História Sua voz - Namjin - Filme

Pov Hoseok

Sua respiração na curvatura do meu pescoço e suas mãos envolta da minha cintura. Taehyung é tão lindo dormindo. Foi uma noite boa, mas então porquê eu estou chorando e com esse aperto no coração? Talvez seja culpa. Eu não quero usar o Taehyung, ele é meu amigo. Nesses dias que eu estou com ele, foram dias bons. Ele fazia com que todos os dias que passamos juntos fossem únicos. Mas porquê eu ainda não consigo esquecer o Yoongi? Eu poderia ter ficado com ele quando ele se declarou, mas eu não confiava nele e ainda não confio.

Me levando da cama, pego minhas roupas no chão e começo a me vestir. Antes de sair da casa do Tae, eu dou-lhe um beijo carinhoso na testa.

Caminho até a minha casa a passos lentos. Eram 19h e eu podia sentir o vento gélido em meu rosto. Chegando até a minha casa, encontro Jimin sentado na escada.

-O que faz aqui? -pergunto me aproximando dele.

-Até que enfim! Tava onde? -se levanta ficando de frente pra mim.

-Não interessa.

-Tava pegando o Taehyung, né? -fala sorrindo malicioso.

-Ya! Fala logo o que quer, tô com dor de cabeça.

-Eu vim falar da festa surpresa do Yoongi.

-O que? Mas o aniversário dele é só mês que vem.

-É, mas temos que ver onde vai ser, quem convidar, o que fazer...

-Tá, tá... Eu esperava isso do Taehyung, não de você. Amanhã a gente vê isso tá? To cansado.

-Tá. Amanhã eu venho aqui. Tchau Hyung. -fala e sai correndo.

Entro em casa e vou direto para o meu quarto. Tomo um banho, visto uma roupa qualquer e me deito na cama. Estava tão cansado que adormeci rapidamente.

Pov Seokjin

Amanhã eu saio desse hospital. Ou seja, a partir de amanhã eu vou poder comer algo decente. Nesses dias que eu estou aqui, o Namjoon sempre me mandou flores e cartas. Hoje eu recebi uma rosa branca e na carta tinha um poema que ele escreveu pra mim. Me sinto um bobo ao receber essas coisas. Afinal o que ele sente por mim  verdadeiramente? E o que eu sinto por ele? Eu sei que ele me faz bem. Me sinto bem ao ouvir seu nome, ao ouvir sua voz e ao receber seus presentes, assim eu sei que eu sou "importante"pra ele. Posso parecer aquelas garotas iludidas, mas ele não parece o tipo de cara que ilude alguém. Até porquê ele iria se dar ao trabalho de ir atrás de alguém como eu, se existe outros e outras fáceis por ai, não é? Ele aos poucos está me fazendo mudar e ter esperança em mim. E isso me dá medo. Tenho medo do que possa vir no futuro, mas eu não vou desistir do que eu quero. Não vou desistir de mim novamente.

Dia seguinte.

Logo de manhã a minha mãe vem até o meu quarto com outra carta do Namjoon e com um ursinho de pelúcia branco. O Namjoon é um fofo.

Carta

"Bom dia Jinnie!

E então, dormiu bem? Hoje você vai sair dessa chatice e eu tenho algo preparado para comemorar as boas vindas de volta ao lar. Espero que não tenha medo e me permita aproximar-me de você novamente e, espero que goste do filme de comédia que escolhi dessa vez. E vamos assistir juntos, ao vivo, um ao lado do outro comendo pipoca na sua casa, OK? Não aceito não como resposta.

Fico feliz que esteja melhor e que vai voltar pra casa. Te espero aqui Jinnie.

Beijão,

Namjoon."

Filme? Com ele? Não me parece uma má ideia, mas eu ainda sinto medo. Não é como se eu fosse mudar completamente da noite para o dia. Mas não importa o quão nervoso eu esteja, vai ser bom ver um filme com alguém. Faz tanto tempo que não tenho um momento assim. E se eu quero mudar, vai começar por ai. Ah claro, depois da minha mudança de visual.

[...]

-Mãe, não.

-você não disse que queria mudar de visual?

-Mas rosa?

-Não é a sua cor preferida?

-É, mas...

-Mas nada. Vai ficar bonito.

-OK. -suspiro me sentando na cadeira de frente para o espelho. 

Fico feliz de por fim estar em casa novamente. Minha mãe quis me levar em um salão de beleza, mas eu não quis, então ela mesmo vai arrumar o meu cabelo. Ela sempre cortava o meu cabelo e o do meu pai, mas não sabia que ela podia pinta-lo também. Espero que rosa fique realmente bonito, apesar de achar um exagero e uma mudança um tanto quanto drástica.

Algumas horas depois

-Você está lindo! -aperta as minhas bochechas.

-Omma, para. -ela bufa e para de apertar minhas bochechas. -Mas eu concordo. Rosa realmente combinou comigo. Mas a senhora não acha que é uma mudança muito radical?

-Claro que não. Você está... -fomos interrompidos pela companhia. -Vou atender.

Ela vai até a porta enquanto eu fico na parte de cima da escada espiando para ver quem era.

-Namjoonie. -me arrepio ao ouvir seu nome. -O Jin está lá em cima. Pode ir chama-lo se quiser.

Não, não e não. Por que mãe? Custava a senhora vir me chamar? Precisava mandar ele? O que eu faço? Eu vou até a sala, ou espero ele vir até aqui? Aish! Resolvi ir até ele.

-N-não precisa. Eu tô aqui. -falo de cabeça baixa sem olha-lo.

Ele vem a passos lentos até mim e eu permaneço sem olha-lo. Ele pega delicadamente em meu queixo e levanta a minha cabeça fazendo nossos olhos se encontrarem. Foi a primeira vez que vi seu rosto de perto. Seus olhos já havia visto, mas hoje estava com outro brilho. Seus olhos eram hipinotizantes e seus lábios... Seus lábios eram cheinhos. Ele era lindo. Cada parte de seu rosto, cada detalhe, as covinhas... Ele estava sorrindo para mim. Senti minhas bochechas esquentarem e minhas mãos suarem. Eu estava trêmulo e envergonhado.

-Você é  lindo Jinnie. -Ouvir meu apelido saindo de seus lábios fez arrepiar-me.

-O-o-obrigado. -sim, eu gaguejei e corei ainda mais, o que fez ele soltar meu queixo e sorrir ainda mais.

-Trouxe o filme. Vamos ver?

-V-vamos.