apostar que estou.

– Isso é bom. Essa ideia é meio louca, não é? Quer dizer, pular de um penhasco?

– Com certeza. Tinha que ter sido ideia do Walle – revirei os olhos. – Amante de coisas radicais.

– Não sei, acho que dessa vez ele exagerou.

Suspirei. Walle era louco. Essa era a definição perfeita para meu melhor amigo. Divertido, engraçado, inteligente, estupidamente bonito, gostoso, e tinha o melhor abraço do mundo, mas, acima de todas essas qualidades, ele era louco. Amava fazer coisas que sabia que ninguém mais teria coragem de fazer como se jogar dentro de uma lata de lixo cheia no colégio por livre e espontânea vontade, escrever E aí careca?! na porta de vidro do diretor – com o diretor dentro da sala! –, guerra de comida no refeitório, ficar em cima do teto de um carro em movimento, acampar no inverno, beijar a secretária do colégio na boca e depois fingir que estava perdidamente apaixonado por ela por uma semana inteira... Walle era louco! E o pior problema é que eu estava presente em todas as loucuras dele.

Bom, eu dei risada quando ele entrou na lata de lixo, o incentivei a escrever na porta do diretor, participei da guerra de comida, estava dirigindo o carro em que ele estava em cima, acampei com ele – e quase morri de tanto frio! –, o ajudei com as cantadas para a secretária... e ainda assim, pular do penhasco me parecia extremamente radical, até para o meu melhor amigo, até porque, ele não era um bom nadador... mas acho que eu era a única do grupo a saber desse último detalhe.

Ouvi um galho se quebrar do meu lado esquerdo e com uma sobrancelha erguida, virei a cabeça para olhar nesta direção, mas tudo o que consegui ver foi um vulto bem grande que desapareceu tão rápido que eu não podia dizer se era real. Revirei os olhos... Provavelmente estou ficando louca. Eu e Richard continuamos conversando amenidades durante o restante do caminho e algum tempo depois, chegamos à beira do penhasco. Walle tinha um sorriso de orelha a orelha e eu me forcei a sorrir também. Se Walle estava feliz, eu também estava!

– Venham, precisamos tirar uma foto – Walle disse, chamando todos para perto da beira. – Olha essa paisagem! Esse lugar é incrível.

A paisagem realmente era incrível. Era quase como estar no topo do Space Needle... só que lá embaixo tinha a natureza, e não prédios! Juntei-me a Walle para a foto e Richard chegou-se ao meu lado, suas mãos de repente segurando minha cintura, colando-me a ele enquanto Bobby e Bethany abaixavam-se a nossa frente. Sorrimos todos e Walle tirou duas fotos com sua câmera, guardando-a na mochila em seguida e abrindo os braços enquanto respirava fundo. Não pude deixar de rir da cena enquanto Bobby juntava-se a ele, os dois parecendo uivar para o céu. Foi então que notei que Richard ainda me segurava pela cintura, também rindo, e eu ainda estava encostada a ele.

Com um pigarro, afastei-me e fingi ir procurar algo em minha mochila, para esconder o rubor que começou a surgir em minhas bochechas.

– Então, vocês vão mesmo pular? – Bethany perguntou, sentada com as pernas dobradas como índio a uma boa distância da beira do penhasco.

– Com certeza não – Bobby disse, sorrindo e juntando-se a irmã, que se encostou nele.

– Nem eu – Walle deu de ombros e eu o olhei, assim como todos os outros. – O quê? Vocês realmente acharam que eu pularia deste penhasco enorme? Por favor, gente... Eu provavelmente morreria se tentasse.

Então tudo aconteceu tão depressa que ninguém conseguiu reagir. Walle estava falando e olhando para baixo, para a imensidão do mar há muitos metros abaixo de nós, as ondas batendo nas pedras, o barulho de mar mesclando-se ao barulho da floresta, formando uma sinfonia diferente. Quando terminou de falar, Walle riu e então, com uma cara de espanto, seu pé escorregou e antes que pudesse sequer gritar, seu corpo despencou para o mar.

Gritei seu nome e corri em direção a beira, mas Richard me pegou pela cintura e puxou-me contra ele antes que eu chegasse. Meus olhos estavam cheios de lágrimas e meu desespero era enorme.

– Me solta, Richard! Me solta – eu gritava e me esperneava, mas Rick me segurava firme contra ele.

– Está escorregadio, Angelica! Você vai cair junto com ele.

– Socorro! – gritei enquanto Bethany, paralisada, observava Bobby aproximar-se da beira e se deitar, olhando para o mar.

Não fomos capaz de ouvir o barulho de Walle caindo na água e eu já estava com falta de ar graças ao nervosismo. Não, não, não! Por favor, não posso ter uma crise agora, não agora. Voltei a gritar, implorar por socorro enquanto chamava por Walle. Bethany saíra correndo para a floresta, talvez para tentar encontrar alguém ou chegar até o carro, mas eu não me importei em perguntar. Bobby continuava tentando enxergar algo lá em baixo e eu continuava gritando e sendo segurada por Richard. Ele me virou para ele, fazendo-me olhá-lo, meu rosto molhado pelas lágrimas.

– Faz alguma coisa, Rick! Faz alguma coisa – gritei e soquei seu peitoral, mas tudo o que ele fez foi me apertar mais contra seu corpo. – Me solta! Me solta, Richard! Walle!

Então, Bethany apareceu, ofegante, o rosto tão molhado de lágrimas quanto o meu, acompanhada por rapazes que pareciam gigantes, todos apenas de bermuda jeans, os pés descalços e uma tatuagem idêntica no braço.

– Ele caiu, ele... ele... – Bethany parou, apontando para o penhasco. – Por favor, façam alguma coisa.

Observei a troca de olhares entre eles antes que o mais alto assentisse com a cabeça e sem aviso algum, correu e jogou-se do penhasco, fazendo-me gritar de terror. Virei de costas nos braços de Richard, observando a ponta do penhasco e voltei a me debater. Porque diabos Bobby podia ficar na beira do penhasco e eu não? Era o meu Walle!

– Me solta, Richard! – gritei novamente.

O ar estava faltando, eu estava extremamente ofegante, minhas mãos e pernas formigavam e minha cabeça parecia pesar dez quilos. As pálpebras pesadas, assim como as manchas em minha visão indicavam que eu estava próxima do desmaio, mas eu não podia me dar ao luxo de desmaiar! Precisava ficar acordada, precisava ajudar Walle. Não podia ter uma crise agora. Então fiz o maior esforço possível para controlar a cabeça, sem deixá-la pender para baixo ou tudo estaria perdido, flexionei os dedos das mãos e movimentei minhas pernas, com dificuldade. A respiração era a única coisa que eu não conseguia controlar.

Porra! Walle nem ao menos sabia nadar direito. Tudo o que ele sabia consistia em braçadas que ele não conseguia sincronizar com as pernas. Meu Walle! Se algo acontecesse, eu jamais me perdoaria.

– Richard – gritei o mais alto que consegui, assustando-o e fazendo-o finalmente me soltar.

Corri em direção ao penhasco, mas fui impedida por uma mão incrivelmente quente que segurou meu braço com delicadeza. Olhei para a mão que me segurava e segui o caminho por seu braço, meus olhos acompanhando seu abdômen desnudo e moreno, os músculos fortes, os lábios carnudos, o nariz arredondado, o cabelo castanho curto e por fim seus olhos, castanhos como eu jamais vira antes, pareciam brilhar! E então minha cabeça pendeu e a escuridão me tomou, impedindo-me de ver ou dizer qualquer outra coisa, simplesmente apaguei.


Notas Finais


Deixem suas opiniões, são importantes para o andamento da história!
Críticas e sugestões são bem vindas.
Beijos e até mais com capítulo novo sz


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