História Submerso - Capítulo Único

As ruas estreitas do subúrbio de Seul já deveriam estar desertas àquela hora. Num bairro onde reinava a violência, corajosos eram aqueles que se aventuravam no destino incerto ao vaguear por ali na escuridão da madrugada. Porém, quando se é líder do grupo de tráfico mais poderoso e influente da cidade - e possivelmente de toda a Coréia - não se tem muito a temer.

Jung Hoseok caminhava numa calmaria exagerada, como se apreciasse a paisagem ao redor, embora não houvesse nada para ver além de casas velhas expremidas umas as outras, totalmente fechadas numa tentativa frustrada dos moradores de fugir da onda de crimes que assolava a região. Inspirava profundamente, sentindo o cheiro ácido do lixo que se acumulava nos becos queimar-lhe as narinas.

A cena não era bonita, mas o silêncio e humanidade suja que o local transmitia tornava aqueles momentos de caminhada, os preferidos de Hoseok. Era ali que ele se permitia relaxar, longe dos negócios ilícitos e tensão constante, deixando-se divagar sobre sua vida e os rumos inesperados que ela tomara.

Não era como se ele houvesse sonhado em se envolver com as atividades que o tornaram uma das pessoas mais procuradas pela Polícia. Apesar de gostar da adrenalina de sua rotina, ele constantemente pensava sobre como sua vida seria diferente caso seus pais não tivessem morrido em seu aniversário de cinco anos e ele não houvesse sido largado a própria sorte em uma das precárias casas de adoção. 

Chutou uma pedrinha que encontrara na margem de uma das calçadas, enquanto acelerava o passo. Devia acordar cedo para resolver os problemas na chegada de uma nova mercadoria e tinha que estar apresentável na manhã seguinte. Pelo menos era disso que tentava se convencer quando uma parte de sua consciência teimava em insinuar que ele apenas não queria parecer mal para o loiro que andava lhe roubando o sono.

Antigamente quando saía para caminhar, em suas memórias os únicos rostos que surgiam eram os de seus falecidos pais, porém já faziam alguns meses que uma outra face, uma de feições elficas e encantador sorriso quadrado, rondava-lhe a mente. Kim Taehyung, era o nome do rapaz, a "vadia que lhe irritava como ninguém", como costumava dizer a seu braço direito e melhor amigo, Park Jimin. O ruivo também vinha estressando-o muito ultimamente, sempre insinuando que o que tinha com Taehyung já passara de algo físico há tempos. Como se ele fosse capaz de sentir algo por alguém...

Hoseok alarmou-se de repente, freando com o corpo retesado. Podia jurar ter ouvido o ruído de passos próximos a si... Levou a mão para a cintura, ultrapassando a camisa de linho negro que trajava, tocando o cabo da pistola que carregava. Posicionou o dedo no gatilho, aguçando a audição em busca de qualquer outro sinal de que não estava sozinho. Voltou a andar, agora mais devagar e ainda em alerta, com a mão no gatilho da arma. 

Relaxou após andar alguns metros, soltando a pistola. Foi quando sentiu uma mão puxar-lhe o braço. Aconteceu tão rápido que só teve tempo de piscar uma vez e ao abrir os olhos se viu prensado na parede de um dos becos por um corpo estranho. Sua reação foi instantânea. Tomou impulso e em um movimento rápido, girou o corpo, trocando de posições com seu agressor. No escuro do local, não pôde identificar muito das feições dele, apenas percebeu que o bastardo sorria. Um sorriso quadrado adorável... 

- Bons reflexos, Hoseok - disse a voz grossa de Kim Taehyung com certa graça no tom - Que bom ver que não perdeu o jeito.

Hoseok que já retirara a pistola da cintura e a grudara na garganta alheia, grunhiu irritado.

- Sua vadia! Quer levar um tiro? - ameaçou apertando mais o cano da arma contra a jugular do loiro. - Por que fez isso? 

- Adoro quando é rude comigo - Taehyung riu, ignorando as perguntas do moreno. Movimentou um pouco um dos joelhos, levando-o até o meio das pernas de Hoseok e massageando levemente seu membro adormecido. - É excitante.

Hoseok gemeu de forma involuntária.

- Eu devia te matar agora, seu merdinha.

- Se quisesse mesmo isso, já teria feito - mexeu o joelho bruscamente, obrigando o outro a soltar outro gemido. Sorriu safado - Na verdade, teria feito quando descobriu que eu era um espião.

- Saiba que só não o fiz naquela época porque você acabou por agir como a puta imunda que é e passou para o nosso lado no fim. - Levou a mão livre aos cabelos tingidos do outro, agarrando os fios em um aperto firme e provavelmente era dolorido, mas que apenas fez o sorriso de Taehyung se alargar. - E você até que é útil para nós, não é mesmo?

- Principalmente para você, não é? Aposto que suas putinhas não te fazem gemer como eu faço. - Taehyung passou a língua provocativamente pelos lábios macios.  Estremeceu ao ver as pupilas do mais velho aumentarem ainda mais de desejo.

- Atualmente, você é minha única putinha.

Taehyung riu.

Era estranha a forma como todas as memórias que tinha com o moreno a sua frente retornavam a sua mente com o poderio de um furacão toda vez que seus olhos focavam nos dele. Voltava aos tempos em que era apenas um espião habilidoso buscando informações sobre grupos de tráfico.

Quando se infiltrara na base da gangue de Hoseok não imaginara que fosse se envolver e gostar daquilo a ponto de abandonar seu posto de informante da Polícia e se tornar um fora da lei.

Lembrava-se de quando o moreno descobrira que ele era um espião. Fora alguns dias depois da primeira vez que eles transaram juntos e ele agradecia ao céus por isso, pois foi graças ao encantamento que o mais velho ganhou por si que permaneceu vivo. Na verdade, ele mal acreditou quando Hoseok permitiu que ele continuasse a viver com a condição que se unisse verdadeiramente ao grupo e passasse a fornecer informações sobre a unidade policial que os investigava.

- A única eu não sei. - disse o Taehyung do presente ao moreno que agora já abaixara a arma,- Mas a melhor eu tenho certeza.

Hoseok revirou os olhos.

- Você ainda não me respondeu - inquiriu largando o loiro na parede com tanta brutalidade que o desequilibrou. - O que veio fazer aqui?

Taehyung equilibrou-se rapidamente com uma graça invejável. Passou as mãos pelas roupas de marca que usava na intenção de tirar a poeria delas. Sabia que isso era inútil, pois era impossível ir até aquele lugar e não ficar com a roupa totalmente impregnada de sujeira. Só o fizera para irritar ainda mais Hoseok.

- Pensei que gostasse de me ver, Seok.

- Desde quando te dei permissão para me chamar assim? - debochou Hoseok.

Taehyung sorriu afiado. Aproximou-se do mais velho, deixando seus lábios colados a sua orelha.

- A sua cara de prazer quando eu grito esse apelido me dá toda a permissão que preciso. - passou a língua pelo lóbulo do outro sentindo-o estremecer.

Os pelos de Hoseok arrepiaram-se por completo com as palavras do mais novo.

- Ah, Taehyung - disse assoprado enquanto agarrava a cintura do loiro. - Me diga logo o que faz aqui.

- Já que insiste... - Taehyung suspirou antes de soltar-se do aperto do mais velho. Endireitou-se, o rosto tomado por um súbito acesso de seriedade. Hoseok tinha certeza que ainda ficaria maluco com essas mudanças repentinas de comportamento dele.

- Tenho notícias da Central. - começou o loiro - Eles tomaram conhecimento de alguns de seus próximos negócios e armazenaram os dados que conseguiram sobre isso no computador principal.

- E como você vai resolver isso? - Hoseok levantou uma das sobrancelhas.

- Na verdade eu já resolvi - o tom do loiro exalava um orgulho contido - Instalei um vírus que deletará todos os dados sobre a facção na próxima vez que ligarem o computador. 

- Como você sabe que não vão descobrir que foi você?

- Preocupado comigo, Seok?

Hoseok andou alguns passos até o loiro, parando a sua frente e levando as mãos a sua cintura.

- Quem eu iria foder se você fosse pego?

Taehyung sorriu maliciosamente. Em seguida puxou a nuca do mais velho selando seus lábios.

O beijo iniciou-se afobado, sedutor, uma completa bagunça. Ambos eram competitivos ao extremo e aquela batalha era a preferida deles, para a qual eles mais se empenhavam.

As mãos de Hoseok passeavam possessivamente pelo corpo bem feito do outro, apertando e acariciando todo lugar que alcançava enquanto era agraciado com os pequenos gemidos que Taehyung soltava em meio ao beijo.

Apartou as bocas, respirando pesadamente. As bochechas de Taehyung já apresentavam um leve rosado que o deixava ainda mais sexy. Até mesmo a forma como ele puxava o ar e o soltava pela boca depois era deveras sensual. Levou suas mãos aos fios loiros dele, puxando-os com força moderada. Adorava sentir sua maciez e observar as feições contorcidas de Taehyung quando o fazia.

Iniciou outro beijo, ainda mais provocante e quente. Sentia seu membro pulsar totalmente desperto e pelo volume que despontava em sua coxa, Taehyung estava da mesma forma.

Mordiscou os lábios lascivos do loiro, intensificando o aperto na cintura dele. Assustou-se ao sentir-se ser empurrado com força ao chão e se não fosse seu treinamento, acabaria se estatelando nele, porém, antes que atingisse o piso frio e sujo, apoiou-se em uma das mãos, amortecendo a queda. Nem teve tempo de assimilar o que acontecera e sentiu Taehyung sentar-se sobre si.

Aquela parte parte do beco onde caíra era mais iluminada, por causa da luz do luar e por isso pôde apreciar com clareza a expressão sôfrega que tomou o semblante de Taehyung quando ele arrumou-se em seu colo, ficando exatamente por cima de seu membro. Viu um sorriso pervertido surgir em sua face quando ele se inclinou sobre si, alcançando seu maxilar com os lábios.

Taehyung mordeu e lambeu aquele local, ouvindo os gemidos roucos de Hoseok reverberarem por todo o ambiente escuro. Desceu os lábios em uma trilha de beijos até o pescoço do mais velho. Depositou um leve selar ali, antes de chupar a pele sem delicadeza. Esperava que deixasse marcas bem visíveis para que todos soubessem que o moreno o pertencia (mesmo que oficialmente não tivessem nada). Mordeu com mais força, vendo a marca de seus dentes na pele branca.

- Porra, Taehyung - reclamou o mais velho, remexendo o quadril. Segurou a cintura do mais novo e movimentou-se para cima, simulando uma penetração. Taehyung gemeu arranhando o tronco ainda coberto do moreno com suas unhas curtas e rebolou sensualmente sentindo perfeitamente Hoseok estremecer e enrijecer ainda mais. Se movimentou mais uma vez, com maior empenho e ouviu um gemido rouco do outro. Sentiu sua cintura ser agarrada com força o suficiente para marcá-la e o corpo abaixo de si erguer o quadril em outra estocada forte. Abaixou novamente o tronco, levemente desestabilizado pelos movimentos do moreno. Seus lábios tocaram o pescoço que já tinha indícios de vermelhidão, deslizando a língua suavemente pela tez macia. 

Hoseok levou suas mãos a bunda do maior apertando-a com vontade. Taehyung gemeu.

- Acha que pode ficar no comando, minha vadiazinha? - perguntou o moreno com um sorriso ladino. Movimentou o quadril em estocadas curtas e precisas, levando Taehyung ao delírio apesar das roupas que os separavam do contato pele a pele.

- Eu tenho certeza disso, Seok - respondeu o loiro ofegante, guiando suas mãos aos botões da camisa do mais velho, aos quais puxou com tamanha violência que estourou-os todos.

Sorriu ao ver o abdômen pálido e definido do outro livre de panos. Passou a ponta dos dedos pelo tronco nu, arranhando de leve. Abaixou o rosto até estar com os lábios colados à pele. Lambeu obscenamente os gominhos alheios, passando apenas a ponta da língua na superfície quente. Mordeu carinhosamente cada um deles, deixando uma mordida mais forte no último. 

Hoseok levou os dedos aos cabelos loiros do maior entremeando-os nos fios longos. Gemeu rouco, ao ver Taehyung descer ainda mais a cabeça parando em frente a seu membro ereto. O loiro fitou-o com os olhos luxuriosos antes de passar a língua pelo pênis ainda coberto pela calça, desenhando seu contorno.

O mais velho irritou-se com aquilo (embora o ato o houvesse excitado numa proporção maior). Era ele quem mandava ali. Ele quem deveria provocar e levar o outro ao extremo, não o contrário. Afinal, ele era o chefe.

Levantou-se bruscamente, erguendo Taehyung pelos cabelos. O maior grunhiu e massageou o couro cabeludo dolorido. Mal teve tempo para se recuperar da grosseria e foi puxado para o colo do traficante.

Arregalou os olhos quando a blusa de marca que trajava foi arrancada de seu corpo em um puxão bruto. Esboçou um semblante irritado - que foi completamente ignorado pelo outro - quando Hoseok balançou os farrapos do que antes vestia em frente a seus olhos.

- Seu filho da pu... - Taehyung foi impedido de completar a frase pelos lábios do mais velho que colaram-se aos seus. O beijo foi exigente e quente, o bailar das línguas acelerando-se ainda mais a cada momento. Entrelaçou as mãos no pescoço do moreno, aprofundando o contato que tinham.

Hoseok separou-se do outro com um selo suave totalmente destoante do clima sensual na atmosfera daquele beco sujo. Depositou beijos e mordidas no pescoço e clavícula do loiro, deliciando-se com os gemidos grossos de Taehyung. Levou as mãos até a cintura adorada do outro, apertando-a novamente. Tinha certeza que as marcas de suas mãos estariam fixadas ali no dia seguinte. Subiu as mãos pelo corpo esguio, chegando aos mamilos enrijecidos do loiro. Sabia que aquela era uma parte extremamente sensível do informante, então tratou de empenhar-se nas carícias.

Os gemidos de Taehyung subiram um tom ao ser acariciado naquela região. Sua já não tão grande preocupação com a vizinhança tornou-se nula e ele passou a gemer despudoradamente.

Hoseok afastou seu rosto do corpo mais alto para observar a face do loiro. Taehyung encontrava-se uma bagunça. Os cabelos sempre devidamente arrumados, despontavam para todos os lados, os lábios estavam inchados devido a todas as mordidas que levaram e as bochechas coradas faziam Hoseok querer mordê-lo até engoli-lo por completo. Porém, não agora, obviamente, pois tudo o que queria no momento era que Taehyung o engolisse.

O traficante pegou nos cabelos do mais novo, nos quais perceberia futuramente estar irremediavelmente viciado, empurrando a cabeça dele para baixo.

- Me chupa, bebê.

Taehyung sorriu sujo, posicionando-se exatamente como o outro queria. Não perdeu a oportunidade e parado em frente ao moreno quase de quatro como estava, provocou ainda mais, retirando numa lentidão impossível as roupas caras do outro.

Hoseok olhou-o feio e abria a boca para reclamar quando sentiu as mãos habilidosas do loiro envolvê-lo. Gemeu alto com a sensação de ter seu membro liberto na pele macia do outro. 

- Você ia dizer alguma coisa, Hoseok? - perguntou Taehyung em um tom falsamente inocente. Hoseok abriu novamente a boca para lhe responder, porém Taehyung iniciou uma masturbação lenta nessa hora, fazendo-o prender a respiração. - Não pude ouvir, Seok. - disse o mais novo com os olhos brilhando. - O que você quer dizer?

Hoseok grunhiu, empurrando a cabeça do mais jovem em direção a seu pênis. Taehyung riu, recusando-se a prosseguir.

- Anda logo, Taehy - pediu Hoseok parecendo esquecer-se por um momento quem mandava ali.

- Com você pedindo assim - disse o loiro aumentando a velocidade em que movimentava as mãos - Eu faço o que quiser.

O loiro pôs a língua para fora, lambendo de leve a glande do moreno. Ouviu-o gemer mais alto e sorriu safado. Posicionou a boca na cabecinha do membro alheio e chupou com força, fazendo Hoseok apertar seus cabelos e empurrar sua cabeça, como se tentasse recuperar o controle da situação. Taehyung abriu ainda mais a boca, abrigando todo o pau de Hoseok em sua cavidade.

Hoseok arfou ao sentir-se totalmente imerso no calor da boca habilidosa do maior e nem esperou-o se acostumar para dar uma estocada cruel na cavidade quentinha.

Taehyung engasgou-se mas não o impediu de continuar. Sentiu outra estocada ser desferida contra sua boca e o aperto sob seus fios loiros se intensificar. Posicionou suas mãos nas coxas fartas do outro e desceu suas unhas pela tez tenra, arranhando e enviando arrepios pela espinha de Hoseok.

Subiu mais ainda suas mãos até suas mãos até alcançar os testículos do moreno. Acariciou-os suavemente e os gemidos de Hoseok falharam. Apertou-os com pouca força em seguida. Continuou a brincar com eles enquanto o membro do outro adentrava sua boca.

Hoseok não seria capaz de descrever as maravilhas que a boca de Kim Taehyung era capaz de fazer nem em um milhão de anos. Arremetia-se rapidamente na cavidade macia que o embriagava de uma forma única. Sentia-se alucinado como nenhuma droga seria capaz de fazer. Taehyung era e sempre seria seu mais profundo vício, embora ele jamais fosse admiti-lo em voz alta.

Os arrepios e espasmos característicos do orgasmo acometiam o mais velho e ele não queria que aquilo acabasse por ali. Por isso puxou-o sem delicadeza pelos cabelos até que ele se soltasse de seu membro. Seu pênis pulsou com a imagem do loiro de joelhos a sua frente com os olhos marejados e um filete de saliva ligando-o a seu membro.

- Eu continuo o melhor? - perguntou Taehyung com a voz crua, típica de quando tinha sua boca fodida.

- Você sempre será. - disse Hoseok e num súbito ataque de carinho passou os dedos suavemente pelo rosto alheio. - Agora se vira, minha vadia, porque eu quero te foder, fundo e forte, do jeito que nós dois gostamos.

Taehyung gemeu e sorriu, a simples ideia do que viria pela frente fazendo-o se excitar ainda mais.

- Sabe, Seok...  - disse se aproximando do moreno e sentando em seu colo. Grunhiu ao estar encaixado sob o membro do mais velho - Não quero que me prepare hoje.

- Já está acostumado, não é, minha vadia? - perguntou Hoseok com um sorriso sugestivo e um levantar de sobrancelhas.

Taehyung não respondeu. Ao invés disso, levou as mãos ao membro abaixo de si e masturbou-o agilmente. Depois o ajeitou sob sua entrada excitada e estremeceu ao sentir a cabecinha começar a adentrá-lo. Sentou devagar, gemendo baixinho com a sensação dolorosa de estar sendo preenchido.

Hoseok não teve piedade de si. Assim que terminou de penetrar o mais novo, iniciou as estocadas.

Taehyung ainda sentia um pouco de dor, porém nada que não pudesse aguentar. Começou a rebolar sensualmente. As mãos de Hoseok seguraram sua cintura, o obrigando a subir e descer na extensão de seu membro com mais velocidade. O loiro levou suas mãos até os ombros do mais velho, fincando suas unhas curtas ali, fazendo-o se arrepiar.

Hoseok estocou com mais força, atingindo o ponto de maior prazer em Taehyung. Os olhos do loiro reviraram e ele soltou um grito estrangulado.

- Você é uma delícia, Taehy - O menor desferiu um tapa em uma das nádegas de Taehyung. Aproximou os lábios do pescoço do outro e beijou a tez morena. Taehyung pendeu a cabeça para traz dando maior liberdade para o mais velho fazer o que quisesse. Desceu as mãos grandes pelas costas suadas de Hoseok, arranhando-as. Sentou com mais força sob o pau do outro, ouvindo-o gemer mais alto.

As estocadas aumentaram continuamente mais velozes e as vozes dos dois ressoavam como uma música depravada e proibida pelo beco. Ambos sentiam a proximidade do orgasmo e se movimentavam com agilidade, totalmente absortos na sensação de euforia do momento. 

- Goza pra mim, Seok - sussurrou Taehyung agarrando os fios negros da nuca do mais velho.

Hoseok não aguentou mais e jorrou seu gozo dentro do loiro que gemeu e o seguiu instantes depois, sujando o abdômen dos dois.

Ficaram parados, com as testas coladas enquanto normalizavam as respirações. Talvez até dormissem ali devido o cansaço que os tomara findo o ato impúdico, mas o barulho de sirenes se aproximando os despertou.

Entreolharam-se, como que buscando um no outro a resposta quanto ao som que se aproximava.

- Talvez tenham nos denunciado por atentado ao pudor - sugeriu Taehyung com uma pequena risada divertida.

Levantaram-se rapidamente, vestindo a parte de baixo de suas roupas espalhadas pelo beco e recolhendo os farrapos que restaram de suas camisas.

- Me encontre na Base em meia hora - ordenou Hoseok. Seguiriam caminhos diferentes para dificultar o trabalho da Polícia. Duvidava que seriam presos, afinal conheciam bem aquelas vielas.

Taehyung assentiu, aproximando-se com graça. Depositou um último beijo nos lábios que o pertenciam mesmo que oficialmente não fossem seus e disparou noite afora.

Hoseok ainda o observou partir com um sorriso terno nos lábios antes de seguir na direção oposta. Sabia que não seria a última vez que o veria e também sabia que todas as vezes que partisse, ele levaria uma parte de si. Apenas nunca admitiria isso.