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História Stydia diz: A última mensagem. - Parte 1


Escrita por: StydiaMartinsk

Notas do Autor


Agradeço por acompanhar essa história, ela será dividida em duas partes, espero que gostem da primeira!

*Baseado em uma história real.

Capítulo 2 - Parte 1


Fanfic / Fanfiction Stydia diz: A última mensagem. - Parte 1

*Capítulo 2*

- O clique -

Três anos atrás - 06 de novembro de 2009

 

Notificação | ORKUT
 [ Tyler Baron enviou uma solicitação de amizade para Daniele Marchello]

 

- Quem é você garoto? – ela murmurou baixinho. Sentada com as pernas cruzadas sobre sua cadeira, olhava para a tela do computador pensativa. – Conheço algum Tyler? – sussurrou novamente meio confusa. – Porque não checa isso Srta. Marchello? – ela clicou em seu perfil e o leu em voz alta. – Vinte anos, trinta amigos e três comunidades em comum! Hum... Gosta de Rock. – ela fez um pequeno bico. - E mora em... – Lydia parou e franziu os olhos com uma expressão confusa. - Mas não conheço ninguém de Nova York. - ela olhou para a foto de perfil, a qual era de um jovem de cabelos loiros e olhos azuis. Tentando identificar se o conhecia de algum lugar, sussurrou novamente ao colocar a seta do mouse sobre o botão de “adicionar”. – Tudo bem fake! O que eu faço com você? Se eu te aceitar, Danielle Marchello não precisa revelar quem sou eu, não é mesmo? E se eu não acei...

- Falando sozinha de novo?

- Mãe? – ela se virou assustada.

 

*CLIQUE

- Droga! – ela se virou outra vez para a tela.

- O que foi? – Sra. Natalie se aproximou preocupada.

- Aceitei! - ela sussurrou boquiaberta.

- Aceitou o que? - ela se aproximava.

- Não, nada! – Lydia desligou o monitor rapidamente para disfarçar. Se levantou e caminhou até sua mãe. – Você em casa? O que houve?

- Não está se esquecendo de nada hoje?

- O que? O que tem hoje?

- Talvez o aniversário de alguém... - ela arqueou as sobrancelhas.

- Oh meu Deus! - disse a jovem ao levar as mãos a boca. - É o aniversário da Laura!?

- Talvez o Orkut te lembre disso no ano que vem! – ela sorriu.

- Nossa, eu me esqueci completamente...

- Lydia! – ela a interrompeu ao segurar em seus ombros. – Filha, nem tudo na vida se resume a palavra “computador”! Esse tal de Orkut é legal? Sim, é legal! É divertido? É! Você pode conversar seus amigos e tudo isso, mas você tem uma família real á sua volta também!

- Mãe, me desculpe! - ela se encolheu sem graça.

- Não se preocupe querida! – disse Natalie ao afagar seus cabelos ruivos por um momento. – Mas o que me diz de me ajudar a preparar uma surpresa pra Laura? Ela ainda não chegou da escola! – Lydia consentiu. - Comprei algumas coisas pra fazermos alguns Cupcakes. O que acha?

- E desde quando você cozinha? A Abigail te colocou de castigo? - ela sorriu.

- Bom, digamos que eu dei uma folga pra ela hoje!

- E porque?

- Max teve uma intoxicação alimentar, tiveram que levá-lo ao hospital.

- Oh meu Deus! Ele está bem? - ela questionou preocupada.

- Está! Eu já conversei com ela e dei algumas orientações. Ele ficará bem, não se preocupe! Ele parece ser tão forte quanto a avó! - ela deu um pequeno sorriso. - Então, como ela só volta amanhã nós duas teremos que nos virar na cozinha hoje! Está pronta para descer?

 - Espero não colocar fogo nela... - Lydia tampou o rosto ao sorrir.

- Rá, rá! Engraçadinha! - Natalie segurou suas mãos ao sorrir também. - Vamos descer, vem...

- Espera, deixa eu só desligar o computador. – ela se esquivou e caminhou até ele novamente.

- Então vou te esperar lá embaixo. - disse Sra. Martin ao se virar rumo á porta.

A jovem apertou o botão do monitor mais uma vez e ficou por mais alguns segundos olhando para a foto daquele jovem.

 

Voz Lydia

“Naquele exato momento eu não fazia a menor ideia de que aquele clique acidental, tinha sido apenas o início de uma longa história. Mas as vezes a nossa vida não é assim? Quando menos esperamos não acontecem coisas improvisadas que em um susto, se tornam melhores do que poderíamos ter planejado...”

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 Naquela gigante cozinha decorada por madeira envernizada com detalhes em granito preto, as duas continuavam com os seus preparativos da surpresa.

- Acho que você pode por mais recheio nesse daí Lydia. – Sra. Natalie apontou para um dos Cupcakes de chocolate que estava sobre uma bandeja.

- Ah, acho que está bom mãe! - ela o suspendeu a altura dos olhos para se certificar.

- Se estiver preparando Cupcakes de vento está perfeito. - ela respondeu com um sorriso irônico.

- Ah desculpe se eu não sou uma cirurgiã para reconstituir coisas. – Lydia também sorriu ao colocá-lo na bandeja novamente.

- Sabe, essa é uma boa comparação! - Natalie sorria enquanto balançava a cabeça pela audácia da filha, mas seu sorriso desaparecia aos poucos enquanto continuava a falar. - Todos os dias recebo milhares de pessoas querendo transformar os seus corpos. É como se elas se sentissem vazias de alguma forma. Mas o que eu não lembro de ter aprendo na faculdade é: Porque elas não se aceitam como são!?

- Padrões de beleza impostos pela sociedade responderia essa pergunta mãe. - Lydia a encarou por um momento.

- É, isso eu aprendi! - ela deu um pequeno sorriso. - E infelizmente ou felizmente é isso que garante nosso sustento, não é mesmo? - ela ficou cabisbaixa e respirou fundo.

As duas ficaram em silêncio por mais alguns segundos, até que Lydia o rompesse mais uma vez.

– Mãe! E o papai? Ele virá mais cedo?  

- Ah! Bom ter falado, tinha esquecido de comentar! Ele ligou! – ela se virou e caminhou até um grande balcão próximo a janela que dava para um jardim. – Seu pai ficou de pegar a Laura no colégio hoje. Parece que ele conseguiu sair mais cedo do trabalho.   

- Uau! - ela parou seus movimentos. - E desde quando o Sr. Collin solta seus prisioneiros mais cedo?

- Lydia! – Natalie se virou para reprimi-la com um olhar.

- Desculpa, mas eu só acho que... - ela hesitou. - Ah mãe, qual é?! Aquele homem trata seus funcionários como se fossem operários de uma fábrica da época da revolução industrial. - ela engrossou a voz. - “Menos conversa e mais produção.” Ah na boa, o papai se formou em arquitetura pra quê? Pra passar por isso?

- Lydia?! - ela ainda a encarava séria.

- Mãe, ele é talentoso e só acho que não é reconhecido naquela empresa como deveria.

- Mas isso é um problema pra ele resolver com o Sr. Collin, não acha?

- Eu sei mas... - ela hesitou sem jeito outra vez. - Bem que você poderia tentar dizer em alguma...

- Filha! – ela deu alguns passos até ela. - Eu já tenho muitos problemas no hospital, não acha?  

- “Não acha?” – Lydia fez um sinal de aspas com as mãos. – Por acaso essa é uma nova gíria em Washington? - sorriu.

- Ah, fica quieta menina! - ela se virou novamente. - E continue fazendo seus Cupcakes de vento. - sorriu.

*PÁH (a porta da sala bateu)

- Oh meu Deus, ela já chegou? – Lydia arregalou os olhos.

- Parece que sim! Vai, vai, vai! Eu cuido disso! - ela balançava as mãos expulsando a jovem da cozinha.

Lydia correu em direção á um corredor.

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Ao chegar naquela grande sala decorada de marfim branco, com cortinas e sofás beges, ela parou ao ver o seu pai e a sua pequena irmã.

- LYDIA! –  a garotinha ruiva que aparentava ter uns dez anos pulou em seus braços.

- Ei minha pulguinha! – ela sorria enquanto a carregava. - Como você está?

- Tô bem! - ela lhe deu um beijo no rosto.

– E como foi na escola baixinha? - ela a ajeitou em seus braços.

- FOI MUITO BOM! - ela sorria animada. - Cantaram pa.... ups. – Laura parou e tampou a boca, em seguida olhou para o Sr. Marcos sem jeito. – O papai disse que eu não deveria te contar que hoje é meu aniversário.

- Ótimo! - ele sorriu. - Acabou de contar! - o homem que tinha os cabelos médios pretos e olhos verdes se sentou em um dos sofás.

- É sério isso pai? – Lydia o encarou confusa. - Acha que minha memória é tão ruim assim?  

- Eu? – ele retirava seu paletó enquanto se ajeitava no sofá. – Eu só disse que deveria ser sua responsabilidade se lembrar dessa data importante.

- Mas quem disse que eu me esqueci? – Lydia a colocou no chão devagar.

- Viu? Eu disse papai! - Laura pulava animada.

– Olha, eu tenho algo pra você! - Lydia se curvou em frente a garota. - Mas primeiro quero que suba para tomar um banho.

- O que vou ganhar dessa vez? - ela falava empolgada. - Um patinete? Uma estojo de maquiagem? Uma bicicleta nova? Roupas? Ah, são aquelas botas que eu amei...

- Hey, hey....Calma aí! - a jovem segurou em seu rosto. - Suba e mais tarde te dou o presente, está bem?  

- Tá bem! - ela consentiu. - E onde tá a mamãe?

- Ela saiu para comprar umas coisas, mas não se preocupe! Agora vai, sobe! Vai... – Lydia empurrou suas costas e sorriu ao ver a pequena Laura atravessando a sala e subindo as escadas correndo.

- E ela esqueceu a mochila outra vez! - o homem murmurou baixinho ao observar uma bolsa rosa sobre o sofá.

- Depois eu levo! - Lydia cruzou os braços meio sem jeito.

- Então, quer dizer que não se esqueceu. - ele a encarava disfarçando um sorriso.

- Na verdade a mamãe me lembrou. - ela também disfarçou seu sorriso. 

- E ela está na cozinha? - ele sorriu.

- Sim! Cozinhando. - ela deixou um riso escapar. - Mas que milagre pai! Chegou cedo hoje! – Lydia se sentou no outro sofá que ficava em frente ao dele.  

- Filha, não existem milagres! - ele esfregou o rosto como se estivesse cansado.

– Ah, mas esse definitivamente foi um! Sr. Collin foi generoso! Quanta bondade... - seu tom soava irônico.

- Ora, mas não é isso que Jesus faria Lydia? - ele a encarou com um sorriso sarcástico.

- Pai, por favor não...

- Lydia! – ele segurou seu paletó ao se levantar. – Do mesmo jeito que você não acredita no meu chefe e eu respeito isso, eu não acredito que existe um homem poderoso no céu que cuida de todos. – ele deu um pequeno sorriso. – Então, cabe a você me respeitar também!

- Pai, eu nem estava falando de religião. Eu estou falando de um homem que não valoriza o seu trabalho. - ela também se levantou.

- E baseado em que está dizendo isso? Nos trinta minutos que foi ao meu escritório uma única vez? – eles se encararam.

- Falo isso baseado nas noites que você virou trabalhando em seus projetos, para depois aquele homem ganhar os créditos em frente á diretoria da ‘House’. - ela aumentou seu tom de voz.

– O que? Onde escutou isso?

- Pai! - ela sorriu e cruzou os braços. -  Está nos jornais. “Mansão dos Hadriks projetada por Sr. Collins.” - ela balançava a cabeça. - Eu vi esse mesmo projeto no seu escritório uma vez e...

- É, você é esperta! - ele a interrompeu. - Então filha... - ele deu alguns passos até parar na sua frente. - Não faça papel de idiota agora! Você não conhece o meu trabalho e nem o meu chefe. Então não o julgue, ok? – ele se desviou e caminhou em direção ao corredor que levava a cozinha.

- Você também não o conhece! - a voz dela ecoou e o homem parou.

- Conheço quem? - ele se virou devagar com uma expressão confusa.

- Deus! – ela descruzou os braços ao intimidá-lo com o olhar.  

Eles se olharam por um momento. Marcos respirou fundo, deu um pequeno sorriso e se virou para os degraus de uma grande escada que ficava no hall da sala.

- Diga a sua mãe que vou tomar um banho primeiro. 

 

Voz Lydia

“Antes de qualquer coisa, eu preciso apresentar minha família para que entendam o contexto dessa história! O meu pai é um arquiteto. É um homem que está sempre ocupado por causa do seu importante cargo na “National House”. Ele costuma dizer que a sua função é a de planejar e construir os sonhos de outras pessoas. Talvez seja por isso que o seu tempo é sempre corrido e por consequência, ele nunca foi do tipo de pai que planeja muitas viagens de família. Uma curiosidade sobre ele? Meu pai nunca pisou em uma igreja. Mamãe conta que seu casamento foi ao ar livre num por do sol nas montanhas ao norte da nossa cidade. Aos domingos enquanto eu, mamãe e Laura vamos a missa, ele sempre usa a mesma e velha desculpa de que prefere descansar assistindo aos seus jogos de futebol. Minha relação com meus pais não é tão aberta, mas a verdade é que naquele momento eu já havia descoberto que ele não acreditava em Deus, só não compreendia o porque.

Minha mãe por outro lado, apesar de ser uma das melhores médicas cirurgiãs de Washington, sempre me disse que nunca entrou em uma sala de cirurgia sem antes fazer uma oração. Admiro a sua fé, pois nem mesmo os ensinamento científicos que recebera na faculdade teve o poder de abalá-la...”

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Lydia parou ao lado da porta do quarto. Deu um pequeno sorriso ao ver que Laura estava deitada na cama mais cedo que de costume. Sobre um criado mudo ao lado da cabeceira, tinha um pequeno abajur com uma luz amarelada que iluminava aquele quarto cor de rosa. Ela deu duas batidas na porta.

*TOC-TOC

- Posso entrar?

A pequena Laura se virou assustada.

- Credo! - murmurou. - A quanto tempo esta aí?

- Tempo insuficiente pra matutar o porque está na cama tão cedo. - Lydia sorria.

- Fiquei cansada! – Laura se sentou. - Trouxe a minha surpresa? - ela estendeu suas pequenas mãozinhas sorridente.

- Como sabia que os Cupcakes e os doces não eram a única surpresa? – ela sorria enquanto caminhava em direção á cama da garota com as mãos para trás.

- Lydia, você acha que nasci ontem!?

- Laura?!! – ela se sentou ao lado de suas perninhas disfarçando um sorriso. – Onde está aprendendo essa linguagem mocinha?

- Com a Allison! – ela ajeitou o edredom sobre suas pernas magrelas. – Quando ela vem aqui vocês duas sempre cochicham no quarto, aí eu sempre escuto as coisas engraçadas que ela diz.

- Espera! Você fica escutando as nossas conversas? - ela franziu os olhos.

- Não! – ela a encarou séria, Lydia franziu os olhos como se pedisse uma resposta sincera. – Tá, foi uma vez!  - ela estendeu as mãos. – O que trouxe pra mim? Já sei que não é uma bicicleta!

- Laura...

- E muito menos um patinete.

- Na verdade...

- Porque se fosse eu já estaria vendo e você não conseguiria carre...

- Laura! - ela a interrompeu ainda séria. - Eu nem deveria te dar esse presente.

- O QUE? Porque não?

- Não depois de saber que você fica me espionando! Acha justo?

- Não, mas... – ela pulou em seu colo. – Foi só uma “veizinha”! Eu juro Lydia.  

- Jura? - ela a encarou.

- Juro!

- Não vai fazer isso de novo?

- Prometo que não vou espionar mais! - ela cruzou os dedos disfarçadamente.

- Tá bom! Tá bom! – com uma mão ela a afastou delicadamente. – Feche os olhos e estenda suas mãos.

Sorridente a garota a obedeceu.

- Cadê? Cadê? - pedia ansiosa. - Me dá logo!!!

- Calma! Está aqui... – ela o colocou sobre a palma de suas mãos.

A garota abriu os olhos e encarou um bloco de papel decorado artesanalmente. Ele era do tamanho de uma folha A5.

- Mais um? – Laura olhava para ele confusa. - Um livro novo? – ela conclui meio sem jeito.

- O que? – Lydia olhou uma prateleira que ficava sobre a cama da garota. Lá haviam outros blocos de papeis parecidos com aquele que estava nas  mãos dela. – Eu pensei que gostasse de ler as minhas histórias! Escrevi essa a um bom tempo, só estava esperando o seu aniversário chegar.

- Eu gosto! Mas quantos anos acha que eu fiz? – ela a encarou novamente. – Acabei de fazer 10 anos e eu esperava pelo menos meu primeiro kit de maquiagem!

- AH, sua pestinha vem aqui! – Lydia a puxou para seu colo e as duas sorriram. – Você vai poder usar todas as maquiagens do mundo, mas não precisa ser agora, entendeu? – ela a ajeitou em seu colo e as duas olharam para o bloco de papel nas mãos da pequena garota. – E esses livros que eu escrevo, você poderá lê-los sempre quando quiser, serão para toda sua vida.

- Eu sei! - ela consentiu um pouco mais conformada. - Eu gosto! Só estou brincando. - ela a encarou com um sorriso. - Mas é um livro de que dessa vez?

- Bom! - ela tocou em seu nariz rapidamente. - Criei uma história diferente!

- É de terror? – Laura arregalou os olhos.

- Não! É claro que não, sei que você tem medo! Mas é sobre uma viagem de três amigos pelo mundo.

- Sério? – ela olhou para a primeira folha do bloco para ler o título, “Três pelo mundo”. – É, isso fez mais sentido agora. - ela parou pensativa por um segundo. - Lydia, porque nunca escreveu um romance? - Laura a encarou com um tom de voz confuso.

- Eu... - ela hesitou surpresa por escutar uma pergunta tão madura. - Eu nunca pensei sobre isso. Você gosta de romance?

- Todo mundo gosta de romance. - ela foleou rapidamente o bloco de notas. - Você não? -  ela encarou outra vez.

- É! Quem sabe... - ela a observava pensativa.

– E você vai ler esse pra mim agora?

- Hum... - Lydia fez um bico enquanto pensava. - Não acha que está grandinha demais? Pode ler esse sozinha!  

- Não! - ela balançou a cabeça. - Eu só tenho 10 anos, ainda sou uma criança.

- Ai Laura, só você mesma viu... - ela sorriu e também se deitou ao seu lado. - Tudo bem! Está pronta? - Lydia segurou o bloco de folhas em suas mãos enquanto a pequena Laura se aconchegava em seus braços.

- Pronto! - ela fechou os olhos.

- Ok, mas espera pelo menos eu chegar na segunda página para você dormir! - ela brincou.

- Começa logo... - ela se aconchegou em seus braços sorrindo.

- Bom, era uma vez três amigos inseparáveis...

 

Voz Lydia

“E essa é a Laura, minha única irmã! As vezes me assusto ao perceber que ela está crescendo rápido e a cada dia que passa ela fica mais esperta. Mas o que eu mais gosto em tudo isso? É que ela ainda mantem seus bons e velhos costumes, adora quando leio as minhas histórias para ela. Um dia pretendo escrever um livro de verdade e a única certeza que tenho, é que a Laura será a primeira pessoa a lê-lo...”

 

Lydia se levantou devagarinho ao perceber que a garota havia adormecido. Ao caminhar lentamente, ela foi até um abajur que ficava sobre um criado mudo ao lado da cama.

- Não desliga a luz não! – uma voz ecoou baixinha.

- Ainda está acordada? – ela se curvou sobre ela meio confusa.

- Tenho medo... – a garota sussurrou novamente. – Pode dormir aqui comigo essa noite? – Laura ergueu um pouco a cabeça. Elas se olharam por alguns segundos.

- Tudo bem! – Lydia subiu na cama outra vez. – Mas só porque é seu aniversário!

As duas permaneceram abraçadas em silêncio.

- Gostei do início da história! Amanhã vai continuar?

- Claro! – ela deu um pequeno sorriso e a apertou em seus braços. – Mas agora tente dormir!

Os olhos da garotinha se fecharam aos poucos e Lydia permaneceu em silêncio, apenas observando os detalhes do quarto iluminado pela luz amarela.

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*Capítulo 3*

- “As primeiras coincidências” -

07 de novembro de 2009

 

- Que horas posso ir pra sua casa hoje? - Allison perguntou enquanto as duas caminhavam lado a lado no corredor do colégio.

- Ah, não sei! Lá pras 18h?  - Lydia a encarou meio insegura.

- Pode ser! - Allison consentiu. As duas caminharam até passarem pela porta principal do colégio. A claridade daquele dia ensolarado fez com que elas tampassem seus olhos imediatamente. Quando conseguiram olhar juntas para um enorme jardim que ficava ao lado do estacionamento, observaram que alguns alunos se despediam, outros caminhavam apressadamente em direção aos ônibus e outros iam rumo á um estacionamento. Elas voltaram a caminhar.

- Será que é só eu que adoro esse clima de final de ano? - Lydia sorriu.

- Eu amo ver todo mundo desesperado para não ter que repetir em matemática. Mas também né, ninguém merece aquela mulher.

- Ms. Halley! - Lydia a reprimiu rapidamente com um sorriso.

- Lydia... - Allison tocou em seu ombro para interromper seus passos.

- O que foi? - ela parou confusa.

- Eu não quero parecer chata e sei que já insisti muito nesse assunto mas... - a jovem hesitou como se estivesse insegura em continuar. - É que eu vi algo hoje mais cedo! O Phillipe não tirava os olhos de você na aula dela. Eu acho que....

- Allison! Allison! - ela ergueu uma mão enquanto a outra abraçava seus livros. - Eu e o Philipe já era! Acabou, entendeu? Se ele escolheu a Barbie então que seja o Ken dela bem longe de mim.

- Ok, desculpa! - ela ficou sem jeito.

- Olha, não é sua culpa! Mas eu só não sinto mais nada por ele, entende?! - ela pressionou os lábios levemente.  

 - Eu sei como é! Me desculpa por insistir, é que vocês eram perfeitos juntos.

 - Éramos! - ela sorriu. - Ahn... - Lydia olhou em volta rapidamente. - Eu preciso ir e  não se esqueça de ficar “ON” ás 15hs, ok?! Ainda temos aquele trabalho de biologia pra fazer.

- Ai que saco! - disse ela ao dar um tapa na própria testa. - Eu tinha me esquecido disso!

- De nada!

- O que você tanto come? Peixe? Eu odeio sua memória! - Allison balançava a cabeça sorrindo. - Ai droga! - ela parou seus movimentos. - Meu pai veio me buscar? - ela encarava um carro preto estacionado a alguns metros delas.

- Se não for ele, pode ser o FBI. - Lydia sorriu ironicamente.

- Rá, rá! Aprendeu essa piada com a Abigail? - Allison riu enquanto se virava. - TE VEJO MAIS TARDE!!! - gritou enquanto acelerava seus passos rumo ao veículo.

- Tchau doida....- ela sussurrou franzindo os olhos por causa da claridade do sol.

 

Voz Lydia 

“Bom, e essa é a Allison! Ela é uma das minhas melhores amigas e quase todos os dias me pergunto: Como nos tornamos próximas se somos tão diferentes? Nos conhecemos na primeira série. Ela sempre foi festeira, sem papas na língua e normalmente não tem o costume de se lembrar de que precisa estudar. As pessoas costumam dizer que eu ela somos uma combinação perfeita, o equilíbrio entre a razão e a emoção. Mas ao contrário de mim ela está sempre dando uma chance aos garotos do colégio, que com certeza morreriam para beijá-la. E até hoje tento entender o porque ela se considera a ‘razão’. Mas apesar de tudo isso, o que eu mais gosto da Allison? É que de um jeito ou de outro, ela me conhece melhor do que a minha própria família...”

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♭ ♪ ♯ ♬ ♮ ♫ ♩ ♫ ♭ ♪

Goo Goo Dolls - Iris

 

Enquanto uma música ecoava baixinha do seu computador, Lydia continuava a pesquisar na internet. Ela corria seu olhar pelos sites á procura de qualquer matéria relacionada á Biologia.

- Só “nas conversa” aí, né?! - uma voz ecoou detrás.

- Abigail? - ela se virou surpresa. - Ei!!! Senti sua falta ontem! Como está?

- Oi Lydia... - uma senhora magra e de cabelos pretos presos passou pela porta do seu quarto apressada. - Eu tô bem e você?

- Bem também! - ela se levantou para ir ao seu encontro, as duas se abraçaram rapidamente. - Minha mãe me contou ontem sobre o Max. Como ele está?

- Graças a Deus ele tá bem! Aquele menino é tão forte quanto a mãe dele era. - ela deu um pequeno sorriso.

- Ele ainda sente muito a falta dela né? - Lydia cruzou os braços.

- Vez ou outra ele comenta algo. - ela consentiu sem jeito. - Mas, não é tanto quanto acordava de noite tendo pesadelos.

- Olha, porque não trás ele um dia para brincar com a Laura? Vai ser bom pra ele se distrair.

- Tá ái! Boa ideia! Vou pedir a sua mãe! - ela consentiu. - E você? - ela olhou rapidamente para o computador. - Tá estudando ou conversando com a Allison de novo? Já que vocês nem se veem todas as manhãs no colégio né...

- É impressão minha ou uma folga te deixou mais engraçada? - ela sorriu quando voltou a se sentar.

- Não existe nenhuma graça nas minhas funções! Tem roupas suja ali? - ela apontou para um cesto artesanal branco próximo a parede. - Não me faça ir á caça o tesouro menina, onde elas estão? - ela disfarçava um sorriso.

- Não se preocupe, minha mãe já está milionária a essas horas.  

- Sua mãe? - a voz dela ecoou confusa. - Desculpa! - ela tampou a boca para esconder o riso. - É que sua mãe anda sempre ocupada, como ela fez isso?

- Pois é! Acho que o espírito natalino chegou mais cedo nessa casa. Ela até cozinhou ontem.

- Cozinhou? Então aqueles Cupcakes na geladeira foi ela quem fez? - ela ficou boquiaberta.

- Nós fizemos! - ela se gabou ao cruzar os braços.

- Não brinca! Você também?

- Sim!  

- Que coisa! Fico fora um dia e essa casa vira de cabeça pra baixo. Não acredito que vou pedir a receita daquilo pra sua mãe....  - ela se virou caminhando rumo á porta. - Ficou incrível! - ela gritou do corredor. - E VOLTE AOS ESTUDOS.

- PODE DEIXAR! - Lydia também gritou. - É, o xerife voltou! - sussurrou ao sorrir.

 

Voz Lydia

“E essa é a famosa Abigail, ela trabalha aqui em casa a mais de 20 anos. Não seria exagero dizer que ela me viu nascer e que trocou minhas fraldas. Ela foi a minha babá assim como ainda é a da Laura, por isso a consideramos como parte da família. A vezes ela dorme aqui em casa, mas prefere voltar todas as noites para o seu bairro depois que ganhou a guarda do Max, seu neto. Após a morte da Bianca a sua filha mais velha, os meus pais tentam ajudá-la de várias formas e eu também, principalmente quando ela se anima em querer aprender Matemática ou Inglês. Ela não completou o colegial mas é uma senhora extremamente inteligente. Falo isso por que seus conselhos são os melhores. Ela nunca mencionou, mas eu sei que assim como a Allison, a Abigail me conhece muito bem... ”

*Ta-na-nã (uma notificação)

Ela se ajeitou na cadeira ao ver que uma janela de conversa havia sido aberta.

------------ [ MSN ] --------------

Allison [online] diz:

Achou algo?

Pqp, tá tão difícil

 

Lydia diz:

Ainda n

Mas esse trabalho é pra sexta, n podemos perder tempo, foca nisso aí...

 

Allison [online] diz:

O q acha que to fazendo aki? Vendo vídeos da Britney Spears no YT?

 

Lydia diz:

Kkkk n duvido

Foca

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*TAN-Tan (outra notificação)

Lydia franziu os olhos ao escutar um pequeno barulho. Ela percorreu o olhar na tela á procura da janela que poderia ter sido aberta, mas não havia nenhuma outra além da que conversava com a sua amiga. Quando olhou para uma das guias do seu navegador, lembrou-se que havia deixado o seu perfil no Orkut aberto. Lydia clicou sobre ele e lá havia uma mensagem no chat.

----------- [ CHAT ORKUT ] -----------

Tyler Baron:

Oi...

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Ela ficou pensativa por um momento enquanto se lembrava lentamente que havia adicionado aquele perfil no dia anterior. Lydia se ajeitou na cadeira e digitou com uma expressão meio confusa.

-----------------------------

Daniele Marchello:

Olá!

 

Tyler Baron:

Tudo bem com vc?

 

Daniele Marchello:

Tudo ótimo e com vc?

 

Tyler Baron:

Bem tb!

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Ela parou olhando para a conversa no chat por um momento. Naquele instante algumas perguntas invadiram sua mente e em um impulso ela voltou a digitar.

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Daniele Marchello:

Porque me adicionou?

 

Tyler Baron:

Hum, foi direto ao assunto... rs

na vdd eu queria conhecer gente nova.

e vc? Pq me aceitou?

 

Daniele Marchello:

Não acreditaria se eu contasse...rs

Mas como me encontrou?

 

Tyler Baron:

Pq estamos na mesma comunidade “Fãs de Fanfics”

 vi seu post sobre “Deliberadamente loucos” e acabei me simpatizando c seu ponto de vista

tbm gostei do final daquela história.

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Lydia se escorou na cadeira por um momento ao disfarçar um sorriso. De repente, todos os comentários das pessoas que não haviam concordado com seu posicionamento sobre a história de uma “Fic” vieram em sua mente. Naquele instante, era como se fosse estranho descobrir que alguém pensava da mesma forma que ela.

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Daniele Marchello:

Gosta de ler fanfics?  

 

Tyler Baron:

N exatamente! Já li algumas, mas gosto mesmo é de escrever histórias

 

 Daniele Marchello:

Sério?

 

Tyler Baron:

Sério! Pq?

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*TA-NA-NÃ (outra notificação)

Lydia clicou na janela da conversa com a Allison que piscava.

----------[MSN] -----------

Allison diz:

Ainda n encontrei nada sobre esses receptores, tem certeza q era esse msmo o nosso tema?  

 

Lydiz Diz:

Tenho...

mas continua procurando aí

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Ela clicou novamente no seu perfil do Orkut para voltar ao chat, logo reparou que havia uma nova mensagem dele.

----------[ CHAT ORKUT ] ---------------

Tyler Baron:

Então Daniele Marchello, o q tá arrumando aí nessa tarde chuvosa?

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 - O que? - ela sussurrou ao olhar para as portas que davam para a sua varanda. Observou rapidamente que lá fora o sol continuava a brilhar forte, com uma expressão confusa voltou a digitar.

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Daniele Marchello:

Chuva aonde?

 

Tyler Baron:

N é chuva. É um dilúvio!

Como n tá vendo isso?

 

Daniele Marchello:

Tá me zuando?

 

Tyler Baron:

Não! :\

Aí....Acabou de cair um raio agora!

Vc é de onde?

 

Daniele Marchello:

Olympia - Washington e vc é de NY, não é?

 

Tyler Baron:

Ah tá explicado!

Isso, sou de Sidney! Como sabia?

 

Daniele Marchello:

Vi no seu perfil ontem

E passou msm na tv q choveria em Ny hj!

péssimo dia p ser um Novayorkino... kk

 

Tyler Baron:

N pra mim

 

Daniele Marchello:

Como assim?

 

Tyler Baron:

Não sou mto de sair de casa, então n faz tanta diferença

 

Daniele Marchello:

Já veio em Washington alguma vez?

 

Tyler Baron:

Algumas

Meu pai tem um velho amigo q trabalha e mora aí.

 

Daniele Marchello:

Hum! Entendi...

Nossa por falar em amigos n posso dxar minha amiga na mão

Preciso terminar uma pesquisa do colégio aqui, me desculpe mas n posso continuar conversando agora

 

Tyler Baron:

Não, sem problemas...

Mas se precisar de ajuda, estou aki  :)

 

Daniele Marchello:

Sabe algo sobre biologia?rs

 

Tyler Baron:

Se eu disser que minha mãe é uma bióloga acreditaria?

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- Tá me zuando... - ela sussurrou sorrindo enquanto encarava imóvel a tela do computador.

-------------------------

Voz Lydia

“Mas ele não estava! E foi assim, naquela tarde ensolarada para mim e chuvosa para ele que trocamos nossas primeiras poucas palavras. Despretensiosas, elas pareceram terem sido empurradas pelo vento gelado de Nova York em direção a calorosa Washington, enquanto nem imaginávamos que um dia se tornariam horas e mais horas de longas conversas. Aquelas primeiras coincidências me deixaram confusa mas ao mesmo tempo fascinada, nós dois gostávamos de escrever...

E sobre o trabalho de biologia? Confesso que após uma grande ajuda dele, eu e a Allison conseguimos terminá-lo antes das 17hs. Mas devo confessar que me ajudar com aquele simples trabalho foi a primeira de muitas coisas que ele faria por mim ao longo de todos estes anos...”

 

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*Capítulo 4*

- “20:00 horas” -

15 de dezembro de 2009

 

 

Voz Lydia         

 “Os dias se passaram e o desejo de querer encontrá-lo online tinha virado rotina. Decidi manter em segredo as nossas conversas e após termos várias sobre sentimentos, amigos e familiares, eu e o Tyler nos aproximamos mais do que o imaginado. ‘Brincávamos’ de aconselhar um ao outro enquanto os minutos se transformavam em horas todos os dias. A nossa amizade se intensificava a cada palavra lida, trocávamos links de músicas, links de histórias de Fanfics e poemas de nossas autorias. Nossa conexão foi tão grande que pouco tempo depois decidimos que talvez fosse melhor revelarmos nossas verdadeiras identidades. Concordamos que seria hora de descobrirmos quem eram as pessoas que realmente estavam por trás de Daniele Marchello e Tyler Baron.

Penso que o espírito natalino daquela época inundou os nossos corações no dia 15 de dezembro daquele ano, eu tinha certeza de que seria um grande dia para nós. Mas por mais confidentes que havíamos nos tornado, eu sabia que nós dois não nos conhecíamos completamente. Nem mesmo podíamos garantir que eram 2892.2 milhas e 51h51 minutos de viagem que nos separavam. É, aquela altura do campeonato eu já havia calculado a distância entre NY e Olympia WA. Mas foi só por curiosidade.... Está bem, foi por muita curiosidade.

Até hoje me lembro do frio na barriga, me lembro do medo de estar equivocada por ter confiado em alguém que não deveria. Me lembro também que não consegui dormir naquela madrugada pensando no que aconteceria se eu descobrisse quem era o verdadeiro Tyler. Mas mesmo com todas essas dúvidas, eu decidi arriscar. Combinamos então, que trocaríamos os nossos verdadeiros perfis do Orkut ás 20hs daquela quarta-feira...”

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♭ ♪ ♯ ♬ ♮ ♫ ♩ ♫ ♭

‪Silverchair - Miss You Love (Tradução)

Ela assistia a um vídeo no Youtube enquanto das caixas de som ecoavam uma canção. Lydia olhou rapidamente para as horas que marcavam “20h33”. Ela respirou fundo e desviou seu olhar para o chat no Orkut, mas Tyler ainda estava Off-line.

- Lydia! - a garotinha passou pela porta correndo.

- Ei pulguinha! - ela se virou rapidamente para carrega-la.

- Quando vai ler pra mim de novo? - ela fez um pequeno bico.

- Han... - Lydia olhou para a tela do computador por um segundo e a encarou sem jeito. - Laura, agora eu não posso!

- Porque não? - ela emburrou a cara. - Você sempre me troca por esse computador. - cruzou os braços.

- Não! Eu nunca trocaria você! - disse ela fazer cócegas em sua barriga. - Eu só preciso estudar para a prova final de Inglês, estou na última semana de aula, sabe como é.

- Mas você disse isso semana passada e retrasada... - enquanto ela falava Lydia esfregava o rosto como se sua irmã de dez anos realmente estivesse certa. - Por favor? Estamos no início daquela história ainda, você nunca demorou tanto para ler suas histórias assim!

- OK! Tá bem... - ela a colocou no chão. - Me espera lá no seu quarto, já estou indo! - ela deu um tapa em sua bunda e a garota correu sorridente.

- ISSO! - ela gritou ao passar pela porta.

Lydia voltou a olhar para a tela do computador na esperança que naqueles últimos segundos ele aparecesse...

 

Voz Lydia

 “Mas ele não apareceu! Naquele momento o único pensamento que surgiu em minha mente foi o de que a minha irmã de apenas dez anos estivesse certa, eu estava trocando ela por um computador. Acho que foi por isso não pensei muito para desliga-lo. Naquele instante eu estava tão decepcionada que ler minhas histórias seria como uma válvula de escape. Então caminhei até o quarto dela, mas isso não impediu que meus pensamentos continuassem a borbulhar confusos. Porque Tyler não ficou online conforme havíamos combinado? E se eu estivesse enganada sobre ele? De tanto escrever histórias de ficção, me acostumei a olhar para as situações de uma jeito diferente e naquele momento foi a confirmação de que havia algo de errado. Eu e o Tyler sempre conversávamos sobre tudo, mas acho que nossos verdadeiros assuntos ainda estavam ocultos, assim como a nossa identidade.

Na noite anterior, aquela em que tomamos a decisão de revelarmos nossos nomes, assim como eu, Tyler também confessou o real motivo pelo qual ele havia criado o seu Fake. Lhe contei que ‘Daniele Marchello’ para mim era como se eu pudesse viver uma outra vida. Me refugiava em palavras de tudo que eu realmente queria dizer sem me sentir culpada, eu não precisava me preocupar. Mas para ele seja lá quem for, o ‘Tyler Baron’ era a única forma de que seus pais não descobrissem que ele mantinha contato com pessoas desconhecidas pela internet...”

-------

- Agora eu vou pro meu quarto dormir, ok? - ela sussurrou baixinho.

- Tá! - Laura se encolheu de olhos fechados enquanto sua irmã se levantava. - Não apaga a luz Lydia! Tenho medo!

- Eu já sei... - ela parou no marco da porta, deu um pequeno sorriso. - Tente dormir Laura!

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 Quando chegou em seu quarto decorado pelas cores roxo e branco, Lydia olhou em volta como se procurasse por algo, mas o silêncio a desconcentrava. As portas que davam para a varanda estavam abertas e a brisa mais uma vez empurrava as cortinas de rendas brancas. Ela caminhou até passar por elas. Olhou para a paisagem, deu alguns passos e deitou-se em sua espreguiçadeira enquanto uma leve brisa empurrava seus cabelos. Lydia olhou para o céu estrelado enquanto tentava compreender o que poderia ter acontecido com Tyler. De repente as últimas palavras da história que ele havia lhe contato invadiram seus pensamentos.   

 

Voz Lydia

“Naquela mesma conversa, ele revelou que certa vez conheceu uma garota pela internet e após terem marcado de se encontrar as escondidas na cidade onde ela morava, no percurso sofreu um terrível acidente de carro que quase o matou. Desde então sua família o proibiu de se relacionar pela internet com pessoas desconhecidas. O proibindo de realizar ligações ou até mesmo de usar a webcam para se conectar com qualquer pessoa que não fosse da família. Ironicamente, tais consequências do passado nos atingiram no presente...”

 

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*Capítulo 5*

- “O melhor presente de Natal” -

24 de dezembro de 2009

 

- Bom dia meu bem! - Natalie sentou-se á beira de sua cama! - Acorda! - ela acariciou seu rosto suavemente.

- Mãe? - Lydia parecia confusa enquanto tampava seu rosto por causa da claridade.

- É véspera de natal filha. - ela deu um sorriso. - Levante-se!

- Obrigada por avisar, mas já sei que não existe Papai Noel! - ela virou o rosto para o outro lado.

- Hey, o que foi? - Sra. Natalie tocou em seu ombro.

- Nada... - ela resmungou com a voz abafada pelo travesseiro.

- Lydia... - Sra. Martin se levantou e caminhou até as portas da varanda. - Você deveria se levantar, passar o dia com a família hoje! Seu pai ganhou uma folga, claro contra a vontade dele. - ela olhou para a jovem rapidamente, que continuava imóvel na cama. - Sabe que esse não é o feriado preferido dele.  

- É, eu sei! - ela resmungou outra vez.

- Ok, Lydia... - Natalie caminhou até parar ao lado da cama dela, ela se virou lentamente para encara-la. - Já percebi que não quer conversa! Então, vou te esperar lá embaixo. - ela consentiu e se virou indo rumo á porta enquanto falava. - Abigail fez uma café da manhã, só espero que não a decepcione também!

- Mãe... - ela a chamou ao se sentar na cama com um olhar diferente. - Me desculpa! Eu prometo que já vou descer. - ela consentiu meio sem graça.

As duas se olharam por um instante, Natalie sorriu e se virou.

 - Tudo bem! Te espero lá embaixo.  

 

 Voz Lydia

  “Meu temperamento nunca foi fácil, mas aqueles nove dias angustiantes sem ler nenhuma mensagem dele me deixaram louca. Tyler havia desaparecido sem dar nenhuma explicação. Nos primeiros dias eu até ligava o computador com a esperança de ter recebido algo, mas minha decepção se tornava cada vez maior quando eu descobria que ele ainda não havia entrado em contato. Do quinto dia em diante decidi não ligar mais o meu computador, o que provocou um grande choque em minha família e amigos. Então inventei que havia feito uma promessa até o Natal para tentar me livrar desse vício. Não sei se meus pais acreditaram, mas essa foi uma mentira que não demorou muito para ser descoberta por outra pessoa...”

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Fazia muito frio naquela noite, mas todos estavam na sala aquecidos pelas lenhas que estralavam na lareira.

- Feliz natal pequena! - Lydia a carregava em frente a uma enorme árvore decorada na sala.

- Feliz natal mana! - ela lhe deu um beijo em sua bochecha.

- Nossa! O que anda comendo? Desce porque você está pesada demais. - ela sorriu e a colocou no chão outra vez.

- Feliz natal pai! - Lydia caminhou sem jeito, sorriu e o abraçou também.

- Aham, obrigado!  - ele retribuiu o abraço meio sem graça. - Pra você também!

- E quem vai abrir os presentes deste ano? - Sra. Natalie se sentou em um dos sofás.

- EU! - Laura gritou ao correr para o pé da árvore.

- Como sempre! - Sr. Marcos sorriu ao se sentar ao lado de sua esposa.

Lydia também se sentou no outro sofá enquanto observava os piscas-piscas que decoravam a grande árvore. Enquanto observava Laura no chão rasgando os embrulhos de um presente, seus pensamentos continuavam longe, especificamente em Nova York.

- NÃO ACREDITO! UM PATINETE!!!!!!!! -  gritou a garota.

- Foi o que pediu no seu aniversário, não foi?

- AHAM!!!!! - ela ficou de pé enquanto segurava o brinquedo com um enorme sorriso no rosto. - OBRIGADA MAMÃE!!!!

- Sim, mas só vai poder andar nele lá fora. - Sr. Marcos a reprimiu.

- Posso ir lá agora?! - ela correu e pulou em seus braços.

- Agora não baixinha... - ele a apertou em seu abraço. - Está tarde, não acha?

 ---

 

*VRAM-VRAM

Lydia sorria ao vê-los abraçados no outro sofá quando escutou um barulho, olhou rapidamente para seu celular que estava sobre uma mesa central, se curvou e o tomou em suas mãos. Percebeu que havia recebido um SMS de sua amiga Allisson.

 

[ Feliz natal amiga! Tudo de bom sempre!!!!!!

Agora entra nesse MSN pelo amor de Deus... ]

 

 

- An... - ela ergueu o olhar para seus pais ao murmurar sem jeito. - Mãe, pai. - se levantou. - Se não se importam, eu gostaria de ir pro meu quarto descansar.

- Mas não quer saber o que ganhou filha? - Sra. Natália estava com um olhar confuso.

- Ah... - ela desviou o olhar para uma grande embrulho que ainda estava de baixo da árvore. - Claro! - Lydia deu um pequeno sorriso e caminhou até ela.

Sob os olhares ansiosos de Natalie, Marcos e Laura, ela desembrulhava com cuidado uma grande caixa fina e cumprida.

- Oh meu Deus! - ela levou uma mão a boca ao ver a foto do presente estampado na caixa. - É um telescópio? - ela se virou para eles boquiaberta. 

- MINHA NOSSA! EU VOU PODER VER A LUA COM ELE? - Laura pulou do colo do pai empolgada.

Seus pais se levantaram sorridentes.

- Era o que você sempre quis, não é? - Sra. Natalie se levantou e aproximou.

- É... - ela abriu os braços meio sem graça para abraça-la. - Uau mãe, nem sei o que dizer! Obrigada pai!

- Não precisa agradecer filha! Você merece... - Sr. Marcos sorriu. - Ficamos muito orgulhosos que tenha passado em todas as matérias do colégio.

- É, no final tudo deu certo. - ela apertou a caixa contra o peito. - Adorei o presente! - ela sorriu e ficou pensativa por um momento. - Vocês se importam se eu subir agora? - ela olhou para o celular sobre a mesa.

- Claro que não! - Natalie se aproximou e lhe deu um beijo na bochecha. - Vá descansar meu bem!

- Hey, Laura! - Marcos se virou de repente ao ver a garota passando como um “foguete” com seu patinete. - Dentro de casa não! Vamos lá pra fora! - ele correu atrás da garota que sorria.

Lydia olhou para a mãe meio sem jeito, ela tocou em seu rosto novamente.

- Está tudo bem Lydia?

- Está! - ela consentiu. - Vou subir, quem sabe ainda não consigo descobrir onde está a Antares ainda hoje. - ela sacudiu a caixa levemente com um sorriso.

- Ainda não a encontrou. - ela consentiu com um sorriso.

- Não a olho nu. - ela deu um pequeno sorriso. - Mãe, obrigada mais uma vez! Eu realmente adorei esse presente!  

- Você merece! - ela afagou seus cabelos novamente e a jovem se virou rumo as escadas. - Eu amo você Lydia!

- Eu também mãe... - a jovem consentiu envergonhada.

 

Voz Lydia

“Eu nunca consegui dizer ‘Eu te amo’ para minha mãe, nossa relação é um pouco estranha, talvez porque eu a afasto naturalmente. Mas naquele momento, apesar de estar triste pelo sumiço do Tyler, por alguns segundos me senti feliz pois havia recebido o melhor presente de natal que eu já ganhei em toda minha vida. Astronomia, a beleza somada aos mistérios do universo sempre me intrigaram. E agora eu poderia olhar para o céu com outros olhos, assim como sempre havia sonhado...”

-------

 

Lydia chegou em seu quarto, colocou a caixa sobre a cama e deu alguns passos até o seu computador. Ela o encarava meio insegura, era como se estivesse com receio em liga-lo após tantos dias sem usa-lo. Em um impulso ela se sentou e o observou por mais um momento, respirou fundo e apertou alguns botões. Enquanto aguardava a tela principal aparecer, ela relia a mensagem de Allison. Ela se ajeitou na cadeira e fez login em seu MSN, logo se assustou ao escutar os barulhos de várias janelas que se abriram desesperadamente, seus amigos haviam deixado diversas mensagens enquanto estava “off-line”. Mas ela clicou apenas na janela de Allison, que estava online.

-------------[MSN ]-----------------

Allison [online] diz:

Mensagens recebidas off-line:

Oi Lydia

-

Olá!

-

Meu Deus, responde!!!!!!!!!!

Kde vc?

-

VC n vai acreditar....

Lydia?

O que aconteceu c vc? Foi abduzida pelos duendes do papai noel?

-

Quando vc vai voltar? Pra que foi fazer essa promessa sua doida?

 

Lydia diz:

Nossa... sentiu mesmo minha falta kk

Desculpa o sumiço! O q aconteceu?

Ah e feliz Natal também, muita paz e amor pra vc! :)

 

Allison [online] diz:

MILAGRE! 

Obrigada amiga *-*

Achei q n ia te ver nunca mais, qse te liguei se n fosse por aquela msg q me mandou antes de ontem

Mas aki, babado! Conversei com o Phillipe ontem de madrugada! Ele me chamou aqui no MSN...

NÃO ME JULGUE!

 

Lydia diz:

Esse assunto de novo?

 

Allison [online] diz:

Tá sentada? 

Pq eu tava certa

Ele disse q ainda te ama

 

Lydia diz:

O Q? 

 

Allison [online] diz:

POIS É!!! :O

------------------------------

Lydia ficou imóvel por alguns segundos, era como se não acreditasse no que estava lendo. Ela respirou fundo e voltou a digitar.

--------------------------------

Lydia diz:

Então isso qr dizer q ele já se cansou da Barbie?

 

Allison [online] diz:

Parece q eles terminaram faz um mês

e foi por sua causa...

 

Lydia diz:

O Q? kkk

Por minha causa!? Tá doida?

Faz mais de 5 meses q n conversamos

 

Allison [online] diz:

Não...

parece q ele vivia falando de vc pra ela

ou, pq vc não chama ele aí? Dá uma chance para ele Lydia

Todas as garotas do colégio morreriam pra ficar com o Pilliphe

 

Lydia diz:

Allison, eu n sou todas as garotas do colégio...

 

Allison [online] diz:

Mas vc era apaixonada com esse menino... não entendo

 

Lydia diz:

EU ERA...

N sinto mais o msm, eu não sei

Prefiro deixar tudo como está!

 

Allison [online] diz:

Realmente

Tudo como está...

Vc sozinha e ele tbm...

 

Lydia diz:

N to sozinha

 

Allison [online] diz:

O QUE?

----------------------------

- Droga! - ela sussurrou ao esfregar seu rosto. - Eu tô sozinha! 

---------------------------

Lydia diz:

Eu quis dizer q tenho muitos amigos...

 

Allison [online] diz:

AH NEM VEM

EU ENTENDI ISSO AÍ, n nasci ontem não...

Quem é o cara? Me conte tudo!!! :O

------------------------------

- E é por isso que a Laura te adora! - ela sussurrou ao respirar fundo.

 -----------------------------

Lydia diz:

Ele é um fake

 

Allison [online] diz:

PERAAA

UM FAKE? Kkkkkkk

Como assim?

 

Lydia diz:

Conheci um fake pela internet mês passado

 

Allison [online] diz:

LYDIA :()

OMG

Cara isso é mt perigoso, enlouqueceu?

 

Lydia diz:

Ah...poupe sua preocupação

Ele já n é mais uma ameaça...

 

Allison [online] diz:

Ué, como assim?

 

Lydia diz:

Faz alguns dias q ele sumiu, n conversamos mais

 

Allison [online] diz:

Sumiu assim do nada?

 

Lydia diz:

Não acho q foi do nada

Combinamos de revelar nossas identidades, desconfio q foi por isso...

 

Allison [online] diz:

Pera aí

Vc ainda usa a Daniele Marchello?

Kkkkk :o

------------------------------

            - Será que eu nunca vou conseguir esconder nada de você? - ela tampou o rosto novamente, respirou fundo e voltou a digitar.

-----------------------------

Lydia diz:

Não..

Usei só uma vez e aí conheci ele

 

Allison [online] diz:

OMG Lydia...

Se ele sumiu após terem combinado isso, esse cara pode ser um maníaco, um doido sei lá...

Sua mãe sabe disso?

 

Lydia diz:

Tá doida?

Claro que n!

Se eu nunca falei do Phillipe vou falar de alguém q nem conheço direito?

 

Allison [online] diz:

Saquei...

Vc e sua mãe não são mt de cv né... sorte sua!

A minha quer saber de tudo o que eu faço...

OHHH SACO!

 

Lydia diz:

Não reclama. A Vitória é legal... rsrs

Mas vc sabe, minha mãe ocupada é ocupada demais...

Prefiro ficar na minha

 

Allison [online] diz:

A Natalie também :p kk

Mas aki Lydia

o q vc acha q aconteceu pra ele ter sumido assim?

 

Lydia diz:

Eu n sei

pode ser que ele esteja com medo de alguma coisa

 

Allison [online] diz:

Já tentou mandar alguma msg?

 

Lydia diz:

N! Só conversamos pelo chat do Orkut, n vou mandar nada não...

Ah deixa pra lá! Já passou...

Até consegui esquecer essa história esses dias

 

Allison [online] diz:

AHHHH

Então foi por isso q sumiu do Msn?

promessa de natal que nada! Vc qria dar um tempo da internet para não encontrar com ele

--------------------------

- Como ela faz isso?... - ela sussurrou outra vez.

-------------------------

Lydia diz:

Allison, eu to meio cansada agora.

Podemos cv sobre isso amanhã?

 

Allison [online] diz:

OK! Mas n pense que não vai me contar tudo hein?

EU QUERO SABER DE TUDO!

Como se conheceram, o que ele faz, o que tá rolando

E o Phillipe então já era msm?

 

Lydia diz:

Chega de Phillipe....

Amanhã conversamos sobre o fake...

Agora vou lá...  

Boa noite pra vc!

 

Allison [online] diz:

Tá bom...

Boa noite!

beijoos

 

Lydia diz:

Bjs

---------------------------

 Lydia escorou suas costas na cadeira ao cruzar suas pernas sobre ela. Enquanto encarava a tela do computador, ela ainda pensava se realmente deveria entrar em seu perfil fake no Orkut. Em um impulso, ela se curvou sobre o teclado, digitou o seu e-mail e a sua senha. Seu coração disparou ao ver uma nova notificação de mensagem enviada por ele. Ela ajeitou seu corpo e clicou no chat.

--------[ CHAT ORKUT] ----------

Tyler Baron:

Oi...

Olha, eu sinto muito por tudo, me desculpe por ter desaparecido daquele jeito!  Mas espero que mesmo atrasado, ainda aceite o meu presente:

www.orkut.com|StilesStilinski043fawk39

Feliz Natal Srta...

------------------------ 

Ela ficou boquiaberta, era como se não pudesse acreditar. Um pequeno sorriso teimava em surgir em seus lábios. Com as mãos trêmulas, Lydia segurou o mouse e clicou sobre o link que ele havia mandado. Quando a página carregou, ela ficou surpresa ao vê-lo pela primeira vez. Sua foto de perfil, era a de um jovem de pele clara e de cabelos castanhos arrepiados, que parecia estar deitado em algum lugar. Com pouco mais de 80 amigos e discreto em suas descrições pessoais, havia apenas uma frase principal que dizia: “Procure até encontrar. E quando achar? Não deixe escapar! ”. Lydia franziu os olhos ao ver que algumas de suas comunidades eram as mesmas que ela também participava. A maioria eram relacionadas á Física, Fanfics, Astronomia, séries e algumas bandas de rock e pop, o que a deixou ainda mais extasiada pelas coincidências.

- Não acredito nisso, ele gosta de Astronomia também?... - ela sussurrou com um pequeno sorriso ao olhar para o presente que ainda estava sobre a cama. Quando voltou a se concentrar na tela do computador, clicou em um dos seus álbuns para tentar ver suas fotos, mas sorriu ao perceber que estava bloqueadas. - É claro que estão, não somos amigos! - ela apoiou o cotovelo sobre a mesa. - Muito bem Srta Martin, o que vai fazer? O que vai fazer? - ela fechou os olhos enquanto pensava alto.

De repente, ela abriu os olhos e procurou pelo seu perfil no campo de busca, copiou o link e voltou para o Chat novamente. 

----------[ CHAT ORKUT ] --------------

Lydia diz:

Oi...

É... digamos que eu não entendi o porque você sumiu, mas espero que fique online algum dia para me explicar...

De qualquer forma, quero agradecer pelo presente Ms. Stilinski. Agora eu só espero que goste do meu:

www.orkut.com|LydiaMartin029ffwg03

Feliz Natal para você também Stiles...

------------------------ 

Ela respirou fundo, sorriu e ficou imóvel por alguns segundos apenas olhando para a foto dele de perfil.

 

Voz Lydia

“Eu não entendia o porque ele havia feito aquilo comigo, mas após ler aquela mensagem, descobri que aquele sim foi o melhor presente de Natal que recebi em toda minha vida. Penso que foi naquele momento que eu soube que era tarde demais para voltar atrás. Eu havia descoberto que agora como Lydia e Stiles, era óbvio que nos veríamos com outras perspectivas. Teríamos muito o que conversar para esclarecer os maus entendidos, mas eu também sabia que teríamos outros assuntos, finalmente poderíamos ser nós mesmos, sem medo! E por falar nisso, as minhas dúvidas e o meu medo de alguma forma haviam desaparecidos.... E confesso á vocês que a única coisa que eu sentia naquele exato momento, era que a nossa longa e intrigante história estava apenas começando...”

 

---- Último capítulo - Parte 2 - Final: 12/11/2016----

 


Notas Finais


Obrigada por lerem esta Fic. E sintam-se a vontade para deixar nos comentários suas críticas ou elogios.
Um grande abraço á todos e nos vemos no próximo capítulo ;)


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