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História Suburbia - Bad Obsession


Escrita por: UchihaKonan

Notas do Autor


Olá! Tudo bem?
Mais um capítulo para dar continuidade a história. E precisamos falar sobre ela.
Pessoa, eu não sei, eu escrevo e gosto de saber o que estão achando. Se tá bom, se tá ruim ou se há algo que precise ser melhorado. Adoro os favoritos que deixam, mas amo ainda mais os comentários, ajudam bastante na continuidade da história. Não sei se vocês - assim como euzinha - sofreram ao comentar em alguma fic e sofrem de algum medo de ser tratado com ignorância, porém, saiba que sou da pass e amor. Gosto de conversar, gente. Vamos interagir e ser feliz!!
Agora, a fanfic só terá dez capítulos. Eu tô desmotivada, por isso tô falando sobre os comentários e interação. Tô me sentindo péssima e cega sem saber o que pensam do que escrevo. Adoro escrever, mas tenho medo de ter que desistir por simplesmente não saber o que os outros acham. Enfim. Fique a vontade, eu tô por esse site sempre. Vamos ser dollynho!
Boa leitura e bjos!

Capítulo 6 - Bad Obsession


    BAD OBSESSION                                                   

Ele me segurava na cintura, apertando seus dedos em minha pele nua. Com lábios suaves, sussurrava meu nome, dizendo tudo aquilo que sempre quis ouvir. Contava como meu cabelo era liso e macio, caindo selvagem aos ombros e sendo levados pelo vento. E eu sorria debilmente, me entregando aos seus toques. O Uchiha me beijava ao longo do pescoço nu, rindo com o mesmo modo rude de sempre. Isso era o suficiente para que eu ficasse inerte a qualquer gesto. Em seu carro amarelo, cruzávamos a rodovia, o vento sacudindo nossos cabelos. Até que, ao fim da estrada, Sasori segurava firme o rifle, mirando ao peito de Sasuke.

Nesse ponto acordei, tremendo, com a janela aberta e deixando o vento frio invadir o espaço. Olhei por todo o quarto e reconheci meu quarto na minha casa no subúrbio. O papel de parede rosa se descorando, o abajur com lâmpada queimada e o tapete marrom. Uma fina luz vindo do corredor, provavelmente minha mãe dormindo bêbada sobre a mesa da cozinha com a TV ligada. Me levantei, deslizando os pés pelo piso e fechando a janela.

Já começava a amanhecer, as primeiras riscas de luz surgiam no horizonte. Me espreguicei, deixando o quarto para encontrar a minha genitora com a cabeça baixa. Não era a televisão que estava ligada, mas sim o rádio. Desde que meu pai faleceu que não ouço essa estação, tocando alta pela casa. Minha mãe deve sentir falta dele, o amor faz isso, não faz? Se dedica de coração e então, um dia, quando o outro vai resta apenas aquele silêncio em sua alma. 

Retirei o copo da bebida dela da mesa, organizei todo o lugar e deixei o locutor falar de como o roubo de sua bicicleta faz os índices de criminalidade do bairro parecerem reais o suficiente para pedir desculpas ao âncora do jornal matinal. Desligo o aparelho e chamo minha mãe, passando o braço dela por sobre meus ombros e guiando até seu quarto. Ela resmunga e me acompanha. Assim que a deixo na cama, ouço uma buzina ser acionada na frente da minha casa.

Permaneci na porta por um longo tempo, olhando para Sasuke Uchiha, encostado num carro de luxo vermelho. Bem vestido e com os óculos escuros sobre os olhos, ele me observava. Cruzei os braços, ao que ele sorriu e se aproximou da grade que nos separava. Vi movimentar a cabeça olhando por toda a fachada da minha residência.

— Que decadente — ele comentou —, como consegue dormir num lugar desse?

— O que faz aqui? 

— Vim buscá-la — se aproximou, tomando a liberdade de abrir o portão —, iremos para um lugar interessante essa noite. E prometi levar as melhores garotas — o encarei, como se suspeitasse de suas palavras. — Perdeu o interesse no dinheiro? 

— São apenas seis da manhã — disse.

— A viagem é longa — Sasuke sorriu —, e preciso que esteja deslumbrante o suficiente para valer a pena o que fui capaz de propôr — nada disse. — Vamos.

Revirei os olhos e o obedeci, não antes de pegar meu casaco e trancafiar a porta. Olhando para a minha casa com um sentimento inexplicável. Como se jamais tivesse visto o lugar, ou então me despedisse. Sacudi a cabeça e entrei no carro do Uchiha.

A última vez que visitei as lojas do centro foi...nunca. Jamais coloquei os pés nas lojas de vitrines com marcas famosas e respeitáveis. As sedas, cetim, veludo...joias com design único, sapatos de salto firme, que não se soltam na primeira lajota que pisa. E, eu podia escolher qualquer coisa. Como num sonho, deslizei as mãos pelas peças, provando a maioria e imaginando se pudesse tê-las em meu próprio armário.

Terminava de experimentar um vestido Prada, tão bonito que ao ver o valor senti o meu interior murchar.O dinheiro de uma única peça valia mais que minha casa, se Sasori soubesse desse meu patamar na vida do Uchiha, sei que riria alto e diria que ele estava apenas me apresentando a realidade que viria a viver depois de derrubá-lo.

— Tente falar com Orochimaru — ouvi a voz de Sasuke na sala de espera. Me aproximei e o vi com a mão apoiada ao vidro e falando ao telefone —, é uma ordem. Pareço alguém que pede? 

Ele estava irritado. Pude notar isso conforme pressionava o vidro em seu apoio.

— Não me importa, o carregamento sai amanhã e vai direto para o aeroporto. Preciso desenhar? — e ele se virou para mim, transformando sua feição séria num sorriso. — Preciso ir. E não volte a importunar senão for de extrema urgência.

Me analisou por inteiro, como se fosse uma obra de arte e precisasse obter um valor.

— Acredito que este esteja bom — o Uchiha murmurou —, vai precisar de algo mais?

— Não.

— Ótimo — checou o relógio de pulso e suspirou —, vou te levar para a mansão.

 

Durante o caminho de volta o celular dele tocou diversas vezes, mas Sasuke ignorou em todas, parecendo não ouvir o som que vinha do aparelho. Ele estava diferente nesse dia, distante e irritado com algo. Não sei o que ele faz, nem como, mas sempre se mantém tão frio em tudo. Mesmo agora ao meu lado, dirigia silencioso e pressionando o couro do volante com raiva.

— Por que preciso ir bem vestida essa noite? — eu disse, quebrando a atmosfera pesada que nos cercava —, pensei que putas não necessitassem vestir algo.

Ele riu alto e quente.

Depois você não precisará usar algo, durante será melhor estar vestida.

— Aprendeu a ser misterioso com seu irmão?

— Não — respondeu —, isso não fazia parte do nosso jogo. Ele sempre adivinhava meus pensamentos, um dos motivos pelo qual deixei a cidade antes dele. 

Nada disse, apenas observei Sasuke sorrir enquanto recordava-se de algo.

— Foi com meu pai — disse ele por fim. — Gostava de bancar o misterioso com minha mãe, escondendo a amante. 

—  Que família incrível — disse e o ouvi rir. — Seu pai morreu?

— Não, não literalmente — o carro parou de frente para a entrada da mansão —, por que me faz falar da minha vida?

Sorri e o beijei. Pensei que o Uchiha fosse se afastar e recusar o ato, mas me surpreendeu quando cedeu ao ato. Com seus dedos se enrocando em meu cabelo, puxando-me para mais perto e intensificando nosso beijo.

— Vá se arrumar.

À noite, fiquei enfiada num carro pelo que pareceram horas, apenas olhando pelo vidro as luzes da cidade. E então a cidade se afastou e eu estava na estrada, indo para alguma área desconhecida. Até que novamente surgiram edifícios e luzes. Prédios altos e lustrosos, ruas movimentadas com carros de luxo. O veículo só parou quando um edifício ainda maior se formou na frente, com um título piscando. A porta do carro se abriu e o motorista me ajudou a sair.

Arrastando a saia do vestido, cruzei o lustrado saguão, olhando para o lustre cristalino ao centro, preso ao teto e se movendo tão vagaroso. As luzes chamavam minha atenção, sendo acompanhada como num sonho por uma canção suave de violino. Despertei da minha imaginação ao sentir a mão do Uchiha repousar em meu ombro.

Nada dissemos, apenas o deixei me guiar até um salão, onde a música era alta e se recheava de homens em ternos finos. Alguns rostos eu já havia visto na mansão, outros eu desconhecia. Mesas de jogos se espalhavam por todo o espaço, aos cantos mulheres dançavam e seduziam os convidados. A luz baixa se tornava rubra enquanto caminhávamos até uma mesa. Sasuke se sentou e me pediu para sentar no colo dele. Assim o fiz.

Ali estavam todos aqueles que estiveram na mansão, até mesmo o velho que pediu ao Uchiha para me provar. Ele sorria, mantendo duas mulheres ao seu lado na mesa. Outros rostos me fitavam, mantendo copos de bebida cheios. Não entendia o que acontecia ali. Não até Sasuke Uchiha me olhar e sorrir de um jeito frio.

— Senhores — ele anunciou —, a minha aposta será a jovem Haruno, podem ter certeza de que valerá a pena.

Eu o olhei incrédula, sentindo a minha respiração se tornar ofegante por não saber como reagir. E o Uchiha apenas sorria, como se houvesse sanidade no que estava propondo. Quis me levantar, mas sentia a mão dele me segurar, impedindo qualquer movimento. Ainda que eu o deixasse ali, para onde iria? sem conhecer nada ou ninguém, acabaria ficando na rua perdida. Respirei fundo e fitei os risos maliciosos que preenchia os lábios dos convidados à mesa.

— Distribua as cartas, Naruto — o loiro obedece, embaralhando o baralho —, boa sorte.

Olhando para as apostas feitas na mesa, aumentando o valor conforme os jogadores blefam em suas cartas, me recordo de meu pai. Ele costumava m dizer que na vida você possui duas escolhas: dobrar a aposta ou então desistir. Dizia que poderia usar isso em todos os momentos que se sentisse incapaz de ir em frente com os planos para sua vida. E sei que se eu desistir agora, deixar de lado a mansão e o plano de Sasori, não sairei daquele bairro e acabarei como a minha mãe, talvez num nível pior. 

Assim apenas vejo todos jogarem, sendo eliminados conforme as cartas são lançadas. Não compreendo o jogo, mas sei que não faz diferença, qualquer um deles que vença me levara para a cama. Como uma vadia terei de aceitar e sorrir, fazendo o que me pedir. Isso me faz odiar o homem que me segura, iniciando em meu âmago um sentimento amargo de bater em seu rosto até sangrar.

O  riso eclode dos lábios dele quando o último despeja o conjunto de cartas sobre a mesa. O velho de cabelos grisalhos me olha e sorri, derrotado. O ruivo, ao contrário, se mantém fixo em meus olhos, segurando o copo de cristal aos lábios e mergulhado em pensamentos que me assustam.

— Cuide bem da minha garota, Gaara — a voz do Uchiha soa debochada.

Ele me ergue e entrega a minha mão ao ruivo, como se eu fosse uma boneca. 

— Não farei nada que ela não queira — ele riu, me puxando.

Enquanto era guiada por ele, olhei para o Uchiha e sei que meus olhos o imploravam para que desistisse da ideia e me levasse para casa. O vi me olhar de volta, sem expressão e desviando os olhos em seguida. Nunca me senti tão perdida quanto agora, derrotada.

Fui levada para uma suíte com uma visão de toda a cidade. Podia ver através das frestas da cortina as luzes se espremerem e fazerem meus olhos embaçarem. Sei que vou me vingar dele por isso, não deixarei esse seu ato passar impune. Se eu começava a construir algum sentimento bom por ele, isso agora se desfazia. 

O ruivo abriu o zíper do vestido e o tecido caiu, me deixando apenas com a roupa íntima. Já sentia a mão dele me segurar, os braços circulando a minha cintura e trazendo seu corpo junto do meu. A boca dele beijava meu pescoço, sugando a pele. Nada sentia de seus atos, nada além da irritação.

— É muito bonita, Sakura — e ele me beijou, ao que recusei, até ser forçada a continuar nisso —, qual é? Só cede pro seu mestre?

Ele me forçava a ficar perto dele, a tocá-lo. Não queria isso, tentava esquivar e fugir de seus toques. Mas ele insistia, me forçando a beijar seus lábios e sentir o gosto amargo do álcool.

Já estava sendo guiada para a cama quando a porta se abriu num estrondo. Deitada, com as pernas dobradas sobre o colchão, olhei para a figura de Sasuke, parado no umbral. Trocamos olhares e então ele avançou pelo cômodo, juntando meu vestido e o sapato.

— Venha, Sakura — ordenou e obedeci. 

— Ei — Gaara protestou —, ganhei a aposta. Ela é minha!

— Não — o Uchiha soou frio —, ela é minha. Fique com seu dinheiro.

Entramos no elevador e eu me escorei na parede, rindo. Sasuke me olhou e começou a rir também. Não sei porque achava isso engraçado, minutos antes estava prestes a ser forçada transar com um desconhecido que me ganhou numa mesa de jogo e, então, o Uchiha entrara no quarto e me raptou de volta. O nervosismo falava alto. 

Quando as portas metálicas se abriram percebi que não poderia cruzar o saguão nua. Sasuke me olhou e entregou seu casaco, ao que me vesti e segurando firme a mão dele, nos dirigimos ao carro. Os olhares pousaram em nossa figura cômica. Eu descalça, usando o terno dele, enquanto o Uchiha mantinha meu vestido num amarfanhado em sua mão livre.

 

Agora, apoiada nas grades do Iate, observo as ondulações da água, tremendo a minha imagem. Ele dirigiu rápido e mudo, não fui capaz de dizer nada. Mesmo agora o deixei sozinho na sala principal do barco. Não me surpreende o fato dele possuir um iate que vale alguns milhões, ainda mais ancorado com visão panorâmica de toda a cidade. Olho para as estrelas e o céu já começa a se tornar claro.

Apenas sinto o perfume dele vinculado ao cheiro da fumaça de seu cigarro. Ainda estou vestida com o casaco dele, sendo mantida quente por esse tecido perfumado. Ao que para em meu lado, vejo o com os botões do colete aberto, tão desleixado que não parece ser o mesmo que traja ternos finos e caros, exibindo uma forma de pura riqueza e luxo.

— Sabe quanto perdi te resgatando? — ele questionou e o olhei.

— Não faço ideia — respondi —, não teria perdido se não fosse tão mesquinho.

— Eu precisava me provar algo — sussurrou e se virou para mim, fitando-me intensamente. — Tem noção do efeito que me causa? 

Não me sentia capaz de responder, apenas cedi ao seu beijo quando me puxou para perto. Tão envolvida que me prendi ao corpo dele, incitando o beijo para se tornar quente e carregado de desejo. Ele me carregou em seus braços, guiando meu corpo até a cama e deitando-me entre as almofadas. Olhei para seus olhos e o puxei para mais perto, colocando o corpo masculino entre as minhas pernas. 

Diferente do que sentia, me entreguei a ele, deixando-o fazer o que bem quisesse comigo. Entrando em meu interior e se movendo, me agarrava à pele dele, aproximando nossos corpos e gemendo entre a respiração ofegantes. Nossos dedos se cruzavam, apertando-se uns aos outros enquanto ele se afundava em mim. Tão quente, minha palma deslizava pelos cabelos dele indo até a costa, escorrendo pelo suor. talvez eu jamais tenha feito sexo com tanta vontade quanto agora. Totalmente extasiada pelo corpo dele.

Ao terminar, desmoronou ao meu lado, beijando-me uma última vez e acendeu seu cigarro. O olhei e então me aninhei ao lençol, fechando os olhos e dormindo.

Já começava a sonhar, mas a voz dele murmurava algo, falando de uma casa no fim do bairro. A casa tinha se transformado em cinzas, por isso ele deixou a cidade... não sei se foi um sonho ou realidade. Apenas sei que o ouvia falar. E sonhei com o cenário. Tão distante...



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