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História Stupid Wife - Prólogo.


Escrita por: Horse

Notas do Autor


OMG! Oi, oi gente, tudo bom com vocês?
Então, eu tive essa ideia e fiquei planejando ela, e consegui escrever esse capítulos, mas, MAS, essa é uma fic futura, eu só vou escrever ela realmente quando fechar Blowaster, okay? Quem não leu essa ainda pode ir lá no meu perfil ler e tals u-u

Enfim, essa aqui é só uma ideia que eu tive e queria saber se (caso alguém leia) no futuro eu poderia dar continuidade a ela.

A foto do capítulo é o Louis Cabello-Jauregui, sim, filhote camren.

Capítulo 1 - Prólogo.


Fanfic / Fanfiction Stupid Wife - Prólogo.

23 de fevereiro de 2001

 

Eu odeio Lauren Jauregui, ODEIO! Tudo nessa criatura me irrita, o jeito arrogante de ser, o modo que anda como se fosse dona do mundo e principalmente o fato dela sempre arrumar um jeito de perturbar minha vida. Em qualquer lugar que eu ia, ela estava lá. Às vezes parecia me perseguir.

Sério, será que ela não tinha outra coisa para fazer não?

― Mila, para de apertar o pobre do taco, ele não tem culpa se você está estressada.

Ouvi alguém dizer, de início não soube distinguir quem era mas, logo descobri ser Ally. Desviei minha atenção da mesa dos “populares” onde aquela estrupício está sentada e olhei para minha irmã, ela olhou para minhas mãos e voltou a olhar para o meu rosto, só então me dei conta que tinha apertado o taco de carne em minha mão e agora tudo estava lambuzado de molho. Que meleca!

― Outra vez estragando comida, Chancho?

Dinah perguntou rindo ao juntar-se a mim e Ally na mesa onde estávamos. Apenas revirei os olhos e depois fiz uma careta de nojo ao sentir meus dedos colando. Ótimo! Além de ficar sem lanche agora eu estou com as mãos sujas. E a culpa é de quem? Da estrupício.

― A Jauregui trancou ela na sala de teatro outra vez.

Ally contou, ou melhor, fofocou para Dinah, que riu escandalosamente ao ouvir aquilo, sendo acompanhada por minha irmã. Você deveria me defender, estúpida! Quem precisa de inimigos tendo Dinah como melhor amiga e esse cotoco de gente traidor como irmã?

― Quantas vezes ela fez isso essa semana mesmo? – eu apenas ouvia as duas zombando de mim enquanto tentava tirar aquela meleca da minha mão. Ótimo, agora vou ficar cheirando a comida o resto do dia.  ―  Acho que foram sete?

― Foram oito na verdade.

E as duas explodiram em gargalhadas, bufei e peguei mais um pouco de guardanapo para limpar minha mão. As duas idiotas ficaram caçoando de mim até que o time de basquete entrou na cantina, ai elas rapidinho mudaram o foco da conversa e começaram a falar sobre os jogadores. Desnecessário ficar ouvindo sobre “qual é o bumbum mais durinho” desses idiotas trogloditas.

― Ah, o Ian... Ele parece ficar mais gato a cada dia que passa.

E lá estava ela, a Dinah idiota que era apaixonadinha por Ian Jauregui desde a sexta série. Sim, ele é o irmão mais velho da babaca Jauregui vulgo Lauren imbecil. Mas diferente dela, ele é um cara legal, super simpático e adora ajudar os outros. Sem contar que é super inteligente. Era difícil acreditar que os dois eram mesmo irmãos. Mas bastava olhar os dois juntos que não tinha como negar, era cara de um, fucinho do outro. Principalmente os olhos.

Enfim, voltando a paixonite da Dinah. Ela é apaixonada por Ian desde a sexta série, ele vive olhando para ela e sorrindo, o que quase mata minha melhor amiga do coração. Eu só me pergunto porque raios ela nunca vai falar com ele. Estupidez ficar sofrendo por um amor que pode nem ser correspondido.

Já Ally era diferente, minha irmã mais velha é namorada do cestinha do time, Troy Ogletree. Ela diz que ele é o amor da vida dela, os dois são um doce quando estão juntos. Quando ele vai lá para casa eu sinto vontade de morrer de tanto mimimi. Principalmente quando eles ficam se amassando no sofá.

― Oh meu Deus! Oh meu Deus! O Ian está vindo pra cá.

Dinah começou a se exaltar, olhei para ela e notei seu rosto completamente vermelho. Será que ela está tendo algum tipo de ataque do coração?

― Dinah, respira pelo amor de Deus.

Eu pedi já agoniada de vê-la daquele jeito. Por que as pessoas costumam agir como idiotas quando gostam de outra?

Revirei os olhos e deixei que Ally acalmasse Dinah, só ela tinha paciência mesmo para aquilo. Apoiei os cotovelos na mesa e coloquei meu queixo apoiado em minhas mãos. Não era somente Ian que estava vindo até nossa mesa, Troy também estava. Que delícia! Eu amo ficar de vela.

Estava prestes a levantar quando um braço de impediu de o fazer, olhei para o lado apenas para ver aquele cosplay de fantasma sentar-se ao meu lado sorrindo. Não!

― E aí, gata? Vim te fazer companhia, sabe? Para você não ficar sobrando. – abriu um enorme sorriso, eu até o acharia bonito, se não fosse a estúpida Lauren Jauregui ali. ― Sinta-se privilegiada, milhares de garotas gostariam de estar no seu lugar.

E ali estava, o enorme ego idiota dela. Era justamente por coisas assim que eu não a suportava, ela tinha mesmo que achar que todas as pessoas caem aos seus pés?

― Primeiro, tire suas patas imundas de mim! – ela negou com a cabeça e eu bufei. Infantil. ― Não estou brincando, imbecil. – fui mais firme dessa vez e ela fez sinal de rendição, mas não saiu de perto apenas soltou meu ombro. Menos mal. ― Segundo, eu não te chamei aqui, ninguém chamou na verdade, pode ir embora. E terceiro e não menos importante, você não faz meu tipo.

Debochei e cruzei os braços, olhando para frente. Pelo canto do olho pude ver Ian conversando com Dinah, que por obra de Deus já estava mais calma, e Troy e Ally aos beijos. Ew!

― Camilinha, eu faço o tipo de todo mundo. – Lauren voltou com aquele braço nojento. Não me encosta, que porra! Será que você tem retardo ou algo assim? ― Principalmente das garotas... Ainda mais as que tem uma bunda tão grande assim quanto a sua.

Arregalei os olhos e senti minhas bochechas esquentarem. Lauren soltou uma gargalhada e eu fechei a cara, saltei sobre o banco ao sentir um aperto em minha bunda. Essa filha da... Realmente apertou minha bunda? Sério mesmo?!

― Nunca mais, ouviu bem?! Nunca mais me encoste essa mão imunda!

Gritei, nem ao menos me importando com a cena que eu estava fazendo. Completamente irritada me pus de pé e levantei daquela mesa, já não tinha fome alguma mesmo e não aguentaria ficar perto daquele ser por muito tempo.

Eu odeio Lauren Jauregui, do fundo do meu coração!

//

Estava parada à mais ou menos 20 minutos esperando a tapada da Dinah. Ally havia ido para casa com Troy e eu trouxa disse que ficaria e esperaria Dinah, porque eu sou uma ótima melhor amiga. Mas a babaca simplesmente sumiu? Onde ela se meteu?

― Veja só o que temos aqui... – ah não... Isso é alguma brincadeira, vida? Porque não tem graça alguma. ― É perigoso ficar aqui sozinha em frente à escola uma hora dessas, gatinha.

Mordi o lábio inferior com força, mas minha vontade era de virar e dar um soco bem no nariz daquela escrota pra ver se ela aprendia a ser gente. Coloquei um sorriso irônico em meus lábios e me virei para ela, que estava gloriosamente sentada em sua moto. Moto idiota e barulhenta, igual a dona mesmo.

― Não é mais perigoso que ficar perto de você por mais de três segundos.

― Boa. – ela riu, nem dando importância ao meu comentário. Não seja estúpida, rebata isso, anda! ­― Sobe aí – falou pegando outro capacete, arregalei os olhos. ― Que foi? Vou te levar em casa, não posso deixar uma dama sozinha na rua.

― Nem fodendo eu irei sentar nesse troço.

Bati o pé e cruzei os braços, Lauren bufou e fechou os olhos por alguns segundos. Parecia estar buscando paciência. Não busque paciência, idiota. Discuta comigo!

― Não fala assim da Sky. – fingiu estar ofendida e acariciou o tanque da moto. Revirei os olhos. Quem dá nome para a moto?  ― Vamos, Camz. É só uma carona, prometo ir devagar. Aliás, Dinah já foi embora.

Eu não podia acreditar que aquela maldi... Ei espera.

― E por que eu acreditaria em você?

Lauren revirou os olhos e molhou os lábios com a ponta de sua língua.

― Meu irmão levou ela em casa. – deu de ombros como se não fosse grande. Meu queixo caiu, Dinah deve estar tendo uma sincope nesse momento. ― E então, vamos? Sua casa é muito longe para você ir andando sozinha essa hora.

Eu não queria ter que aceitar sua carona, mas sabia que se não aceitasse teria de ter coragem para ir andando para casa porque: Ally provavelmente está na casa do Troy, Dinah não viria me buscar nem se eu pagasse, os ônibus aqui demoram e meus pais ainda estão trabalhando. Que ótimo, vida, muito obrigada!

― Fazer o quê? Não tenho opção mesmo. – o sorriso vitorioso de Lauren quase me fez desistir. Quase. ― Mas se você fizer qualquer gracinha, eu corto seus dedos fora, entendeu?

Ela fez uma expressão de inocente e beijou seus dedos cruzados como se estivesse jurando que se comportaria. Eu só espero que se comporte mesmo!

//

EU. NUNCA. MAIS. ANDAREI. NISSO. OUTRA. VEZ. NA. VIDA.

Eu estava tremendo quando Lauren estacionou em frente à minha casa, meus braços em volta de sua cintura enquanto eu ainda tentava acreditar que estava viva. Essa filha da puta me enganou, no começo ela estava indo devagar e de repente a rua virou um borrão diante dos meus olhos.

― Ah, qual é, Camz? Um pouco de adrenalina faz bem.

Voltei a realidade aos poucos, soltei sua cintura e lutei para que minhas pernas não bambeassem quando eu desci de sua moto. A idiota estava rindo, rindo de mim. Estúpida!

― Vai tomar no cu, idiota! – esbravejei, mas isso nem a abalou, ela continuou rindo. Bufei sem paciência e me virei para sair dali. ― Tomara que você caia quando estiver voltando para casa.

― Sua mãe não te ensinou que não se deve desejar mal aos outros? – levantei uma mão e mostrei o dedo do meio para ela. Minha casa parece mais longe!  ― Camila! Ou!

Ela ficou me gritando, não tive outra opção que não fosse olhar para que ela parasse de gritar.

― O que que é?!

― Meu capacete, gatinha. Eu preciso dele.

Apontou para minha cabeça e eu corei na hora. Será que eu posso cavar um buraco para enfiar minha agora?

― Você quer ele? – sorri diabolicamente enquanto soltava o capacete. Lauren sorriu e esticou uma mão. ― Então toma.

O taquei no gramado do meu quintal e gargalhei da expressão incrédula de Lauren.

― Porra, Camila. Essa merda é cara, sabia? Se arranhar eu vou fazer você pagar.

Cruzei os braços negando com a cabeça enquanto observava ela descer da moto e ir até seu capacete caído no chão. Toma essa, estrupício.

― Coitada de você.

Desdenhei. Lauren pegou o capacete e começou a analisa-lo.

― Aqui, arranhou, está satisfeita? – assenti com a cabeça freneticamente, Lauren bufou. ― Vai ter que pagar, gatinha.

― Me obrigue.

Atrevida eu? Sou mesmo. Os olhos de Lauren escureceram, eu até ficaria com medo daquela expressão dela, mas Lauren nunca me meteu medo. Ela é só uma idiota.

― Eu já sei como você vai me pagar. – ela declarou e começou a caminhar na minha direção, dei um passo para trás e olhei para ela sem entender. ― Eu aceito um beijo.

― Um beijo?

Perguntei apenas para confirmar se não estava ouvindo coisas. Lauren assentiu sorrindo daquele jeito safado dela de ser. Semicerrei meus olhos, eu não beijaria ela nunca, mas nunca mesmo.

― Um beijo, de língua.

Ela parou na minha frente, eu mantive minha expressão de nada enquanto ela sorria com expectativa. Tudo bem, Jauregui. Dois podem jogar esse jogo.

― Você quer um beijo? – Lauren assentiu e apontou para sua boca, abri um enorme sorriso, falso. ― Então ok, feche os olhos.

Lauren pareceu surpresa ao me ver cedendo, mas logo fechou os olhos. Tive que prender o riso para não gargalhar. Idiota.

Lentamente eu comecei a dar passos para trás, esperei ficar longe o suficiente dela e comecei a gargalhar. Lauren abriu os olhos mas, era tarde, eu já estava na porta da minha casa.

― Você trapaceou!

Ela exclamou indignada, cruzou os braços abaixo dos seios e eu ri com desdém dando de ombros.

― O mundo é dos espertos, tapada. Achou mesmo que eu queria te beijar? Me poupe.

Gritei de volta para ela ouvir, Lauren negou com a cabeça algumas vezes e sorriu.

― Você ainda vai implorar pelos meus beijos, Camila.

― Nunca!

― Nunca diga nunca, gatinha. – ela mandou um beijo no ar para mim e virou-se com aquele ar de “sou foda”, mas tornou a me olhar e completou: ― Nós ainda iremos nos casar, Camila, guarda isso na memória.

Ela nem me deu chance para rebater, colocou o outro capacete no compartimento de trás da moto e subiu na mesma. Tudo que se pode ouvir foi o barulho ensurdecedor daquela moto. Entrei em casa cuspindo fogo, odeio perder para ela. Quem dá a última palavra sou eu!

Subi para tomar um banho e depois vesti uma roupa qualquer, iria tirar um cochilo e ligaria para Dinah. Apesar de tudo eu queria saber se ela e Ian tinha dado em alguma coisa.

“Nós ainda iremos nos casar, Camila...” a voz de Lauren ressoou em minha mente, eu soltei uma risada nasal. Me joguei na minha cama e agarrei Tom, meu ursão de pelúcia.

― Eu nunca vou nem te beijar, Jauregui, quem dirá casar.

Falei comigo mesma antes de fechar os olhos e esperar o sono vir.

Prefiro morrer solteira do que me casar com Lauren Jauregui.

 

 

05 de novembro de 2014

 

Grunhi antes de abrir os olhos, minhas costas ardiam e minha cabeça parecia pesar uma tonelada. Por Zeus! Que soneca foi essa? Parecia que eu havia bebido todas na noite passada e hoje estava com uma ressaca fodida. Tentei meu esticar, mas paralisei ao sentir um abraço segurando com firmeza minha cintura. Arregalei os olhos e olhei para baixo, me deparando com um braço branco como leite.

Oh meu Deus! Alguém invadiu minha casa e abusou de mim durante minha soneca!

Pensei apavorada e saltei da cama. Quase cai ao tropeçar em um chinelo que estava no chão, olhei para cama e pude então ver quem era o ladrão pedófilo, mas na verdade era mulher. Uma mulher!

― Mãe! Pai! AHHHHHHH SOCORRO!

Comecei a gritar e correr pelo quarto, eu não conseguia encontrar a porta. Cadê a porra da porta do meu quarto?!

Estava olhando tudo em volta e paralisei. Eu não reconhecia porra nenhuma ali. Meu Deus! Ela me sequestrou, ela vai me fazer de escrava sexual! Eu preciso ligar para a polícia, porra, porra, porra!

― Hmmmpf, amor? – meu coração batia descompassado. Merda ela acordou. ― Por que você está gritando como uma louca? Eu estou morrendo de dor de cabeça, e minhas costas doem. – eu me recusava a olhar para trás, mas sabia que a mulher me observava. Um vento frio bateu em meu corpo e só então me dei conta que... Puta. Que. Pariu. ― Bebê, volta aqui pra cama vem. Você acabou comigo noite passada, mas eu quero mais.

Soltou uma risadinha meio sonolenta e ao mesmo tempo safada. Meu estômago embrulhou na hora. Bebê? Acabei com ela noite passada? Essa desgraçada me dopou e se aproveitou de mim.

Virei-me com os olhos fervendo em fúria, estava prestes a gritar com aquela louca e exigir que ela me levasse para casa, que me devolvesse para a minha família, afinal eu era muito jovem e tinha muita coisa para fazer. Mas toda minha pose caiu ao me deparar com ninguém menos que...

― Lauren?!

Não acredito! A estrupício além de tudo é uma psicopata que sequestra garotas inocentes e indefesas. Eu sabia que não deveria ter aceito aquela carona.

Aquilo só poderia ser algum tipo de brincadeira. O que essa imbecil acha que está fazendo?

― Camila! Por que você está gritando como uma louca? E para de ficar rodando igual um pião, já estou ficando tonta.

Parei no lugar, minhas mãos em punho. Eu aqui buscando uma explicação para essa estrupício ter feito o que fez e eu sou a louca por estar gritando? ELA ME SEQUESTROU!!!

Virei-me para ela completamente revoltada, capaz de estar saindo fumaça da minha cabeça. Lauren me olhava fixamente, seus longos cabelos castanhos estavam um pouco bagunçados caindo como cascatas em seus ombros e tapando seus seios nus. Respirei fundo, com 16 anos eu já posso ser presa nesse país.

― Isso é algum tipo de piadinha imbecil? Está achando legal me drogar, abusar de mim e me trazer para essa casa que eu não faço ideia de onde é. – a cada palavra dita, ou melhor, cuspida, a confusão no rosto de Lauren aumentava. ― Qual a porra do seu problema, garota?!

Lauren arregalou os olhos após meu grito, ela parecia surpresa com minha explosão. Eu estou a ponto de arrancar meus cabelos e os dela também. Meu Deus! Meus pais devem estar loucos atrás de mim. Por que essa garota tinha que fazer essa estupidez justo comigo? Eu sempre soube que ela é meio retardada, mas não a esse ponto.

Estava tão concentrada em surtar e traçar planos de assassinato, que só voltei a realidade quando Lauren parou em minha frente e segurou em meus ombros. Quando foi que ela ficou tão alta e quando o cabelo dela cresceu assim?

― Eu acho que você bebeu demais noite passada, eu avisei que não era para ter bebido tanto. – soltou uma risadinha sem humor. Qual a graça, imbecil?! Tem ninguém rindo aqui. ― Você teve algum sonho noite passada? Por que eu te drogaria?

Acariciou meu rosto com seus polegares e me olhou questionadora.

― Tire suas mãos imundas de mim, agora! – sibilei entredentes, Lauren soltou-me, me olhando com mágoa? ― Eu quero ir embora, meus pais devem estar atrás de mim.

Eu estava quase entrando em colapso de novo, a panaca continuava me olhando com aqueles olhos verdes sinistros. E se ela me matar?

― Você ligou para os seus pais? Eu não acredito, Camila. Você vai ir embora pra onde? Aqui é sua casa.

Ela está louca, eu preciso sair daqui antes que vire sua prisioneira!

― NÃO! AQUI NÃO É A PORRA DA MINHA CASA E VOCÊ SABE DISSO!

― Por que você está gritando e me dizendo essas coisas? Eu achei que estivesse tudo bem entre nós duas. Foi só uma briguinha idiota, amor. Você me disse que estava tudo bem ontem à noite, nós ficamos fazendo amor por horas e hoje você acorda querendo ir embora? – ela falava sem parar gesticulando freneticamente. Ela está alucinando, será que está drogada? ― Amor, você não pode falar essas coisas pra mim. Sabe que eu não saberia ficar sem você, Camz. Ontem você me disse que estava tudo bem, o que mudou?

― Você é retardada, garota? Eu nem te vi ontem depois daquela carona estupida. – ela voltou a ficar confusa. Drogas causam retardo nas pessoas. ― Eu sabia que não devia ter aceitado aquela carona maldita, olha só onde eu me meti agora.

Eu preciso sair daqui, agora!

― Amor? Tem certeza que você está bem?

Amor! Essa garota é doente mesmo. Por que diabos essa louca insiste em ficar me chamando de amor? Louca!

― Amor? Tá ficando doida, Lauren? A gente nem se suporta. Me leva embora daqui, eu quero minha casa, eu quero meus pais. E eu quero... – bati a mão na testa. Que horas são? Meu teste de matemática, puta que pariu! ― Imbecil, estrupício! Eu perdi meu teste de matemática por sua causa.

Lauren juntou as sobrancelhas e veio andando em minha direção. Por que a pele dela parece menos jovem? Será que aquela perfeição toda era só maquiagem? Sempre soube. Senti minhas costas colidirem com a parede e engoli seco, estava presa. Lauren encostou as costas da mão em minha testa e depois colocou no pescoço, como se estivesse medindo minha temperatura. Qual seu problema, criatura?

― Você está se sentindo bem? Que teste de matemática é esse? Está falando até como se ainda estivesse no colegial.

Começou a gargalhar daquela mesma forma debochada de sempre que eu tanto odiei. Desgraçada! Agora está tentando me fazer parecer louca?! Quem ela pensa que é.

― Mas eu ainda estou no colegial, sua psicopata!

Lauren parou de rir na hora em que eu gritei, ela me olhou como se eu tivesse no mínimo umas 4 cabeças.

― Ainda está no colegial? Camila, você terminou o colegial à quase nove atrás, amor.

Arregalei meus olhos. Meu Deus, ela é mais louca do que eu pensei. Agora além de ter me sequestrado, abusado de mim e me drogado, ela também age e fala como se tivéssemos viajado no tempo. Eu preciso sair daqui urgentemente!

― Você é completamente louca!

Esbravejei e empurrei-a para trás, nem me importei com minha nudez, apenas queria sair dali o mais rápido possível. Achei a maldita porta! Corri até ela e agradeci por não estar trancada, meu coração saltava no peito, a adrenalina estava presente em tudo. Ouvi Lauren me chamando, mas apenas ignorei. Dei de cara com um corredor, corri para um lado e não achei nada que não fosse portas e janelas. Corri para o outro lado e vi uma escada, estava quase ganhando o primeiro degrau quando uma vozinha me chamou a atenção.

― Mommy?

Olhei para o meu lado esquerdo e me deparei com um garotinho. Ele coçava um olho com sua pequena mãozinha, os cabelos negros estavam um pouco bagunçados, na outra mão ele tinha um coelho de pelúcia que estava arrastando no chão, a chupeta azul com o brasão da américa estava quase caindo de sua boca. Quem é essa coisa fofa? Ele parou de coçar o olho e me olhou, bocejando um pouco.

Meu Deus! Que casa é essa? Será que Lauren me trouxe para algum lugar que ela invadiu? Porque pelo que eu me lembre ela não tem nenhum irmão além do Ian.

― Camila? Camila?! – ah não! Em segundos uma Lauren afobada surgiu atrás do garotinho. Ela ia falar alguma coisa mas, ao ver o pequeno ali em pé se calou. Ele agora olhava para ela. ― Oi, meu pequeno. Já acordado a essa hora? Que milagre.

Abaixou-se para pegar o pequeno no colo, ele soltou uma gargalhada gostosa de se ouvir. O som lembrava a gargalhada da Lauren, mas não a gargalhada debochada. Deve ser parente dela. Confesso que a cena dele agarrado no pescoço dela rindo enquanto ela o enchia de beijos foi extremamente fofa.

― Seu sobrinho?

Perguntei curiosa, tudo bem que eu queria fugir dali mas, o que custa perguntar? Eu sou curiosa. É um defeito.

― O que? Sobrinho? Camz, você não está bem mesmo.

― A mommy precisa de chocolate quente!

O pequeno exclamou e Lauren sorriu para ele, os dois fizeram um toque lá com os dedos e depois voltaram a olhar para mim. Mommy? Quem é mommy?

― Quem é ele, Lauren? De quem é essa criança?

Perguntei já nervosa, só faltava ela ter sequestrado a criança e agora estava fingindo ser uma família feliz comigo. Ela é louca mesmo.

― Como de quem é ele, Karla Camila? É nosso filho, nasceu de você.

Ela falou como se fosse óbvio, seus olhos demonstravam preocupação, assim como os do pequeno. Depois de ouvir aquilo, tudo começou a embaralhar na minha frente. Eu tive que me segurar no corrimão da escada para não cair, eu tentava voltar a consciência mas, tudo estava escurecendo. Eu ouvia ao longe alguns gritos finos desesperados e os gritos de Lauren, uma mistura de “Amor? O que está acontecendo?” com “Mommy”

Minhas pernas fraquejaram e meus olhos reviraram, senti braços firmes me segurarem e então eu simplesmente... Apaguei!

 


Notas Finais


Então como estamos? Muito ruim? Eu ugh... Sou uma negação comigo mesma, mas enfim.

Caso alguém tenha lido me deixe saber se no futuro eu devo continuar essa fic, mas eu preciso saber se devo continuar porque ai quando tiver tempo eu já escrevo alguns capítulos e tals pra poder atualizar com frequência.

E o irmão da Lauren é o Deus Ian Somerhalder sim, eu precisava disso sahushaus

E eu ainda não decidi se farei dela uma mini-fic ou uma fic normal, hm, to decidindo ainda. Mas é isso aí... até, mais? Sim ♥

qualquer coisa:

https://twitter.com/cavalajane

ask.fm/jaakordeimae


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