Capítulo 01
- Isso que é um cara fanático!- disse a vendedora ao gerente. – Levou quase tudo o que tínhamos, Cds, Pôsters, Dvds.
Slade saiu da loja cheio de sacolas, entrou em seu carro e dirigiu até sua mansão. Chegando no seu quarto, começou a arrancar todos os pôsters dos Beatles da parede.
Dias se passaram em que Slade escutou, assistiu e leu tudo a respeito do seu novo ídolo. Seu irmão mais velho, Chazz que observava suas atitudes estranhas, foi falar com o pai deles, Jagger, um poderoso bilionário.
- Pai, preciso falar com você a respeito do Slade, estou preocupado com ele.
- Preocupado com ele, por quê? – Perguntou, distraído, sem dar muita importância.
- Pai, você não vem percebendo que, de uns tempos para cá, o Slade anda tendo atitudes estranhas?
- A que atitudes estranhas você se refere? – Ele o olhou.
- Essa obsessão por astros da música, ele passa o dia enfiado no quarto ouvindo todas as músicas, assistindo vídeos, pesquisando e lendo tudo a respeito. Primeiro foi Elvis, depois os Beatles e agora é o Michael Jackson. O quarto dele está cheio de pôsters dele.
- Chazz, pára de implicar com o seu irmão! Não vejo nada demais nisso, são ótimos artistas. – Voltou a ler.
- Se isso fosse apenas o caso, estaria bem, mas eu sinto algo estranho nisso.
- Ora, não me aborrece, está bem, Chazz? Porque você não segue o exemplo do seu irmão e arruma alguma coisa pra ocupar a cabeça? Assim você pára de tomar conta da vida dos outros.
Chazz suspirou e virou as costas, sem prolongar o assunto, sabia que não valia a pena, afinal, Slade sempre foi o protegido de seu pai, o caçulinha favorito. Jagger sempre passou a mão na cabeça dele, sempre acobertou as travessuras na escola, as infrações cometidas na adolescência, nunca quis enxergar o “garoto problema” que o filho mais novo sempre foi. Se pelo menos sua mãe ainda estivesse ali...Ela sim, o entenderia e procuraria conversar com o filho...Sempre fora assim...mas o destino foi cruel com eles, e sua mãe falecera, de câncer no ovário, há dois anos atrás.
Ao terminar de subir a escadaria, Chazz andou devagar até a porta do quarto do irmão e escutou quando ele estava falando ao telefone.
- Eu preciso te encontrar hoje de qualquer jeito, Anne...
Chazz olhou para a televisão no quarto e viu que estava com a tecla muda apertada enquanto passava o clipe “Smooth Criminal”.
No final do dia na delegacia da cidade, uma equipe comemorava o sucesso de mais um caso resolvido:
- Sem dúvidas vocês são os melhores e mais inteligentes investigadores que eu tive na minha equipe em todos esses anos, nessa profissão. – disse Vellian, orgulhoso.
Alexis sorriu e sentou-se na mesa:
- Ora, que é isso chefe, tivemos o melhor professor!
- Fico grato. – respondeu Vellian. – Mas, vamos falar desse caso, foi surpreendente hein!
Bastion tomou um gole de água e encostou na parede:
- Pois é, a filha era quem tinha encomendado a morte dos pais, ninguém poderia imaginar isso.
- É mesmo, a garota tinha cara de anjo, e até ficou internada porque parecia ser acometida de forte depressão. – disse Alexis
- Pois é, um belo truque, pra despistar os policias. – completou Bastion
- Mas ela não contava que no caminho dela estaria a dupla dinâmica, Bastion e Alexis. – disse Vellian com ar divertido.
Bastion suspirou olhando pra cima:
- Tudo o que quero agora é aproveitar que esse trabalho acabou pra curtir a gravidez da Cristina
- Ela está com quantos meses? – perguntou Vellian
- Faz oito meses na próxima semana.
- Já??? E vai ser menino ou menina?
- Não sabemos, queremos esperar para saber na hora, curtir a surpresa, entende?
- Bom... tomara que seja um menino não é? – disse Alexis. – Afinal, vocês já tem a Loren.
- Na verdade, estou torcendo mesmo pra ser menino, menina dá muito trabalho, a Loren já está com doze anos e já está começando a me preocupar! – Fez um ar dramático. Os três riram e Vellian perguntou a Alexis:
- E você minha garota? Não vai formar família, ter filhos?
- Pra quê? Para atrapalhar meu trabalho? Não muito obrigada, estou muito bem assim!
Alexis olhou para os arquivos em cima da mesa e suspirou.
– Quando penso no futuro, a única coisa que vem em minha cabeça é “Qual será o próximo caso que vamos ter”?
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