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História Stupid Wife - Some videos.


Escrita por: Horse

Notas do Autor


Oláaaaaaaaaaaaaaaa, surpresos por eu estar aqui de novo? Agradeçam pela minha empolgação com essa fanfic e minha inspiração, esse já estava escrito então por isso estou postando hoje.

Espero que gostem e, leiam as notas finais, ok?

Capítulo 4 - Some videos.


Eu estou sentada observando meus pais que, entretidos e rindo, cozinham alguma coisa, ou tentam cozinhar. O sorriso não saí do meu rosto, é tão bom ver que mesmo depois de todo esse tempo eles dois ainda parecem um casal de adolescentes apaixonados. Meus pais sempre foram o modelo de relacionamento que eu queria ter no futuro. Será que meu casamento com Lauren era assim?

Mas o que... Eu não deveria estar pensando nisso, deveria?

Volto a realidade ao sentir alguém puxando a barra de minha blusa, afasto-me um pouco da mesa e olho para baixo me deparando com aquele pequeno fofo. Ele é a minha cara... E tem alguns traços dela.

— Oi, pequeno.

Eu o pego no colo e coloco-o sobre a mesa, sentado de frente para mim. A mesa é de madeira aparentemente sólida então não corre riscos dela quebrar.

— Sente, mommy, eu estou cheiroso.

Estica as mãozinhas em direção ao meu rosto, seguro-as e as cheiro, estão com um cheiro realmente delicioso de... coco e aveia? Parece que sim. Vou subindo o nariz por seus braços e logo chego em seu pescoço, ele gargalha e tenta me parar. Eu rio, enfiando mais ainda meu nariz na curva entre seu ombro e o pescoço. O cheiro dele me lembra alguma coisa, parece o perfume que eu usava... Antigamente. Era o meu favorito.

— Mmmm, está cheiroso mesmo.

— Eu estou com seu cheiro, mama comprou aquele perfume que a senhora amava.

Levanto as sobrancelhas surpresa, como ela sabe disso? Ah, claro... Nós somos casadas. Pelo menos ela parece me conhecer, até que Lauren não é tão inútil assim quanto eu pensei que fosse.

— Boa escolha.

Olho para Lauren que está de pé ao nosso lado, um pouco distante. Ela sorri timidamente enquanto me observa interagir com Louis. É estranho pensar nele como meu filho, porque tecnicamente falando eu me sinto como uma garota de dezesseis anos. Isso é tão...

Volto a conversar com Louis, ele me contava animado sobre seu dia na escola e o quanto estava ansioso para as férias de verão. Eu o ouço atentamente, acho que seguirei o conselho do Dr. Charlie e tentarei viver minha antiga rotina, mesmo que eu não saiba nada sobre ela ainda. Lauren se junta a meus pais e os ajuda a terminar o jantar.

Tudo ocorreu perfeitamente bem, quem olhasse de fora diria que erámos uma família grande e feliz. Entre termos nós realmente somos uma, mas... Vocês entendem, né? Eu não me sinto totalmente ligada a eles. Quer dizer... Ligada a ela.

 

O jantar foi perfeito, mamãe fez questão de dizer que o arroz foi mérito de Lauren, assim como a salada de tomate. Dona Sinu não poupou elogios a ela, o que só me fez crer mais ainda que ela e meu pai admiram e amam Lauren. Eles parecem tão íntimos, eu só queria saber quando exatamente isso quando aconteceu.

Eu só quero entender como nós viemos parar aqui. Como chegamos à esse ponto.

 

//

 

Infelizmente meus pais tiveram que ir embora, alegaram ter que trabalhar cedo amanhã de manhã, embora eles parecessem estar mentindo. Mas eu não sei nada sobre a vida deles agora, quem sabe eles realmente não tenham trabalho lá realmente. Levei-os até a porta e antes de irem, os dois disseram a mesma coisa: não seja rude com Lauren, ela não tem culpa de nada, vocês não estão mais no colegial e você não a odeia mais.

Legal família, agora expliquem isso para a minha memória defeituosa.

Claro que eu não falei isso, vai que eles resolvem me punir de alguma forma? Além do mais eu não perdi o respeito por eles, e responde-los ironicamente seria faltar com o respeito. Enfim... Focando na minha nada convencional rotina normal, ou quase normal.

Louis estava na sala, eu sei disso pois estava ouvindo o barulho da televisão, vou até ele e o vejo deitado de barriga para baixo, ele estava com o peito colado no assento do sofá e o quadril levantado. Ele está dançando no ritmo dessa musiquinha ou? Será que essa posição é confortável? Perguntarei a ela depois se ele sempre se senta assim, anotei mentalmente. Ouço barulho de pratos na cozinha e suspiro, uma hora eu terei que conversar com ela de qualquer forma. Eu sei que minha vontade é de correr, pegar o primeiro avião e fugir daqui, mas... Essa é a minha vida, certo? Eu preciso vive-la, e o primeiro passo é tentar entender sobre ela.

— Oi.

Minha voz quase não saí, eu estou nervosa, com medo e receio. Lauren ouviu tanta coisa de mim hoje e foi tão esnobada que eu estava realmente envergonhada por ter que enfrenta-la frente a frente agora. Lauren desliga a torneira e para de esfregar o prato em sua mão quando ouve minha voz, ela me olha por cima do ombro. Surpresa, é isso que seu olhar parece demonstrar.

— Uh, oi... – sorri tímida e eu sorrio também, dessa vez de verdade. Caminho em direção a mesa e me sento de modo que eu fique de frente para ela. Como eu devo me comportar com minha “esposa”, que na minha mente eu não suporto mas, pelo que falam eu a amo? — Eu já lavei seus morangos, estão ai dentro do pote e coloquei leite condensado também, vai querer um pouco de coco ralado?

Junto as sobrancelhas confusa, morangos? Eu não pedi morango nenhum. Eu nem lembro de gostar de morango. Do que essa louca está falando?

— Como?

Lauren termina de lavar o prato e o coloca no escorredor, pega um pano de prato que estava em cima da pia e depois vira-se para mim. Eu continuo a olhando, esperando uma resposta, depois de quase um minuto ela parece finalmente se dar conta disso.

— Oh, merda! – bate em sua própria testa. — Eu esqueci que você... É, isso é estranho – ela sussurra, parecia estar dizendo aquela última parte a si mesma. — Geralmente você gosta de comer morangos depois da janta, ou então banana e kiwi.

Ela esclarece e dá de ombros, o sorriso tímido em seu rosto deixa nítido seu nervosismo. Afirmo com a cabeça e olhei para o pote em cima da mesa, o pego e por incrível que pareça aqueles morangos parecem bastante apetitosos. Talvez eu goste bastante de morangos agora.

Deve ser só mais uma das coisas que eu passei a gostar nesses anos, e isso inclui a psicopata, não tão psicopata assim. Lauren ficou me observando o tempo todo, cada movimento. Não me olhe. Levo a primeira colher com morangos para minha boca e quando sinto aquele gosto doce... Puta. Que. Pariu! Que delícia.

— Nossa. – falo de boca cheia, encho mais uma colher e enfio em minha boca. É uma delícia. — É – engulo um pouco dos morangos — Ótimo.

Termino de mastigar e volto a encher a colher, sinto o olhar de Lauren sobre mim e posso jurar que ouvi ela rir algumas vezes. Mas eu não estou me importando realmente, eu só quero comer. Será que eu ainda como do mesmo jeito que comia quando era uma adolescente?

Cara, é tão estranho ser adulta quando na verdade na minha cabeça eu sou só uma adolescente.

— Mais?

Lauren questiona e eu pauso na hora, eu estava praticamente lambendo o pote onde antes estavam os morangos. Minhas bochechas esquentam na hora, eu engulo o liquido doce em minha boca e coloco lentamente o pote sobre a mesa, meus olhos continuam fixos na mesa. Que ótimo, Camila. Agindo como uma adolescente sem educação.

Eu preciso aprender a me comportar como uma mulher... Mas é tão difícil.

— Não... Eu estou, satisfeita.

Pigarreio um pouco e me mexo desconfortavelmente sobre a cadeira, vergonha é pouco para o que eu estou sentindo no momento. Ouço Lauren soltar uma risada nasal e logo aquela mão branca estava se apossando do pote e o tirando da mesa. Continua pálida igual um vampiro, mesmo depois de todos esses anos essa criatura não pegou uma cor não?

— Qual é a graça?

Pergunto irritada já de tanto ouvi-la rir baixinho, Lauren para de rir na hora e abaixa os ombros. Os anos deixaram ela frouxa. Por que ela não rebate mais as coisas que eu falo?

— Nada, nada. – enxagua o pote e a colher e coloca os dois no escorredor, seca as mãos no pano e depois vira-se de frente para mim. — É que, é engraçado ver você sem jeito assim.

Franzo o cenho, esperava que ela dissesse que eu tinha pago mico agindo como criança.

— Eu sempre fui tímida. – rebato, Lauren entorta a boca e me olha como se discordasse. — Não?

— Não. – ela joga o pano na pia e depois segura com as duas mãos na borda dela, recostando-se ali. — Você era, na sua adolescência, quer dizer, depois que terminou o colegial você virou outra pessoa.

Apoio meus cotovelos na mesa, estou muito interessada em saber sobre mim. Isso é tão estranho que chega a ser engraçado. Lauren alisa a nuca, parece sem saber o que fazer, falar ou agir. É muito estranho vê-la assim tão tímida, Lauren sempre foi prepotente e cheia de si. Bem, pelo menos na minha cabeça ela é assim ainda, mas na realidade as coisas parecem ter mudado.

— Lauren, como que n-

— Mama!

Eu estava prestes a pergunta-la sobre em qual momento exato eu aceitei sair com ela, ou não como nós chegamos a um ponto tão longe que a ponto de nos casarmos. Eu queria saber como nossa relação começou e como ela evoluiu tanto assim. Mas o grito de Louis assustou a nós duas, levanto-me no automático e saio da cozinha antes mesmo de Lauren. Eu pareço não ter controle sobre mim mesma mais, meus sentidos parecem estar todos em alerta. Chego na sala com Lauren ao meu encalço, Louis está na mesma posição ainda. Será que ele se machucou? Eu sabia que essa posição não era confortável.

— Ei, está tudo bem?

Pergunto após dar a volta no sofá e abaixar-me a sua frente, Louis coça os olhinhos com uma mão e sorri para mim. Ele tem o sorriso dela, mas é tão fofo.

— Cadê a mama?

— Estou aqui.

Uma animada e preocupada Lauren senta ao meu lado no chão e olha para o pequeno. Ele boceja e depois aponta para a televisão.

— Vai começar hora de aventura, a senhora prometeu que assistiria comigo.

Olhou para ela com os olhinhos brilhando, eu fico intrigada. Ele parece estar caindo de sono, mas aparenta estar disposto a se manter acordado apenas para assistir desenho animado com Lauren. Será que ela é uma boa mãe como parece? Louis parece apaixonado por ela, eles são um grude e eu só presenciei isso durante algumas horas.

— Eu me lembro, mocinho. – ela senta-se com as pernas cruzadas como índio, o pega no colo com certo esforço e o coloca em seu colo. — Lembra que a mommy disse milhares de vezes para você não assistir televisão assim?

Ele assente sem jeito, parece com receio de levar esporro. A mommy sou eu no caso? Eu sabia que algo naquela posição dele não havia me agradado nada.

— Desculpa, mommy.

Como eu conseguiria não desculpar essa coisinha fofa? Será que eu sou a “mãe mandona”? Será por isso que Lauren e ele são tão grudados?

Eu não acredito que eu sou a mandona da casa.

— Tudo bem, Lou.

Quase me bato por tê-lo chamado daquela forma. Eu deveria o chamar de filho?

Mas o sorriso enorme no rosto de Lauren me diz de alguma forma que eu não errei, acho que eu o chamo assim sempre? Talvez sim. Terei de perguntar a louca depois.

Camila! Pare com isso. Que ótimo, agora até eu mesma me repreendo por chamar a louca de louca.

Merda!

Decido me juntar aos dois, Lauren parece bastante feliz ao me ver ali do lado deles, mas tenta ao máximo não demonstrar, embora ela falhe. Eu até tento não ser rude com ela, ela parece gostar de mim de verdade. Quero entender mais sobre nossa relação, mas eu simplesmente não a suporto.

Como ela conseguiu me conquistar ao ponto de chegarmos ao casamento e termos um filho? E mais... Que nasceu de mim, DE MIM! Nunca imaginei ter filhos. Quer dizer, eu imaginei, mas desde que me descobri lésbica eu sempre pensava que quando eu casasse a minha esposa carregaria nossos filhos, não eu.

//

Estou no quarto, que é meu e de Lauren, ela avisou-me que iria colocar Louis na cama, eu apenas dei de ombros e ela foi o colocar na cama.

Ali no “nosso quarto” só tem uma cama de casal. Óbvio né, gênio. Onde será que ela vai dormir? Bem, ela deve dormir na cama. Será que temos outro quarto? Tipo um quarto de hóspedes?

Porque dormir ao lado dela eu não vou, mas não vou mesmo.

— Vai tomar outro banho ou eu posso ir tomar o meu?

Salto ao ouvir a voz de Lauren atrás de mim, cruzes fantasma, chega toda silenciosa assim. Queria ver se eu tivesse lhe dado um soco. Isso seria legal.

Seria.

— Hã, eu... Não, tudo bem, pode ir tomar o seu.

Olho para ela e tento sorrir, tento, mas meus lábios não me obedecem. Lauren me olha por alguns segundos e depois sorri tímida, ela passa por mim e vai direto para o banheiro. Vou para a cama e entro embaixo das cobertas, o quarto está meio quente, mas eu não quero levantar e ligar o ventilador ou o ar-condicionado. Fico tanto tempo debatendo comigo mesma que nem percebo que Lauren já estava de volta no quarto, ela cantarola uma música baixa e um zumbido ressoa pelo quarto. Ela ligou o ar, obrigada estrupício.

Lauren está com os cabelos presos e apenas uma toalha enrolada em volta de seu corpo tampa sua nudez. Garota! Cadê tua roupa? Vá se vestir que eu não sou obrigada. Ela abre uma porta de correr que até então eu não tinha visto, o que será que tem ali?

Fico curiosa, mas não me atrevo a levantar e ir conferir, amanhã eu saberei o que tem ali. Minutos depois Lauren sai de lá, cheirosa pois seu cheiro preenche o quarto todo. Creme de uva, um dos meus favoritos. Está vestida com uma blusa grande do Real Madrid, agora seus cabelos estão soltos, caindo como cascatas sobre seus ombros. Lauren caminha até a cama e puxa a coberta, logo se enfiando embaixo dela também. Abro a boca incrédula, por que ela não foi dormir em outro quarto?

— Boa noite, amor.

E lá está ela me chamando de amor outra vez, será que ela nunca para?

Respiro fundo, mantenha a calma, Camila, mantenha a calma.

— É... – pigarreio para chamar sua atenção, Lauren se vira para mim e me olhar curiosa. — Você vai... Dormir aqui?

Aponto para a cama e ela acompanha com os olhos até o local onde eu estou apontando, Lauren franze o cenho e volta a me olhar. Dou meu melhor olhar frio, quero que ela se manque e saia daqui. Quero dormir sozinha, será que posso?

— Eu, vou, né?

Não sei identificar se seu tom foi de obviedade ou de confusão, mas suspiro irritada e fecho a cara. Eu não quero dormir ao seu lado.

— Não tem outro quarto nessa casa não? O sofá parece macio.

Eu sugiro, tento manter minha voz o mais neutra possível para não parecer tão rude. Lauren me olha por alguns segundos parecendo incrédula. Você não achou realmente que eu dormiria de boa ao seu lado, achou?

— Você está me expulsando do nosso quarto? – aceno que sim com a cabeça e ela abre um pouco a boca. — Por quê?

Parece curiosa e cabisbaixa agora, respiro fundo. Não ser rude, não ser rude.

— Não estou com a mínima vontade de dormir ao seu lado.

Nossa, Camila, você é péssima nisso. Lauren solta um “oh” quase sem som e abaixa a cabeça, molha seus lábios com a ponta da língua e depois levanta-se da cama de forma quase violenta. Agora estou assustada, ela parece irritada. Ela agarra seu travesseiro, com tanta força que ouço o som da fronha quase rasgando. Tento dizer alguma coisa e me desculpar pela idiotice, mas já é tarde, Lauren já abriu a porta e a bateu com extrema força.

Acho que mandei mal.

//

No outro dia desperto sozinha, abro os olhos e a primeira coisa que vejo é o teto branco do quarto. Me espreguiço um pouco na cama e passo as mãos no rosto. Tudo está em silêncio, que horas deve ser agora? Olho para o criado mudo e vejo um relógio digital ali, ele indicado que são 11:40am, suspiro. Ainda está cedo. Olho em volta e não vejo nada. Onde será que a louca está? Será que ela ainda está chateada?

Sento-me na cama e noto aquela mesma porta que Lauren entrou ontem meio aberta, acho que ali deve ser outro banheiro.

Será que Lauren acharia ruim por eu estar mexendo nas coisas dela?

Pensando bem...

As coisas aqui nessa casa são minhas também, certo? Certo.

Sem querer pensar muito, levanto da cama e vou até lá, abro aquela porta de madeira e deslizo-a para o lado. Isso é um... Oh não é um banheiro, na verdade é um closet. Nós somos ricas ou alguma coisa assim? Porque nós temos um closet.

Se bem que a julgar pelos móveis dessa casa, o tamanho dela e os carros na garagem, eu acho que temos uma vida boa. Eu trabalho com o que mesmo? Preciso lembrar de perguntar isso a estrupício depois. Entro no closet e, uau! É grande, repleto de prateleiras e tem um espelho no final dele. Olho em volta, está cheio de roupas em todas as prateleiras, na parte de baixo tem diversos sapatos e pares de tênis. Somos organizadas. Zeus! Eu já estou até mesmo falando no plural.

Hesitante eu vou andando por aquele espaço. Algumas roupas eu consigo identificar como de Lauren porque ela sempre amou coisas de couro, isso não mudou mesmo com os anos que passaram. Meu gosto apesar de parecer um pouco diferente, também não era muito longe do que era antes, o número de vestidos pendurados no lado esquerdo deixa isso claro para mim. Eu identifiquei como meus por serem bem coloridos e meio infantis, já os de Lauren parecem mais de cores neutras e sociais. Ela tem bom gosto para roupa.

Armani.

Prada.

Lanvin.

Chanel.

Jesus! Lauren trabalha para algum tipo de máfia britânica?

Por que britânica? Ela é descendente de britânicos. Na verdade pelo que eu sei, ela e Ian nasceram no Reino Unido. Enfim...

Será que Lauren se formou em advocacia mesmo? Pelo visto parece que sim, praticamente todos os seus familiares são advogados. Os pais dela sempre quiseram/obrigaram ela e Ian a seguir essa carreira, desde pequenos os preparavam para isso. E como eu sabia de tudo isso mesmo não suportando ela naquela época? Dinah! Ela sabia tudo sobre a vida do Ian.

Por falar nela... Preciso saber como está minha melhor amiga, e minhas irmãs. É tanta coisa.

Suspiro, prendo meus cabelos num rabo de cavalo informal e volto a olhar por aquele closet. Vejo uma caixa preta na prateleira de cima em frente ao espelho, ela me chama a atenção. O que será que tem ali?

Curiosa como só eu sou, não consigo me conter e vou até lá verificar. Procuro por um banco ou cadeira, odeio ser baixa demais. Eu poderia ter crescido pelo menos um pouco, né? Pelo menos peitos eu tenho.

Encontro um banco, subo nele e puxo a caixa para mim. Ela é pesada. Com todo cuidado, eu a pego e desço do banco, coloco a caixa de plástico preta no chão e olho em volta dela, em busca de alguma etiqueta. Mas não tem nada.

Mesmo receosa eu abro a tampa, eu tenho um grande problema e ele se chama: curiosidade. Respiro fundo e puxo a tampa e... CDs?

— Será que eu posso mexer nisso aqui?

Pergunto a mim mesma. Bem... De qualquer forma, Lauren ainda não voltou mesmo, seja lá onde ela foi, espero que ela demore. Pego alguns CDs. Apenas um deles está com etiqueta: Lauren. É o que está escrito no CD. Okay, agora eu realmente fiquei curiosa. Pego apenas aquele CD e guardo os outros na caixa, fecho a tampa e me levanto do chão. Saio do closet e fecho a porta. O que eu vou fazer agora? Será que vejo o que tem no CD ou...?

Ouço o barulho de algo vibrando, parece um celular ou... Não sei o que. Ando pelo quarto tentando descobrir de onde vem esse barulho. Que merda é essa? O barulho parece vir da poltrona, tem uma bolsa ali. Vou até ela rapidamente, será que é minha? Bem, de qualquer forma eu acho que posso mexer nela. Lauren não está aqui mesmo. Abro a bolsa e começo a procurar de onde está vindo aquele vibratório todo, encontro um celular? Bem, parece, apesar de ser fino e grande demais. E essa capinha de coala?

É um aparelho celular, a tela está acesa. Mi suerte, é o nome de contato que está na tela. Dá para ler o conteúdo da mensagem na tela mesmo, está escrito "Sua senha é 2706"

Senha de quê?

Só então me dou conta do "deslize para desbloquear" na tela, deslizo para o lado e logo aparecem uns quadradinhos, digito os números que estão na mensagem. O ícone de mensagens tem um número 7 pequeno em cima dele, clico ali. 3 mensagens são do contato "mi suerte", 1 de uma tal "Mufa", 2 de "mama" e a última é de um tal "cotoco"

— Ally!

Exclamo rindo, eu nem preciso pensar muito, tenho certeza que é ela. Mas resolvo clicar nas primeiras mensagens mesmo.

"Camz, eu vim aqui no estúdio rapidinho e daqui a pouco volto para casa."

"Eu fiz seu café da manhã... é... até daqui a pouco"

Lauren. Com certeza era ela, somente essa... Somente ela me chama assim, parece que isso não mudou. Então ela só volta mais tarde? Posso ouvir o CD. Lauren disse que foi em um estúdio, será que ela é alguma cantora ou algo assim?

Isso explicaria as roupas e sapatos caros no closet.

Tem até uma televisão no quarto. Quem decorou essa casa? Se foi Lauren, ela tem bom gosto. Bem, ela casou comigo, certo? De qualquer forma bom gosto ela tem.

Tive que rir da minha idiotice, minha autoestima pelo menos está boa.

Coloco o CD no DVD e procuro o controle, assim que o acho ligo a televisão. Voltei para cama e sentei na beirada dela, a tela continuou escura durante alguns segundos e depois eu, sim, eu apareço nela.

Que porra é essa? Eu sou a cantora ou o quê?

— Camz?

— Eu estou aqui.

No vídeo eu me sento nessa mesma cama, com a câmera virada para mim. Faço algumas caretas engraçadas e a porta é aberta.

— O que está fazendo?

Lauren me perguntou, eu me sentei melhor na cama e virei a câmera para ela. Lauren estava usando um moletom branco do Real Madrid, os cabelos presos, o rosto livre de qualquer maquiagem. Eu confesso, ela estava linda. Os anos pareceram ter feito bem a ela. Bom gosto eu tenho, não posso negar.

— Estava testando a câmera, achei que ela tivesse quebrado na semana passada.

Dei de ombros e Lauren soltou uma risadinha, a câmera ficou virada para baixo e eu ouvi barulhos estalados e risos. Estávamos nos beijando?

Ew! Não acredito.

Alguém pegou a câmera, dessa vez ela estava focada em nós duas e Lauren a segurava. Eu tinha um enorme sorriso, estava agarrada ao pescoço dela. Meus olhos tinham um brilho tão lindo e verdadeiro. Cristo! Nós éramos felizes, eu realmente parecia ser apaixonada por ela.

Mas como? Meu estomago embrulha só de pensar nessa possibilidade.

— Nós vamos gravar nós duas agarradas? Sério mesmo?

Lauren perguntou sem me olhar, ela manteve os olhos fixos na lente da câmera. Eu dei um sorriso sacana? Por que eu estou sorrindo assim?

— Bem, eu.... Pensei em fazermos alguma atividade.

Levantei a cabeça e mordi o pescoço dela. Não acredito! Será que vamos começar a nos agarrar? Por que raios isso está gravado? Eu não quero terminar de assistir isso, mas não consigo parar.

— Que tipo de atividade?

Ela perguntou num tom de voz rouco e sensual. Fecho os olhos por alguns segundos, não acredito que vou ver eu me agarrando com a psicopata. Ouço minha risadinha e abro os olhos, nossos lábios estavam encostados, ela tentava me beijar e eu puxava a cabeça para trás. Lauren fez beicinho e eu mordi seus dois lábios, depois só o inferior. Argh! Que horror.

— Eu quero... – levantei da cama e a câmera tremeu, eu tinha a pegado da mão de Lauren. Eu me afastei um pouco e fiquei de pé em frente a cama, Lauren me olhava sem piscar, esperando o que eu diria. — Que você faça uma coisa.

A expressão de Lauren passou de curiosa para ansiosa. Ela parecia sorrir maliciosa. Oh Deus! Que porra tem nesse vídeo?

— O que você quer que eu faça?

Lauren se pôs de quatro na cama e fez menção de engatinhar em minha direção, minha mão aparece na frente da cama, sinalizando que era para ela parar.

— Vai fazer o que eu pedir? – ela assentiu. — Qualquer coisa?

— Sempre.

Ela sussurra, mordendo o lábio em seguida. Ok, Camila, respira.

— Se masturba pra mim. – eu peço, minha voz saiu num tom completamente desconhecido por mim até então. Arregalo os olhos. Que porra???? — Eu quero ver você gozando bem gostoso, depois eu vou te chupar inteira.

Jogo-me para trás na cama. Quem é essa nesse vídeo? Porque eu nunca fui assim. .

Zeus!!!

Eu virei algum tipo de pervertida nesses anos? Aposto que é culpa dessa psicopata. Ela que me tornou nisso. O que ela fez comigo?

— Vai me chupar bem gostoso? – Lauren perguntou segurando a barra de seu moletom. Eu não acredito que ela vai... Oh, ela fez. Seus seios são empinados de mamilos rosados, um rosa bem claro, que contrasta perfeitamente com sua pele pálida. Eu estou paralisada. Desliga essa merda, Camila!Depois eu vou poder te retribuir?

— Com certeza, eu amo as coisas que essa sua língua gostosa é capaz de fazer.

É certo! Essa Camila ali não sou eu, é alguma pessoa parecia comigo.

É Karla! Não Camila.

Volto a olhar o vídeo e agora Lauren tirava a cueca boxer branca que ela estava vestida, jogou a cueca em minha direção e eu a peguei no ar. Lauren sorriu sacana para mim e dobrou uma perna, faz um movimento sexy com ela e depois separa as duas pernas me dando visão da sua....

— PORRA! NÃO!

Começo a entrar em desespero. Por Zeus! Eu estava vendo a boceta daquela criatura louca. Eu nunca vou superar isso, como eu vou olhar na cara dela sabendo que a via nua?

E pior... Que eu já chupei ela. Só de pensar nisso eu sinto vontade de morrer.

— Gostosa do caralho.

Ouço minha própria voz dizer no vídeo, eu me negava a olhar, mas quem disse que minha curiosidade diminuiu?

Abro os olhos apenas para espiar e... Puta. Merda! Lauren está de pernas abertas, uma mão está em sua boceta fazendo movimentos frenéticos com os dedos em seu clitóris, sua cabeça está jogada para trás e ela geme meu nome sem parar enquanto eu a incentivo a ir mais rápido ou devagar.

Fico observando, hipnotizada, ou diria horrorizada? Eu me tornei uma pervertida, Zeus!

— Camz?!

Meu coração dispara ao ouvir Lauren me gritar lá de baixo. Puta merda, e agora?

Levanto da cama em um salto só, minhas mãos tremem e a respiração está alterada. Ótimo! Agora só falta eu ter um infarto. Desligo a televisão e aperto o botão de abrir do DVD. Quando a tampa abre, pego o CD e aperto o botão para fecha-la. Corro até a cama onde a capa está e guardo o CD lá dentro, a porta do quarto é aberta. Porra!

Meu coração está na boca.

— Am... Camz?

Lauren se atrapalha para me chamar. Saí daqui, eu não quero ter que olhar para sua cara agora. Engulo seco, onde eu fui me meter?

— E-eu.

Respondo gaguejando, posso ouvir Lauren dar uma passo, porém ela para. Acho que está com medo de chegar até mim. Que continue assim.

— Conseguiu achar seu celular? Eu te mandei uma mensagem avisando que estava no estúdio. – ela comenta casualmente, olhando assim parecemos mesmo um casal. Bem, tecnicamente nós somos. Ouço o barulho de algo sendo depositado no chão, deve ser os sapatos dela. — Demorei porque teve uns problemas lá com a nova coleção.

Coleção? Com o que ela trabalha? Sinto vontade de perguntar, mas não o faço.

E por que ela está me dando satisfações? Não me interessa o que você estava fazendo, louca!

— Amor? – ela chama e eu aperto a mandíbula. Não me chama assim. — Camila, está se sentindo bem?

Acho que ela nem percebe que me chama carinhosamente às vezes. Por que ela simplesmente não me chama pelo nome? Não estou acostumada a ouvi-la me chamando com tanto carinho.

— Eu estou sim, eu só. – suspiro e jogo meus cabelos por cima do ombro. — Eu vou comer.

Declaro e me viro, não levanto a cabeça pois não quero olhar em seus olhos. Eu nem conseguiria. Passo por ela ainda de cabeça baixa, sinto seu olhar sob mim mas, apenas saio do quarto.

Quando chego na cozinha me surpreendo com a mesa posta, tudo estava coberto devidamente. Parece ter bastante coisa ali.

Meu apetite ainda é o mesmo, é o que parece.

Me sento à mesa e levanto a primeira tampa de uma bandeja, waffles recheados com chocolate. Puta merda! Eu amo waffles recheados. É, Lauren parece me conhecer mesmo. Levanto a tampa da outra bandeja, salada de frutas. Tem suco de alguma coisa que eu ainda não sei o que é, ovos e bacon em outra bandeja e panquecas também. Espero que sejam de banana.

Estou tão entretida em tomar meu café e me alimentar que nem sinto a presença de Lauren na cozinha, somente quando a porta da geladeira é aberta que noto não estar mais sozinha. Olho por baixo dos cílios em direção a Lauren e me arrependo. Ela tinha mesmo que ficar com essa bunda pra cima? Lauren está abaixada pegando alguma coisa na parte baixa da geladeira. Sua bunda parece tão redonda e durinha naquela sai giz social, praticamente colada em seu corpo. Lauren parece uma empresária sexy.

Essa bunda...

Logo as cenas da sex tape que eu vi mais cedo invadem minha mente: Lauren suada e se masturbando, Lauren gemendo meu nome, eu guiando Lauren para o orgasmo.

Se eu for pensar demais isso parece algo absurdo, quase como um pesadelo. Mas se eu não pensar muito eu me sinto quente. Diria até molhada.

Um vulto passa em frente aos meus olhos, eu salto na cadeira e meu corpo entre em alerta. Ouço uma risada e só então percebo aquela criatura branca em pé ao meu lado e rindo de mim.

— Você estava com uma cara engraçada, está se sentindo bem? Seu rosto está vermelho.

Olho para seu rosto e vejo refletido em seus olhos uma preocupação enorme. É estranho ver esse olhar dela e não o de deboche que eu estou acostumada. Quando eu irei me adaptar à tudo isso? Engulo seco, balanço a cabeça para espantar todos aqueles pensamentos nada puros e confusos.

— Eu estou sim, só lembrei de algumas coisas.

Lauren levantou as sobrancelhas como se dissesse "ah sim", leva sua mão até a boca e morde um morango. Os lábios dela se fecham na ponta de seus dedos, ela fecha os olhos e geme. ELA GEME! Não é possível.

Então um tipo de flash passa por meus olhos e eu imagino Lauren de pernas abertas em cima de um desses balcões, um pote de morangos ao seu lado. Ela tem uma perna apoiada sobre o balcão para me dar mais visão de sua...

— Para!

Grito de repente, Lauren abre os olhos e me olha espantada. Eu solto um grunhido baixo e desvio o olhar, é difícil encarar ela nesse momento. Meu Deus, eu estou tendo visões eróticas com a psicopata. Era só o que me faltava mesmo.

— Camz, você-

— Eu estou ótima, Lauren.

Sou direta, curta e grossa, demonstrando ao máximo que não quero conversar. Nem me dou trabalho de ver suas expressões, juro que se ela continuar me olhando daquele jeito de coitadinha eu vou estalar meus dedos nessa... Respira, Camila. Vocês não estão mais no colegial, aparentemente não se odeiam mais.

Aparentemente.

//

Agora estou na sala assistindo um filme qualquer, ou pelo menos tentando assistir. Terminei o café da manhã tem uns 10 minutos, dessa vez fiz questão de lavar toda a louça. Não quero ficar dependendo da estrupício, nem tão estrupício assim. Ouço barulhos no andar de cima. O que essa mulher está aprontando? Só falta ela ser alguma sádica sinistra e querer me torturar até minha memória voltar.

Volto a prestar a atenção, ou tentar prestar a atenção no filme. Mas os sons de algo sendo arrastado no andar de cima atiçam minha curiosidade.

Ir lá ou não ir?

Melhor não, vai que eu vejo coisas desnecessárias?

Tipo: Lauren se masturbando e gozan... Para com isso, Karla Camila!

Os barulhos param. Menos mal. Segundos depois ouço passos rápidos na escada, e se aproximando.

— Camz? Seu celular estava vibrando. – Lauren me avisa e eu faço menção de levantar para ir busca-lo, mas ela estende o fino aparelho a minha frente. — E... Foi você que mexeu na nossa caixa de vídeos?

Nossa caixa de vídeos... Nossa. Oh... Será que tem vídeos meus ali também?!

E puta que pariu! Ela percebeu que eu mexi lá. Será que ela sabe qual vídeo eu assisti?

— Não estou te repreendendo, Camila. Os vídeos são nossos, tudo naquele quarto é nosso, assim como tudo nessa casa. – Lauren diz ao perceber minha possível expressão de medo e culpa, ela suspira pesado. Sinto o assento do sofá mexer ao meu lado, ela sentou-se. — Amor, você precisa começar a se sentir bem na sua casa, ela é sua, você não é uma estranha aqui.

É fácil para você falar, idiota!

— Lauren você pode me fazer um favor? – me viro para olhar bem em seus olhos. Ela afirma com a cabeça e sorri. — Será que você poderia parar de me chamar de amor?! – sua boca se abre e fecha algumas vezes, ela parece buscar algo para dizer mas, depois suspira derrotada e abaixa a cabeça, parece cabisbaixa e apenas acena sem jeito com a cabeça. Reviro os olhos. Por que ela fica agindo dessa forma? Argh! Camila, vocês são casadas. E meu pai mandou eu não ser tão rude com ela, mas eu só não consigo. Lauren levanta do sofá e se vira para sair, mas eu sou rápida e seguro em seu braço. É estranho demais dizer que esse toque não me enojou? — É só que... É difícil, entende? Eu não sei lidar com tudo isso, não é fácil para mim.

Lauren solta uma risada sem qualquer resquício de humor. Confusa eu franzo o cenho, achei que ela estivesse magoada. Automaticamente solto seu braço e junto os meus ao lado de meu corpo.

— Eu estou tentando te entender, Camila. Juro que estou! – ela quase cuspiu as palavras, sua voz era pura ironia. Essa sim é a Lauren que eu conheço. — É difícil para você não se lembrar de nada? Mas eu tenho certeza que não é pior do que ver o amor da sua vida te tratando com tanta frieza, como se você fosse um nada, um lixo.

Ela me olha por alguns segundos e o olhar que ela me lança deixou-me com medo, eu me sinto encolher sob aquele olhar. Lauren nega com a cabeça e vira-se para sair da sala.

Pela primeira vez na vida eu estou me sentindo mal por tê-la ofendido ou a magoado.

Merda. Meu pai vai falar à beça no meu ouvido se ela contar isso à ele.

Sento-me de volta no sofá, meus olhos vagam pela sala. Eu ouço a porta da frente ser aberta e depois fechada com força. Ótimo, quem sabe agora ela cace outra mulher na rua e largue do meu pé.

Ou talvez não, Camila. Para de ser um pouco estúpida. Eu estou me repreendendo, o que Lauren fez comigo durante esses anos? Já perdi as contas de quantas vezes eu me senti submissa ao olhar dela de ontem para hoje.

Como será o resto de nossas vidas?

Meu celular começa a vibrar sem parar, eu o pego e vejo "Mufa" na tela. Atendo ou não? Debato comigo mesma, mas decido por atender. Vai que é alguém importante.

— Camila? – meu coração acelera ao ouvir aquela voz. Nem em mil anos eu esqueceria a voz de Dinah, ela continuava a mesma coisa. — Sou eu, Dinah.

— Chechee!

Exclamo animada, acho que minha amizade com Dinah continua a mesma, apesar do apelido aparentemente ter mudado. Ouço ela rir do outro lado da linha, meu coração parece aquecido agora e não doendo por remorso.

— Sentiu saudades? Estou indo para sua casa em alguns minutos, Toni não está em casa mesmo e Ian acabou de sair, acho que ele foi encontrar com Normani e sua esposa.

Ela dispara a falar, será que ela sabe sobre a minha memória? Bem, se não sabe eu terei que contar, e se Ian já contou, com certeza Dinah esqueceu. Mas... Ian? A esposa que Ian citou ontem era Dinah? Oh meu Deus, eu não acredito que minha melhor amiga casou com a paixonite dela do ensino fundamental. E quem seria Toni? O filho deles?

— ... Daqui a pouco eu estou ai, Chancho. Estou levando cupcakes, beijos, beijos.

Desligou, ela simplesmente falou sem parar e desligou. Bom, Dinah continua a mesma de sempre.

Pelo menos eu vou ter alguém para desabafar, eu realmente preciso de alguém que me entenda.


Notas Finais


Então, como nós estamos?

Camila é bem ruim com a Lauren, né? Eu sei, mas tentem entender o lado dela.
Está tendo camren sempre, elas só não estão sabendo interagir do modo correto, e fiquem tranquilos porque a Lauren é trouxa mas nem tanto também, ninguém aguenta levar tanta patada assim e fica de cabeça baixa, né?
Mas ela vai saber lidar com a Camila, e sim, ela vai tentar conquistar a Camila outra vez, não terá grandes dramas, mas podem ocorrer de ter meio draminhas como anda tendo com toda essa recusa da Camila com a Lauren.

Camren e Louis serão um amorzinho, gosto tanto desse menino ♥

Nos próximos capítulos as coisas vão começar a andar, Camila vai começar a saber mais da própria vida, o que aconteceu nesses anos que passaram e o mais importante: Como ela e Lauren se apaixonaram e chegaram ao ponto do casamento, não colocarei aqueles flashbacks normais porque a fanfic é pov da Camila, e não pretendo mudar isso, mas eu já sei uma forma de mostrar tudo para vocês, como elas se gostaram e tal, pedido de casamento e esses mimimi ai...

Enfim, já falei pra cacete e, divulguem a fic se puderem okay? Eu to amando os comentários, não respondo porque essa semana tá barra pra mim, mas irei responder caso vocês tenham alguma duvida que não envolva spoilers da fanfic, porque é bom manter os mistérios.

Vocês tem algum palpite de como elas se beijaram pela primeira vez? hahaha

Até mais. ♥

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