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História Stupid Wife - Back to life.


Escrita por: Horse

Notas do Autor


Oi amores, olha, eu estou sendo muito boazinha porque vocês estão sendo ótimos comigo e a fic está tendo uma boa aceitação, obrigada, de verdade gente eu me divirto e fico muito feliz com os comentários, vocês são incríveis.

Mas em... Eu consegui escrever mais esse aqui e eu espero que vocês gostem.

Capítulo 3 - Back to life.


Aquilo só podia ser algum tipo de piada, ou castigo. Tudo bem, eles já me convenceram que estamos em dois mil e quatorze... Puta merda! Eu perdi toda a minha adolescência e parte da vida adulta. Por que logo comigo? Eu nunca fui uma pessoa ruim, sempre respeitei meus pais. Por que receber esse castigo?

Se a vida é uma piada, comigo ela está sendo um stand up completo.

Agora aqui estou eu parada com cara de tacho enquanto meus pais e... Lauren, conversam com Dr. Charlie para entender o que houve. Eu realmente me casei com a estrupício? Mas como isso aconteceu? Nós nunca nos suportamos.

Como eu pude cair na lábia desse troço?

— Meu conselho é deixa-la viver sua vida normalmente, quem sabe ela tendo convívio com a esposa e o filho sua memória não vá voltando? Eu sinceramente não faço ideia de como isso aconteceu, em meus 30 anos de carreira eu nunca ouvi sobre algo parecido com o caso de Camila.

Ah que ótimo, agora só falta eles quererem fazer estudos comigo como se eu fosse algum rato de laboratório. Zeus! Eu estou num mundo desconhecido com pessoas que eu conheço mas, não conheço, vocês conseguem entender o tamanho dessa confusão?

— Será que vocês podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui?

Bufei irritada, estava de saco cheio deles falarem e especularem como se eu não estivesse aqui ouvindo. Além de ter perdido a memória será que virei mulher invisível?

— Mi hija. – Papai veio até mim, suspirei cansada. Eu só quero ir para casa, quero minha cama... Será que ela ainda existe? — Quer ir embora?

— Óbvio.  

Resmunguei cruzando os braços, eu achei que fosse óbvio que eu queria ir para casa. Dr. Charlie sussurrou algo para Lauren, mas eu nem me dei ao trabalho de ouvir. Não faço a mínima questão de saber sobre nada relacionado a essa estrupício.

Eu só quero a minha casa.

A minha vida sem graça.

Só quero dormir e lembrar de tudo o que eu esqueci... Ou melhor não. Eu sou casada com Lauren Jauregui. O que fiz para merecer esse castigo?

— Dr... O que nós poderemos fazer? Ela vai precisar fazer algum tratamento ou coisa assim?

Mesmo não muito interessada naquela baboseira, eu sou obrigada a ouvir atentamente, porque afinal, é a minha vida ali. Certo?

— Ela vai precisar fazer alguns exames que eu vou pedir, e por hora a única coisa que eu posso aconselhar vocês a fazer é deixar que ela volte a sua rotina normal, pois ainda não sabemos se essa perda de memória dela é temporária ou se ela nunca lembrará desses anos que esqueceu.

Ah que ótimo! Voltar a rotina normal significa viver sobre o mesmo teto que a psicopata? Não mesmo, eu prefiro não lembrar de nada e viver com meus pais. Viver com ela que eu não vou, mas não vou mesmo.

//

Eu disse que não iria viver sobre o mesmo teto que ela, certo? Infelizmente minha mãe não parece nada feliz com essa ideia.

— Camila, mi hija, estamos tentando te ajudar. O Dr. disse que isso talvez ajude sua memória, o que custa voltar para casa com sua esposa? Você a a-

— Não, mãe! Não fala isso nem de brincadeira, eu não sou casada com ela e não a amo, eu odeio Lauren Jauregui com todas as minhas forças.

Esbravejei sem paciência, eu não conseguia mais aguentar ouvir aquelas coisas. Todos a minha volta diziam a mesma coisa, mas eu não a amo, não suporto olhar para ela. Só de pensar que eu era, sou, fui, casada com ela eu... Não dá!

Meu peito subia e descia, mamãe me olhou surpresa com minha explosão e negou com a cabeça. Ouvimos um pigarro e eu olhei para trás, Papai estava ao lado de Lauren segurando ela por cima dos ombros, Lauren me olhava como se eu fosse algum tipo de monstro, não sei, ela parecia com medo. Não a conheço para identificar os olhares dela, mas aquele definitivamente não era um olhar feliz, mas também estava longe de ser um olhar raivoso. Seria mágoa?

Pare de me olhar assim, idiota! Está me deixando mal.

Mesmo que eu não tenha qualquer outro tipo de sentimento por Lauren a não ser ódio, aquele olhar dela estava de alguma forma me afetando. Papai sussurrou algo em seu ouvido e ela apenas acenou com a cabeça, ele a soltou e então ela se virou e saiu do quarto sem dizer nada, senti-me mal. Por quê? Encolhi os ombros sob o olhar duro de meu pai em cima de mim.

— Precisava mesmo dizer todas essas coisas, Karla Camila? – repreendeu-me de uma forma que nunca havia feito antes. Ou já? Ugh! Odeio essa merda de amnésia, memória idiota. — Lauren já assinou sua alta, você vai para sua casa sim e não se fala mais nisso, nem adianta choramingar. – cruzei meus braços emburrada, eu não quero ir para aquela casa, ela estará lá. — Agora vamos.

Ordenou firme, eu estava me sentindo com dez anos de idade quando meu pai vivia brigando comigo por ter feito algo errado. Olhei para minha mãe e ela apenas negou com a cabeça, deixando claro que não tomaria partido de ninguém e muito menos gostaria de dizer alguma coisa. Ainda de braços cruzados e de cabeça baixa, passei por meu pai e sai do quarto. Eu só queria acordar amanhã lembrando de toda essa merda e acabar de vez com essa confusão na minha cabeça.

 

Saímos do hospital após mais alguns minutos, meus pais quiseram conversar sobre mais algumas coisas com Dr. Charlie, ele indicou um psicólogo para mim, disse que me ajudaria até descobrirmos o que havia acontecido comigo. Isso tudo é muito louco, é muita informação para mim.

— Mama – A chamei e ela me olhou por cima do ombro antes de abrir a porta do carro, fui até ela rapidamente. — Eu tenho mesmo que ir para a casa de Lauren? Eu n-

— Karla Camila! Pode parando com isso. – bufei, que merda! Todo mundo resolveu pegar no meu pé. Eles não entendem que eu não suporto essa garota... mulher, tanto faz. — Ela é sua esposa, você pode estar se lembrando agora, mas aquela mulher ali – apontou em direção ao outro lado do estacionamento, Lauren estava mexendo em alguma coisa no porta-malas de um carro que eu julguei ser seu. Pelo menos ela tem um carro agora. — Te ama mais do que tudo, mais do que você pode imaginar. Hija, será que você pode pelo menos tentar ser mais amigável? Não desconte nela sua raiva do passado, as coisas mudaram.

Entortei a boca e continuei a olhar Lauren, ela voltou a ficar em pé corretamente e fechou o porta-malas. Seus cabelos bagunçaram com o vento e ela logo tratou de prendê-los num coque firme no alto de sua cabeça. Quase suspirei, quase. Tudo bem, eu posso até odiar ela, mas não posso negar que ela é atraente. Podia pelo menos ser estranha, né? Assim que não ficaria... Espera aí!

— Camila? Vamos logo, daqui a pouco Louis saí da escola.

Franzi o cenho, abri a porta detrás do carro e entrei. Quem era Louis?

Me ajeitei no banco e coloquei o cinto, eu gosto de segurança. Papai ligou o carro e começou a manobra-lo para sairmos dali.

— Hm, quem é Louis?

Perguntei extremamente curiosa, meu pai olhou-me pelo espelho e minha mãe suspirou. Fiz alguma pergunta idiota?

— Louis é seu filho, Camila.

Que ótimo, ainda tinha mais essa.

 

//

 

Estacionamos em frente a uma casa, desconhecida por mim, mas meus pais pareciam já estar acostumados com ela. Lauren mora aqui? Até que não é nada mal. Já estava anoitecendo, as luzes do jardim estavam acesas. É uma bela casa. Bem, olhando por fora dava para deduzir que era uma boca casa. Tinha um carro preto luxuoso já estacionado de frente para o portão da garagem, belo carro. Ouvi o barulho de carro estacionando e olhei para o lado, era o carro que Lauren estava mais cedo. Respirei fundo e fechei os olhos, voltar a vida normal. Sério? Como voltar para uma “vida normal’’ se a única vida que eu lembro é a que eu tinha a treze anos atrás.

— Não seja rude com seu filho, será que você consegue? Ele não tem culpa de nada e é completamente apaixonado por você.

Papai estava sério, mas ao ver uma pequena criatura sair daquele carro seu semblante mudou completamente, ele sorriu grande e se pôs de joelhos no chão com os braços abertos. Eu apenas observei aquela cena encantada, não serei hipócrita e dizer que não estava mexida com tudo isso. Sempre amei crianças, e mesmo não lembrando da minha suposta gravidez e da primeira vez que peguei aquela pequena criaturinha no colo, vê-lo todo alegre gritando vovô me deixou deveras apaixonada. Meu pai levantou-se do chão com o pequeno no colo e o rodou, Louis gargalhava agarrado ao pescoço de meu pai. É encantador de ver.

— Alê, não fica rodando muito ele se não ele irá passar mal outra vez.

Minha mãe comentou repreendendo meu pai, ela parecia nostálgica lembrando-se dessa tal vez que aquilo aconteceu. Eu queria me lembrar disso. Meu pai parou de rodar Louis e o colocou no chão, bagunçou os cabelos do pequeno que sorriu e depois agarrou as pernas de minha mãe. Ele parece amar muito meus pais.

Eu continuei ali para apenas observando, o pequeno parecia não ter me notado ainda, eu agradecia pois ainda não sabia o que fazer, como reagir com a presença dele. Minha mãe disse algo em seu ouvido e só então Louis olhou para mim, seus olhos meio acizentados pareceram brilhar ao me ver. Meu coração acelerou de uma forma que eu cheguei a cogitar estar tendo um ataque cardíaco.

— Mommy!

Gritou e correu em minha direção, seus bracinhos estavam levantados e ele praticamente saltitava, esperando que eu o pegasse no colo. Engoli seco e olhei assustada para meus pais, minha mãe acenou com a cabeça como se me encorajasse e meu pai apenas me olhou como se dissesse: pegue-o no colo logo, Karla Camila!

Eu até podia ouvir sua voz ordenando isso. Balancei a cabeça e abaixei-me um pouco para pega-lo no colo, o pequeno agarrou-se em meu pescoço com tanta vontade que eu apenas sorri ao invés de reclamar da falta de ar. Que abraço gostoso.

Envolvi-o em meus braços e deitei minha cabeça em seu pequeno ombro, ele falava muitas coisas ao mesmo tempo, eu apenas sorria toda boba por estar naquele abraço gostoso. Mães se sentem assim quando abraçam seus filhos? É normal sentir o coração inflar apenas com esse contato?

—... E então a mama me levou para comer no Mc’donalds e eu ganhei o Finn e o Jake, mama comprou dois lanches para mim. A senhora precisa vê-los, mommy.

Olhei para ele sorrindo toda abobalhada, Louis parecia uma criança elétrica, cheio de energia. Ele lembrava a mim quando era pequena, parecia uma matraca. Pelo menos é o que minha mãe sempre disse.

— Foi mesmo? – Ele assentiu freneticamente, prendeu a língua entre seus dentes e sorriu. Oh meu Deus! Ele realmente é meu filho. — Que tal o senhorzinho entrar, tomar um banho e comer alguma coisa e depois nós brincamos com seus novos bonequinhos?

— Simmmmmmmmmmm!

Ele gritou animado e eu ri de sua afobação, ao fundo pude ouvir mais três risadas, mas eu estava ocupada demais observando o pequeno Louis saltitante. Depois que o coloquei no chão, ele correu em direção ao meus pais, mas passou direto por eles e foi em direção a Lauren, que rapidamente o puxou para cima pelos braços. Ela parece experiente nisso, observei. Eles conversaram alguma coisa, Louis cochichou algo no ouvido de Lauren que sorriu e depois fez aquele mesmo toque de dedos com ele e virou-se para os meus pais.

— Vamos?

Os chamou e depois olhou para mim, eu apenas sorri de lado e dei de ombros. Ela pareceu feliz em ver meu quase sorriso e sorriu abertamente. Lauren parece outra pessoa.

Bem, Camila, ela deve ser outra pessoa completamente diferente, vocês não estão mais no colegial.

 

Eu só preciso pôr isso na minha cabeça e então as coisas poderão de alguma forma começar a se encaixar.

 

 


Notas Finais


Como nós estamos? Espero que estejam gostando da fanfic.

Não odeiem tanto a Camila, tentem entender ela... Mas fiquem tranquilos, que tudo se ajeita de alguma forma, essa não é fic de drama, é uma fic fluffy bem amorzinho...

Até outro dia♥


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