Alguém queria arrebentar a porta da minha casa, não é possível, sério. Algum ser humano ANORMAL arrematava minha porta, e gritava. Era a voz do Minghao.
Eu tentei correr, mas com os pés fodidos não deu certo, eu caí, e agora eu to com meu queixo doendo. Minha missão é, abrir a porta, e eu vou cumprir, nem que eu morra! Cheguei até a porta, encontrando um Minghao completamente choroso, bagunçado, e desarrumado. Ele chorava e soluçava alto, meu pescoço foi agarrado e ele me abraçou.
- Jun, meus pais Jun!- Ele chorava cada vez mais alto. Eles morreram? Caralho, o que eu vou responder se eles tiverem morrido?- Eles estão se separando! Eles vão se separar!- Ele tentava inutilmente secar as lágrimas, enquanto elas desciam em disparada. Ele me apertava cada vez mais.
- Calma, me conta direito o que aconteceu Hao.- Chamei-o pelo apelido preferido, para que ele respirasse um pouco.
- Eu cheguei em casa e liguei para minha mãe, como sempre faço. Ela estava aos prantos no telefone, e meu pai gritava palavras horríveis sobre mim Jun! Eu sou a culpa, eu sou a escória da família-, palavras dele-, e ele nunca quis ter um filho como eu. Ele me queria morto Jun!- Ele me apertava mais e chorava.
Filho da puta, desgraçado, demônio. Como pode fazer isso com meu anjinho?
- Hey, anjo.- O chamo e ele me olha, seus olhos brilham e cintilam por conta das lágrimas. As limpo e dou um beijo na sua testa.- Você não é a escória de porra nenhuma.- Sorrio ladino enquanto puxo-o para um abraço.- Nunca mais repita isso, certo?- Ele assente e me aperta mais contra ele.
- Oh Junhui, o que seria de mim sem você?- Ele sorri minimamente enquanto passa a mão no meu rosto, e logo o vejo se aproximar.
Mãos suando? Confere.
Coração acelerado mais que bala? Confere.
Arrepio na nuca? Confere.
Ele me puxa pela nuca, sinto completamente sua respiração, seus olhinhos lindos estão fechados e ele se aproxima com a boca meio aberta, e eu juro que eu vou matar quem quer que seja que tocou minha campainha.
- D-dá licença.- Ele estava vermelho pelo choro, quanto pelo nosso quase beijo. QUE TERIA ACONTECENDO SE ALGUM DESGRAÇADO SEM MÃE NÃO TIVESSE TOCADO ESTA MERDA DE CAMPAINHA!
- Mingyu?- Franzo o cenho. Sua carinha está bem triste, ele abraça o Minghao e então ouço ele soluçar baixinho.
VOCÊS TÃO ACHANDO O QUE? AQUI NÃO É PSICOLOGO NÃO PORRA!
- O que aconteceu? Fala direitinho.- Os dois se sentam no sofá, e eu bufo indo a cozinha, pegando três copos empilhados e voltando a sala com uma jarra de água, servindo os dois, e me servindo.
- O Wonwoo, o Wonwoo me traiu Minghao!- Ele respirou fundo enquanto tomava a água rapidamente, e colocava o copo na mesa.- Ele me traiu com o amigo de vocês.
- O que? Que amigo?- Pergunto completamente intrometido.- Não me diz que foi o Vernon porque se não eu vou...
- Não! Não foi o Vernon, foi o Joshua!- Vejo o garoto-, lê-se poste-, trincar o maxilar e apertar as mãos.- Foi o Joshua, ele estava aos beijos com o Wonwoo, mas eu nem o culpo, eu culpo o Wonwoo. O Joshua não me deve explicação...- Ele suspira.
- Calma, eu vou falar com o Joshua, e vamos resolver isso. Yeah?- Minghao sugeriu, enquanto acariciava os cabelos sedosos do Mingyu.- Então, vamos? Eu vou embora com você.
O QUE??
- O que?- Eu pergunto desacreditado.- Não, você ia dormir aqui Minghao.
- Deixa de ser egoísta, eu preciso resolver esse problema.- Ele respira fundo.- Eu te mando mensagem, tchau.- E puxou Mingyu indo pela esquerda.
É, eu odeio você Kim Mingyu.
--- Dia seguinte ---
A escola, seria meu pesadelo?
Peguei minha mochila, chaves de casa, dinheiro, cadernos extras. Tranquei a casa e fui andando até o ponto de ônibus, eu já havia me acostumado a andar com meu pé enfaixado. O ônibus chega, vazio, me sento num banco aleatório, plugo os fones e coloco aleatório para tocar. Olhei para janela e via algumas gotinhas bem chatas caindo, meus olhos aguaram e eu não aguentei.
Droga Wen Junhui, você não tem a coragem de se declarar para alguém que conhece a tanto tempo?
Cada vez eu chorava mais, e foi com essa "choradeira" todo que eu perdi meu ponto, sendo parado no centro de Seul.
Parabéns seu imbecil! Meus parabéns por ser um completo retardado mental.
Agora a pergunta: Quem tem carro? Joshua! Oh não, se eu ligar, vai ser traição com Mingyu. QUE SE FODA O MINGYU.
Cacei meu telefone no bolso, indo até os contatos e ligando para o Jisoo.
- Jisoo, amor da minha vida. Me busca aqui no centro de Seul, eu perdi o ponto.- Ele reclama mas logo diz que já vai.- Obrigado, eu te amo muito tá?- Ele me mandou ir pro caralho, mas como ele já tá vindo, quem sou eu pra reclamar.
Alguns minutos mais tarde Joshua estava ali com seu carro e eu entrei.
- Como você veio parar aqui? Cara, é sério!- Ele batia no volante.- Eu acho que fiz burrada.
- O que tu fez?- Eu sabia que ele tinha feito algo.
- Eu beijei um garoto, mas não eram os capitães do colégio.- Ele diz.- Era Jungkook, o coreano chatinho do nariz grande.
- Eu sei quem é.- Digo, mas logo percebo algo. Se o Joshua pegou o Jungkook, quem pegou o Wonwoo?
Kim Mingyu era um filho da puta que atrapalhou qualquer chance que eu tinha para beijar Minghao, a troco de nada. Sério, o Wonwoo nem tinha beijado o Joshua. Se bem que ele é uma piranha. Mas desta vez não, ele pegou o namorado de outra pessoa, não o do Mingyu.
Eu vou arrastar a sua cara no asfalto Kim Mingyu, é melhor você correr quando eu chegar aí.
Chegamos até rápido demais lá. Logo avistei Mingyu e Minghao conversando. Me aproximei pronto para dar um soco nele, mas o que mais me surpreendeu foi que Wonwoo chegou lá e eles trocaram um beijo.
Mas ué...
- E então?- Pergunto chegando perto.
- Ah, foi um mal entendido.- Ele riu.- E a gente se resolveu.
Minghao deu pulinhos e eu queria ainda jogar os dois do terraço daquela faculdade idiota. Eles trocaram mais um beijo e eu revirei os olhos.
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