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História Stuck - I Need You


Escrita por: J-HOOOOPE

Notas do Autor


Olá Humanos!

Hoje eu quero esclarecer uma coisa aqui.
A fic tem outros dois couples certo? Certo!
Mas não se esqueçam que ela é mais voltada pra Jookyun, então não serão em todos os capitulos que os outros couples irão aparecer como aconteceu com o capitulo passado e com esse. Eu vou tentar introduzir eles ao máximo em cada capitulo.

Espero que gostem. Boa leitura :3

Capítulo 8 - I Need You


Fanfic / Fanfiction Stuck - I Need You

Changkyun Pov’s

Eu costumava achar que era forte, eu achava que conseguia viver só e que podia proteger quem amo, achava que não precisava de ninguém. Mas eu estava errado. Quão tolo sou eu por achar que podia alguma coisa? Eu sou um inútil.

Eu realmente descobri que ninguém vive sozinho. Sempre tem uma razão para se viver, a morte havia levando a minha, mas acho que a vida acabara de me mandar outra.

 Jooheon ficou comigo e não saiu do meu lado um minuto se quer, em alguns momentos conseguiu tirar um sorriso de mim. Eu pude ver um outro lado dele, e percebi que ele era diferente do que eu pensava. Eu vi um Jooheon carinhoso, atencioso, que se preocupa com as pessoas, eu sabia que estaria mentindo pra mim mesmo se dissesse que não sentia algo por ele desde aquele beijo.

 Mas se eu me entregar e me arrepender? E se ele me trouxer pro escuro de novo? Eu não quero mais me sentir sozinho. Eu quero que ele seja meu porto seguro.

 

Jooheon Pov’s

 Chang dormia apoiando sua cabeça em meu ombro e uma de suas pernas sobre as minhas, eu mal respirava ou fazia qualquer movimento, para não correr o risco de acorda-lo. A curiosidade me corroía, eu queria muito saber por qual motivo e quem havia feito isso com ele, mas ele prefere prender isso dentro de si, ele se recusa a pedir ajuda. Eu o entendo. Quando eu tinha mais ou menos sua idade, eu também me fechei para todos, mas Ji Hye me mostrou um mundo diferente, ela segurou minha mão até o último momento. Eu acho que Chang precisa disso, de alguém que segure sua mão e mostre um mundo diferente para ele. Não estou querendo dizer que essa pessoa deva ser eu, porém, se fosse eu ficaria muito feliz em fazê-lo feliz.

 Me levantei o mais silenciosamente possível para não acordá-lo e fui até a cozinha beber água. Olhei para o celular que marcavam exatas 01h30min da madrugada e vi que tinha várias mensagens de Wonho e Kihyun, me recusei a respondê-las e voltei para o quarto. Chang estava sentado na cama respirando arfante com uma mão na cabeça e outra no puxando a camisa.

 

   ─ O que houve Chang? – coloquei o copo em cima do criado mudo e fui tentar acalma-lo.

 ─ O guarda-roupa! – apontava para o mesmo a sua direita.

 ─ O que tem o guarda-roupa? – Olhei na direção que ele apontava.

 ─ Ela está lá! Eu vi. – ele escondeu a cabeça entre os braços

 ─ Não há ninguém lá, você teve um pesadelo. – disse lhe entregando um copo d’água e em seguida o abraçando.

  ─ Quinta vez!  É quinta vez. – falava quase que inaudível com o rosto socado em meu peito.

 ─ Fique calmo, eu estou aqui. – sussurrava em seu ouvido e acariciava seus cabelos.

 ─ Jooheon. – se afastou e olhou para mim. – Eu posso confiar em você não posso?

─ Claro Chang. Eu estou aqui para lhe ajudar. – passei a polegar em seu rosto retirando alguns vestígios de lagrimas que havia no mesmo.

 ─ Eu não mais aguento prender isso dentro de mim. – fitou os dedos.

 ─ Você quer me contar? – ele apenas assentiu e começou a contar como tudo começou.

 ─ No inicio de 2008 meu avô faleceu e meu pai ficou louco. Ele bebia todo fim de semana e sempre agredia minha mãe quando eu não estava em casa. Isso piorava a cada dia, eu era uma criança, não sabia de nada e ela nunca me contava nada. – fez uma pausa.

 

Eu sabia o quanto estava sendo difícil para ele me contar aquilo, mas sabia que era ainda pior viver todos esses anos com isso preso dentro de si.

 

 ─ A primeira vez que vi a morte eu tinha oito anos. Havia acabado de chegar da escola e encontrei minha mãe caída no chão da sala e todos os moveis da casa fora do lugar. Ela dizia para eu correr, pra eu fugir, mas eu com medo apenas a abracei e esperei a morte chegar.

Ela veio arrogante e com sangue nos olhos, queria deixar claro que não estava de brincadeira, queria mostrar que ela era a dona da situação e não adiantaria nada eu pedir, gritar, implorar ou me oferecer como moeda de troca, era minha mãe que ela queria.

Minha mãe me escondeu no guarda-roupa de seu quarto quando ouviu a morte se aproximar... Ela ria e gritava enquanto eu, paralisado naquele escuro já não conseguia nem mais chorar, a dor era tanta e eu tão criança não fazia ideia do que fazer. Após algum tempo de pé em meio aquelas roupas, me encolhi e assim fiquei por dias. Nenhum barulho, nenhum grito, nenhum ruído se quer. A porta estava trancada e eu... bom, eu não tinha coragem para pedir socorro.

Três dias se passaram. A vida veio me buscar com toda sua delicadeza e sussurrou: Estou aqui. Não desista de mim. Ah, como recusar um pedido da vida quase implorando pra eu não parar? Segui e prometi a mim mesmo que nunca deixaria a morte chegar perto dela novamente. – ele fez uma pausa, bebeu um pouco d’água e continuou. Cretina, ela veio pela segunda vez, engoli seco e permaneci em silêncio, ela novamente ria, gargalhava. Eu estava preso naquele guarda-roupa novamente. Eu falhei em protegê-la pela primeira vez. Os

Depois de algumas horas a luz engoliu aquela escuridão e mais uma vez a vida estava ali, sorrindo novamente pedindo para eu não parar e eu ainda bem, mais uma vez escolhi segui-la. Aquele monstro já não morava mais em casa, ele só vinha fazer a gente sofrer e depois sumia. Eu nem mais me lembrava de seu rosto.

 

Eu não sabia o que falar para Chang, ele em momento algum se prontificou a levantar o rosto, suas lagrimas caíam como quedas de cachoeiras sobre os lençóis. Eu apenas continuei segurando suas mãos numa tentativa de deixa-lo mais confortável, não tinha certeza se esse ato estava funcionando, mas era a única coisa que conseguia fazer.

 

 ─ Alguns anos se passaram, ele continuava com as agressões, mas só quando eu não estava em casa e minha mãe coitada, escondia tudo de mim para não me ver sofrer. A meu ver estava tudo bem, nada de guarda-roupa e gritos e choros até minha vó vir a falecer também. Maldita foi a hora que deus resolveu levá-la. Não se passaram três meses após o falecimento e a morte, muito audaciosa voltou, sim pela terceira vez. Era um domingo lindo e ensolarado. Desta vez a morte chegou de um jeito diferente, ela dizia que havia mudado. Minha mãe, tola e apaixonada acreditava em tudo o que ele dizia. Foi aí que eu me tranquei e me afastei de todos, não tinha mais amigos, não conversava com ninguém e não dormia quando ele estava em casa.

Mas por um descuido meu tudo começou de novo. Dessa vez a morte não queria só minha mãe, ela queria a mim também. Eu com treze anos me achava o mais forte, deixei minhas lágrimas de lado e minha mãe não conseguiu me prender naquele guarda-roupa novamente. Enfrentei-a fazendo com que minha mãe corresse para longe, apanhei, fraturei a costela e desnoquei um braço, mas tinha conseguido salvá-la ao menos uma vez. Eu estava errado!

Ela voltou pra casa. Porque diabos ela voltou? A morte conseguiu fazer a cabeça dela, e eu quando percebi já era tarde de mais. Minha mãe estava contra mim.

E como uma criança carente de atenção a morte se mostrou de novo. Que vadia! Era a quarta vez que eu presenciava isso. A vida, me vendo ali todo rasgado e ensanguentado teve pena de mim. Ela veio suavemente com toda sua graciosidade e disse: Descansa menino, amanhã é outro dia.

Eu não sei Jooheon, eu não sei por que ele ficou assim, porque a sua satisfação era fazer isso com a gente. Talvez o problema seja eu e minha mãe esteja pagando o preço por mim agora.

Hoje foi a quinta vez que a morte veio. E ela conseguiu o que queria, ela tirou minha mãe de perto de mim, mas a vida foi mais esperta que morte e me deu você. – ele me fitou. – Eu preciso de você agora, não me deixe só, não me deixe no escuro.

 

Eu não sabia o que fazer, ele realmente havia dito aquilo? Aquelas palavras me pegaram desprevenidos. Imaginei que ele falaria da sua raiva, que queria matar o pai, mas ele apenas disse que precisa de mim.

Eu não tive reação, eu apenas o encarava. As palavras não saiam, eu estava em um misto de alegria tristeza e pena.

 

─ Não era isso que eu queria dizer. – ele olhou para o lado e riu soprado.

─ Mais era isso que eu queria ouvir. – virei seu rosto para mim novamente e então selei nossos lábios. Desta vez eu acertei o momento. – Eu vou trazer sua mãe de volta, eu prometo. – depositei um beijo em sua testa.

 

Ficamos ali abraçados, sem dizer nada até que ele adormeceu novamente. Não queria pensar em nada, mas Kihyun não saía da minha cabeça. Maldita hora que Chunghee resolveu trazê-lo de volta. Se ele descobrisse sobre Chang, só Deus sabe o caos que ele poderia causar.

 

Kihyun Pov’s

Estava deitado na cama pensando porque Jooheon não havia voltado para casa até agora. Será que ele está se afastando por minha causa?

Eu não podia deixar ele se afastar e também não podia fazer nenhum tipo de chantagem, não por agora.

           

 ─ Alô?

 ─ Ji Suk, sou eu Kihyun.

 ─ Olha quem resolveu aparecer.

 ─ Sentiu saudades?

─ De você? Nenhum pouco.

─ Por quê? Nós éramos tão amigos?

─ Éramos até você foder com minha vida. Você acha que eu esqueci? Eu fugi da cadeia, agora estou sendo procurado pela polícia e minha esposa não quer nem olhar na minha cara.

─ Não vamos entrar nesse assunto.

─ Diga o que você quer. Eu preciso dormir.

─ Eu fiquei sabendo que... você não anda bem de vida né?

─ Vá direto ao ponto pirralho.

 ─ Isso é jeito de tratar seu chefe?

─ Ex-chefe!

─ Eu sei que você está aqui na cidade. Eu quero que você faça um favor pra mim.

─ Eu tô fora.

─ Sério? Como anda a pequena Sunhee?

─ Deixe minha filha em paz!

 ─ Acho que não será possível. Sinto muito.

 ─ O que você quer?

─ Eu irei amanhã lhe fazer uma visitinha às 16h. Espero ser bem recebido.


Notas Finais


Então amores gostaram? Espero que sim :3

JOOKYUN SAIU \O/ Eu realmente amei escrever esse capitulo <333

Caso alguém não tenha entendido, quando Chang fala "a morte" ele está se referindo ao seu pai e na maioria das vezes quando ele fala "a vida" ele está se referindo a sua mãe.

Na hora que o Kihyun está fazendo o telefonema eu não quis descrever os detalhes porque achei que seria legal deixar vocês imaginarem (as expressões deles, o tom de voz, etc.). Eu queria saber se vocês preferem que nas ligações eu descreva os detalhes ou se eu deixo do jeito que eu fiz agora.

Enfim, obrigada a todos e favoritos e a todos os comentários <3333


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