História Subjugar - Atenção.

Os portais do Reino do Fogo eram revestidos de ouro e Jade, algo que Baekhyun já estava acostumado , mudando completamente seu pensamento a respeito de como seriam as coisas naquele reino cruel e tenebroso que nada tinha de tenebroso.

Haviam pessoas conversando e se abraçando amigavelmente, com sorrisos sinceros e acolhedores. Haviam também crianças serenas a brincar com a própria magia pelas ruas, sendo repreendidos por mães corujas e preocupadas com o bem estar das mesmas. Tudo ali dentro parecia tão iluminado quanto no Reino da Luz.

__Pelo visto você não conhece tão bem assim todos os reinos – Chanyeol riu ao notar a expressão de surpresa no rosto do pequenino, que desde quando fora colocado no chão, não parava de admirar o seu reino __Esperava que tivesse casas destruídas, pessoas sofrendo e agonizando à beira da morte ou brasas por todos os lados?!

Chanyeol tinha certa ironia em sua frase,mas não conseguia parecer arrogante.

Apesar da altura exagerada, dos gestos brutos e da forma como impunha a voz, Baekhyun conseguia enxergar um deus que cuidava bem do seu povo tendo sua própria doutrina para isso.

__No Reino da Luz – sentiu que poderia contar __Meu pai nos advertia sobre as pessoas de seu reino não terem luz em seus corações, mas é verdade que em meus livros eu nunca li algo que constava essa informação.

__Seu pai tinha algo pessoal para com o Reino do Fogo, mas agora você pode constatar que além dos livros e dos ensinamentos de seu pai, o Reino do Fogo é um lugar comum como qualquer outro.

Baekhyun concordou permitindo-se até mesmo a respondê-lo com um sorriso pequeno. Talvez Chanyeol pudesse se dar bem consigo prezar  a sua vida.

__Antes de entrarmos no palácio há algumas coisas que eu tenho que lhe dizer.

O rei do Fogo havia parado junto de sua tropa e do pequeno em frente aos portões do grande palácio, afim de apresentar a Baekhyun o novo mundo que o aguardava.

__Você não pode usar magia da Luz aqui dentro , pois a vibração um pouco mais densa do Reino do Fogo poderá roubar sua energia se o fizer...

Baekhyun pôde ter a certeza de que matá-lo não estava nos planos de Chanyeol naquele momento ao escutar aquela recomendação sair de forma protetora e séria de seus lábios.

__Não converse com os outros escravos, não permita que ninguém nessa casa dê ordens a você, pois lhe colocarei num status mais elevado do que os outros...

__Mais elevado?

Gostaria de perguntar o por quê de tudo aquilo. Chanyeol não havia lhe levado como um escravo? Por que não ficaria junto dos outros?! Afinal, o que o maior esperava de si? Por quê teria um status elevado? 

__Sua função nessa casa Baekhyun será a de servir unicamente a mim em tudo o que eu precisar, porém não me esquecerei de ti – desviou o olhar um tanto envergonhado assim como o menor __Darei ordens às damas da corte para que cuidem de ti e da sua saúde.

__O-obrigado... – respondeu confuso não sabendo como reagir àquelas palavras.

Aquele homem não parecia o mesmo que havia matado sua família e aniquilado o seu reino. Definitivamente, Chanyeol lhe parecia alguém misterioso.

__Vamos entrar! Abram os portões! – a voz saiu grossa e firme, fazendo o pequeno se encolher, porém logo teve sua mão adornada pela grande de Chanyeol que o arrastava junto de si para dentro do palácio de forma cuidadosa para não machucá-lo.

__Não sabia que o senhor voltaria tão cedo! – Aproximou-se o homem com um sorriso adorável com direito à covinhas __Que bom que não está ferido senhor!

O homem demonstrava tanto amor e preocupação que Baekhyun chegou até mesmo a imaginar que aquele poderia ser o esposo de Chanyeol, mas mudou o seu pensamento quando o maior lhe apresentou ao mesmo.

__Quem é essa criança? – os olhos bondosos voltaram para si __Não me diga que trouxe essa criança do Reino da Luz?! Sinto cheiro de rosas no corpo dele, esse perfume é característico do óleo para banho que produzem!

Chanyeol riu colocando sua mão no ombro daquele homem na intenção de acalmá-lo.

__Yixing, eu trouxe todos do Reino da Luz como escravos para trabalharem e pertencerem ao Reino do Fogo e com esse garoto não foi diferente...

__Sim, mas por quê ele não está junto com os outros?

Como Chanyeol iria lhe explicar se nem mesmo ele compreendia o que estava fazendo?

__Porque ele possui funções que os outros não possuem!- gritou estressado assustando aos dois.

Yixing era muito curioso e se preocupava de verdade com o seu rei, mas Chanyeol não queria admitir que sentiu-se ser balançado pelos olhos pequenos de Baekhyun junto de seus gestos delicados. Era um deus! Era um guerreiro frio, sem sentimentos!

__Baekhyun esse é o meu conselheiro e você tem minha permissão para responder o que ele lhe perguntar mais tarde – disse depressa ao continuar puxando Baekhyun pelo caminho, na tentativa de deixar Yixing para trás __Porque agora temos muito o que fazer!

__Espere! – o conselheiro gritou tentando os alcançar __Precisamos tirar esse cheiro dele! Senhor!

Quando percebeu que Yixing iria lhe seguir, assim como uma criança, Chanyeol começou a correr junto de Baekhyun, proporcionando aos dois um pouco de humor e descontração. Até Chanyeol encontrar uma pilastra e se esconder atrás da mesma, trazendo Baekhyun para pertinho de si, colando-lhe ao seu corpo.

O menino Byun sentiu seu coração bater muito forte, tendo medo de que o maior pudesse escutá-lo.

__Ele não será capaz de nos ver aqui! – disse no ouvido do pequeno que se arrepiou ao sentir os lábios do outro em contato com sua orelha __Você está bem? Parece febril...

Chanyeol pôde então desgrudar-se do menor, que sem querer ao ser solto caiu mole no chão envergonhando-se por ter ficado tão sentimental e sensível daquela  forma por conta da aproximação do corpo do maior junto ao seu.

__Baekhyun! – Chanyeol logo segurou seus ombros lhe levantando e perguntando se estava tudo bem.

Se o pequeno príncipe se comportava daquela forma com apenas a aproximação de seu corpo, imagine quando realmente o tocasse e o beijasse como planejava fazer? Chanyeol riu bobo com esse pensamento carregando-o para dentro de palácio.

Baekhyun proporcionava-lhe um sentimento estranho que tinha medo de compreender.