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História Sua Presença... - Destino Travesso.


Escrita por: RhinUrsula

Notas do Autor


Olááááááá!
Sejam bem vindos!
Boa Leitura!

Capítulo 1 - Destino Travesso.


Fanfic / Fanfiction Sua Presença... - Destino Travesso.

As coisas entre nós nunca foram mil maravilhas, até mesmo nas melhores lembranças tenho vestígios das piores lembranças. Não sei o que realmente me faz ser louca por ele, mas ainda o sou, mesmo sabendo o autodestrutivo que é.

Lembro da primeira vez que o vi, mentiria se dissesse com exatidão minha idade na época, mas tenho certeza de que eu não passava dos meus treze anos. Eu ia em direção ao mercadinho de esquina, o que ficava a uma quadra de minha casa. Já dentro do estabelecimento, me perguntava qual dos salgadinhos deveria escolher, contemplando várias opções. De repente, quando olhei para o lado, um menino que não parecia ser muito mais velho, abria sua mochila e enfiava vários chocolates lá dentro. Eu não pensei duas vezes, escolhi o meu salgadinho, fingindo não tê-lo visto, andei até o caixa, paguei e antes de sair o delatei, sai cantarolando, cruzei a rua pouco movimentada e sentei no parquinho que ficava logo em frente. Do banco onde sentei eu seria capaz de ver o que aconteceria em seguida.

Assoviando abri meu petisco, balançava as pernas despreocupadamente, sempre fui indiferente e com um senso forte sobre o que era certo ou errado, o que não quer dizer que eu pendia a apenas fazer o bem. Na minha perspectiva, certo nada mais é o que me faz bem e errado aquilo que não me faz bem, mais nada. Nunca tive uma meta, uma razão pela qual viver, olhando para trás agora, percebo que desde muito cedo o tédio me assombrava. Ver o menino roubando, na verdade, não me fazia diferença, mas delatá-lo me faria sair da rotina, portanto, era certo.

Por um instante me perdi em pensamentos, vendo meu tênis balançar para frente e para trás em meu pé, quando do nada, uma mão invadiu o pacote que eu tinha nas mãos. Olhei em direção ao invasor, encontrei olhos negros fixados aos meus, sua mão levou o alimento a sua boca.

-Ei! O que pensa que está fazendo? -afastei o pacote, eu sabia que era o garoto que eu entregara, mas não tinha medo algum de uma possível vingança, quem sabe até tornasse meu dia mais interessante?! Mas no fundo me xinguei por não vê-lo sair do mercadinho em minha direção.

-Sabe, você deve ser muito corajosa ou muito burra! -o garoto disse ainda de boca cheia. -Mas analisando o sabor que escolheu depois de tanto tempo pensando…. Só pode ser a segunda opção. - ele abriu um sorriso sorrateiro e debochado.

-Tsc... Idiota! Para um ladrãozinho... Julga até demais. -lancei meus olhos em sua direção, ele era bonito, me perguntei como não notara sua aparência antes, dentro do mercadinho.

-Eu acho um saco ser o filho do dono do mercado, ainda mais quando algum desinformado me confunde com um ladrão, meu pai já está acostumado, mas me irrita... E sabe do que mais?

O tom de voz do garoto engrossou, ele levantou expondo sua figura por completo, com suas pernas afastou meus joelhos e ficou entre eles, fiquei paralisada não fui capaz de reagir, nunca passei por algo assim.

-A minha vingança sempre chega a meus inimigos, mesmo sendo mulher, também não costumo me preocupar se a pessoa é linda. - sua mão direita segurou meu queixo de leve. Então ele saiu andando, como se nada tivesse acontecido.

-Qual o seu nome? -Foi a única frase que fui capaz de formular, olhando para suas costas esguias e cabelos pretos como a noite.

-Sasuke. -o garoto continuou andando, até que o perdi de vista.

Confesso que fiquei assustada, evitei o mercadinho por semanas. Foi a primeira vez que a intimidação de alguém me intimidou, modéstia a parte, já fui muito intimidada, mesmo com tão pouca idade.

Mas depois de alguns meses, em vez de evitá-lo passei a procurá-lo e antes que me desse conta, o meu tédio se tornou uma busca, ia quase todos os dias ao mercadinho, mas sem coragem de perguntar ao pai dele onde eu poderia encontrá-lo, embora nem mesmo soubesse o que faria ou falaria perante sua presença. Porem, não fui capaz de vê-lo novamente.

Seis meses depois, minha mãe; que além de ser jovem demais, promiscua demais, era também bonita demais; chegou em casa sorrindo. Ela sorria daquela forma apenas em duas ocasiões, em seu aniversário e quando começava a dormir com um homem novo. Olhando-a naquele momento, lembro-me de ter quase certeza de que se tratava de uma nova conquista, quisera eu estar errada. A mulher que eu chamava de mãe, levava o nome de Mebuke, boa aparência e uma simpatia irritante, talvez fosse essa a causa de eu nunca ter tido um verdadeiro relacionamento com ela.

Mas naquele dia em particular em que cheguei em casa, depois de um domingo que fora extremamente intolerável, onde tive que fazer uma pessoa tropeçar na rua para fazer de meu dia menos chato, deparo-me com malas na minha sala. Não só isso, ao correr em direção aos quartos, uma vez que não encontrei a demente de minha mãe, deparo-me com um beliche e mais malas paradas dentro do cômodo. Minha pressão subiu e depois baixou, náuseas, muitas náuseas. Coisas estranhas pela casa, mas nenhum ser humano lá além de mim. Aquela horrível sensação de que algo ruim estava prestes a acontecer.

Depois de três ataques nervosos, me acalmo e sento-me, no sofá da sala, a espera do responsável pela piada de mau gosto, Minha perna balançava a cada minuto de espera. De repente ouvi a porta da frente se abrir, ouvi as gargalhadas exageradas da minha mãe, ponho-me de pé e a vi adentrando a sala acompanhada de um homem.

-Você só pode estar de brincadeira! - gritei, grosseiramente.

-Filha!- ela se espantou, as maluquices da minha mãe sempre ficavam porta afora, longe da minha vida, mas daquela vez ela realmente havia me tirado do sério. Ela havia invadido a porcaria da minha vida.

Meus olhos estavam fixados nela, mas do nada, ouvi uma risada, que não me parecia estranha. Olhei em direção ao homem e para o meu desespero, o reconheci.

-Você já deve conhecê-lo, não é Sakura?! Você compra seus salgadinhos no seu mercado, certo?! - minha mãe insistia naquele sorriso de quem não conseguia esconder que estava transando. O homem ao lado de minha mãe era o dono do mercadinho que ficava a uma quadra da minha casa e a risada vinha da pessoa que estava logo atrás dele e agora ele sabe quem sou eu! Foi exatamente aí que as boas recordações se mesclaram com as horríveis recordações.

-Este é meu filho. Sasuke Uchiha. - o garoto, ainda rindo, saiu de trás do pai e me encarou.

Não houve nada que eu pudesse fazer a respeito, não era de mim tomar medidas idiotas, como fugir de casa, até porque não havia para onde ir… Neste momento da minha vida, foi que, notei a necessidade de ter, ao menos, uma amiga para poder passar a noite fora de casa para espairecer.

 

 

A primeira Noite com Sua Presença...

 

Minha mãe e seu “noivo” decidiram que morariam juntos, segundo minha mãe, a causa de terem se mudado para nossa casa foi eu, não desminto, já que se dependesse de eu me mudar, de eu sair da minha casa, ela, com certeza, teria de contratar uma equipe tática para fazê-lo. Até que ela usou o cérebro desta vez. Ela conseguiu me enganar, já que, não desconfiei de nada.

Minha cama fora trocada por um beliche e ao lado de minha escrivaninha, outra foi colocada, meu closet invadido por roupas masculinas e caixas de tennis de basquete. Não gostei da ideia de dividir o quarto com um garoto.

-Você é loca em colocar uma garota e um garoto em plena adolescência no mesmo quarto?- ela me olhou entediada, como se sua resposta fosse a mais óbvia possível, odeio quando ela me lança esse olhar.

-Vocês são irmãos agora, e até reformarmos a casa terão que dividir o espaço. -na verdade eu creio que ela realmente não via mal naquilo, me conhecendo, ela sabia que o perigo real era eu matá-lo enquanto dormia.

Confesso que a minha busca por ele havia sido esquecida, no momento em que ele invadiu meu espaço. Não nos falamos após a sua chegada, muito menos durante o jantar, eu sempre soube controlar a minha boca, mas o mesmo não acontece com minha cara, que naquela situação, fora de puro descontentamento.

-Você realmente não gostou da surpresa, não é? - o noivo da minha mãe, era um homem de seus quase quarenta anos, era bonito e parecia confiante e correto, porém, ao avaliar por seu comentário, não é de uma mente brilhante.

-Minha alegria é interior, por dentro estou dando saltos de felicidade. - ironizei olhando em seus olhos… Eu era uma garota osso duro de roer, me arrependo de não ter continuado assim.

-Sakura! - minha mãe sorriu constrangida. - Ignore-a, Fugako. Ela é sempre mal humorada, você logo acostuma.

-Tudo bem. Estou familiarizado com este tipo de senso de humor. - ele olhou em direção a Sasuke, que mantinha seus fones de ouvido enquanto comia.

O garoto subiu assim que acabou de comer, agradeceu a minha mãe pela refeição e ignorou os demais. Disfarcei e subi em seguida, devo ter dado um intervalo de dez ou quinze minutos. Quando eu estava me aproximando do meu quarto, meu coração acelerou, mas não sabia a razão ou, na época, simplesmente, não queria admitir meus sentimentos.

Abri a porta como de costume, mas ao fechá-la atrás de mim, fui tomada por um movimento brusco, que acabou com uma forte dor nas minhas costas, que bateram contra a parede; quando me dei conta, ele havia me prensado com seu corpo, suas mãos me seguravam fortemente os ombros e seus olhos me encaravam.

-Seja bem vinda. - eu não sabia como reagir àquilo. Ele percebeu minha confusão mental e deve ter notado que o encontro com a parede não fora dos mais agradáveis. -Você não deveria ser tão mal educada com os mais velhos, sabia?

-Haaa… E quem é você para me ditar bons modos? - cerrei os dentes e tentei me soltar, sem sucesso.

-Bem, deixe-me esclarecer algo. Não gosto de você. - essas palavras eram para me deixar com a boca tão amarga? Por quê? - E não foi por opção minha estarmos aqui, mas como aconteceu, vamos estabelecer limites.

-Não poderia ser mais animador saber que um idiota feito você não gosta de mim, a recíproca é verdadeira, claro. Quanto aos seus limites… - olhei para seus braços, ele me soltou.

Permanecemos nos encarando, ambos de braços cruzados e olhos que não davam trégua, era como se aquele que desviasse o olhar seria o derrotado.

-Não há necessidade de falarmos um com o outro, apenas o necessário.

-Aceito. - pensei em algumas regras do meu interesse, mas quanto mais eu olhava para seu rosto, menos eu conseguia me concentrar. -Nada de trazer amigos, não gosto de estranhos.

-Perfeito. - passamos, pelo menos, mais meia hora acertando os ponteiros. E assumindo estes limites, passaram-se três anos de pura solidão, mesmo acompanhados.

Sim, longos três anos, que comíamos em família, fingindo na frente dos nossos pais sermos amigos, fingindo ser estranhos da porta pra fora. Comunicando-nos por monossílabos no nosso quarto. Revesávamos qualquer espaço, dificilmente ocupávamos o mesmo lugar. Sua chegada na minha vida, causou muitas mudanças, os dias não eram tediosos, mas angustiantes. Por alguma razão eu queria estar em casa, eu queria saber que horas ele voltaria, se ele ia estudar na varanda ou ouvir música deitado no chão do nosso closet. Eu queria que os dias amanhecessem depressa pra eu poder acordar primeiro e vê-lo ainda dormindo. Não havia mais nada que eu julgasse mais certo do que ele ali, bem debaixo do meu nariz.

 

Até que um dia as coisas mudaram...

 

Nossos pais saíram em uma viagem, aparentemente comemoravam seus três anos juntos. Sasuke havia deixado um bilhete sobre a escrivaninha, dizendo em mínimas palavras que não dormiria em casa. Eu sabia que ele me ignorava totalmente, mas nunca deixara de avisar sobre seu paradeiro em situações como esta. Ele devia me imaginar ligando pros nossos pais avisando que ele havia sumido ou havia sido sequestrado.

Nós não frequentávamos a mesma escola, e ele sendo dois anos mais velho, estava já iniciando seu ano letivo na universidade, eu não conhecia seus amigos, mas sabia que ele saia com eles e também sabia que ele já transava, pois já encontrara envelopes de preservativos vazios em meio a suas coisas. Coisas assim me aborreciam, imaginá-lo saindo e bebendo, beijando meninas bonitas com as quais ele conversava de verdade. Sejam elas quem for, as invejo, pois elas podem tocá-lo, podem trocar mais de duas frases com ele, têm seu olhar sob elas por mais de trinta segundos, enquanto eu, acho que se ele, alguma vez, me olhou de verdade deve ter sido por acidente.

Tomei um banho demorado, lavei meus cabelos, escovava os dentes e me olhava nua na frente do espelho, eu era bonita, muito bonita, aliás, embora a minha personalidade fosse, um tanto quanto, bruta, eu sempre recebia confissões e pedidos de namoro. Uma vez até tentei sair com um deles, o rapaz era do terceiro ano. O senpai se chamava Neji, era bonito e inteligente, nos dávamos muito bem e até pensei que progrediria, mas por alguma razão ele se afastou, não fiz questão de saber a causa, porém, isso serviu de experimento, descobri muitas coisas, inclusive, que quando você beija alguém, o rosto de quem se ama vem a sua mente.

Me enrolei numa toalha, fui ao quarto e vesti uma camisola leve, me deparando com o beliche que já era permanente naquele quarto, me senti tentada a sentir o cheiro do travesseiro de Sasuke.

-Como será o cheiro? - resmunguei para eu mesma. Andei até lá e subi na cama de cima, deslisei sobre suas cobertas.

Eu conhecia o cheiro que ficava no ar quando ele passava seu perfume, mas como seria o cheiro de seu corpo? Seria como o cheiro de Neji? Sua pele… Como seria tocá-la? Eu estava com a cabeça enterrada no travesseiro de Sasuke, o cheiro de seu shampoo se mesclava com o seu perfume de todos os dias e tinha algo mais que eu não saberia explicar.

-O que você está fazendo? - essa voz…


Notas Finais


Não esqueçam de comentar, quero saber se gostaram.
Ah! E fiquem curiosos!
Beijos da Autora Rhin.


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